terça-feira, 12 de maio de 2009

A FRIEZA DOS NÚMEROS

As matemáticas sempre foram ciências exactas. Poucas objecções se podem colocar à frieza dos números, salvo raras excepções, como sejam as contas do Sócrates e os resultados extraordinariamente positivos que os bancos apresentaram nos últimos anos, sendo que agora não têm um cêntimo para emprestar aos pobres e é o erário público que anda a tapar buracos com o dinheiro dos poucos contribuintes que ainda pagam os seus impostos.
E naquilo que nos diz particularmente respeito deve dizer-se que, aquando das últimas eleições europeias, Marvão contava com 3598 eleitores. Passados que são estes quatro anos, os cadernos eleitorais não registam mais que 3411 inscritos. Menos 187, o que quer dizer que perdemos, neste período, 5,197 % do eleitorado.
É motivo para refectir. Mais ainda se considerarmos que, a esta marcha, e segundo a sondagem do Forum Marvão, há por aí alguns candidatos que têm que deixar de votar neles próprios, sob pena de ultrapassarem largamente o número de votantes que este Concelho tem disponível.

3 comentários:

Fernando disse...

Em primeiro lugar são preocupantes os números dos cadernos eleitorais para as eleições europeias do nosso concelho, não são apenas para reflectirmos, temos de encontrar respostas e soluções colectivas para invertermos esta tendência.

Temos de passar à acção.

Depois sobre a sondagem. Como tu deves saber, Garraio, este tipo de coisas pouco importam para mim, são muito mais importantes as opiniões das pessoas nos contactos que já fizemos, nas conversas com os marvanenses, ou até os comentários que aqui são publicados neste fórum que têm um rosto.

Os trezentos e tal votos que me são atribuídos não têm rostos, nem nome, por isso pouco importam. Não deixo de ficar lisonjeado com tal votação, mas tal como tu sabes ela pode ser facilmente adulterada, e por isso nada significa. Escusado será dizer que nem eu, nem as pessoas próximas de mim têm feito nenhuma acção consertada para me promover, que podia perfeitamente cair no ridículo, que enunciaste, de ter mais votos que o total da população eleitoral de Marvão.

Como sabes, vou continuar fiel aos meus princípios, e aos objectivos que definimos para o MporM - Movimento por Marvão, valorizando a participação das pessoas em detrimento de simples números informáticos!

E voltando ao princípio, Garraio, vamo-nos empenhar em encontrar respostas para invertermos os números do recenseamento em Marvão?

Cumprimentos Marvanenses

Fernando Gomes

Garraio disse...

Fernando,



Sou totalmente partícipe das tuas preocupações acerca da desertificação do Concelho, que sei serem tão verdadeiras como as mais verdadeiras.

Não sou pessoa de soltar elogios ao vento, como tu bem sabes, mas por acaso e porque assim o penso,acrescento que tu até pertences aquele pequeno leque de pessoas que provavelmente poderia fazer alguma coisa para inverter essa tendência, Quer pelo traquejo político que já tens, quer pelo conhecimento da realidade social que, certamente, foste adquirindo, nas funções que vens desempenhando.

Só é pena, e acho que concordarás, que as pessoas certas, por vezes, são afastadas ou afastam-se dos lugares certos, por motivos não muito claros. E quando isto acontece, em política, quem perde é o povo.

Quanto à sondagem, no meu post não referi partidos nem movimentos. Como vais à frente, é lícito que te tenhas dado por aludido. Sobre o resultado, só disse e repito, que é, no mínimo estranho.

Também pode ser, que, daqui a uns meses, quando se souber os resultados das eleições, se venham a confirmar as percentagens agora vigentes. Se tal acontecer, serei o primeiro a reconhecer o meu erro.

Continua, como o tens feito até agora, com a bandeira de Marvão ao peito.

Marilia Rosado Carrilho disse...

Bem, de facto números que preocupam... Muito pertinente tê-los mostrado aqui! Ganhou mais 3 votantes mas pelos vistos perdeu mais do que ganhou. E suponho que a tendência será continuar a diminuir... Eu mesma não sei se ficarei a votar sempre aqui. Depende de para onde os ventos me levarem. Admitamos que não é lá uma grande terra de oportunidades (para jovens), é mais a terra da oportunidade de descanso.