segunda-feira, 31 de maio de 2010

Réplica a “Os contra; os a favor; os cépticos; e a maioria!”

(em jeito de comentário ao post anterior)

Foi boa a leitura, mas há muitas nuances que importam explicitar. O traço que o Fernando Bonito definiu no último texto está próximo daquilo que se vem assistindo há algum tempo no Concelho – uma enorme indiferença e (até) desconfiança relativamente aos assuntos críticos do nosso Concelho. Esta leitura está certa, mas isto não quer dizer que os habitantes do Concelho de Marvão não acreditem em causas, em projectos mobilizadores, no fundo que há é que saber dar a volta ao texto, e exemplo de isso mesmo foi a grande mobilização que assistimos nas diversas candidaturas autárquicas em Outubro último. No entanto também algum desse fulgor eleitoral se esvaiu com o passar do tempo.

Marvão não é apenas Marvão, é mais que isso. O Concelho de Marvão, pelas suas características, é uma jóia nacional, todos nós sabemos isso. Todo o tipo de questões que digam respeito ao património do Concelho têm uma dimensão que extravasa os limites municipais e até regionais. O grupo que o Movimento por Marvão criou no Facebook há três dias atrás já conta com quase 300 membros, com calorosas discussões e contributos de gente de todo o país.

A Localização do problema, uma falsa questão. O Concelho vale como um todo. Não quero acreditar que, nos dias que correm, hajam pessoas que sejam Marvanenses da Portagem ou Marvanenses de Santo António. O Concelho tem de ser sentido por todos, e de igual forma. Claro que é necessário fazer uma ressalva que cada povoação tem as suas dinâmicas próprias (as suas especificidades), mas o interesse concelhio está acima de qualquer tipo de bairrismo. Sinónimo disto mesmo é a mobilização que se está a gerar em torno da venda da “Coutada”, protagonizada por toda a oposição na Câmara Municipal e também fora dela (o MporM).

Em Marvão não há inimigos, há causas. Pelo menos na minha perspectiva este Concelho é demasiado pequeno, as pessoas são demasiado próximas, que não se pode falar em inimigos. Na Câmara Municipal é verdade que todos sabem das dificuldades que a Oposição tem no diálogo com o Presidente e o Vice-Presidente, todos têm conhecimento que a única pessoa capaz de ter uma atitude dialogante é o Vereador José Manuel Pires, mas isto não faz, de maneira nenhuma, com que os primeiros sejam propriamente inimigos públicos. Existem causas. A oposição tem aplaudido algumas iniciativas, e discordado de outras. E não é por acaso que todos aqueles dossiers que a oposição denunciou publicamente, por ferirem os interesses de Marvão, foram anulados ou revistos. a) Subsídio à Associação Comercial de Portalegre - revisto; b) Sociedade Anónima de Capitais Mistos - em revisão há mais de dois meses; c) o projecto “Novos Povoadores” - que curiosamente reunia reticências dentro da bancada do PSD na Assembleia Municipal, foi temporariamente interrompido a pedido do próprio executivo na última reunião de Câmara. E o mesmo se irá passar com a venda da Coutada.

O porquê daqueles que estão contra, e caminhos para o desenvolvimento. Quem está contra são aquelas pessoas que têm memória (sendo obviamente demasiado redutor); que se recordam do que se passou (e está a passar) com o Aldeamento do Golfe. Os regimes de excepção. Os interesses nacionais. Os postos de trabalho. Todas estas condições fizeram com que os Marvanenses estejam hoje mais alertados para os perigos da venda de uma propriedade como esta no Concelho. Uma propriedade que incorpora uma parte substancial da Calçada Romana. Uma propriedade que é estruturante na harmonia natural do Concelho. Um propriedade que é parte integrante da beleza de Marvão. Não deveria a Câmara Municipal salvaguardar este tipo de propriedades, de forma a preservar aquilo que faz o nosso Concelho diferente - o seu património? Falando do processo de desenvolvimento do nosso Concelho, este deve passar pelo equilíbrio harmonioso entre o desenvolvimento económico (turístico, agro-alimentar, pequena indústria e agricultura) com o meio natural e o património cultural e edificado. [Um aparte: se queremos falar em desenvolvimento não devíamos estar a trabalhar já no futuro sustentável do Ninho de Empresas? Não deveria a Câmara Municipal criar reuniões participadas de forma a criar redes que desenvolvam a infra-estrutura? Pessoas como, por exemplo, o Fernando Bonito, o Nuno Vaz da Silva, ou o Joaquim Silva não seriam mais valias para o projecto, se fossem ouvidas e incluídas de uma forma aberta e desinteressada? Até agora nada!] O problema em apoiar-se a venda da “Coutada” é que alegadamente esta propriedade servirá para desenvolver um percurso BTT. O problema aqui é só o “alegadamente”. Temos de ser realistas, ninguém vai viver em Marvão só dos percursos BTT. Ninguém vai largar 114.000€ para que depois sejam rentabilizados com percursos de bicicletas. E mesmo que seja, mais tarde, no futuro, vai sempre haver um projecto, uma casa, um bungalow...sem que a Câmara possa fazer directamente nada, caso seja posto o interesse nacional em causa (o tal regime de excepção). Os munícipes vão ficar, também, por arrasto sem poder de decisão sobre o património do seu Concelho.

Porque Marvão não deve ser uma disneyland, ou então isto é uma conclusão. Este texto pretende exaltar a consciência dos Marvanenses (aqueles de todo o Concelho) para que se juntem à voz de protesto contra esta decisão de colocar o património do Concelho à venda, bem como pretende fornecer algumas informações úteis para o debate, e o contraditório. Tendo, de outro ponto de vista, consciência que as opiniões aqui transcritas poderão estar carregadas de incorrecções ou impressões factuais. Por fim, e como em qualquer tomada de posição, há sempre duas, ou mais, faces da moeda; ao haver escolha, ao ser tomada uma posição, exigisse que passe a existir também responsabilização, pelas tomadas de decisão. E a responsabilidade é também saber admitir o erro. Aqui fica o recado.


sábado, 29 de maio de 2010

Os contra; os a favor; os cépticos; e a maioria!



A Câmara Municipal de Marvão publicou um edital para venda do prédio rústico “Coutada”, o qual representa uma boa fatia da encosta de Marvão e inclui parte da calçada romana. A sessão pública, que poderá consumar essa venda, realizar-se-á em 16 de Junho próximo.

O Presidente da Câmara defende que não haverá qualquer problema com a venda deste terreno visto que “a zona onde se insere a é uma zona protegida abrangida pela Zona Ecológica Nacional e ainda pelo Plano de Ordenamento do PNSSM. Tratando-se de uma zona de protecção, não espera que o eventual investidor venha a construir nesse prédio.”

Apesar destas declarações do Presidente da Câmara o MporM (por mail) levanta duas questões:

1- Quem é o investidor inocente que está disponível para comprar este terreno sem ter qualquer tipo de permissão para construir?

2 - Com o terreno onde nasceu o aldeamento do golfe não se passava exactamente a mesma coisa?

E criou um registo no Facebook como forma de mobilizar os marvanenses contra esta decisão da câmara (http://www.facebook.com/group.php?gid=126405374044181).


Esta venda já tinha sido alvitrada na anterior legislatura e, inclusivamente, foi debatida numa sessão da AM, fora da ordem do dia. Noutra sessão (já bastante posterior) da AM, questionado por mim sobre o “andamento” deste assunto, o Presidente da Câmara afirmou que, perante as objecções de alguns marvanenses, o potencial investidor tinha perdido o interesse...

Segundo parece, o potencial investidor será uma empresa estrangeira que, já há alguns anos, vem adquirindo terrenos inóspitos no concelho (a preços elevados) para, alegadamente, criar um percurso para BTT.

Desta forma, parece, também, que a aquisição da “Coutada” pretende acrescentar valor a essa bolsa de terrenos, representando talvez “a cereja em cima do bolo”.

Tomando como correctas estas informações, diria que concordo com este negócio!

Tendo Marvão condições naturais ímpares para a prática desta modalidade (e de outras que envolvam contacto com a natureza) e a Câmara Municipal não revelando capacidade para desenvolver e mobilizar esta área (por exemplo, com a criação e divulgação de percursos) julgo que seria muito positivo para o sector turístico que existisse um investidor privado a fazê-lo.

Contudo, sendo este negócio bastante melindroso, já que envolve a venda de uma área substancial situada praticamente às portas da Vila, deveria a Câmara mostrar mais zelo na informação prestada aos munícipes.

Deveria explicar, em pormenor, o negócio. Apontar as suas vantagens para o concelho e informar sobre eventuais medidas, tomadas pelo executivo, para mitigar o risco de incumprimento das intenções apresentadas pelo alegado investidor.

Não o fazendo dá azo a especulações.

Existirão aqueles, que pela localização do terreno ou por inimizade política, serão determinantemente contra o negócio e outros que, pela total confiança (ou amizade política) que têm no executivo, serão determinantemente a favor.

Outro grupo haverá (onde me incluo) que, neste tema das decisões camarárias gosta de opinar “caso a caso” e que, independentemente da localização do terreno, se bem informado, poderia ver com bons olhos esta iniciativa privada. No entanto, este grupo não tem, na minha opinião, dados concretos suficientes para expressar uma opinião clara.

Existe, ainda, um quarto grupo (a esmagadora maioria) que, nestas matérias estratégicas, nada exige. Nem informação, nem explicações. Não tem sentido crítico e, por isso, não escrutina...

Como em política o que interessa são as maiorias, facilmente se entende a atitude da Câmara!


Cumprimentos

Bonito Dias
bonitodias@gmail.com

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Estratégia ou cosmética?


Arranca dia cinco de Junho, no edifício da fronteira, mais uma Quinzena Gastronómica do Bacalhau em Marvão. Em Marvão e em Castelo de Vide!

Esta “Fiesta del Bacalao” que inclui a participação de vários restaurantes tem, e bem, como principal “alvo” o mercado espanhol.

O certame já não é novo mas este ano apresenta uma novidade: a parceria com Castelo de Vide. E por isso se intitula a 1ª Quinzena Gastronómica do Bacalhau.

Para alguém “de fora” esta realidade não suscitará grande exclamação. Parece perfeitamente lógico dois concelhos vizinhos do interior, que têm no turismo o seu ponto forte, unirem-se e apresentarem, em conjunto, a sua “oferta” ao mercado espanhol. Mas, quem é “de dentro” sabe que, perante as profundas rivalidades históricas, esta parceria causa mesmo muito espanto!!!

E, de certeza, muitas reticências e resistências…

A minha opinião é de total concordância com esta parceria. Como tenho dito, todos sairiam a ganhar se se constituísse, no nordeste alentejano, uma parceria estratégica na área do turismo para “vender” esta região de forma concertada.

As “várias ofertas” complementar-se-iam, ganhando dimensão e visibilidade.

Há anos, foi esboçado algo do género, nessa altura a três, que não passou de uma singela e esfarrapada agenda mensal. Seria bom que este “sinal”, agora a dois, fosse apenas o pequeno passo inicial de uma estratégia consistente a implementar de uma forma duradoira.

Que não se trate apenas de uma operação de cosmética, com interesses bem determinados e pontuais…

O futuro dirá!


Cumprimentos

Bonito Dias
bonitodias@gmail.com

domingo, 23 de maio de 2010

Serviço Público


Aluguer de contadores de água, luz e gás acaba no próximo mês de Maio

Os consumidores vão deixar de pagar os alugueres de contadores de água, luz ou gás a partir de 26 de Maio próximo. Nesta data entra também em vigor a proibição de cobrança bimestral ou trimestral destes serviços, segundo um diploma que foi ontem publicado na edição do Diário da República.

A factura de todos aqueles serviços públicos vai ser obrigatoriamente enviada mensalmente, evitando o acumular de dois ou três meses de facturação, indica a Lei 12/2008, ontem publicada no boletim oficial e que altera um diploma de 1996 sobre os 'serviços públicos essenciais'.

A nova legislação passa a considerar o telefone fixo também como um serviço essencial e inclui igualmente nesta figura as comunicações móveis e via Internet, além do gás natural, serviços postais, gestão do lixo doméstico e recolha e tratamento dos esgotos.
O diploma põe fim à cobrança pelo aluguer dos contadores feita pelas empresas que fazem o abastecimento de água, gás e electricidade.

Também o prazo para a suspensão do fornecimento destes serviços, por falta de pagamento, passa a ser de dez dias após esse incumprimento , mais dois dias do que estava previsto no actual regime.

Outra mudança importante é o facto de o diploma abranger igualmente os prestadores privados daqueles serviços, classificando-os como serviço público, independentemente da natureza jurídica da entidade que o presta. Numa reacção à publicação do diploma em causa, 'a Deco congratula-se com estas alterações, há muito reivindicadas', afirmou à agência Lusa Luís Pisco, jurista da associação de defesa do consumidor.

O diploma entra em vigor a 26 de Maio, proíbe também a cobrança aos utentes de qualquer valor pela amortização ou inspecção periódica dos contadores, ou de 'qualquer outra taxa de efeito equivalente'.


Divulgar o mais possível...

sábado, 22 de maio de 2010

Triunfo dos Porcos (esta vem mesmo a calhar)



Triunfo dos Porcos

Chegará o dia
Em que o leão dormirá com o cordeiro
E eu deixarei de ter na língua
Sempre um projéctil certeiro.
E eu deixarei de ter na língua
Sempre um projéctil certeiro.

A humanidade já tem
Tão pouco de ser humano
E quanto mais tento repará-la
Muito mais depressa me esgano.
E quanto mais tento repará-la
Muito mais depressa me esgano.

As tuas mãos não terão mais sangue.
As tuas mãos não terão mais sangue.
As tuas mãos não terão mais sangue.
As tuas mãos não terão mais sangue.

Quando penso no futuro
Só vejo desolação
Ai ai ai meu país cheio de sonhos,
Não há quem te agarre a mão.
Ai Portugal meu país cheio de sonhos,
Não há quem te agarre a mão.

Mas há que te alumie
E não te deixe cair em tropeço
Mesmo que com fome e sede,
Assim de ti me despeço.
Mesmo que com fome e sede,
Assim de ti me despeço.

As tuas mãos não terão mais sangue.
As tuas mãos não terão mais sangue.
As tuas mãos não terão mais sangue.
As tuas mãos não terão mais sangue.

As tuas mãos não terão mais sangue.
As tuas mãos não terão mais sangue.
As tuas mãos não terão mais sangue.
As tuas mãos não terão mais sangue.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

II PERCURSO INTERNACIONAL DO CONTRABANDO DO CAFE


GRAP 2 – GDA 2 (Velhas Guardas)

No último sábado todos aqueles que participara nesta actividade tiveram oportunidade de viver mais uma jornada de convívio que nos irá ficar na memória.

O grupo da equipa de Velhas Guardas do Grupo Desportivo Arenense, deslocou-se à freguesia de Pousos, do concelho de Leiria, para retribuir a visita que a equipa do Grupo Recreativo Amigos da Paz, nos havia feito em Abril de 2009.

O jogo em si foi importante, e serviu como principal objectivo desta deslocação, mas não menos importante foi convívio entre as duas equipas, mas também do grupo de participantes da equipa do GDA, onde foi possível juntar pessoas que já não se viam há anos e assim tiveram oportunidade de recordar e reviver o passado.


GDA - Em cima da esquerda para a direita: Mário Bugalhão, João Bugalhão, Carlos Trigueiro (estreia), Nuno Macedo, Luis Barradas, Artur Costa (estreia), Simão, J. Paulo Ginja, António Bonacho, josé Vaz, Chaparro, Rui Martins (estreia); em baixo: João Paulo, Ginja, Antunes, Pedro Graça (estreia), João Vitorino, José Domingos, Paulo Nunes, João Sequeira e João Manuel Carlos.

A viagem, quer de ida, quer de volta, não se deu por ela, sobretudo pelo espírito entusiasmado introduzido pelo “animador” Luís Barradas, um “self made man” para toda a obra. A recepção e o jantar dos amigos de Leiria foi cinco estrelas. E o jogo decorreu dentro do normal, tendo terminado com um empate a 2-2.


Fase animada do aquecimento


Um "mêinho" para a boa disposição...


Chaparro: "este nº 7 diz que tem 58 anos! Como é possivel..."


Estilo incofundivel do estreante Rui Martins


A excepção foi a “lesão” ligeira do estreante Pedro Graça após estadia de “3 minutos” em campo e um “pique” (o Barradas diz que foi apenas um passo, e que, quando a perna direita ultrapassou a esquerda…, já tá!), mas que por esta hora já estará capaz de outra…




Prémio do azar: Estreante Pedro Graça "o roturas"



À atenção da CMM: Um bom exemplo para ser seguido nos acabamentos do campo dos Outeiros. Alcantrão, claro, e com muito bom aspecto.


Por fim ficam aqui dois agradecimentos públicos: ao GRAP, pela forma como nos receberam (sobretudo ao Mário Bugalhão, que proporcionou este conhecimento); e à Câmara Municipal de Marvão, pela sua colaboração no transporte. O nosso muito OBRIGADO.

Venha a próxima época…

domingo, 16 de maio de 2010

8.º Aniversário dos Bombeiros Voluntários de Marvão

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Marvão, comemorou hoje o seu 8.º aniversário, com as comemorações a iniciaram-se logo pela manhã, cerca das 9h30m, com a formatura do Corpo Activo e o hastear das bandeiras. A cerimónia incluiu ainda a promoção de 8 novos elementos a bombeiros de 3.ª classe e um desfile motorizado pelas artérias de SAA, seguiu-se depois um almoço convívio nas instalações no Quartel

Actualmente, os Bombeiros de Marvão prestam serviço de transporte de doentes; serviço de socorro; combate e prevenção de incêndios; apoio a eventos desportivos, culturais e recreativos e abastecimento de água à população, entre outros, nos 155 Km2 do Concelho de Marvão.

sábado, 15 de maio de 2010

Direito à indignação!

Penso que Marvão também tem o seu “défice”. Não é défice orçamental, é défice de sentido crítico. Sentido crítico construtivo!

(Maledicência tem muita!)

E por isso, em Marvão existe pouca capacidade reivindicativa. Seja junto do poder local, seja junto de outras instituições. Capacidade reivindicativa em matérias importantes para o bem comum…

(…que para o bem individual, para os interesses pessoais, há e muita!)

O sentido crítico e a capacidade reivindicativa da população são cruciais para o desenvolvimento de qualquer terra.

Nesta perspectiva, fiquei bastante satisfeito ao ler a carta ao Director do AA na edição desta semana.

Revela sentido crítico e capacidade reivindicativa numa matéria importante para o bem comum:

As condições (in)existentes no Centro Infantil.



Cumprimentos

Bonito Dias
(bonitodias@gmail.com)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Velhas Guardas






GRAP - GDA




Vai realizar-se no próximo sábado dia 15/5, mais um jogo de Velhas Guardas do GDA, desta vez em Leiria, com a equipa de Pousos que nos visitou em Abril de 2009, jogo que se realizou no Municipal de Castelo Vide e que terminou com a vitória do GDA por 4-2.

O jogo está agendado para as 17h30, e a partida de Santo António das Areias será às 13 horas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

2 ANOS!...

É verdade meus amigos, faz hoje precisamente 2 anos que nasceu o FÓRUM MARVÃO.

Foi no dia 7 de Maio de 2008 que abrimos este espaço dedicado ao “nosso” Marvão.




Num concelho sem qualquer órgão de informação, e com poucos espaços de debate, o Fórum pretendeu e pretende minimizar um pouco essa lacuna.

Numa breve avaliação a estes 730 dias de vida, podemos dizer que somos como todos os projectos, uns dias melhores outros piores, teremos tido com certeza alguns momentos brilhantes e outros nem por isso, mas cá continuamos, acima mesmo das expectativas dos seus criadores. Pena é, que alguns dos colaboradores, não se tenham até hoje implicado mais, para que este espaço fosse mais abrangente e o mais plural possível.

Felizmente, temos mantido “o nível” que esteve na sua concepção, e por aqui, as pressões do “poder” não se têm feito sentir. Claro que agradaremos a uns e desagradaremos a outros, é natural. Também um dos princípios em que acreditamos “… é que aqueles que agradam a toda gente, é porque não servem a ninguém!”

Ao longo destes dois anos publicaram-se aqui 457 Posts, muitos e muitos comentários dos cerca de 100 000 visitantes, numa média de cerca de 140 visitantes por dia, o que para uma comunidade pequena como a marvanense, podemos classificar de extraordinário.

É para toda esta comunidade, Visitantes e Colaboradores, que aqui deixamos como “prenda de aniversário” um poema da autoria de Luís Bugalhão, que por aqui surgiu, logo nos primeiros dias de vida do Fórum, e que sem desrespeito para qualquer dos Colaboradores aqui trazemos renovado. Pena que este nosso amigo tenha sido como os “cometas” que só aparecem uma vez na vida!

"Por ti Marvão

Ah Marvão, terra agreste,
dos canchos e das tapadas,
dos caminhos, das levadas,
tanto de bem me fizeste!
Por entre folhagens perenes,
com montanhas e com flores,
até com imberbes amores,
doados pelos meus genes...

Ah, altaneiro Marvão!
No meu sangue tuas gentes.
Azinhos, sobros, pingentes,
domados p'lo gavião,
fazem de ti raiano,
(entr'olivais e vimeiros,
lidados por jornaleiros)
gelado, frio, magano!

Quanto de ti Marvão,
da Asseisseira ao Pereiro,
da aloja ao palheiro,
te resta sem ser no chão?
Que padrinhos, manageiros,
que novos velhos-patrões,
donos teus e dos ganhões,
colhem ora teus castanheiros?

Velho e alto Marvão...

Que é feito dessa raça,
dessa mulher, desse homem,
desses que da terra comem,
p'la tenrura da rabaça?
Que é feito dessa casta
qu'a linha tomou d'assalto,
levando ovos, café, tabaco,
e agora, velha, se arrasta?

D'aqui saiu o grão-mouro,
p'r'áqui chegou o cristão.
Mas então, porque razão,
não te agarras ao touro,
não esmagas o texugo,
não sufocas a toupeira,
não repousas da canseira,
não desprezas o verdugo?

... que é feito de ti Marvão,
que não sais d'onde eles'tão?

Lisboa, 15MAI08 "


Já agora, aqui deixamos também o nosso 1º Post, uma espécie de Editorial de compromisso ou cartão de apresentação, que hoje, tal como nesse dia, convém sempre relembrar e ter presente:



AÍ ESTÁ O FÓRUM...

O “Fórum Marvão” é um espaço de debate livre e independente, criado por um grupo de amigos, que têm como ponto de partida Marvão e vão por aí…

O “Fórum Marvão” tem como principal finalidade, estimular o debate em torno do conceito “Marvão” em todas as vertentes, num concelho e num país, caracterizados por défice de análise e crítica social sérias, centradas na “coisa pública”.

O “Fórum Marvão” pretende assim, debater ideias, opiniões e fazer o seu contraditório, com base no respeito e na tolerância. Aqui haverá lugar para todos os temas: da política ao desporto, da poesia à musica, da vida em sociedade à sexualidade, da saúde ao consumo de drogas, do amor à felicidade, da televisão à literatura, etc., etc. A excepção, será o “ataque ou ofensa pessoal”.

O “Fórum Marvão” é um espaço de Liberdade, um dos valores que consideramos fundamentais, apenas superado pelo da Justiça. Sem Justiça a vida em sociedade não faz sentido e uma sociedade sem Justiça, torna-se uma sociedade ao sabor dos mais fortes e dos mais poderosos. Os outros valores que aqui gostaríamos de ver estimados são: o respeito pela Pessoa Humana, como valor em si mesmo; a Dignidade; a Tolerância; a Igualdade; a Amizade; a Fraternidade; a Coragem; e alguma Democracia.

O “Fórum Marvão” não pretende ser um espaço de intelectuais perfeccionistas, aqui todos poderão entrar desde que se identifiquem e respeitem as ideias dos outros, mesmo que com elas não concordem. Pretende-se, essencialmente, um espaço aberto e de troca.

O “Fórum Marvão” não pretende roubar, copiar, nem fazer mal a ninguém. Este espaço, embora simples, terá que valer por si. Ou então morrerá, tal como nasceu, sem deixar bens nem dívidas aos seus herdeiros.

O “Fórum Marvão” não se identifica com qualquer formação política e a responsabilidade das opiniões aqui expostas serão dos seus autores.

O “Fórum Marvão” brinda ao futuro…


UM ABRAÇO A TODOS!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Espanhóis interessados no Campo de Golfe!





Há dias, em conjunto com uns amigos, tive oportunidade de ouvir um empresário turístico de Valência de Alcântara tecer rasgados elogios a Marvão.

Afirmou que um dos principais argumentos que tem para “atrair” clientes é Marvão e que o respectivo Campo de Golfe, quando funcionava, representava um “conteúdo” fulcral da sua oferta. Assim, lamentava o encerramento do mesmo e o quanto essa triste realidade tinha sido prejudicial para o seu negócio.

Lamentou, ainda, a falta de engenho dos políticos desta bonita região transfronteiriça para se organizarem numa oferta turística global.

Nunca ouvi tal discurso de algum empresário dos concelhos limítrofes!

Por isso, não me admira nada esta notícia. É bem provável que o investimento no Campo de Golfe (e em Marvão) venha do outro lado da fronteira.

Também por isso, faz todo o sentido apontarmos baterias nessa direcção. Madrid não fica muito mais distante que Lisboa.

E o mercado é outro…


Cumprimentos

Bonito Dias
(bonitodias@gmail.com)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Indiferença & Irresponsabilidade: um check-up ao estado da coisa pública em Marvão

Menu:

1. Um 25 de Abril assim nunca mais;

2. Carlos Joaquim Sequeira;

3. Indiferença Generalizada;

4. Do fim que justifica o meio à irresponsabilidade enraizada;

5. Coitada da encosta de Marvão.


Este post servirá, de certa forma, para comentar e dar resposta a muitos dos tópicos debatidos aqui ultimamente, e outros tantos que começam a desabrochar no Concelho, sem que no entanto haja uma voz de fundo que sirva de pressão aos nossos responsáveis autárquicos, o que é uma pena. No que toca à minha parte aqui vai:


1. Um 25 de Abril assim nunca mais

Uma cerimónia desta importância merecia mais respeito e consideração, em primeiro lugar do Presidente da Assembleia Municipal de Marvão, e também por parte do Sr. Presidente da Câmara Municipal.

É, de facto, inédito a Assembleia Municipal – órgão máximo da democracia no nosso Concelho – não estar representada num acto solene como este. Mas tudo bem. Pior, ainda, é que o Presidente deste órgão esteve, acompanhado por ilustres amigos, na tradicional tourada do S. Marcos na véspera deste acto público.

Sem querer tirar qualquer tipo de importância às festas do S. Marcos, acho que o 25 de Abril, os munícipes e de forma especial os eleitores do Concelho de Marvão mereciam mais respeito e consideração. Sobre este Senhor há desenvolvimentos no ponto seguinte.

Acerca do Presidente do Executivo nada de novo há a assinalar. O discurso baseou-se em concordâncias e discordâncias com os discursos anteriormente proferidos pelos outros intervenientes na cerimónia.

Depois de um belo e inovador discurso levado a cabo pelo representante do Partido Socialista – Gil André Fernandes (o qual saúdo pela renovação que trouxe ao painel de oradores), o Sr. Vítor Frutuoso começou a atacar de um forma pouco ética e desapropriada, uma afirmação pronunciada pelo jovem representante do Partido Socialista, que tinha defendido a importância da intervenção do Estado.

Sobre a cerimónia do 25 de Abril, há ainda que deixar dois apontamentos finais: o primeiro tem que ver com o facto das forças políticas com assento na Assembleia Municipal só terem recebido o convite para estarem presentes na véspera da cerimónia; uma segunda que se prende com o escasso público que assistiu à cerimónia (a destoar com o ano passado, ano de eleições).


2. Carlos Joaquim Sequeira

Afirmei, neste blog, no dia 6 de Novembro de 2009, acerca da sucessão na Assembleia Municipal que “a fasquia deixada pelo Dr. Carlos Sequeira não está à altura de qualquer um”. Não me enganei, no entanto não esperava que aos dias de hoje a desilusão fosse tão grande.

A marca deixada pelo Dr. Carlos Sequeira era, de facto, difícil de igualar, pela sua integridade e seriedade, pelo seu lado prático e imparcialidade patente, e sobretudo pelo tratamento igual que dava (e continua a dar) a todos os Marvanenses.

Nestes dias tenho pensado, não na ausência continuada do actual Presidente da Assembleia Municipal, mas sim nos motivos que estiveram na saída de cena do Dr. Carlos Sequeira. É característico. Cada vez que há um Marvanense com qualidade, que trabalha com afinco durante um mandato, e que assim conhece por dentro o pior do nosso sistema autárquico, nas eleições seguintes, por sua livre iniciativa, sai de jogo.

Neste confronto quem perde é sempre Marvão. Num curto exercício de memória já experimentaram comparar a composição da Assembleia Municipal no mandato anterior e neste. Já? E quem é que perdeu, não foi Marvão?

Sei perfeitamente que Marvão não perdeu o Dr. Carlos Sequeira, que ele estará sempre presente quando o Concelho necessitar, como esteve presente nas cerimonias do 25 de Abril deste ano e viu com os seus próprios olhos a ausência do seu sucessor, acredito que isso tenha sido penoso para si.

Uma breve nota, ainda, sobre a cerimónia do 25 de Abril, mas que se prende essencialmente com a discussão dos perfis dos candidatos à Assembleia Municipal, respondendo à afirmação do Bonito (“ainda não entendi a necessidade das candidaturas insistirem em procurar, reiteradamente, cabeças de lista para a AM que, apesar de ostentarem um grande curriculum, não têm “vivido” Marvão”): estiveram presentes, nesta cerimónia, os candidatos à Assembleia Municipal pelo PS e Movimento por Marvão, respectivamente Silvestre Andrade e Maria de Jesus Garcia. Cada um retirará as suas conclusões.

Finalmente, ao Dr. Catarino após estas ausências continuadas não lhe resta outra alternativa que não seja a renúncia ao cargo, caso contrário poderá ver esse pedido formalizado por muitos eleitores Marvanenses, que se têm vindo a sentir desrespeitados.


3. Indiferença Generalizada

Os cargos políticos, como o de deputado municipal, respeitam a vontade soberana dos eleitores de um Concelho, não podem por isso ser levados de ânimo leve, com indiferença para com os assuntos da coisa pública.

A meu ver este estado de indiferença começou em Marvão, na alteração, no início deste mandato, da hora das Assembleias Muncipais (para as 18h), o que impossibilitou a participação de uma grande parte da assistência que era habitual nestas sessões. Pode ser que com a renúncia, que falei em cima, esta situação possa ser alterada.

O cargo de deputado, na oposição ou não, prevê, à partida, uma disposição incondicional de trabalho em prol do Concelho, a leitura dos documentos a votação, perguntas ao executivo nas dúvidas que possam advir do estudo dos dossiers. Tenho impressão que isso deixou de acontecer, salvo algumas excepções. Digo “deixou”, porque no mandato anterior haviam deputados que garantiam esse trabalho e intervenção durante as sessões, que aferiam com rigor e seriedade o trabalho do executivo. Mais uma vez foi Marvão que ficou a perder.

Sobre a comunicação das forças políticas do nosso Concelho, pode-se ler neste blog no dia 1 de Outubro de 2009, por intermédio de um post do Bonito que: “apesar da idade avançada da maioria dos munícipes, as candidaturas apostam (também) na internet para transmitir a sua mensagem”.

Esta forma de comunicação, à excepção do Movimento por Marvão - curiosamente a única força política sem representação na Assembleia Municipal, esgotou-se no dia 10 de Outubro de 2009. Nem sequer o site do PSD – vencedor das eleições – anunciou a vitória nas eleições autárquicas. Aqui está mais um sinal da indiferença dos distintos actores políticos do nosso concelho.


4. Do fim que justifica o meio à irresponsabilidade enraizada

A passagem de um candidato a funcionário da autarquia é natural no nosso mundo autárquico, mas o mesmo não pode deixar de ser condenável, se for contextualizado de acordo com aquilo que são as necessidades das diferentes autarquias.

Marvão não precisa, nem vai precisar nos próximos tempos, de uma pessoa para um lugar desta natureza. No entanto, há aspectos que se prendem com promessas eleitorais, que jamais poderão ser suplantados. É Marvão que perde, outra vez.

Se a passagem do Sr. Lourenço Costa de candidato das listas do PSD a funcionário da autarquia foi tudo menos clara, isto não faz com deixe de ter consideração e respeito por si; terá, isso sim, reforçado um certo pendor autista que há algum tempo venho denotando no Sr. Presidente da Câmara.

Para finalizar este assunto, faço minhas as oportunas palavras da Vereadora Madalena Tavares, deixadas em reunião de Câmara: “supondo que este secretário, na perspectiva do executivo em funções, é imprescindível, o mais lógico, não seria recorrer ao programa de estágios de Recém-Licenciados, criado recentemente pelo Governo? Queremos fixar os nossos jovens mas, quando existe essa possibilidade, dá-se prioridade aos compromissos políticos”.

A edição número 4 do boletim informativo da Câmara Municipal de Marvão, o tal “InfoMarvão”, ainda não tinha sido impresso na segunda-feira passada (dia 3 de Maio), o que demonstra a irresponsabilidade do executivo perante os munícipes, naquilo que é o meio oficial de comunicação do município. Mais insólito é a publicidade que aparece no final do boletim – a V Quinzena Gastronómica do Cabrito e Borrego, um evento que se finalizou no dia 11 de Abril.

Os Marvanenses merecem mais respeito.


5. Coitada da encosta de Marvão

No final, uma breve nota para a irresponsabilidade do executivo em colocar à venda a “Coutada” – um importante prédio rústico na envolvente de Marvão.

Nas palavras do Sr. Presidente não há qualquer problema na venda deste prédio visto que “a zona onde se insere a «Coutada» é uma zona protegida abrangida pela Reserva Ecológica Nacional e ainda pelo Plano de Ordenamento do PNSSM.Tratando-se de uma zona de protecção, não espera que o eventual investidor venha a construir nesse prédio”.

Neste sentido lanço duas perguntas: quem é que é o investidor inocente que está disponível para comprar este terreno sem ter qualquer tipo de permissão para construir? Com o terreno onde nasceu o aldeamento do Golfe não se passava exactamente a mesma coisa?

Este assunto não vai ficar por aqui.

P.S.: O português poderá ter sido adulterado pelo avançado da hora.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Passos Largos


Havia já algum tempo que não publicava nada no Fórum Marvão, não por estar zangado com algum dos colaboradores deste espaço, ou por não concordar com os conteúdos "editoriais" do mesmo, mas tão somente por uma manifesta falta de tempo.

Coloco aqui este "cartoon ", que considero ser apropriado relativamente à actualidade da política nacional .

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ecos da 2ª Assembleia Municipal 2010

De acordo com o que aqui noticiámos, realizou-se na passada sexta-feira, a 2ª Assembleia Municipal Ordinária de 2010.

(Convém realçar que o que vão ler a seguir não é uma crónica isenta, mas apenas a minha versão dos acontecimentos, porque como todos sabem represento uma das organizações politicas presentes na AM. Mas não andarei muito longe dos factos…).

A Sessão iniciou-se com as informações e justificações da 1ª Secretária da Mesa da Assembleia, Hermelinda Carlos, que presidiu à dita, sobre a falta do Presidente José Catarino, que como aqui já foi referido no Post anterior, mais uma vez primou pela ausência.
As justificações apresentadas foram abertamente criticadas pela Oposição, principalmente através dos membros do Partido Socialista, mas sobretudo, não foi possível disfarçar um certo mau estar que estas ausências causam ao Partido da maioria.

Analise crítica: Acompanho as AM há mais de 10 anos e nunca me lembro de qualquer falta dos Presidentes, à excepção do actual, que leva a segunda consecutiva, e todos eles tinham a sua vida profissional fora do concelho. E se sobre estas ausências ainda se aceitam algumas justificações, já a sua não comparência, enquanto Presidente de um Órgão Democrático como é a AM, para presidir às cerimonias do 25 de Abril (num domingo), estando presente no dia anterior no concelho, terão de ser devidamente justificadas, perante aqueles que o elegeram.

No ponto da Ordem de Trabalhos referente às Informações do Presidente da Câmara sobre a actividade municipal dos últimos dois messes, a discussão centrou-se em torno de três assuntos: Aquisição do Pavilhão à Casa do Povo, proposta para venda de Prédios Municipais (“Gamacha” na Beirã e “Coutada” em Marvão) e a aprovação de transferência de verbas para contratação do Secretário para os Srs. Vereadores.
O assunto que gerou mais polémica foi o da transferência de verbas para custos com a contratação do Sr. Lourenço (15 000 euros), com as duas forças politicas da oposição (PS e “Juntos Por Marvão”), a criticarem duramente o Executivo PSD, que passa de um mandato para o outro de 1 Presidente +1 Vereador + 1 Vereador a meio-tempo, para 1 Presidente + 2 Vereador a tempo inteiro + 1 Secretário.
Convém informar os Visitantes do Fórum que esta decisão é da inteira responsabilidade da Câmara Municipal, não tendo a AM qualquer poder, para alem do de manifestar as críticas.

Os restantes Pontos da Ordem de Trabalhos, todos eles foram, em geral, aprovados praticamente sem discussão, com os votos favoráveis do PSD e abstenção do PS e “Juntos Por Marvão” (sem apresentação de qualquer justificação).
Análise crítica: Também aqui, e pela primeira vez, desde que assisto às AM, verifiquei a aprovação de 1 Relatório de Actividades e de Contas, sem qualquer explicação por parte do Executivo e sem que a Oposição tenha pedido qualquer explicação ou justificado a sua abstenção!

No Ponto de Assuntos Diversos pudemos assistir a um conjunto de criticas sobre a organização das Cerimónias do 25 de Abril, pela voz de Silvestre Manjerona em representação do PS, e que seriam dignas de realce se, praticamente, todas elas, não tivessem já sido alvo de uma Moção por mim apresentada no Período Antes da Ordem do Dia e que vos deixo a seguir. No entanto, congratulo-me por não ser apenas eu que vejo as coisas deste jeito.

No Período Reservado ao Público, claro que não houve assuntos. Pudera, praticamente também houve público…

"Moção apresentada por João Bugalhão no Período Antes da Ordem do Dia:

Moção

Em meu nome pessoal, quero congratular-me com a passagem de mais um aniversário de 25 de Abril, bem como as suas mais frutíferas consequências na sociedade portuguesa em geral, e em Marvão em particular. Quero também felicitar a Autarquia pela organização de mais uma celebração dessa data na manhã desse dia e para as quais teve a amabilidade de nos convidar.

No entanto, não posso, nem quero, deixar aqui de referir alguns factos passados e que me parecem que em nada contribuem para a dignidade de comemoração dessa data.

Em primeiro lugar, quero lamentar a deficiente capacidade organizativa posta no evento, nomeadamente, a falta de intervenção de representação desta Assembleia, que pela primeira vez, desde que lembro, não teve ninguém a presidir a essa cerimónia ou a intervir. Não sei de quem é a responsabilidade, mas é lamentável, que o Órgão mais representativo dos marvanenses, não intervenha e não superintenda a uma cerimónia que deveria orgulhar todos os portugueses, sobretudo aqueles, que se revêem nos princípios democráticos e que aceitam ser parte integrante das suas estruturas.

Em segundo lugar lamentar, que não se tenham feito representar nessa cerimónia, todas as organizações políticas representadas nesta Assembleia. Bem como, o de convir aclarar no futuro, se o espaço de intervenção reservado a essas organizações na cerimónia, são para os representantes desta mesma Assembleia, ou se são para as forças politicas em sentido lato.

Em terceiro lugar, lamentar algumas intervenções, quase e só, de reactividade, por parte de alguns dos intervenientes, numa data que deveria ser aproveitada para mensagens positivas e de estímulo à comunidade marvanense. O 25 de Abril não foi feito para justificações. O 25 de Abril foi feito para “semear e cultivar e não para ceifar…”

Em minha opinião, é também através deste tipo de displicências que se contribui para degradar e aniquilar uma data, alguns princípios e valores sociais que deveriam ser intocáveis para todos os que aceitam ser actores na vida política portuguesa.

João Bugalhão "

sábado, 1 de maio de 2010

Ausência!


Em 21 de Julho de 2009, no âmbito da apresentação oficial da candidatura do PSD às eleições autárquicas de Marvão escrevi aqui:

“Pela primeira vez vi e ouvi o candidato do PSD à Assembleia Municipal. Apresentou-se com um discurso muito bem estruturado e incisivo. Tem um curriculum valioso. Mas, teve a necessidade de afirmar e reforçar que é da Beirã; informar de quem é filho, sobrinho, etc…

Sintomático!

Sem ter como objectivo desprestigiar uma personalidade com um percurso profissional tão notável, e com quem até simpatizei, diria que ainda não entendi a necessidade das candidaturas insistirem em procurar, reiteradamente, cabeças de lista para a AM que, apesar de ostentarem um grande curriculum, não têm “vivido” Marvão…”


Infelizmente, lembrei-me novamente, agora, dessas minhas palavras…

Isto porque, segundo “rezam as crónicas”, o sr. presidente da AM de Marvão tem-se pautado pela ausência.

Não compareceu na penúltima sessão da AM, realizada em 26 de Fevereiro, não compareceu na sessão solene das comemorações do 25 de Abril, onde é tradição o presidente da AM discursar e, ontem, mais uma vez, esteve ausente na sessão da AM.

Não tendo sido apresentadas razões de saúde, diria que estas ausências do presidente da AM chamam a atenção… por serem várias e sequenciais!

Provavelmente, factores como o “grande curriculum” e “não ter vivido Marvão” terão alguma responsabilidade nestas ausências.

Julgo que o facto do presidente da AM estar ausente é grave. É grave porque considero que a AM tem um papel fulcral na política do concelho. Dá suporte (ou não) ao executivo, deliberando sobre matérias com bastante impacto nos destinos de Marvão.

E o presidente é o líder deste órgão!

No entanto, “ausência” parece ser o termo mais aplicado às AM agora que o seu horário foi alterado para as 18 horas. O público, naturalmente, escasseia e alguns membros terão até alguma dificuldade de pontualidade (eu, se ainda o fosse, não poderia, certamente, cumprir esse horário!).

Será que existirá aqui uma acção deliberada para desprestigiar este importante órgão autárquico(AM) e, desta forma, diminuir o seu poder de fiscalização e escrutínio ao executivo?

Não acredito…


Cumprimentos

Bonito Dias

Arquitecto com ligação a Marvão recebeu Medalha de Mérito Municipal em Lisboa

(Arq. Nuno Teotónio Pereira)