domingo, 29 de junho de 2008

Primeira Página





Neste Fórum tudo é importante, todos os post e todos os comentários. Porque tudo isso é que é o Fórum Marvão!


Um blog “roda” muito depressa. E este, felizmente, também tem “rodado”!

Por isso, um comentário ao post “Um concelho, duas apostas para o desenvolvimento…” que eu considero fundamental ficou já muito lá para trás. E, assim, muitos não o terão lido.

Não resisto, portanto, a apresentar esse comentário na “Primeira Página”!

Pedindo licença ao Dr. José Boto (autor do mesmo) cá vai…


Deixo aqui algumas opiniões sobre o desenvolvimento económico do concelho e da Região.

A. Concordei durante muitos anos que os 2 eixos fundamentais para o desenvolvimento do concelho seriam o Turismo e a manutenção / desenvolvimento da actividade industrial.

Por esse motivo, há algumas décadas, como gestor e empresário aposto nas 2 vertentes no concelho de Marvão.

Mas devo confessar que já estive mais optimista.

B. Comecemos pela actividade Turística
1. Marvão e os concelhos limítrofes têm potencialidades enormes – a Vila de Marvão, Castelo de Vide e o seu património judaico, Portalegre (com os seus conventos, palacetes, museus), tudo rodeado ou incluído no Parque Natural da Serra de São Mamede, o património megalítico, a cidade Romana de Ammaia, a nossa gastronomia, a proximidade com Espanha que a uma distância relativamente curta de Marvão tem vários locais reconhecidos como Património Mundial,…

Quando falamos em potencialidades Turísticas restringir as mesmas ao concelho de Marvão é limitativo e não conduz a muito.

2. Mas sem dúvida que tem de haver um projecto âncora sem o qual os Turistas são cada vez menos; e é este decréscimo que em minha opinião está a acontecer, de ano para ano, nos últimos anos.

A candidatura de Marvão a Património Mundial constituíu um projecto estruturante para toda a Região (não apenas para o concelho de Marvão).

Marvão teve durante anos uma visibilidade ímpar em termos de todo o Alentejo, fruto da candidatura e não só (por exemplo a passagem da Volta a Portugal em bicicleta por Marvão, pela mão do Dr. Mena Antunes foi também importante (o homem não financiou só acções sem interesse para o desenvolvimento do Concelho).

Mas a queda deste projecto e o facto de nada ter sido feito para o relançar ou para criar outra alternativa com capacidade para captar turistas nacionais e estrangeiros para esta região, aliados a que noutras zonas do Alentejo tal está a acontecer – No Alqueva e no litoral Alentejano, conduzem a que o destino Alentejo seja cada vez mais interessante, mas cada vez esta nossa parte do Alentejo menos potencialidades tenha para captar um elevado número de turistas.

O futuro parece passar pelo Alqueva, Litoral Alentejano e Évora, se para estas bandas nada de importante for feito.

3. Em minha opinião, em termos turísticos a falta de visão dos players da nossa região tem sido desastroso e no espaço de poucos anos só temos assistido a desastres a que as nossas populações e os nossos representantes pouca importância dão; queda da candidatura de Marvão a Património Mundial, fecho do campo de Golfe d’Ammaia, anterior queda do projecto global do Eng.º Melancia (Hotel, Golfe, Aparthotel ligado ao golfe, animação turística, …).

4. Para substituir a candidatura de Marvão a Património Mundial o actual executivo camarário tem apostado em vários pequenos projectos interessantes para a captação de clientes para a restauração local, com alcance que vai até Portalegre e a Valência de Alcântara, mas que não passam daí (pelo menos na minha opinião) e são ineficientes em termos de captação de turistas provenientes dos grandes centros habitacionais nacionais e do estrangeiro, imprescindíveis para viabilizarem as já muitas unidades hoteleiras e restantes infra-estruturas Turísticas no Concelho; os executivos camarários dos Concelhos limítrofes mais não fizeram; do trabalho de todos em equipa, que era onde mais se deveriam empenhar, também nada de estruturante apareceu; a Região de Turismo de São Mamede, por seu turno, perdeu protagonismo e verbas nos últimos anos e a machadada final foi dada com a extinção das Regiões de Turismo e criação de uma grande Região para todo o Alentejo, onde pelos motivos referidos antes a capacidade de afirmação das nossas potencialidades são ainda menores.


C. Vamos agora à vertente industrial

1. O concelho de Marvão e Santo António das Areias em particular, já empregaram algumas centenas de pessoas na área industrial.

Tal ocorreu antes do 25 de Abril de 1974, fruto da capacidade de um grande empresário do Seu tempo que foi o Sr. João Nunes Sequeira.

As regras do jogo após 1974 alteraram-se no entanto completamente.

Até lá haviam 2 normas que dificultavam imenso a actividade industrial e que poucos tiveram capacidade para ultrapassar – a Lei do condicionamento industrial (não era nada fácil constituir uma empresa em Portugal) e as fortes limitações à importação de produtos.

Tal conduzia a que o complicado naquela época era constituir uma empresa; uma vez constituída o fundamental era produzir, porque a colocação no mercado, face à inexistência de concorrência, estava garantida.

2. Após 74, a Lei do condicionamento industrial (uma das principais responsáveis pelo atraso da nossa economia face à Europa) foi extinta e a pouco e pouco as barreiras à importação foram desaparecendo, até que acabaram de vez com os acordos de pré-adesão de Portugal à C.E.E..

Emergiram então largas centenas de novas empresas fabricantes ou importadoras e a concorrência acentuou-se de forma progressiva.

A generalidade das PME’s que vinham de trás não estavam preparadas para esta evolução e faliram. Em Santo António das Areias tal aconteceu à Celtex e a Filhos de João Sequeira, Lda (actual Nunes Sequeira S.A.) resistiu devido à conjunção de vários factores e de várias pessoas (onde destaco o papel do Sr. Artur Serrano Sequeira), que de forma empenhada conseguiram ir procedendo à sucessiva renovação e modernização da empresa.

Ultrapassou-se a fase pós 74, a integração na Comunidade Europeia, a mais recente modernização do comércio alimentar com o aparecimento das grandes superfícies e tudo o que lhe esteve associado e estamos a viver o actual processo de concentração dos grandes operadores (só para referir o processo mais conhecido – o desaparecimento em Janeiro de 2008 do Carrefour em Portugal, comprado pela Modelo-Continente).

A tudo isto a Nunes Sequeira, S.A. foi resistindo e adaptando-se

Mas como é óbvio tal não foi e continua a não ser nada fácil, exigiu e continua a exigir mudanças enormes ao nível da modernização de equipamentos e instalações, processos e organização do trabalho, actuação comercial,…; e inevitavelmente ao nível dos Recursos Humanos.

3. Na actualidade a vida das PME’s que actuam nos sectores tradicionais da economia está muito dificultada; todos o sabemos pelas notícias – não precisamos de estar no negócio para conhecermos a realidade.

Em paralelo, criar novas empresas mesmo com apoios provenientes do QREN, PRODER,… é muito duvidoso.

Mais difícil ainda é manter ou constituir empresas no interior do País quando o consumo está no Litoral. Os custos de distribuição são actualmente elevadíssimos e tal é um dos motivos principais para que mesmo Portalegre muito poucas unidades industriais consiga manter ou cativar, apesar do parque industrial que tem e onde quase tudo o que lá está instalado são empresas de prestações de serviços ou de actividade comercial viradas para o mercado local.

Isto para concluir que não acredito em que haja condições para que o sector industrial nos dias de hoje possa constituir um forte factor de desenvolvimento de Marvão.

4. Tal não invalida que pequenos projectos aproveitando os produtos regionais, bem como oficinas diversas, não tenham futuro.

Penso que têm e que devem ser incentivados e acarinhados pela Câmara; e para tal o ninho de empresas e a pequena zona industrial são importantes e fundamentais.

É de facto inexplicável que executivo após executivo mais não façam do que promessas nestas matérias, tendo-se perdido várias oportunidades de estabelecimento de micro empresas no Concelho, ou então estando algumas instaladas em condições muito deficientes.

5. Em conclusão, fica aqui um balanço pouco estimulador do que em minha opinião ocorreu nos últimos anos em Marvão em termos de actividade económica e do que nos espera nos próximos anos.

O balanço que faço não se restringe ao nosso concelho – infelizmente é extensivo a todo o nosso Distrito, que nos últimos anos tem regredido em termos de actividade económica no seu todo.

Aos empresários compete-lhes assumir os riscos da sua actividade, ser inovadores para os conseguir ultrapassar e criar ou perspectivar as oportunidades que vão surgindo; mas é importante que sintamos visão e estimulo por parte dos dirigentes autárquicos e de outras estruturas regionais; e mais importante ainda seria que estes chamassem os empresários para os ajudarem a definir objectivos e estratégias de desenvolvimento económico, bem como aceitassem fazer parcerias com os mesmos.

Mas infelizmente raramente os dirigentes autárquicos e regionais aceitam sentar--se com os empresários, para discutir ideias de forma clara e aceitando as sugestões.

Normalmente, pela experiência que tenho, somos convidados para os ouvir discursar e explicar os projectos que engendraram, em reuniões onde participa um grupo vasto de ilustres munícipes (mas que de empreendedorismo não têm a mínima ideia), restando-nos a possibilidade de dizer “ámen” ou então cairmos fora do processo por não vermos que as nossas opiniões possam ter alguma receptividade.”

José Boto

27 de Junho de 2008 13:57

SERVIÇO CÍVICO

Ao publicar este Post, sobre uma actividade pública, faço-o, em minha opinião, como um serviço cívico e de cidadania. Já que, acerca de 7 anos venho propondo aos diversos executivos, que estas actividades do Órgão mais representativo dos marvanenses, deveriam ser divulgadas.

Até à data nunca consegui tal pretensão, por parte dos dois últimos executivos. Parecendo, esses Órgãos, sempre mais preocupados com a desinformação, e em não prestigiar as representações dos marvanenses, para que estes, melhor possam julgar, aqueles que elegem como seus representantes.

Já que temos esta fonte do Fórum, que chega a todas as partes do mundo, penso ser uma oportunidade de levar alguma informação, a um número maior de marvanenses, para além daqueles que assistem às Assembleias, ou àqueles que, estando longe, se interessam pela sua terra.

Quero também esclarecer que farei estes Posts, procurando ser isento nas informações, embora todos saibam como isso é difícil. Se alguma vez o não for, peço já, antecipadamente, desculpa.

Simultaneamente, este espaço permite discutir e opinar a todos, sobre o que tratam as Assembleias Municipais, e fazer uma discussão pública da coisa.

Assim o queiram os visitantes do Fórum…

De acordo com o anunciado em “Informação Fórum” anterior, realizou-se na passada sexta-feira, dia 27/6 a 3ª Assembleia Municipal de Marvão de 2008.

Em síntese, podemos noticiar que se tratou de uma Assembleia das mais participadas, em intervenções dos seus membros dos últimos anos, tendo terminado cerca da 1 hora da manhã. Sendo de realçar, que até os Vereadores, todos tiveram a sua intervenção e o debate foi rico.

Após o período “Antes da Ordem do Dia”, em que o Presidente da Assembleia, Carlos Sequeira, prestou as informações que lhe chegaram, durante os dois últimos meses, entrou-se na “Ordem do Dia”, do qual aqui se apresenta o resumo possível.

No Ponto 1, procedeu-se à tomada de posse do novo Membro da Assembleia, Paulo Estorninho Mota, em representação do Partido Socialista, devido à suspensão de mandato, até final do ano, de Manuel Bugalho.

No Ponto 2, o Presidente da Câmara informou sobre as actividades do executivo nos últimos 2 meses. Tendo sido interpelado pela grande maioria dos Membros dessa Assembleia a prestar esclarecimentos sobre diversas dúvidas colocadas.
Neste ponto, há a destacar a apresentação de uma Proposta pelo Partido Socialista, solicitando uma “Avaliação Externa” ao concurso, execução e fiscalização de algumas obras da responsabilidade do actual executivo, nomeadamente, os arranjos exteriores do Bairro Novo da Portagem e arranjos de alguns Caminhos Municipais.
Após acesa discussão a Proposta seria rejeitada pela votação de 11 votos contra do PSD; 6 Votos a favor do PS; e 1 Voto de abstenção do CDS/PP.
Alegando o PSD, em declaração de voto, que só aceitaria uma proposta deste tipo se abrangesse “todas as obras”, quer as da responsabilidade deste executivo, quer as do executivo anterior.

O Ponto 3, dizia respeito à 3ª Revisão ao Orçamento para o ano de 2008 e 2ª Revisão às Grandes Opções do Plano 2008/2011. A sua aprovação foi pacífica e aprovada por maioria.

O Ponto 4, pretendia a aprovação de um empréstimo por parte do executivo até ao valor de 800 000 euros, para fazer face às despesas de investimento, das seguintes obras:

- Modernização do Campo dos Outeiros em S. A. Areias – 85 000 Euros
- Execução do Loteamento da Beirã – 220 000 Euros
- Aquisição de prédios rústicos – 75 000 Euros
- Execução de um loteamento em S.A. Areias – 150 000 Euros
- Elaboração de proj. de infra-estruturas urbanísticas – 15 000 Euros
- Requalificação do Bairro Novo da Portagem – 125 000 Euros
- Plano de intervenção das muralhas de Marvão – 60 000 Euros
- Loteamento Industrial de S.A. Areias (Elab. de Proj.) – 10 000 Euros
- Repavimentação do CM dos Galegos – 60 000 Euros

Este ponto mereceu grande discussão entre os Membros da Assembleia, com pontos de vista diferentes entre o PSD e PS.
O empréstimo acabou por ser aprovado com 12 Votos a favor (11 PSD + 1 CDS/PP) e 6 Votos contra do PS.

No Ponto 5, pretendia-se a aprovação de um Regulamento de distinções honoríficas do Município de Marvão. Este ponto teve a aprovação por unanimidade da Assembleia.

Ponto 6, proposta de aprovação de geminação de Marvão com Castelo de Piauí (Brasil). Tal como o previsto este ponto teve grande discussão e polémica.
Apesar de aprovado por unanimidade no executivo, aqui na Assembleia atingiu o paradoxo de ser praticamente aprovado pela oposição, já que foi aprovado apenas por 7 Votos favoráveis (6 do PS + 1 do PSD); Com 2 Votos contra da bancada do PSD; e 9 Abstenções (8 do PSD + 1 CDS/PP).

O Ponto 7, de “Assuntos Diversos”, ficou marcado pela apresentação de duas Proposta: uma da Bancada do Partido Socialista, que propôs que o executivo, trouxesse novamente, à Assembleia a “Proposta de Adesão do município à NaturTejo e GeoparK”; Esta proposta mereceu a aprovação unânime da Assembleia; e uma da minha autoria, que propunha que o executivo organizasse uma “visita guiada”, para todos os Membros da Assembleia Municipal, às obras previstas e em execução, por parte do município de Marvão. Esta visita deverá ser agendada para a tarde da próxima Assembleia Municipal, a realizar no próximo mês de Setembro. Esta proposta foi aprovada por maioria, com 16 Votos a favor e duas abstenções (da bancada do PSD).

No período reservado ao público intervieram 3 Munícipes, que questionaram o Presidente da Câmara, que prestou os respectivos esclarecimentos.

TA: Esta informação nada tem a ver com Actas Oficiais das Assembleias, é apenas um espaço de informação.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O Parque Natural varre os miolos para baixo do tapete




Carro abandonado nas traseiras da sede do Parque Natural da Serra de S. Mamede, nos Olhos d'Água, juntinho à nascente do rio Sever, poluindo o maior recurso aquífero subterrâneo do Alto Alentejo.
Não contentes com cobrar taxas a quem vem passear nas nossas veredas, com cobrar centenas de euros por pareceres que tardam aquilo que bem entendem tardar, vêm agora sujar aquilo que estava limpo.
Estamos nas mãos destes gajos, a começar no fumador aéreo, seu grande chefe, e vindo por aí abaixo até não sei onde.
Luta armada, já!



terça-feira, 24 de junho de 2008

GEMINAÇÃO OU DIVISÃO?

Castelo de Piauí é uma localidade brasileira que até 1948 se chamou Marvão.

Desde 2004 (após a descoberta desta localidade na Internet), que existem tentativas de estabelecimento de contactos, por parte dos executivos marvanenses com o executivo brasileiro.

Em Janeiro de 2008, Marvão teve a visita de um Assessor de Turismo do Município de Castelo de Piauí, e desde aí, existiram diversos contactos entre os dois executivos, para aprofundamento de conhecimentos das duas localidades, tendo em vista um possível Protocolo de Geminação.

Em Abril de 2008, após aprovação na Câmara Municipal de Marvão, foi enviado para Piauí, uma proposta de Protocolo de Geminação, entre as duas localidades.

Imagem da Pedra do Castelo de Piauí


Essa proposta teve a aceitação do Prefeito de Castelo de Piauí, Dr. José Ismar Martins.

Em Maio de 2008, a Prefeitura de Castelo de Piauí, formulou um Convite para que uma comitiva marvanense estivesse presente durante 10 dias, no final do mês de Julho de 2008, para assinatura do Protocolo de Intenções.

Perante isto, ficou deliberado em Reunião de Câmara, aceitar o convite. A comitiva seria constituída por representantes da Autarquia marvanense, empresários e outras entidades públicas.
As despesas de permanência seriam custeadas por empresas do Estado de Piauí. À excepção das despesas com as passagens aéreas, que serão da responsabilidade do Município de Marvão.
A Câmara Municipal de Marvão deliberou ainda, deslocar 5 pessoas a Piauí (3 Vereadores, 1 Representante da A. Municipal e a Técnica Superior de História).


Pedra do Castelo (2)

No entanto, em Reunião de Câmara a 4 de Junho de 2008, o Presidente de Câmara, alegando dificuldades económicas, devidas à conjectura internacional, propôs o adiamento desta deslocação, levando o assunto a votação, tendo sido deliberado, por maioria, enviar a comitiva. Com votos favoráveis dos 4 Vereadores (2 PSD + 2 PS) e abstenção do Presidente da Câmara.



Assessor de Turismo do Castelo de Piauí em Marvão
Como parece, o tema está envolvido em polémica e no próximo dia 27 de Junho, a Assembleia Municipal irá discutir e aprovar (ou não) a proposta de Geminação.

Se for aprovado será que não se justifica a deslocação?

Será que a deslocação vai influenciar a aprovação da Geminação?

Que vantagens trará a Geminação?

Quanto custa ao Município a deslocação?

Os proveitos poderão superar os custos?

Em prol do concelho, estaria a comitiva disposta a pagar do seu bolso as deslocações?

Esperemos para ver…

INFORMAÇÃO FÓRUM

3ª ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE MARVÃO 2008

Vai realizar-se no próximo dia 27 de Junho (Sexta-Feira), no Salão Nobre da Câmara Municipal, a 3ª Assembleia Municipal de Marvão do ano de 2008, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1 – Tomada de posse de um novo membro da Assembleia Municipal

2 – Informação do Presidente da Câmara acerca da Actividade Municipal

3 – 3ª Revisão ao Orçamento para o ano de 2008 e 2ª Revisão às Grandes Opções do Plano 2008/2011

4 – Contratação de um empréstimo até ao valor de 800 000 euros

5 – Proposta de Regulamento das distinções honoríficas do Município de Marvão

6 – Proposta de aprovação de geminação de Marvão com Castelo de Piauí (Brasil)

7 – Assuntos diversos

domingo, 22 de junho de 2008

Um Concelho, duas apostas para o desenvolvimento...





Marvão é um Concelho “especial”!

Digo isto… não porque seja o meu mas… porque é, de facto, diferente dos outros.

As outras terras têm, normalmente, algo que as diferencia e que se torna a sua “mais valia”, o seu motor para o desenvolvimento.

Este concelho é diferente!

Tem, desde logo, essa pérola que é a vila de Marvão. Que o diferencia de todos os outros, para o melhor e para o pior: para o melhor porque pode permitir a criação de uma dinâmica de desenvolvimento turístico única; para o pior porque, na sua limitação geográfica, não permite, como sede de Concelho, congregar infra-estruturas e vontades.

Sem me referir agora, concretamente, a essa pérola que atrai grande número de visitantes e poderá (deverá) potenciar a dinâmica turística de toda a região, parece-me que o Concelho não pode depender só disso e que apresenta, pelo menos, mais duas vertentes fundamentais para seu desenvolvimento: uma endógena e outra alicerçada na experiência de décadas. Isto, numa perspectiva de apostar em cada sítio naquilo que o mesmo tem de melhor.

Refiro-me a “desenvolvimento” pensando na criação de emprego e, portanto, na fixação de pessoas!

A primeira é a vertente turística local.

A Portagem!

A Portagem tem todas as condições naturais para se tornar no destino de eleição (no verão e não só) para Espanhóis e Portalegrenses. Precisa de ter mais oferta e, sobretudo, oferta de qualidade (por exemplo, uma marisqueira!)

E precisa de ver o seu espaço dinamizado. Essa dinamização compete não só à Câmara e à Junta mas também aos “operadores” locais que se deveriam associar nesse sentido.

Julgo que, no Verão, o espaço do Centro de Lazer deveria ter animação, pelo menos, semanal. Preferencialmente, com grupos espanhóis!

Isso permitiria à Portagem ter um afluxo crescente de visitantes (consumidores) na medida em que teria uma animação constante. Tornar-se-ia um hábito (ainda mais do que agora) ir até à Portagem.

A segunda é a vertente industrial e de pequenos negócios em Santo António das Areias. Esta “indústria”, que tão importante tem sido para o Concelho e que, agora, está em declínio, necessita de ser apoiada, reinventada e rejuvenescida.

A possível deslocalização da unidade produtiva da “Nunes Sequeira” de Borba para Santo António das Areias seria uma grande notícia para o Concelho.

Oxalá seja viável e se concretize!

Apoiar as unidades já existentes e proporcionar o desenvolvimento de outras é fulcral!

Para isso, além de outras medidas, é determinante que surja, finalmente, o tal ninho de empresas, centros de negócios, ou lá o que lhe queiram chamar!

Na próxima Assembleia Municipal (dia 27) vai a votação um pedido de empréstimo, de longo prazo, no montante de € 800.000,00. Este empréstimo contempla, sobretudo, de uma forma lógica (porque estava definido no programa eleitoral), vários loteamentos e outras infra-estruturas urbanísticas e, de uma forma menos lógica e mais discutível, a repavimentação de caminhos. (além da modernização do campo de jogos que será candidatada ao QREN e do projecto para um futuro loteamento industrial).

Fico, assim, algo apreensivo!

Em mais um empréstimo, não vejo ainda contemplada a concretização do ninho de empresas. É que já passaram ¾ do mandato e aquela que foi considerada a prioridade das prioridades no programa eleitoral teima em não ver a luz do dia.

Compreendo que não seja fácil! De facto, nenhum dos executivos anteriores conseguiu implementar esse projecto.

Contudo, também, nenhum deles nunca o assumiu como determinante…


Grande Abraço

Bonito Dias

sábado, 21 de junho de 2008

Apoio ao Comércio

Despacho nº 12254/2008 de 30 de Abril de 2008 DR 84 - Série II Emitido Por Ministério da Economia e da Inovação - Gabinete do Ministro

3.ª fase do Sistema de Incentivos a Projectos de Modernização do Comércio (MODCOM).
O despacho n.º 26689/2005 (2.ª série), de 5 de Dezembro, do Ministro da Economia e da Inovação, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 247, de 27 de Dezembro de 2005, com a redacção que lhe foi dada pelos despachos n.os 25595/2006 (2.ª série), de 7 de Dezembro, 24930/2007 (2.ª série), de 30 de Outubro e 12255/2008 (2.ª série), de 24 de Abril, aprovou o Sistema de Incentivos a Projectos de Modernização do Comércio (MODCOM), no âmbito do Fundo de Modernização do Comércio, criado pelo Decreto-Lei n.º 178/2004, de 27 de Julho, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 143/2005, de 26 de Agosto, e regulamentado pela Portaria n.º 1297/2005, de 20 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 1359/2006, de 4 de Dezembro.
Nos termos dos n.os 1 dos artigos 9.º, 17.º e 25.º do citado Sistema de Incentivos, a selecção de projectos é feita por fases, cujos períodos, entidades beneficiárias, dotações orçamentais regionais e condições específicas de cada fase são definidas por despacho do Ministro da Economia e da Inovação.
Assim, determino o seguinte:
1 - A fase de selecção de projectos, a que se referem os artigos 9.º, 17.º e 25.º do Sistema de Incentivos a Projectos de Modernização do Comércio, inicia-se em 15 de Maio de 2008 e tem a duração de 45 dias úteis, sendo aplicável a todas as regiões do continente de acordo com o disposto no número seguinte.
2 - A dotação orçamental para esta fase é de (euro) 20 000 000, com a seguinte distribuição regional nas respectivas áreas geográficas das direcções regionais do Ministério da Economia e da Inovação:
Norte - (euro) 5 900 000;
Centro - (euro) 3 100 000;
Lisboa e Vale do Tejo - (euro) 8 200 000;
Alentejo - (euro) 1 900 000;
Algarve - (euro) 900 000.

sábado, 14 de junho de 2008

FÓRUM INFORMAÇÃO

NOTA: A parte final do original deste Post foi retirada. Embora não existindo qualquer intenção de atacar pessoas ou instituições, o Fórum Marvão reconhece, que o último parágrafo podia ser susceptível a essas interpretações, pelo que pedimos desculpa se alguém se sentiu visado, pois não era essa a finalidade desta rubrica.
O Fórum Marvão inicia hoje uma nova Rubrica denominada, “Fórum Informação”.

Neste espaço pretendemos informar os nossos visitantes, acerca de notícias que nos vão chegando sobre Marvão ou consigo relacionadas, quer através de pesquisas nossas, quer através do que outros tenham noticiado e que cheguem ao nosso conhecimento. Simultaneamente, pretendemos lançar o debate sobre essas notícias, por todos aqueles que frequentem o Fórum.

Este espaço pretende ser isento de opinião, deixando essa parte para todos aqueles, que caso queiram usá-la, o façam através de “comentários”.

Para 1º tema escolhemos a notícia hoje divulgada pelo Jornal Fonte Nova:

NUNO LOPES É O CANDIDATO DO PARTIDO SOCIALISTA À CÂMARA DE MARVÃO, NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES EM 2009


Em reunião do Secretariado da Concelhia do Partido Socialista de Marvão, foi aprovado por unanimidade o candidato à presidência da Câmara Municipal de Marvão: engenheiro Nuno Filipe Sernache Gonçalves Lopes. A escolha do candidato teve a aprovação da Federação Distrital do Partido Socialista de Portalegre.
Nuno Filipe Sernache Gonçalves Lopes tem 33 anos. Natural de Portalegre, reside actualmente no Porto da Espada, é licenciado em Engenharia Civil, pelo Instituto Superior Técnico, e possui Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho.
Actualmente desempenha funções na Câmara Municipal de Marvão, é docente da Licenciatura de Engenharia Civil na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, pertence à Corporação dos Bombeiros Voluntários de Marvão como Equiparado a Adjunto de Comando e é vice-presidente da Associação de Parapente da Serra de São Mamede.”
Nuno Lopes perfila-se assim como o 1º Candidato à presidência da CMM.

terça-feira, 10 de junho de 2008

"Uma imagem vale mais do que mil palavras"

Passeio à Serra da Selada - Porto da Espada







Foi um dia espectacular...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

INFORMAÇÃO OU FALTA - O MUNÍCIPE/A GUARITA

“O MUNÍCIPE” foi, durante mais de uma dezena de anos, uma publicação de divulgação das iniciativas e obras levadas a cabo pela Autarquia (Câmara e Juntas de Freguesia), e simultaneamente, um elo de ligação entre todos os marvanenses.

Essa publicação chegava a quase todas as casas e famílias do nosso concelho, e era ao mesmo tempo, num concelho (talvez o único da região que não possui qualquer jornal ou outro meio de comunicação social), um dos poucos elos de ligação da diáspora marvanense, já que, quando os “deslocados ou afastados” visitavam as suas famílias, aí encontravam um meio de se informarem da evolução da sua terra e, porque não dizê-lo, do desempenho dos seus dirigentes.

Com a chegada da actual vereação ao governo da nossa autarquia, todos nós pensámos, que fazendo parte dela dois elementos que tinham estado no projecto do último jornal do concelho “O Altaneiro”, que o “Munícipe” não só continuasse, como poderia melhorar a sua qualidade, sobretudo, porque tendo no seu elenco governativo, uma pessoa dinâmica e empreendedora como é Pedro Sobreiro ( licenciatura em jornalismo) e um apaixonado pela comunicação social.

Mas o que aconteceu foi o contrário, o pobre “Munícipe” desapareceu.

Ainda teve uma ténue substituição por um seu “irmão” mais novo, a “Guarita”, mas desde aí, e já lá vão 3 anos, que os dois desapareceram do nosso convívio.

Explicação pública não houve.

Quando questionado na Assembleia Municipal sobre o porquê do desaparecimento da publicação, o Presidente da Autarquia invocou como razão para o desaparecimento do boletim, contenção de custos.

Madalena Tavares, anterior vereadora responsável pela publicação do “Munícipe” disse à Assembleia, que os custos com cada Edição, ficava na altura, apenas por 1 000 Euros, o que daria com 4 publicações por ano, um total de 4 000Euros.

Perdeu-se assim, em nossa opinião, mais um elo de ligação entre os marvanenses. Como ao longo dos tempos, outros se têm perdido.

Com um movimento associativo moribundo, com poucas iniciativas sociais, o marvanense, fica assim, cada vez mais isolado, entregue à intoxicação televisiva e ao cultivo da intriga e mal dizer.

No caso do desaparecimento do Boletim Municipal, pelo módico custo de 1 Euro/Munícipe/ano (2 cafés).

Valerá a pena a poupança?

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Choças do Concelho de Marvão

(Aguarela de Hermínio Felizardo)
Na semana passada, enquanto arrumava uma estante com livros, deparei com um ensaio sobre Construções primitivas em Portugal. Este volume é uma reedição elaborada em 1994, de um livro publicado em 1969, pelo Centro de Estudos de Etnologia / Instituto de Alta Cultura.
O objectivo primordial, desta iniciativa editorial, era (...) “estudar as formas mais simples de construção existentes no nosso país, as quais aproveitam em geral os materiais locais, segundo processos mais ou menos elaborados, mas de tipo arcaico e alheios a princípios propriamente tecnicistas “ .
“ o primitivismo destas construções não significa, no entanto que elas correspondam necessariamente aos níveis sociais inferiores, mas sim, designadamente dos casos mais característicos, a certas actividades particulares, por sua natureza rudes e duras, como era o caso dos abrigos de pastores . “

Considerei pertinente transcrever aqui alguns excertos da obra em causa, atendendo ao facto, desta falar de um património rico e com bastante interesse que está em vias de desaparecer do Concelho de Marvão . O património de um Concelho não se deve circunscrever às muralhas do castelo.

(...) “ No Alentejo, a construção com cobertura cónica de materiais vegetais, de planta circular, assente num muro de pedra, geralmente em seco, é muito frequente. (...) No distrito de Portalegre, este tipo de edificações, toma particular relevo; além de múltiplos casos em Alpalhão, Crato etc., encontrámo-lo com a maior frequência por toda a Serra de S. Mamede, no Concelho de Marvão, onde se encontra um conjunto notável de construções em falsa cúpula (as choças), e sobretudo na povoação de Cabeçudos, que pela originalidade dos aspectos que apresenta, descreveremos em pormenor, através de um estudo que dela fez Jorge Dias em 1948 “.

“A aldeia de Cabeçudos, do Concelho de Marvão encontra-se meio oculta na encosta de um vale de ligeiro declive. (...) A aldeia não oferece recursos agrícolas ou industriais aos seus habitantes, que se dedicavam principalmente ao contrabando, visto que estão a poucos quilómetros da fronteira: As casas acham-se disseminadas ao acaso, umas abaixo, outras acima, quase sem formar as ruas ou praças, frequentes nas pequenas aldeias alentejanas “.

(...) “As pessoas da região, algumas não muito velhas, como o negociante Manuel Carrilho, disseram que na sua infância havia somente uma ou duas Casas de planta rectangular, todas as demais vivendas do povoado, eram de planta redonda e de cobertura cónica. Na data em que Jorge Dias a visitou, na aldeia havia mais de vinte edificações deste género, das quais, quatro eram habitadas por famílias que ali cozinhavam e viviam, mas não dormiam; duas eram vivendas completas, onde decorria toda a vida doméstica dos seus proprietários “.

“ O tipo mais antigo, pode dizer-se inteiramente redondo, se não olhar-mos às imperfeições de natureza manual. “(...) A construção não tinha alicerces e erguia-se sobre qualquer superfície plana de rocha granítica, que aflora por todas as partes “.

Atendendo ao facto deste estudo ser bastante completo e pormenorizado, não vou aqui transcrevê-lo na integra, sob pena do texto se tornar demasiado “ massudo “ : Dada no entanto a importância que o tema em apreço poderá ter, para futuros estudos, inerentes ao conhecimento do Património do Concelho de Marvão, não queria deixar de transcrever ainda, uma notícia do Jornal Correio da Manhã datada de 19 – 09 – 1991, onde pode ler-se:


“ Conhecidas por sochas, devido à influência da língua castelhana, as choças são construções de carácter popular, características do Alentejo que constituem mais um pedaço da nossa história que morre lentamente por falta de cuidado e interesse pelo passado: Como explicou ao correio da Manhã, Jorge Oliveira, Professor da Universidade de Évora, a técnica necessária à construção deste tipo de edificação é rudimentar, mas muito eficiente e cuja tradição remonta à idade do ferro, ou seja a mais de dois mil anos atrás. Utilizadas, como arrecadação junto às terras de cultivo e mesmo como protecção para as colheitas e gado, estas edificações também serviam como habitação do povo alentejano. (...) Sendo conotadas nas últimas décadas como símbolos de pobreza, as choças foram sendo abandonadas ou transformadas. Hoje em dia, da maior parte delas só resta a estrutura pétrea.

Quem visitar, em especial, os concelhos de Castelo de Vide e Marvão, ainda pode ver algumas choças, mas o desaparecimento destas construções tradicionais que parecem ser testemunhas vivas das habitações pré – romanas, tem sido vertiginoso e o seu estudo e registo esquecido por todos.”

Se as choças pudessem falar, certamente libertariam o seguinte grito de revolta:

- Mantenham-nos de pé porra!

MARCAS DO PASSADO 1







MARCAS DO PASSADO 2






MARCAS DO PASSADO 3



segunda-feira, 2 de junho de 2008

BALANÇO DO 1º MÊS

Caros frequentadores do Fórum Marvão, chegámos ao final do mês de Maio, primeiro mês deste Projecto que foi para o “ar” no passado dia 7.

Se tivéssemos o atrevimento de fazer alguma avaliação precoce, desta primeira vintena de dias da vida do Fórum, poderíamos ser levados a afiançar que esta ideia podia ser considerada um êxito, em relação às expectativas daqueles que estiveram na origem deste projecto.

Ao longo deste período de “pós nascimento”, mais de 1 000 visitantes transpuseram estas portas, numa média de 50 visitantes/dia, em que, cada um destes fez cerca de 3 entradas/dia, nesta “casa” que é de todos.

A todos muito Obrigado pela visita e voltem sempre.

No entanto, da nossa experiência de vida, sabemos perfeitamente que as avaliações não devem ser feitas no início das coisas (a nós ainda nem nos caiu os restos do cordão umbilical), mas sim no fim e, por isso, esta curiosidade que parece ter existido da vossa parte nestes primeiros dias, tem que ser sempre renovada e este grupo de amigos espera contar com a vossa confiança e colaboração, para podermos realizar os objectivos que traçámos.

Num breve balanço, podemos constatar que existe “massa” para o arranque, como o atestam os 18 Posts publicados e os 125 comentários feitos.
Aqui trouxemos diversos assuntos da nossa vida em comum, desta comunidade que são os marvanenses. Da vida social e política ao humor, da arte à poesia, do sério ao nem por isso. Se mais não dissemos, é porque também somos limitados.
Mas sobretudo houve seriedade e respeito. Embora não tenhamos que estar sempre de acordo e façamos um aceso debate de ideias e opiniões.

Para auscultarmos as vossas e nossas opiniões, sobre alguns dos assuntos que aqui trouxemos a debate, lançámos 4 perguntas simples, sobre os temas que aqui tratámos e das quais, convém, agora analisar. Sem que estas se tornem demasiado vinculativas da opinião dos visitantes, e muito menos dos marvanenses, pois temos o conhecimento científico suficiente, para daí não tirarmos extrapolações abusivas.

A primeira questão que pusemos aos nossos visitantes, teve a ver com um dos Projectos mais falados, não só em Marvão, mas também em todo o país, e estava relacionada com a Candidatura de Marvão a Património Mundial, um processo que se desenvolveu nos últimos 10 anos e acabou por ser retirada a candidatura, porque existia a ameaça de que se fosse “chumbada”, não se poderia voltar a elaborar outra.

Pensamos que muito ficou por dizer acerca deste assunto. Apesar de ameaças de se contarem algumas das “peripécias” em que se viu envolvido este Projecto. O facto é que se acabou por dizer muito pouco e este assunto continuará envolvido no tal “tabu marvanense”, como referiu Fernando Bonito.

Para a história deste tema, ficam alguns dados como o provável “milhão de euros” gastos com esta campanha (João Bugalhão). Ou o entrar numa nova aventura (Adesão à NaturTejo/Geopark), com novos custos e sem implicar a comunidade marvanense, sem que se tenha feito uma séria avaliação desta (Luís Bugalhão). Ficando ainda no ar a discussão sobre qual o tipo de Turismo que interessará a Marvão (Jorge Miranda/Fernando Bonito).

Quanto ao nosso inquérito, como se pode verificar no Quadro 1, responderam 45 Visitantes. A maioria 65% respondeu que, mesmo apesar de não concretizada, consideravam este Projecto “Importante” ou mesmo “Muito Importante” para o concelho.

Sendo no entanto de referir, que para 35% da nossa amostra de visitantes esse Projecto não teve avaliação positiva.

A segunda questão que efectuámos teve a ver com o mais caro projecto realizado em Marvão,
“As obras das Infra-estruturas Subterrâneas da Vila de Marvão”, obras essas que tiveram custos superiores a 2 Milhões de Euros, programadas pelo Executivo de Manuel Bugalho, mas realizadas na sua totalidade pelo Executivo de Vítor Frutuoso.

Foram grandes as polémicas que envolveram estas obras, desde os transtornos que causaram a toda a população da vila, as mudanças de eventos que tiveram que se fazer para outros locais do concelho, coisas mal projectadas, as célebres “caixas de plástico” da EDP e os “palanques para os caixotes do lixo” (como referiu António Garraio), os poucos lugares de estacionamento, etc. Muitos custos acrescidos, e alguns mesmo políticos, que ficarão para o futuro.

O facto é que nada se faz sem custos e a “OBRA” aí está quase terminada, e esta parece que valeu a pena para a grande maioria dos nossos 31 Visitantes.



Como se pode verificar no Quadro 2, com 71% a terem uma “Opinião Positiva” das obras efectuadas. Contra apenas 29% que referiram ter uma “Opinião Pouco Positiva” ou mesmo Negativa, das referidas obras.

A terceira questão que pusemos aos nossos visitantes tem a ver com as sempre difíceis “relações transfronteiriças, Marvão/Valência”.
Muito pouco se falou sobre esta temática e, certamente, muito haverá para debater no futuro. Nem tão pouco se debateu a tal célebre “Ponte das Castelhanas”, que reduziria em meia dúzia de quilómetros o trajecto Areias-Valência.

Para já fica opinião inequívoca dos nossos visitantes sobre esse relacionamento.
Assim, 81% consideram que seria vantajoso para o concelho investir nesse relacionamento, ficando por debater para o futuro, “sobre quê e o como”.

Como se pode ver no Quadro 3 responderam a esta questão 32 visitantes do Fórum.

Por último a questão, cujos resultados se revelaram uma verdadeira surpresa e que nos devem por a reflectir no futuro.
Como podemos verificar no Quadro 4, perante a questão posta aos os nossos visitantes de que “Se pudessem «optar» se escolheriam viver em Marvão? A maioria 55% respondeu que Não, num total de 36 visitantes.

Que razões estarão por detrás destas opiniões? Que se passa ou tem passado no concelho, que leva estes “visitantes”, que quando postos perante a “opção” de viver em Marvão, preferem outros locais?
Porque perdeu Marvão nos últimos 40 anos, metade da sua população?
Que leva os marvanenses para fora da sua terra?

Numa outra perspectiva, também aqui foram lançadas pelos frequentadores do Fórum, algumas propostas sobre iniciativas simples de dinamização da vida marvanense, entre as quais salientamos:

- Propor ou organizar Sessões de Leitura em diversas localidades do concelho (Luísa Garraio).
- Organização de passeios/caminhadas por todo o concelho, com regularidade (Dai).
- Propor organização de exposições com os “criadores” do concelho (Luísa Garraio e João Bugalhão).
- Incentivar relações transfronteiriças, com a divulgação sempre em duas línguas das iniciativas marvanenses, tal como na “Festa do Bacalhau” (Luís Bugalhão).
- Acompanhar os eventos culturais “sobretudo os gastronómicos”, com mostras do nosso folclore (Alexandra).

No Fórum Marvão irá continuar o debate, deste e outros temas. Estamos à sua espera e esperamos pela sua participação, sem medos e sem tabus.

domingo, 1 de junho de 2008

Centro de Artes e Espectáculos de Marvão

 gda

 anfiteatro2

Porque não apostar no futuro.

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades.

Bailaricos e similares na Sala n.º 2.

O que acham e pensam.