quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Carta para um amigo...

Meu caro, espero que ao receberes esta minha missiva, te encontres no melhor estadio possível, que nós por cá vamos indo assim-assim, como dirão alguns; ou bem graças a Deus, dirão outros.

Soube que o meu amigo iniciou há dias uma viagem, que todos pensámos que seria breve, mas parece que afinal, a coisa se tem prolongado. Por isso, quero desde já dizer-te, que todos nós lamentamos a tua ausência, e que, diga-se em abono da verdade, até não estamos muito agradados contigo, por disso não nos teres dado conhecimento antecipado, pois, como sabes, qualquer um de nós te teria impedido dessa deliberação. Mas como somos mesmo teus amigos, quero desde já esclarecer-te que estás completamente desculpado, pois aos amigos tudo se perdoa.

Antes de te dar conhecimento, do que me têm confidenciado alguns amigos durante a tua ausência, pois sei que tens tido notícias daqueles que te são mais queridos: a tua família; gostaria de te dar algumas pequenas notícias, que gostarás de saber, como pessoa informada que sei que gostas de ser.

Assim, em primeiro lugar não posso deixar de te transmitir que o nosso “benfas” continua igual a si próprio, inimitável, tal qual como no ano passado. Num dia promete mundos e fundos, no dia a seguir é banal. Vê bem que até empatou com os galos de barcelos! Depois de ter estado a ganhar por dois...
O jesus está cada vez mais ateu! Por isso é que, não fosse a imensa tristeza que me dá cada vez que vou ao teu Blog e vejo que ainda não tiveste oportunidade para nos dares notícias tuas, até ficaria satisfeito pela triste figura em que lá o postaste no teu último artigo. Só acho que lhe falta as tais orelhas de asno, que se usavam no tempo da outra senhora, para estar perfeito! Este ano só vamos à catedral quando tu regressares...

Em segundo lugar, parece que tua “ grupa” cancelou a digressão prevista para Agosto aqui pelo nordeste alentejano. Mas tanto quanto consegui saber, os programas para Setembro estão intactos e requerem a tua presença com a maior brevidade possível. Ora sabendo eu, da paixão daquela gente pelo projecto, só me resta interceder junto do meu amigo, para que não os faças esperar muito mais tempo e regresses quanto antes, pois a sua ansiedade pelo teu regresso, garanto-te eu, que é imensa.

Gostaria ainda de te dizer, que o nosso “jantar tortulhano” mensal de Agosto foi adiado, para te darmos mais algum tempo para programares o teu regresso com calma. O meliante do Bonacho sempre na ironia, como tu bem sabes, anda dizer que, em vez de ervas e milho para alimentar os patos e o galo, os anda a enfrascar com “hormonas de engorda”, não vás tu aparecer aqui a qualquer momento e os maganos estejam fracos. Eu até já lhe disse que o não fizesse, pois se tal acontecer, nós até nos prestávamos a romper a tal promessa, e iríamos ao “primo de marvão” comemorar o teu regresso, com uma festita de arromba. Por isso imagina lá do que nós somos capazes, só para te termos junto de nós.

Quanto ao grupo de amigos que desde o dia trinta do passado mês de Julho, quase diariamente, têm perguntado pelo meu amigo, não resisto a deixar aqui os seus nomes, com o único propósito de te transmitir uma força imensa, e incentivar o teu regresso para junto de nós. E já agora, e a teu belo gosto, todos te enviam um abraço do tamanho do mundo, com alguns beijinhos á mistura:

Adelaide, Antero Ribeiro, António João Raposo, António Machado, Bicho, Bonacho, Bonito, Carlos Sequeira, Catarina Bucho, Céu Garcia, Chaparro, Conceição Bugalhão, Enf.º Oliveira, Escarameia, Fátima Dias, Fernando Gomes, Garraio, Gomes Esteves, Hermínio, Jacinta Fernandes, João Carlos Anselmo, João de Brito, João José Escarameia, Joaquim Barbas, Joaquim Chaparro, Jorge Miranda, José Domingos Felizardo, Júlia Barradas, Leonel, Luís Barradas, Luís Bugalhão, Luísa Bugalhão, Magafo, Manuel Andrade, Manuel Gaio, Maria Manuel, Mário Bugalhão, Nani, Nuno Mota, Nuno Pires, Paula Guedelha, Paulo Mota, Paulo Estorninho Mota, Pedro Graça, Sofia Anselmo, Tó Caldeira; e outros que por falha minha não registei...

E deste teu amigo recebe tudo, embora o que eu te quero dizer a sério, é que estou à tua espera para te abraçar, para me contares pormenores da viagem, e para cumprirmos a tal promessa de caminhada em tempos combinada: a de irmos à vila de Fátima. Mas não penses que será apenas ida …, vamos e regressamos a pé!

Deste que muito te considera

João Bugalhão