quinta-feira, 30 de julho de 2009

Brinde à AMIZADE!

No domingo realizou-se o 1º Quadrangular de Futebol das Tertúlias de Santo António das Areias. Este certame reuniu a “Associação de Caçadores Fonte da Viola”; os “Duros de Domingo”, as “Noites de Sexta – Amigos da Fonte de Souto”; e a “Real Tertúlia do Camarão de Marvão”.

Sendo que somente os “Duros de Domingo” praticam com regularidade, o futebol não foi mais que um pretexto para reunir algumas dezenas de convivas, num grande “comes e bebes” que se poderia adjectivar de “brinde à AMIZADE”.

Registe-se, aliás, que entre este quatro grupos há muitas relações cruzadas, havendo vários elementos que pertencem a mais do que uma das referidas tertúlias.

Eu gosto muito de ser de uma aldeia!

Um convívio destes só seria possível acontecer numa aldeia. Tenho amigos na cidade. Mas, na cidade a vida é muito mais individualista. Há grupos que vão beber um copo e cada um para o seu…; há casais que vão beber café e cada um paga o seu…

São apenas alguns exemplos!

Nós, os da aldeia, fazemos convívios alargados. E genuínos. Há mais teias sociais verdadeiras. Há mais sentimento de pertença. E não há nada como isto!

Convivemos com amigos; convivemos com conhecidos que simpatizamos; e convivemos com conhecidos que nem simpatizamos particularmente, ou até com desconhecidos. Enfim, convivemos. Verdadeiramente!

É claro que “o copo” tem uma posição central nesta dinâmica social. Mas não é só isso. “Os copos” são apenas os “danos colaterais”… que podem e devem ser minimizados.

É muito mais que isso!

Eu, quando encontro alguém da minha aldeia por aí… fico sempre contente… mesmo que seja um conhecido com quem até nem simpatize particularmente!

Início da 1ª parte do convívio

1ª Meia Final


Expectativa na bancada!


Bonita camisola!


Jogo em bom ritmo!

Os do Camarão eram poucos mas bons!

Doping para a 2ª Meia Final!


O Doping continua, sob o olhar atento do árbitro... para que a medida permitida não seja ultrapassada!


"Mas vamos jogar com Doping?"


2ª Meia Final


A 1ª lesão e a respectiva entrada do massagista!

A disputa do 3ª lugar

A Grande e "renhida" Final"


O "Bomba" em grande velocidade!


Mais lesões. Muito trabalho para o massagista!


Início da 2ª parte do convívio, nas extraordinárias instalações da Abegoa!


Todos ao ataque!
(Agora com a mesma camisola)


Todos ao ataque!


Agora sim: Todos ao ataque!


Belas, fresquinhas e servidas com requinte!


Sempre ao ataque!

Um grande brinde dos "Duros de Domingo"!
(era o seu dia!)

Este já está!. Venha outro, depressa!!!!!!


Grande Abraço
Bonito Dias

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Festival de Folclore

Um antigo elemento do Rancho dizia que “se fosse promovido um convívio com todos os antigos e actuais elementos do Rancho de S.A.A. reunir-se-iam várias centenas de pessoas.”

Isto diz tudo sobre este grupo de folclore, o qual já é uma instituição do nosso concelho!

O Rancho tem atravessado várias gerações, foi perdendo “históricos”, com destaque para o seu grande impulsionador (João Vidal), mas vai perdurando.

E ainda bem!

Além de levar o nome de Marvão por esse país fora, realiza anualmente o seu Festival, enchendo sempre de gente o largo do mercado.
Para que esta e outras actividades colectivas possam ter continuidade é muito importante que pessoas dinâmicas, como é o exemplo do amigo Baltazar (actual responsável pelo Rancho, como Director da Casa do Povo de SAA), se interessem e disponibilizem algum do seu tempo em prol da comunidade.

A comunidade agradece!


Grande Abraço
Bonito Dias
(bonitodias@clix.pt)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

FINANÇAS 1 - CÂMARA 1


Ao bom jeito futebolístico, assim se pode escrever um pouco da história 'dos assaltos' ao lugar máximo da orientação da Câmara Municipal de Marvão.

Em abono da verdade e olhando para trás e deixando de lado o marco que se chamou Manuel da Paz (sargento), tem-se assistido a uma posição dos homens das Finanças e da Câmara, na sua vontade de conduzir a edilidade.

O primeiro, de nome Andrade, assim o fez por doze anos seguidos. E tudo parecia indicar que outro companheiro de armas se lhe seguia, o Barbas. As tentativas foram algumas. E foi aí que, a oposição, não pela mão da sua concelhia mas por uma orientação de Portalegre, surge apostando no letrado Bugalho.

E para contrapor ao meu título, logo apareceu o técnico Frutuoso, que de forma bem apoiada chamou a si o título.

Feito este preâmbulo vejamos o que se nos afigura.
O jogo vai ficar empatado ou será que a Câmara vai meter outro?
Aceitam-se apostas.
Para o presente campeonato as Finanças não quiseram jogar. Acham que é cedo e deixaram os trunfos para outra altura. Toda a torcida (como dizem os irmãos brasileiros) assim o aconselharam e aqueles que há quatro anos estavam no campo, recolheram às bancadas para daí assistir.

Foi então que a oposição resolveu apostar de novo na Câmara.

Esquecendo a analogia do desporto rei, eis então o que se oferece aos eleitores de Marvão.

O actual Presidente faz crer que precisa de mais um mandato para deixar obra. Porque recebeu o cofre vazio e nos quatro anos que passaram ainda não deu para mostrar obra.
Quanto ao cofre, tanto era para ele como para qualquer outro candidato, portanto nada de novo.
Quanto à obra. Parece-me estar-se a ouvir a repetição do cenário nacional. Quem é que tem dúvidas sobre o que vai fazer o Sr Pinto de Sousa (vulgo Sócrates)? Necessita apresentar programa?
Seria uma contradição. O que vai suceder é a continuação da orientação anterior. Nem mais nem menos, ou estamos à espera de ver o pedreiro de 50 anos mudar de ofício?
Investimento produtivo, alguém o viu? Não. Assistiu-se sim à compra de terrenos, terraplanagens sem orgânica objectivando mais habitação, como se não houvesse sinais de crise imobiliária e aperto ao crédito.
Injecção de valores em Cooperativa sem viabilidade e apostas em Equipamentos Sociais que dentro de cinco anos serão elefantes brancos. Empréstimos a crescer à boa moda dos vizinhos de Portalegre. Quer parecer-me que por lá também se queixam do mesmo, apesar de haver alguma obra. Endividar, endividar, endividar, foi a palavra de ordem.
Bom, mas e os apoios, não contam?
Sim, é verdade. Contam-se o Presidente de Portalegre, que é muito mais do que o amigo, o Presidente de Santarém (a que pretexto?, não sei ...) e o indigitado presidente da Assembleia (ex-administrador da FERTAGUS, RODOVIÁRIA SUL etc, etc) filho da terra, mas ... de há poucos anos a esta parte.

E o que dizer de mais uma aposta num novo técnico da Câmara?
Ah! bom mas este é conhecedor dos dossiers ... isso o outro também o era.
Ah! mas este fez projectos muito bem delineados ... o outro não?
Ah! mas este é muito bom rapaz ... isso também dizia o Padre Américo de todos os rapazes.
Não o conhecendo, pergunto-me. Terá a postura de um Paz? Os conhecimentos de um Bugalho?
Não. O que me dizem, então?
É melhor que o Paz porque todo o eleitor nele se reconhece. Ah! bom ...
E é melhor que o Bugalho porque desce ao terreno e sabe ouvir e falar com o povo.
Pois, pois.
Menos IMI, menos IRS, mais apoio aos idosos, um polidesportivo por freguesia ...
Só facilidades. Para uma Câmara pobre são bons os indícios, sem dúvida.
E tanto que o Bugalho lutou pelo aumento das receitas via IMI, para não falar da reclassificação dos imóveis.
E depois está muito bem apoiado pelo Largo do Rato.
Ah! então, está bem. Ele até aí veio o Jorge Lacão ...

Vejamos o candidato seguinte. De seu nome Madalena.
Terá aprendido com os erros do Bugalho e do técnico que lhe sucedeu?
Sem máquina partidária, conseguirá saber ouvir os ensejos dos eleitores?
Estará rodeada de bons conselheiros que a ajudem a ouvir e a não prometer o que não pode e mais e mais urbanização?
É uma incógnita a que o eleitor tem de se esclarecer para não optar pela abstenção.

E o Fernando Gomes?
Ah! esse está rodeado de um bom par de amigos. E chega?
Ah! mas ele aprendeu muito com a vivência passada.
Já não é o sindicalista da Pousada, mas um homem na CGTP, onde muito se aprende.
Sem dúvida, mas onde é que aí entra o Concelho?
Qual a orientação prática? Desconheço.

E sem desprimor para as restantes forças de carisma nacional, será que vamos ter a presença do CDS/PP, do PCP e porque não do Bloco de Esquerda?
A nível nacional o PS com o PCP e o BE têm a maioria mas o PSD com o CDS não lhes ficam atrás. Isso é da aritmética elementar.

Mas o que é que a orientação nacional tem a haver com os nomes dos propostos para Marvão?
Não terão os marvanenses também direito à qualidade das propostas?
A reacção pela abstenção é um cheque em branco a quem tiver 50% mais um voto.
Não esquecer.
Então vamos lá interpelar os candidatos, reagir às propostas e não embarcar no canto do cisne e nas promessas vãs.

Recordai o que Churchill um dia disse: "Podes enganar todos algum tempo, podes mesmo enganar alguns o tempo todo, mas jamais poderás enganar todos o tempo todo."

Está na hora de demonstrar que somos um povo que nos sabemos governar.

domingo, 26 de julho de 2009

A imagem de Marvão vende!

(Página 13 da revista "Única" do Expresso de ontem)

Em 26 de Fevereiro de 2009 coloquei aqui um post intitulado “Marvão outra vez”, o qual tinha como tema a utilização da imagem de Marvão numa campanha internacional do Euro milhões. E sublinhava, no mesmo, essa utilização reiterada, já que, não muito tempo antes, a imagem de Marvão tinha também sido utilizada para a promoção do “Portugal turístico” em Inglaterra e Alemanha.

A imagem de Marvão é agora, novamente, utilizada para promoção turística. Desta vez ao nível interno.

Portanto, a imagem de Marvão vende!

É caso para dizer que “todos vêem o que a nossa região não vê”… E é, também, caso para afirmar que Marvão tem futuro! Seguramente!

Bastará promover bem esta imagem que tanto vende e ir melhorando a substância, para que as experiências vividas pelos turistas quando visitam Marvão se aproximem o mais possível das sensações “vendidas” com a sua imagem.


Grande Abraço

Bonito Dias

Marvão acolhe I Feira do Café de 11 a 13 de Setembro

Marvão acolhe I Feira do Café de 11 a 13 de Setembro

Vai decorrer na Vila do Marvão, dias 11 a 13 de Setembro, a primeira edição da Feira do Café, contando com diversas áreas temáticas. O objectivo é «afirmar o café enquanto produto chave no desenvolvimento económico de Marvão e do país», avança a organização em comunicado.
De modo a representar as várias áreas e sectores de impacto da actividade de torrefacção, distribuição e consumo de café, a Feira vai incluir áreas temáticas diversas.

A área de «Produção/Degustação/Experimentação» prevê a representação institucional dos maiores países produtores de café, e a representação institucional do Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro. Haverá um momento de degustação de diversas origens de café, como «Arábica Natural» do Brasil.

«Comercialização» compreende a presença das marcas de café a operar no mercado português.
Na zona «Importância social do Café» aborda-se a decoração dos estabelecimentos comerciais do Marvão, recriando diversas épocas e ângulos sociais. Estará em análise o papel do café na política, na literatura, na vida dos estudantes, nas relações sociais e nas familiares.

«Percurso do Contrabando do Café» dá a conhecer, através do mapeamento e da caracterização do trajecto, o antigo percurso transfronteiriço de contrabando do produto, apontando elementos caracterizadores e os objectivos.

«Café e Saúde» realizar-se-á em colóquios abertos à população, contando com a presença de profissionais de saúde, tendo em vista o esclarecimento de alguns mitos inerentes ao consumo do café.

Mostras e exposições integram a área «O Café Para Além da Bebida – Expressão Artística», apresentando trabalhos elaborados por artistas e artesãos, nomeadamente pinturas e bordados. Estará também presente um conjunto de Organizações Não Governamentais (ONGs), que apresentam trabalhos realizados com materiais reciclados e com o uso do café como matéria-prima, além de escolas.

Serão ainda promovidas exposições de artefactos de produção das torrefacções que existiram em Marvão, na área «Exposição de Torrefacções Locais».

A iniciativa é da Associação Industrial e Comercial do Café, promovida em parceria com a Câmara Municipal do Marvão.

daqui retirado
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=&id_news=400864&page=2

quarta-feira, 22 de julho de 2009

FALEMOS DE SAÚDE: Livre-se da Hipertensão

Voltamos hoje à temática “falemos de saúde”, sobre o mais importante problema de saúde em Portugal: as Doenças Cardiovasculares ou Doenças do Aparelho Circulatório e a um dos factores de risco implicado nessas doenças: A Hipertensão.
Aqui deixamos, de uma forma simples, para informação dos nossos visitantes, alguns conceitos e princípios sobre esta epidemia dos nossos dias.

"A conservação dos prédios é a limpeza dos canos…."
A Pressão Sanguínea elevada (hipertensão) atinge cerca de dois milhões de portugueses (20%da População).


É um conhecido factor de risco das doenças cardiovasculares e, só em Portugal, atinge cerca de dois milhões de pessoas.

Mas a hipertensão é, muitas vezes, uma doença silenciosa, estimando-se que apenas metade dos atingidos, tenha conhecimento de que sofre de Pressão Arterial elevada.

Urge, por isso, mais informação sobre esta doença e por isso damos-lhe algumas das respostas que precisa de saber.
O que é a hipertensão?

Quando se mede a pressão arterial ou tensão arterial, como costumamos dizer, registam-se dois valores: um mais elevado, que se produz quando o coração se contrai (sístole); e outro mais baixo, que corresponde à relaxação entre um batimento e outro (diástole).

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), os valores de referência, ou chamados normais, situam-se entre os 120 e 130 mm Hg (12 a 13 como costuma dizer-se) para a pressão sistólica, e os 80 e 85mm Hg (8 a 8,5) para a diastólica.

Quando a pressão sistólica (chamada de «máxima») for igual ou superior a 140 mm Hg, e/ ou a pressão diastólica (chamada de «mínima») for igual ou superior a 90 mm Hg, está-se perante um caso de Hipertensão (geralmente, tanto a pressão sistólica como a diastólica são elevadas, mas pode ocorrer apenas um dos valores estar aumentado).Contudo, qualquer indivíduo pode apresentar pressão arterial acima de 140/ 90 mm Hg sem que seja considerado hipertenso. Apenas a manutenção de níveis permanentemente elevados, em múltiplas medições (pelo menos 3), em diferentes horários e posições e condições (repouso, sentado ou deitado) caracteriza a hipertensão arterial.

Como se faz o diagnóstico da doença?
O diagnóstico é feito através da medição da pressão arterial e pela verificação de que os seus níveis estão acima do limite normal, em várias medições sucessivas e em dias diferentes. Só é considerado hipertenso um indivíduo que tenha valores elevados em, pelo menos, três avaliações seriadas. Compete ao médico fazer o diagnóstico da doença, uma vez que a pressão arterial num adulto pode variar devido a factores como o esforço físico ou o stress, sem que tal signifique que o indivíduo sofre de hipertensão arterial.

Quais são as causas da hipertensão?
Cerca de 90% dos casos de pressão “arterial elevada” têm uma causa desconhecida, chamando-se a essas situações hipertensão primária. Quando a causa é conhecida, a afecção denomina-se hipertensão secundária. Entre 5% e 10% dos casos têm como causa uma doença renal, e entre 1% e 2% têm a sua origem numa perturbação hormonal ou no uso de certos fármacos.

Há factores de risco?
A obesidade, o sedentarismo, o consumo excessivo de sal e/ ou de álcool, o tabagismo e o stress são, provavelmente, factores de risco no aparecimento da hipertensão arterial em pessoas que possuem uma sensibilidade hereditária. A idade também é outro factor a ter em atenção. Em geral, quanto mais idosa for a pessoa, maior a probabilidade de desenvolver hipertensão arterial. Cerca de dois terços das pessoas com idade superior a 65 anos são hipertensas.

Pode-se prevenir a hipertensão?
A adopção de um estilo de vida saudável constitui a melhor forma de prevenir a hipertensão arterial. Assim, recomenda-se: uma redução da ingestão de sal; a preferência por uma dieta rica em frutos, vegetais e com baixo teor de gorduras saturadas; a prática regular de exercício físico; o consumo moderado de álcool (um máximo de 30 ml etanol por dia nos homens, e 15 ml por dia para as mulheres); a cessação tabágica; uma redução de peso, no caso dos indivíduos obesos; e um controlo do stress.

Quais os sintomas que estão associados à doença?
Habitualmente, a hipertensão arterial não provoca quaisquer sintomas (a única maneira de a detectar é verificando valores tensionais elevados, através da medição da pressão arterial). Em alguns casos, a hipertensão arterial pode, contudo, manifestar-se através de sintomas como dores de cabeça, tonturas, cansaço ou um mal-estar vago e difuso – sinais que são comuns a várias outras doenças. No entanto, com o decorrer dos anos, uma hipertensão não tratada acaba por lesar os vasos sanguíneos e os órgãos vitais (o cérebro, o coração e os rins), provocando sintomas e sinais de alerta vários.

Quais os problemas que a hipertensão pode desencadear?
Quando a pressão arterial elevada não é tratada, o risco de se desenvolver uma doença cardíaca (como a insuficiência cardíaca ou um enfarte de miocárdio), uma insuficiência renal e um acidente vascular cerebral (AVC) aumenta. Aliás, a hipertensão arterial é o maior factor de risco de um AVC – a principal causa de morte em Portugal – e é também um dos três factores principais de risco de enfarte do miocárdio (juntamente com o hábito de fumar e o colesterol elevado).·Para além de poder levar a lesões graves nos órgãos vitais – e, consequentemente, a incapacidades e até à morte –, a hipertensão arterial é também um factor de risco para aterosclerose (espessamento e perda de elasticidade das artérias). Por isso, praticamente todos os órgãos do corpo podem sofrer lesões.

Quais as formas de tratamento?
A hipertensão arterial, como doença crónica que é, não tem cura. Contudo, é possível um controlo eficaz, baseado na reformulação dos hábitos de vida, e, se necessário, também através de medicação.
Tratamento não farmacológico.

A adopção de um estilo de vida saudável proporciona, geralmente, uma descida significativa da pressão arterial. A prática de uma alimentação equilibrada – nomeadamente uma redução no consumo de sal e de álcool – e de exercício físico regular são medidas recomendadas.A diminuição do consumo de sal reduz a pressão arterial em grande número dos hipertensos – e não é, necessariamente, uma medida difícil de cumprir! A habituação ao sabor salgado é facilmente moldável e, por isso, em poucas semanas, as suas papilas gustativas habituar-se-ão aos novos sabores.Já através de uma prática física regular também se pode reduzir significativamente a pressão arterial. O exercício escolhido deve compreender movimentos cíclicos (como marcha, corrida, natação ou dança, por exemplo).A perda de peso (no caso dos doentes com excesso de peso ou obesidade), a diminuição do stress, a cessação tabágica e a minimização do uso de medicamentos que possam elevar a pressão arterial (como anticoncepcionais orais ou anti-inflamatórios) são outras medidas desejáveis.
Tratamento farmacológico.

Quando as medidas não farmacológicas são insuficientes tem que se recorrer aos medicamentos. No entanto há que lembrar que os fármacos também não curam a hipertensão; só a controlam. Por isso, uma vez iniciado, o tratamento medicamentoso deverá, em princípio, ser continuado a mantido por toda a vida.Hoje em dia, existem muitos fármacos eficazes na redução da pressão arterial. Compete ao médico decidir qual o mais apropriado. Em alguns casos, não basta apenas um, sendo necessária uma medicação combinada.Quando judiciosamente utilizada, a terapêutica permite controlar a hipertensão na esmagadora maioria dos casos. De qualquer modo, o tratamento farmacológico não dispensa, claro, a adopção de hábitos de vida mais saudáveis!

Todos devem vigiar a pressão arterial?

Já respondemos às suas perguntas. Agora, damos-lhe um conselho: meça a sua tensão arterial! Os números são elucidativos: existem cerca de dois milhões de portugueses hipertensos, mas apenas metade sabe que tem a doença. Talvez porque – como constatámos – a fase inicial da hipertensão arterial se caracteriza, muitas vezes, pela ausência de quaisquer sintomas. Por isso, a medição regular da tensão arterial deve ser um hábito a seguir. Todos os adultos, em particular os obesos, os diabéticos e os fumadores ou com história de doença cardiovascular na família, devem medir a sua pressão arterial, pelo menos uma vez por ano.A detecção precoce e o controlo adequado da hipertensão arterial podem, comprovadamente, reduzir o risco de incidência de doença cérebro-cardiovascular, e, assim, os números de incapacidade e de mortalidade.

Qual a frequência com que deve medir ou vigiar a Tensão arterial?

- Se você tem uma Tensão arterial dentro de valores normais (normotenso), 1 vez por ano è suficiente para fazer um seguimento/monitorização deste parâmetro.

- Se você estiver medicado (Sinal de que foi considerado Hipertenso) e os valores estiverem na maioria das medições, dentro de valores normais, no máximo 4 medições por ano, são suficientes.

- Se os seus valores estiverem elevados em relação aos valores normais (medicado ou não), deve consultar o seu médico para que este ajuste a medicação, e deve medir até que os valores estejam normais e estáveis e depois passar a um regime de medição de acordo com os profissionais de saúde.

SEMPRE MAS SEMPRE, ESSES VALORES DEVEM SER REGISTADOS EM IMPRESSO APROPRIADO E ESTAREM SEMPRE EM SEU PODER.
(Nunca deite fora esses valores, vá sempre acrescentado, esse pormenor pode ser extremamente importante para os profissionais de saúde, mas sobretud0 para a sua saúde)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Política “Espectáculo”

No Domingo fui ver a apresentação da candidatura do PSD às próximas eleições autárquicas de Marvão (que contou com a presença de cerca de cento e vinte pessoas) e fiquei completamente surpreendido!


A surpresa não resultou da apresentação das listas, visto terem sido, somente, apresentados os candidatos a Presidente da Câmara (Victor Frutuoso) e a Presidente da Assembleia Municipal (José Luís Catarino); nem resultou das propostas desta candidatura (que são de continuidade).

A surpresa resultou da presença na mesa de oradores de um dos portugueses mediáticos que mais admiro, que mais gosto de ouvir e que “devorei” em “A fúria das Vinhas”: Francisco Moita flores (actual Presidente da Câmara Municipal de Santarém).

E, também, da presença da sua formosa e talentosa mulher: A actriz Filomena Gonçalves (“Ballet Rose”….”Alves dos Reis”…”O processo dos Távoras”…”A Ferreirina”…).

As estruturas distritais do PSD e alguns “pesos pesados” distritais deste partido, bem como outras personalidades de Portalegre, também estiveram presentes; como por exemplo, Mata Cáceres. Eu diria que seria mais importante a promoção de políticas integradas, entre os vários Presidentes de Câmara, durante os quatro anos de mandato do que esta permuta de apoios, só para munícipe ver, em época de eleições!

Francisco Moita Flores foi, naturalmente, o principal orador. A mim, que sou capaz de o ouvir durante horas, sobre qualquer assunto, fezeram-me, desta vez, impressão alguns aspectos do seu magnífico discurso!

É claro que foi empolgante e emotivo (como é seu apanágio); que, quando falou em assuntos genéricos sobre o que é ser autarca, esteve soberbo, tendo sido aplaudido de pé, mas…a substância relativamente a Marvão?!?!

Moita Flores falou como se fosse um profundo conhecedor de Marvão e da sua política (e não é!); disse que da dúzia de políticos com que mais aprendeu, três estavam naquela sala – os presidentes de câmara de Portalegre, Sousel e Marvão, todos eleitos pelo PSD - (o que custa a acreditar!); disse que sabia que Victor Frutuoso e a sua equipa seriam a melhor escolha para Marvão (naturalmente que não tem conhecimentos para emitir tal opinião!); e afirmou, ainda, que não é político (quando era o maior político presente naquela sala!).

Não quero com isto dizer que concordo ou deixo de concordar com o que foi dito; digo, apenas, que me custou ver aquela grande personalidade (que eu tanto admiro), por solidariedade partidário ou por alguma amizade pessoal, vir a Marvão prestar-se a este papel.

Que desilusão!

Pela primeira vez vi e ouvi o candidato do PSD à Assembleia Municipal. Apresentou-se com um discurso muito bem estruturado e incisivo. Tem um curriculum valioso. Mas, teve a necessidade de afirmar e reforçar que é da Beirã; informar de quem é filho, sobrinho, etc…

Sintomático!

Sem ter como objectivo desprestigiar uma personalidade com um percurso profissional tão notável, e com quem até simpatizei, diria que ainda não entendi a necessidade das candidaturas insistirem em procurar, reiteradamente, cabeças de lista para a AM que, apesar de ostentarem um grande curriculum, não têm “vivido” Marvão…

Victor Frutuoso apresentou um discurso bem preparado, estruturado, com uma articulação positiva (apoiada em PowerPoint) e, desta vez, nada maçudo (como o mesmo fez questão de frisar).

Realçou que a suas propostas estratégicas seriam de continuidade. Na sequência do que foi iniciado nestes quatro anos.

Nomeadamente:

- Fixação de pessoas através da criação de emprego;
- Política de habitação;
- Investimento na imagem de marca “Marvão”;
- Aposta na economia agrícola e florestal;
- Requalificação urbana;
- Apoio ao turismo, onde a candidatura a património mundial será apenas mais um projecto;
- Aposta na economia social;
- Valorização da Ammaia;
- Desenvolvimento do Turismo de Natureza;
- Requalificação da fronteira dos Galegos


Grande Abraço

Bonito Dias
(bonitodias@clix.pt)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Como vamos de Qualidade de Vida?

O Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira Interior publicou o Ranking do Indicador de Qualidade de Vida dos 308 concelhos portugueses.
Curioso ver que Marvão ocupa um modesto 219º lugar, ficando apenas 89 concelhos portugueses com piores indicadores de qualidade de vida.
Ter em conta que, mesmo no panorama Norte Alentejano (distrito de Portalegre), Marvão ocupa o 12º lugar, com apenas 3 concelhos do distrito com piores indicadores: Avis, Sousel e Gavião.
Têm aqui as várias candidaturas um bom motivo de reflexão...
O Ranking elaborado é o seguinte:
1- Lisboa
2- Albufeira
...
31 – Évora
57 – Beja
….
66 - Portalegre
...
69- Campo Maior
...
75- Castelo Branco
...
89- Elvas
...
107- Castelo de Vide
...
120- Fronteira
...
147- Ponte de Sor
...
184- Alter do Chão
185 – Arronches
...
202- Nisa
...
207-Crato
...
213- Monforte
...
219- Marvão
...

sábado, 18 de julho de 2009

Mais uma "lufada" de ar fresco!

Para recrear uma tarde triste de sábado, voltemos à música, e, à nova coqueluche do panorama da pobre música portuguesa: Os OQUESTRADA.

Depois do êxito que foram “os Deolinda”, aparecem agora, para conhecimento do grande público mais este grupo da música portuguesa. Um espectáculo a não perder.

"Diz-se que é uma nova canção, diz-se que é uma outra forma de viver a música... o resultado é um som delirante, atlético e popular. Há 7 anos a celebrar um país real e poderoso, eis que chega ao grande público, com o beat no coração e o fado na mão, tomando-nos de assalto com a sua discoteca caseira e acústica para fazer dançar o mundo com o seu 1º álbum, Tasca Beat: O sonho português.

OqueStrada andou a monte por estradas nacionais e internacionais desde 2002, tendo como único refúgio um antigo cinema em Almada, espólio da Filarmónica Incrível Almadense. Foi nesta realidade de fronteira entre os subúrbios e a capital, entre economias, entre gerações, que reflectiu sobre a sua condição e lançou o conceito de fado dos subúrbios.

Nesta odisseia, namorou e conquistou público por romarias, salas de espectáculo e bailes de verão. Além fronteiras representaram Portugal por festivais de renome, passando por países como França, Espanha, Sérvia e Macau. "



quinta-feira, 16 de julho de 2009

INFORMAÇÃO FORUM

Vítor Frutuoso Apresenta a Sua Recandidatura à CMM

No próximo Domingo dia 19 de Julho de 2009, pelas 16H30, no Centro Cultural de Marvão, o actual Presidente da Câmara Municipal de Marvão Vítor Frutuoso, procederá à apresentação da sua recandidatura ao Órgão que actualmente preside.

Vítor Frutuoso será o cabeça de Lista do PSD.

Do pouco que se sabe sobre estas Listas, tal como o Fórum Marvão já divulgou são apenas conhecidos os cabeças de lista ao diversos Órgão Autárquicos.

Assim, para as Juntas de Freguesia da Beirã, Sª Maria e S. Salvador, os nomes são os dos actuais Presidentes, respectivamente: António Mimoso, Manuel Joaquim Gaio e Tomás Morgado; enquanto que para a Freguesia de Sº António das Areias, o nome escolhido é o de António Matias.


Como candidato a cabeça de lista à Assembleia Municipal, surge uma novidade, o nome de José Luís Catarino, em substituição de Carlos Sequeira que não se recandidata.

DOIS PESOS…, VÁRIAS MEDIDAS!

Não quero com este artigo lançar qualquer polémica entre duas Associações da mesma terra, que têm um relacionamento institucional razoável e que devem colaborar, mas sim fazer algum esclarecimento e debate público, sobre alguns boatos e pressões postos a circular sem qualquer fundamentação, a maioria das vezes, para denegrir o trabalho e a imagem de muitos voluntários, que dão um pouco da sua vida em prol do movimento associativo.

Enquanto Presidente do Grupo Desportivo Arenense, aquando do último dia de aniversário do clube em 12/12/2008, lancei uma ideia aos associados, que era o relançamento das actividades do “Projecto de Velhas-Guardas”, destinado às pessoas com idade superior a 35 anos de idade, que no passado tenham sido atletas do GDA.

Entendi na altura, que nada mais nobre, para iniciar essas actividades do que a realização de um jogo de homenagem a um malogrado jovem que perdeu a vida, quando participava num treino das camadas jovens do recém-criado GDA: o Quim Maria.

Imediatamente se aventou, que a data ideal para a realização desse jogo, seria por altura das Festas de S. Marcos 2009, e se agendou o dia 25 de Abril, Sábado, à tarde.

Encontrada uma Equipa que jogaria connosco, o GRAP de Leiria, ainda durante o mês de Janeiro de 2009 começámos a tratar de tudo o que seria necessário para a realização deste evento.

Quando em meados de Março, por iniciativa da Junta de Freguesia de Santo António das Areias, se reuniram as diversas Associações da terra que iriam participar na realização das Festas de S. Marcos, chegou-se à conclusão, que existiam duas iniciativas agendadas para horas idênticas: o Jogo de Futebol de Velhas-Guardas da responsabilidade do GDA; e a Tourada, organizada pela Casa do Povo.

Como estas duas iniciativas se vinham agendando e preparando há algum tempo pelas duas Associações, concluiu-se, que ambas tinham impossibilidade de mudar dia e hora da actividade, por compromissos já assumidos: A Tourada com todo o cartel e o Futebol com a equipa de Leiria que só podia vir nesse dia e a essa hora.

Foram inflexíveis, nesse dia, os representantes da Casa do Povo a qualquer mudança da sua parte, defendendo sempre que não deveriam existir iniciativas simultâneas, chegando a alegar que o GDA estaria de má fé, por não transferir a sua iniciativa para outra qualquer data ou hora. Apesar das explicações dos representantes do GDA de que a equipa de Leiria, só poderia vir nesse dia e a essa hora, devido às distâncias entre as duas localidades, e que um jogo desta natureza não retiraria qualquer assistência à tourada, pois o mesmo, só interessava aos seus praticantes, e que ninguém que gostasse da Festa Brava deixaria de ir para assistir a um jogo de Veteranos.

Após alguma discussão e um telefonema dos representantes do GDA, na presença de todos, para o representante do clube de Leiria, propondo outra data, concluiu-se que eles só poderiam nesse dia e à tarde. O que levou o GDA a aceitar, que o Jogo só começaria por volta das 18 horas e depois da tourada ter começado à mais de 1 hora, para que não existisse interferência na iniciativa da Casa do Povo. Aceitando ainda o GDA, que esta actividade não fizesse parte do Programa das Festas, para que não houvesse qualquer prejuízo para a Tourada.

Simultâneamente, o GDA renunciava à homenagem ao Quim Maria, ficando para outra oportunidade, em que estivessem reunidas as condições mínimas.

Foi assim, com muita surpresa nossa, que uma semana mais tarde, e depois do que tinha sido acordado nessa reunião, que recebemos um Ofício da Casa do Povo, indisponibilizando os Balneários Desportivos do Campo de Futebol, de sua propriedade, alegando que os mesmos eram necessários para apoio à realização da Tourada. O que inviabilizou a realização do Jogo entre o GDA e o GRAP de Leiria.

Esta decisão unilateral, obrigou-nos à realização do Jogo em Castelo de Vide, em casa emprestada, mas que acabou por se fazer, tendo a Instituição Casa do Povo exercido todo o “seu poder” levando a cabo aquilo que eram as suas ideias desde o princípio.

Por isso, foi com muita surpresa, dois meses depois, que constatei o agendamento de mais um evento (Tourada do dia 11/7), organizada pela Casa do Povo de Santo António das Areias, exactamente para o mesmo dia e à mesma hora, do dia mais “nobre” da Feira de Gastronomia de Marvão, agendada há mais de 11 anos, sempre para o segundo fim-de-semana de Julho!

Afinal parece que existem algumas incoerências…

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Dr. José receita “Genérico”

Dr. José Silva


O que li hoje sobre as “caminhadas do Dr. José” no AA surpreendeu-me!

Já tinha ouvido comentar, mas não tinha noção da verdadeira dimensão deste trabalho do Dr. José junto da população.

Verdadeiro serviço público!

Desde sempre que gosto de praticar exercício físico e desde sempre que me habituei a ouvir, com alguma regularidade, sobre quem corria, jogava, ou caminhava o seguinte comentário:

De certeza que não estão cansados com o trabalho! Se estivessem, não andavam por aí feitos tontos; valia mais que aplicassem o esforço a arrancar batatas, têm bom corpo para isso!

Depois, mais tarde, presenciei um episódio sintomático:

A um grande amigo, que não fazia qualquer exercício físico (com excepção do levantamento de copo), certo dia apareceu-lhe a diabetes. A conselho do J.Buga, iniciou então uma actividade física regular - a caminhada - para tentar evitar a insulina. Conseguiu e ainda hoje, passados muitos anos, assim se mantém!

E, agora, só mesmo “um médico espanhol”, como refere um dos entrevistados, para alterar hábitos e mentalidades, motivando várias dezenas de pessoas a fazer exercício físico com regularidade.

Notável!

Na minha opinião, isso só se tornou possível porque um médico, além de falar das vantagens desta actividade física, dá o exemplo, passando também ele à prática (em conjunto com a população).

“Se o Sr. Dr. também vai é porque faz mesmo bem!”, pensarão muitos. Principalmente os menos jovens.

De todas as vantagens descritas desta acção, destacaria uma que é de estrema importância e que é tantas vezes diminuída e até menosprezada:

“… ao mesmo tempo que estimula o convívio, o que ajuda a ultrapassar depressões e ansiedade…”


Grande Abraço
Bonito Dias

sábado, 11 de julho de 2009

Um exemplo político

Fez ontem 5 anos que faleceu a primeira e, até agora, única primeira-ministra de Portugal: Maria de Lourdes Pintasilgo.
Numa altura em que muito se discute, inclusive aqui, de política e do que os candidatos e candidatas têm a oferecer ao nosso concelho, pareceu-me bem colocar aqui algumas palavras.

Esta data de ontem fez-me, assim, colocar aqui algumas considerações sobre esta senhora e sobre, afinal, aquilo que se espera dos e das futuros governantes este ano de eleições.

Não vou expor aqui a vida de Maria de Lourdes Pintasilgo. Dos que lerem estas palavras, uns lembrar-se-ão de quem ela foi e do que fez e aqueles que não se lembrarem ou fossem muito novos (como eu era) pesquisem e ficarão a saber o seu percurso que orgulhou Portugal, pois foi um percurso não apenas nacional, mas também internacional, de orgulhosa representação de Portugal.

O que me faz escrever aqui sobre ela é aquilo que ela defendia e onde ela se foi basear. As suas influências, assumiu ela por diversas vezes, eram as da Filosofia, as de algumas das correntes filosóficas mais importantes e pertinentes da contemporaneidade: a ética do cuidado e a ética da responsabilidade (que ainda hoje têm imensa pertinência). Defendia ela que um novo paradigma se impõe no nosso tempo, este tempo que é a era da técnica: o paradigma de cuidar o futuro. Dizia ela que do paradigma do desenvolvimento (sinónimo de progresso tecnológico) teremos de passar, agora, para o paradigma da qualidade de vida. Isto porque esse desenvolvimento e progresso tecnológico conduziu-nos para a constatação de que somos frágeis e não dominadores e poderosos como a era da técnica nos fez pensar (o domínio do humano sobre a natureza). Para isto contribuiu algo que hoje ainda se discute internacionalmente: a incapacidade infinita de regeneração da natureza, da qual o problema do aquecimento global é apenas um dos exemplos. Problemas que nos afectarão pois somos, também nós, natureza.

Defendia ela, então, que cada um de nós não existe sem os outros (uma alteridade necessária) e que se compete a todos cuidar dos seus semelhantes e da natureza, esse imperativo acentua-se ainda mais nos governantes. Porque o futuro deixou de ser encarado como previsível (já que o ser humano não o pode controlar como ainda chegou a pensar) o futuro é o âmbito temporal que deve aliar-se a este cuidar. O imperativo é, então, cuidar o futuro, sabendo que esse cuidar o futuro é cuidar dos outros (seres humanos, animais e natureza) e cuidar para viver com qualidade de vida no futuro, isto é, garantir às gerações vindouras uma vida com qualidade (meios básicos de sobrevivência, educação, saúde, etc).

O que quero aqui deixar é a marca de uma mulher extraordinária que aliou um pensamento teórico-filosófico (ético) a uma prática efectiva (política). O que julgo ser importante é que este seu legado seja tomado em conta pelos aspirantes a governantes; que estes compreendam a importância de que uma prática só poderá ser fundamentada num pensamento teórico prévio. Procurem, dentro de si e no seio dos vossos grupos, aquilo que defendem teoricamente e depois coloquem essas ideias base para a prática efectiva do “cuidar” dos outros, de todos aqueles que terão a cargo. Exponham as vossas ideias, queiram ser sempre melhores, fundamentem o porquê das vossas candidaturas.

São os exemplos passados que nos podem orientar no futuro.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Câmara disputada

Coloco aqui este "cartoon", com o intuito de parodiar a disputa acesa por parte de diversas forças políticas e independentes à Câmara M. de Marvão, num exercício que se pretende o mais democrático possível . Não é minha intenção apoucar, denegrir e menosprezar qualquer dos intervenientes nesta "contenda" .

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Feira do Café de Marvão

Depois da “Feira da Castanha” e da “Al Mossassa” parece que irá surgir um novo evento em Marvão, o qual terá como mote o café.

À partida o café não parece ser um “motivo” com a lógica dos anteriores (talvez, apenas a sua ligação ao contrabando), contudo se a adesão de expositores for grande, se existirem atractivos suplementares e se se conseguir “vender” bem a ideia, penso que a imagem de Marvão fará o resto.

Quando esta feira foi apresentada pelo vereador José Manuel Pires, numa das últimas Assembleias Municipais, este referiu que, por exemplo, Óbidos também não terá muito a ver com o chocolate e faz um evento, com bastante sucesso, baseado neste produto…

Por muito estranho que possa parecer o mote deste novo evento, julgo que a sua realização poderá revelar-se positiva. Marvão precisa de ter um calendário de eventos mais preenchido para ter ainda mais visibilidade e atrair mais visitantes. O seu património e a sua paisagem, sendo fundamentais, não são suficientes.

Oxalá que este, como aqueles, venha a atingir grande projecção. O concelho agradeceria!


Grande Abraço
Bonito Dias

terça-feira, 7 de julho de 2009

Festa da Relva da Asseiceira – Quais as razões do sucesso?

A festa da Relva da Asseiceira é um fenómeno de adesão (interna e externa) e longevidade (19 edições) que não deixa ninguém indiferente!



Já o ano passado aqui comentei este evento, tendo alvitrado alguns possíveis factores para o seu sucesso: o local aprazível, o tempo de verão, os bons petiscos, o bom vinho, a simpatia dos festeiros e o conceito “à espanhola” de não cobrar entradas, fazendo a receita no “comes e bebes”.

Como esta é uma festa que me diz muito, volto ao assunto!

Na semana passada falava com alguém, profundo conhecedor de outra das festas populares do nosso concelho, que, perante estes factores por mim apresentados e a preocupação de muitos dos festeiros já estarem com uma “idade avançada”, comentava que, em sua opinião, as principais razões do sucesso desta festa eram a união entre os festeiros e as “contas claras”.

Concordei!


Aprofundado mais a questão diria que a Festa da Relva da Asseiceira é, na minha opinião, um bom exemplo de um sistema organizacional de sucesso, apesar de aplicado de uma forma completamente empírica e não estruturada.



Começa pela liderança que parece ser partilhada por três ou quatro elementos, os quais demonstram grande espírito de equipa, amizade, cumplicidade e capacidade para envolverem as pessoas, visto que partilham “a estratégia”, as regras e os processos com as mesmas. Depois, existe uma perfeita conjugação entre objectivos pessoais dos vários elementos com os objectivos do grupo e, finalmente, diria que todo o evento é organizado e implementado com um grande “prazer” pessoal, o que é, também, fundamental



A boa liderança e o “gozo” pessoal individual permitem ultrapassar, facilmente, eventuais conflitos e vão atraindo mais colaboradores que, de certa forma, vão regenerando e enriquecendo o grupo.

Acrescentaria, ainda, que outro factor muito importante é que esta festa envolve gente boa, humilde, persistente e muito trabalhadora (factor crítico de sucesso em qualquer actividade)!

Portanto, com a conjugação de todos estes factores, o resultado só poderia ser um: O sucesso!


Grande Abraço
Bonito Dias