quinta-feira, 16 de abril de 2009

Turismo de natureza e parcerias...

(clicar)


Hoje, ao ler uma pequena notícia na 25ª página do caderno principal do Expresso desta semana, até me “arrepiei”!

A notícia, cujo título é “Aldeias da Raia apostam no turismo”, parece uma receita daquilo que poderia (e deveria, digo eu…) ser implementado em Marvão!

Está lá tudo: turismo da natureza, organização de percursos (passeios, desporto) ao ar livre, potenciação do património natural e edificado e associações/parcerias.

Sendo fundamental fixar os visitantes para os tornar turistas, a oferta destas actividades contribuiria fortemente para esse desígnio. E Marvão tem todas as condições para fixar os visitantes através do turismo de natureza.

Há já algum tempo que surgem notícias que existe uma empresa privada a comprar terrenos no concelho para preparar trilhos com este objectivo. É positivo se for concretizado. Contudo, a Câmara deveria, isoladamente, ou em parceria com privados, ter uma forte iniciativa nesta área. E não teve… nem tem!

E porque não, uma parceria com os concelhos vizinhos na promoção de projectos mais alargados neste tipo de turismo? E porque não, uma parceria com Valência de Alcântara na implementação de percursos no âmbito do rio Sever?

Pelo que tenho observado, isso já seria pedir muito!

Poderíamos já ter começado, pelo menos, por organizar percursos internos, nas várias vertentes, que aproveitassem as características endógenas extraordinárias do concelho de Marvão nesta área.

Mas, não começámos!!!


Grande Abraço
Bonito Dias

3 comentários:

João, disse...

Parecendo que esta notícia é mais uma “sugestão da treta” a que o meu amigo Bonito nos tem habituado, pois parece não encontrar “eco” junto daqueles que são os “Responsáveis Executivos” no nosso concelho (que preferem andar preocupados com “abaixo-assinados”, esses sim verdadeiras TRETAS, para enganar incautos), e a labuta dos “pretendentes” na arte do “agradar e ser simpático enquanto não forem eleitos” (como seja o ridículo de andarem a servir de “empregados-de-mesa aos velhinhos” em iniciativas institucionais onde nunca se viram fazer nada), com a finalidade de angariarem votos nos próximos actos eleitorais; queria eu dizer, que esta “sugestão bonita” deveria ser levada “à séria”, e até servir como “mote”, aos debates eleitorais que aí vêm, tão profunda ela é!

E isto Porquê?

Algumas perguntas de ignorante:

- Porque não levará o amigo Bonito estas questões ao Órgão deliberativo de que faz parte (Ass. Municipal)?

- E se as leva porque não consegue aí influenciar, pertencendo ele à maioria que sustenta o actual executivo?

(Esta vai ser muito desacomoda mas paciência…)

- Para que servirá esse Órgão? (… ai que eu também lá estou!)

- Porque se continua a apostar milhões nas “pedras” (Património dizem os eruditos), e fazem-se programas eleitorais a dizer que o importante é as pessoas?

- Será que essas apostas serviram para melhorar o bem-estar da maioria dos marvanenses?

- Será que estas pequenas iniciativas (como esta aqui trazida pelo Bonito), e OUTRAS, se feitas com planeamento e sustentadas à “nossa medida”, não trariam mais pessoas a Marvão do que as NaturTejos e Geoparkes? E sobretudo mais baratas?

(Obrigado ao Bonito por trazido aqui mais esta notícia, que como outras que aqui nos tem trazido nos põe a pensar em coisas simples… e pequenas, mas de uma importância fundamental para o debate, para as ideias, para os projectos, que deveriam existir sobre Marvão).

Será que isso estará em mente dos novos candidatos que por aí se perfilam? Ou “mote” será mais uma vez: “… votem em nós porque somos “bonzinhos” e muito melhores que os outros”.

“o desacomodado”:

jbuga

Unknown disse...

Obrigado ao Bonito por, mais uma vez, trazer a debate um tema que, sem dúvida alguma, tem todo o potencial para se aplicar com sucesso no nosso Concelho.

Como comentou o João Bugalhão, faz até confusão como nenhum executivo tomou o assunto a sério e lhe deu o desenvolvimento merecido... Só pode ter sido por desconhecimento da nossa riqueza natural e humana!

Basta fazer uma caminhada pelas nossas calçadas e caminhos para se perceber o seu potencial. Estes caminhos, fundamentais como elo de ligação dos Marvanenses ao exterior outrora, são hoje igualmente importantes para um turismo de qualidade e em ligação privilegiada com a Natureza.

Devo acrescentar que o Movimento por Marvão (MporM), sensível a esta questão, está a trabalhar sobre o tema, no sentido de propôr o aproveitamento destes percursos de uma forma dinâmica e atraente quer para os Marvanenses, quer para quem nos visita.
Em breve o MporM dará notícias, tendo certamente estas e outras opiniões em conta.

Obrigado e que siga o debate!

Jorge Miranda disse...

Como sempre Amigo, pertinente e assertivo…
Parece-me que o "problema" do Bonito consiste em estar uns anos avançado em termos de ideias e projectos em relação à maioria dos pseudo candidatos à Câmara de Marvão.
Continuamos a discutir ideias que não estão nas prioridades dos nossos políticos concelhios, aliás para ganharem mais alguns votos tenho quase a certeza que todas as listas vão prometer “cento e cinquenta e dois caminhos pedestres e duzentas e cinquenta viagens de canoa no Sever” .
Uma das últimas coisas que nos resta é uma natureza fantástica, mas que só existe porque se auto preserva.
Num dos últimos posts colocados sobre um artigo escrito pelo Garraio para o jornal Alto Alentejo, como sempre bem escrito, discordo completamente em relação à opinião do autor em relação a anteriores executivos camarários onde incluo já o actual.
Tenho 40 anos, e nunca me lembro de ter um bom presidente de Câmara, se ser bom presidente é fazer contas de merceeiro, então foram todos óptimos, mas a um presidente exige-se mais, porque senão, todos estamos habilitados a ser presidente da Câmara , visto que nós também sabemos gerir ou não o nosso orçamento familiar.
Penso que sempre se governou o concelho dirigido a determinados grupos de elite para que se fosse mantendo o status quo vigente.
Já agora deixo uma questão - da minha geração e daqueles que saíram do concelho para estudar e alguns para trabalhar (excepção feita ao Pedro, que é o caso que conheço) quantos voltaram? e posso garantir, começando por mim, tivemos oportunidades para regressar e não o fizemos, porque será?
Um abraço
Jorge Miranda