quinta-feira, 13 de novembro de 2008

25ª Edição da Festa do Castanheiro / Feira da Castanha





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No passado fim-de-semana realizou-se a 25ª edição da Feira da Castanha que, com a sempre bem-vinda ajuda do S. Pedro, trouxe a Marvão vários milhares de pessoas.

Este evento continua a ser o principal veículo promocional de Marvão!

Primeiro, pelo tempo de antena (pago e gratuito) nos diversos meios de comunicação social que proporciona; depois, pela publicidade “boca-a-boca”, através dos seus muitos visitantes, que implica.

Ao passear pela Feira, e observando o elevado número de pessoas, ocorreu-me que esta última vertente poderia, eventualmente, ser ainda melhor aproveitada com a disponibilização a cada um dos visitantes de um “kit” com uma lembrança e publicidade ao que temos para oferecer: restauração, hotelaria, gastronomia, património natural e arquitectónico, produtos regionais, percursos pedestres, etc.

Assim, além da sua memória os visitantes levariam um “produto” material, palpável, tornando a “venda” posterior do nosso concelho mais eficaz.

Não identifiquei qualquer revolta pelo preço simbólico cobrado à entrada. Essa polémica parece-me não passar de uma birrinha de residentes. Eu, apesar de ter convite, paguei o euro de boa vontade.

Neste ano, comemorando a efeméride, foi lançado um número especial da revista “IBN MARUAN”, em forma de livro. Este, contem os programas das diversas edições, muitas fotografias interessantíssimas e alguns depoimentos sobre a Feira.

Recomendo vivamente!

No mesmo, podemos ler o depoimento de um representante da Santa Casa da Misericórdia de Marvão (acima digitalizado) que eu considero, no mínimo, lamentável. Não ponho em causa a pertinência dos assuntos abordados, julgo sim que não era este o local indicado para os colocar.

Sendo a SCM Marvão uma das entidades que mais tem lucrado (e bem) com a Feira da Castanha, este desagradável depoimento para um livro que é de comemoração torna-se incompreensível.

Mais incompreensível, ainda, é que a Câmara Municipal de Marvão, como editora do livro, o tenha publicado!


Grande Abraço
Bonito Dias

9 comentários:

Fernando disse...

Como em qualquer artigo publicado, ou outras tomadas de posição públicas, o que se escreve, e o que se diz, vincula quem escreve, quem diz, e neste caso a Instituição que representa.

A Santa Casa foi convidada a escrever um texto. Incumbiu um dos seus responsáveis.

A Câmara Municipal fez muito bem em publicar. Revela espírito democrático, ética e responsabilidade a publicação da posição da Santa Casa da Misericórdia, uma vez que a partir do momento em que solicitou o texto, não tem margem para o recusar.

Mas seja onde for, e nos meios mais diversos, todos e todas tem direito à opinião.

João, disse...

A CULTURA DA POUCA EXIGÊNCIA

Bem sei que estamos numa época de pouca exigência a todos os níveis, veja-se o caso do modelo de avaliação dos professores que entre outras criminalidades, recompensa os professores que facilitem a progressão dos alunos na passagem de ano, isto é que arranjem uma qualquer estratégia para que não haja chumbos, senão, serão eles os “chumbados”.

Vem isto a propósito da publicação desta Revista nº 16 – IBN MARUAM, à qual assisti à sua apresentação no sábado passado, e sobre a qual ouvi os mais rasgados elogios, nomeadamente, ao seu “Design”.

Não me vou referir aos conteúdos (textos e fotografias). Mas uma obra que deve ter dado tanto trabalho, e que nos custa “3 contos de reis”, talvez merecesse melhores arranjos. A não ser que estejamos em presença de mais uma inovação vanguardista, para a qual eu tenha vistas curtas.

Os textos “não justificados” ainda se toleram, pode ter sido intencional, um “new loock”; agora que a futura “candidata independente”, e, “presente” vereadora do PS (assim como todas as outras personagens), usem as mesmas roupas, os mesmos penteados em 1998 e 1999 (ver páginas 96 e 101), é que não está nada de acordo com o evento…

Naturalmente sou eu que estou a ver mal!

Mas não podemos andar todos a ver as virtudes, alguém tem de ver os defeitos, senão a coisa desequilibra-se...

jbuga

Unknown disse...

Do artigo do Sr. Dionísio Correia Gonçalves, enquanto representante da Santa Casa da Misericórdia de Marvão, têm particular relevância dois aspectos que me parecem ser dignos de nota.

O facto do pouco investimento, no estudo e acção para melhoramento do estacionamento, sobretudo quando ocorrem eventos de maior grandeza, tomando como exemplo a feira da castanha.

Evidentemente que existe uma grande lacuna. Este facto começa a ser extremamente redutor para uma maior projecção dos eventos existentes, como de outros que poderão e deverão ser criados, os quais exijam uma grande movimentação de meios.

Afirma o Sr. Dionísio Gonçalves ter sugestões e conhecimentos que poderão ajudar e contribuir para resolução do problema, acredito perfeitamente, assim como terão muitos outros Marvanenses, é preciso saber ouvi-los e decididamente agir.

- O segundo aspecto, é o facto de a dada altura do seu artigo referir que acedeu por lhe ter sido sugerido por parte da Santa Casa e em segundo lugar e cito," pelo pedido vir assinado pelo Vice-Presidente da Câmara, PORQUE DE RESTO NÃO VALE A PENA. " - SINTOMÁTICO E BASTANTE ESCLARECEDOR.

E já agora por curiosidade, o que terá feito e sugerido, até porque este problema é visível desde sempre, a Srª Vereadora Independente/PS e agora Independente pelos Independentes, no Executivo durante OITO anos a tempo inteiro e já há mais TRES na Oposição????.

Marilia Rosado Carrilho disse...

Quero deixar uma nota e um reparo à edição do livro:
a nota: uma óptima ideia na comemoração dos 25 anos e a estrutura do livro que me parece ser de uma agradável leitura;
o reparo: as legendas das fotografias que, em vez de supostos "ditos" dos fotografados, ali inventados, devia ter os seus nomes (isto, claro, os fotografados do concelho) São trabalhadores, políticos e cidadãos do concelho que até se repetem em algumas fotos de anos diferentes, mas os quais não têm nome. "Os de cá" sabem como se chamam, mas o livro é para ser para o país, não apenas para o concelho (digo eu!). E mesmo que fosse apenas para o concelho, considero que o nome da(s) pessoa(s) seria muito mais apropriado que supostos "brindes" ou pensamentos.
Minha opinião.

Muralhas disse...

Era ver as pessoas aos "esses" na praça do pelourinho. Porquê? Porque nem num dia como este as pessoas tiram de lá a viatura. Achei falta de tacto! Eram dois dias diferentes para a vila! É por este tipo de atitudes que Marvão nunca conseguirá "escancarar" os braços ao mundo turístico. Uma coisa triste de se ver.

Felizardo Cartoon disse...

Para mim esta publicação foi uma autêntica surpresa ! Nunca soube que estava na forja !Gostei de ver lá alguns dos meus cartazes ! Meu Deus, como eram artesanais ! Se fosse agora tinha-os feito de modo completamente diferente .

Marilia Rosado Carrilho disse...

Pois, Felizardo, não sei quais foram os seus (peço desculpa), mas são muito poucos aqueles de que não gosto, portanto devo gostar dos seus, mesmo artesanais :) E como o meu jeito para essas lides é nulo, aprecio imenso este trabalho. A grande maioria dos cartazes da feira são, para mim, maravilhosos. Voltar a vê-los até me fez recordar a infância. O tempo passa e tão depressa.

Felizardo Cartoon disse...

Os meus são os de 1994, 95, 96 e 97
Gosto deles e também me fazem lembrar, momentos importantes da minha vida .

cada um deles tem como que uma vida própria e uma história para contar .

Na escolha dos cartazes anteriores aos meus, fui várias vezes elemento do júri, juntamente com o Dr. Caldeira Martins, o Arquitecto Teotónio Pereira ,O Sr. Andrade, entre muitos outros .

O cartaz, durante alguns anos era escolhido mediante a relização de um concurso público, e enviado para o júri em envelope selado com a obrigatoriedade do autor se apresentar com pseudónimo.

Um dia, alguém terá dito ao senhor Andrade, Presidente da C.M. de Marvão na altura: talvez se pudesse, simplesmente encomendar o trabalho a alguém da terra e evitava-se toda esta burocracia :

assim foi : o trabalho foi-me enco mendado, corria o ano de 94.

Este tipo de trabalho, é geralmente do foro de artistas com formação em Artes gráficas - design .
Eu sou de Artes plásticas /escultura. Aceitei o repto, timidamente e algo inseguro .
O trabalho teve no entanto boa aceitação na altura e nos três anos seguintes, de uma forma mais ou menos inspirada, fui eu o autor do cartaz deste evento ao qual me encontro emocionalmente ligado desde o primeiro dia .

O senhor Andrade, a quem estarei sempre grato, às vezes fazia- me algumas sugestões . Ó Felizardo : se calhar a partir de agora temos que passar a dar mais ênfase à Festa do castanheiro e menos à feira da castanha. Ponha umas letras grandes, para a frase mais importante e umas mais miudinhas para a segunda .

Como na altura era uma autêntica nulidade em conhecimentos informáticos, aquilo era tudo feito manualmente, incluindo os caracteres do texto, que eram meticulosamente colados ao suporte de papel.

O Cartaz de 97, foi concebido, uns meses antes do nascimento da minha filha,num ano em que devido às circunstâncias da minha profissão, tive de ir com os tarimbecos às costas, da casa onde vivia em S. António das Areias, para ir leccionar para o Barreiro . Parece-me que foi o único ano que não pude ir à Festa do Castanheiro- enviei o cartaz pelo correio, creio eu .

Há muitas histórias associadas à História deste grande evento .

São as histórias de todos aqueles que o viveram por dentro e que ainda o vivem, talvez agora por fora, mas ao qual estão emocionalmente ligados .

Bonito disse...

“Bons olhos de leiam”, Jaime! (Espero que tu e as tuas meninas estejam bem… o papá vai dando notícias!)

Gostava que fosses mais “efectivo” por aqui. Era valor acrescentado, de certeza!

Relativamente aos dois aspectos que referes não digo que não sejam pertinentes e bons motivos de reflexão e discussão, afirmo apenas que não considero aquele o meio adequado.

Nomeadamente o aspecto da questão do estacionamento (por que o outro já se tornou novela, com muitos episódios…) é bastante relevante.

Alguns dias após a Festa da Castanha encontrei um marvanense na sala de espera de um consultório médico, aqui em Portalegre. A conversa foi sobre a festa e, nem de propósito, era opinião desse conterrâneo que esse problema já podia, e devia, estar bastante debelado, sem grandes investimentos para a autarquia. Sugeria, por exemplo, estacionamentos temporários, de terra batida, (ao estilo dos de Campo Maior durante a Festa das Flores) em dois olivais. Um, à direita da última recta para Marvão – junto àquele da curva apertada, se bem percebi – e outro por detrás do Posto da GNR.

Portanto, considero este assunto relevante mas surpreende-me que o mesmo nunca tenha sido colocado nos sítios adequados. Por exemplo, em três anos, este assunto nunca surgiu na Assembleia Municipal!

Distracção dos membros da Assembleia e inércia dos marvanenses! Digo eu.

Então porque é que o Sr. Dionísio Correia Gonçalves, não tendo abertura na Câmara, nunca apresentou as suas sugestões na Assembleia? Ou, então, a algum dos seus membros?

Tinha sido importante!


Grande Abraço, Jaimita

Bonito