segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"SÉQUESSO"?

Professores/Educação/Instrução/Pais e outros que tais…


Há cerca de três meses, quando fazia o meu passeio matinal, por altura da abertura do presente ano lectivo, deparei-me com um achado que baptizei de tesourinho deprimente”.

Junto ao caminho onde passava, haviam sido espalhadas, uma série de folhas de papel, que constatei, serem restos de apontamentos escolares, do ano lectivo anterior, de um jovem aluno do 6º ano.

Eram, sobretudo, apontamentos de Língua Portuguesa e Matemática. Por curiosidade, apanhei uma das muitas folhas por ali dispersas, e, garanto-vos, fiquei com os poucos cabelos (da cabeça) em pé!

Não, não foi o facto da falta de instrução cívica ao estarem a poluir o ambiente com materiais de difícil degradação. Também não foi pelo desprezo que aquele jovem vetava essas recordações preciosas, que acauteladas, poderia anos mais tarde, avaliar com prazer a sua evolução instrutiva…

Não quis fazer imediatamente um julgamento, sobre o aluno, os professores, a família, ou mesmo o sistema educativo, e, no dia seguinte, voltei a apanhar uma nova folha que fui analisando durante a caminhada que tinha pela frente. Assim foi sucedendo ao longo de vários dias, todos os dias analisava uma nova folha…

Garanto-vos que fiquei triste, muito triste.

Como é possível, um país com uma Democracia de 30 anos, ter chegado a tal degradação dum dos seus pilares essenciais: A INSTRUÇÃO/EDUCAÇÃO?

Perante a confusão que todos os dias contemplamos nos meios de informação, sobre o conflito ente Professores e Governo acerca dos Estatutos e Avaliação de Professores, urge perguntar: quem Avalia os Resultados deste Sistema Educativo?

E quem são os principais responsáveis: Os governantes, os professores ou os pais?

Lembrei-me deste episódio, ao ter conhecimento do seguinte artigo de Opinião, da autoria de Henrique Raposo que aqui vos deixo para vossa reflexão:
(Clicar para aumentar)
Entretanto, não resisto à tentação de aqui vos contar uma pequena história que vivi com os meus sobrinhos aqui há dias, numa pequena tertúlia familiar.

“… às tantas quando se discutia o processo e “sucesso” instrutivo de cada um, o Mário (também aqui nosso colaborador), dizia que senão tivesse sido a “psicóloga” contratada pela sua mãe, nunca teria passado da 4ª classe. Já que o seu afinco, nessa época, para as tarefas de estudar, não era o mais privilegiado. Preferindo muito mais o jogo da bola, as séries da “espanhola” e as pirraças com a outra “gaiatada”, do que o entretimento com aquela chatice dos livros e dos estudos. E afirmava, com convicção, que quem lhe tinha valido, tinha sido mesmo a “psicóloga” (isto lá por volta de 1978).

Esta história da “psicóloga” (naquela época), já nos estava a dar cabo da cabeça. Até que um de nós, lá resolveu questionar, que treta era aquela da “psicóloga”, se mal havia dinheiro para o “pão”, onde raio a foi a tua mãe arranjar “monim” para contratar a dita!
Ao que este, com aquele sorriso enigmático, tão característico dos Bugalhões, lá nos elucidou, que a dita “psicóloga”, era muito económica, por ser de origem “indiana”, possuir pouco mais de um metro de comprimento, vinte centímetros de diâmetro, e estar sempre à mão de semear, escondida atrás da porta…!

Foi infalível, disse ele, e só tinha pena de a não ter “consultado” mais vezes…

Talvez, que o nosso Sistema Educativo, esteja a precisar de contratar algumas destas profissionais”. Mas não será apenas para os alunos, talvez possa “consultar” professores, governantes, e, quem sabe, alguns pais…

Nenhum comentário: