terça-feira, 17 de janeiro de 2012


(Rua do Castelo/Rua do Espírito Santo, em aguarela de Alfredo Roque Gameiro, 1916. Pintura vendida em leilão no passado mês de Dezembro)


Passaram na Mercearia num destes dias.

Um casal jovem, de empreendedores.

Ela faladora, ele nem por isso. A meio da conversa disse-me que um dos seus grandes sonhos era viver em Marvão. E que não era um sonho de hoje, ou de ontem, era um sonho de sempre.

E eu pensei para comigo:

- Ora temos aqui um casal, jovem, gente formada e que criou o seu próprio emprego e que gostava de viver em Marvão.

- Ora temos aqui uma vila cada vez com menos gente, em que os poucos jovens que aqui nasceram, partiram na sua grande maioria em busca de emprego.

- Ora temos um Município que será talvez o maior proprietário de imóveis na Vila e tem pelo menos duas casas fechadas.

Assim que me consiga lembrar, duas casas fechadas. Duas casas que dariam para duas famílias.

Duas casas que estão fechadas à bastante tempo.


Há justificação para isto? Eu cá pergunto-me...

3 comentários:

Tiago Pereira disse...

Gosto da aguarela…quanto ao resto nem comento!

Isabel I disse...

Lindíssima aguarela, pena não ter vindo para Marvão. Até dá para ver as calçadas centenárias.

Tiago Pereira disse...

Sem dúvida, Isabel.

Se fosse um leilão de outra coisa qualquer, a CMM tinha intervido...