terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Um país de excepções...

Meu caro Pedro (Passos Coelho), muito mal vamos, se formos por aqui!

Na sexta-feira passada foi sua excelência o sr. silva a queixar-se que ganhava pouco (mais de 10 mil euros só em pensões!), pagas pelos contribuintes que ganham, a trabalhar, 1/10 e menos que isso.

Hoje foram as excepções de suas excelências os bancários, um dos grupos de trabalhadores mais bem pagos em Portugal a ficarem com os 25 dias de férias e, os senhores bancários reformados (há excepção dos da CGD, por enquanto), a manterem os 14 meses de pensões. Já haviam sido as excepções de suas senhorias que trabalham no banco que dizem ser de Portugal!

Não percebo porquê, nem que me apresentem mil explicações...

Já agora, se fossemos de explicação em explicação, alguém me explica porque não são excepções os trabalhadores da educação, que cuidam do melhor que há no mundo, as crianças; os da saúde, que nos acodem nas piores horas da vida, quando estamos doentes, e que diz o povo não terem preço; os da agricultura, que tiram da terra aquilo que nos enche a barriguinha, que sem eles lá iam os bancários, os banqueiros e presidentes para o car... (aças); e os da indústria, que são os grandes responsáveis por tentarem equilibrar a nossa balança de transacções através das exportações, que tão valorizadas têm sido nas bocas desse senhores; e os da justiça, que apesar da dita estar pelas horas da amargura, lá vão mantendo o estado direito dos presidentes e outra malandragem; os cobradores dos impostos, que se não cobrarem o pilim, lá se vão as pensões dos bancários e de todos os outros; e as forças de segurança, que com todos os riscos e fracos meios, lá vão arriscando a vida pela ordem, para defenderem os presidentes, os bancários e os banqueiros; alguns empresários, que passam noites sem dormir, a pensar onde hão-de ir buscar dinheiro para pagarem salários e impostos; os dos serviços municipalizados que nos servem a água fundamental à vida, em nossas casas, e a meio da noite nos livram da merda que fazemos, inclusive a dos bancários, a dos tais do banco que se diz de Portugal e dos outros; aqueles que trabalharam e descontaram uma vida inteira para que estes senhores fossem aquilo que não são; os dos transportes e afins, que nos levam para todo o lado, perdão, com excepção de muitos desses bancários e presidentes, que esses têm transporte facultado pelas entidades promotoras de excelência onde trabalham, mas pagos por todos nós quer em impostos, ou comissões vergonhosas que nos cobram; etc., etc....

Direitos adquiridos? Devem estar a bricar connosco!...

Mas afinal, quem é que não é EXCEPÇÃO, nesta organização social a que chegámos?

Para excepção, já nos chegam os loureiros, os varas, os godinhos, os jardins, os oliveiras costa e os costas oliveiras, os sem/paios, os constantes e inconstantes, o coelho que anda nas motas, as felgueiras, os morais sem ela, os catrogas com ela mas sem a aplicar, e todos os outros fdp que nos andam a enganar há muito tempo.

Ò Coelho diz lá mais alto e grosso, para que te oiçam de uma vez por todas, que isto, ou há moralidade, ou todos temos que comer.

Senão...

Um comentário:

Jorge Miranda disse...

Alguns tardam, mas chegam lá...ou como mais do mesmo representa o mesmo.
Milagres nem em Fátima, quanto mais na politica Portuguesa.
Um abraçp