terça-feira, 22 de novembro de 2011

O novo milagre das rosas...

Nos últimos anos de governação, nomeadamente, aqueles que são apontados como os de algum êxito na diminuição do malogrado deficit orçamental do Estado, a estratégia aplicada tem sido sempre a mesma: aumentar receitas, sobretudo à custa de impostos sobre os contribuintes.

Foi assim que se chegou à denominada “taxa extraordinária” para 2011, ao colectar os trabalhadores sobre 50% do valor do Subsídio de Natal, que vá além do ordenado mínimo dos 485 euros. O que, no meu caso particular, não tem nada que saber foram “427 palhaços”, como se dizia antigamente. Mesmo assim, até fico muito satisfeito em relação à maioria dos portugueses, já que, pior, seria se não me taxassem nada.

Foi assim também, que o “gasparzinho” usou a estafada estratégia socretina, à custa de aumento da “Receita” procurar atingir o tal número mágico (5,9%), exigido pelos nossos amigos europeus. Não sei, é se chega!

Ora para 2012, a “troika” (ou triunvirato como dizia o Portas antes de ser ministro), impôs que, isso de diminuir o deficit à custa da Receita não estava a dar em nada, e que o Governo, tinha era que actuar (diminuir), estruturalmente, do lado da Despesa Pública, já que esta vinha aumentando de forma assustadora nos últimos anos, chegando a aumentar praticamente para o dobro em algumas áreas, como é o caso, por exemplo, da saúde; e que não havia aumento de impostos que saciasse tal "monstro".

Todos ouvimos o nosso “coelho” durante a campanha eleitoral, proclamar aos 4 ventos, que logo que chegasse ao Governo, uma das suas primeiras medidas seria a de cortar despesas, sobretudo nas tais famosas “gorduras” do Estado.

Até aqui tudo bem, pensei eu, pois todos sabemos que essas gorduras existem, nomeadamente, em desperdícios evitáveis, fáceis de reduzir, se todos os actores da área da “coisa pública” contribuíssem.

Claro que também percebo, que estas medidas não dão resultados de um dia para o outro. Reorganizar toda uma Administração Pública, que tem como divisa: “gaste-se que isto é do Estado e que, alguém há-de pagar...”, é tarefa hercúlea que não se consegue do pé para a mão.

Lançou então, o nosso Governo, mão da nova táctica, que foi o de transformar aquilo que são Receitas em 2011, através da aplicação da Taxa Extraordinária (corte em metade do subsídio de Natal); em Despesas para 2012 e 2013, através da diminuição de custos com pessoal (não pagamento do subsídio de Natal, acompanhado ainda, do subsidio de férias).

Não se admirem pois, que um destes dias, o nosso Ministro das Finanças ao ser interpelado por algum incauto contribuinte, sobre o que eram os subsídios de Natal e de Férias dos portugueses, ele responda:

“Foram receitas senhores, foram receitas, mas agora são despesas!...”

Um comentário:

Jorge Miranda disse...

Os Deuses devem estar loucos...