quinta-feira, 4 de março de 2010

Pavilhão Desportivo no concelho de Marvão?

COM 30 ANOS DE ATRASO

Se bem lembro, em 25 de Abril de de1974, existiam no distrito de Portalegre 3 Pavilhões Gimnodesportivos: em Portalegre, capital de distrito; em Elvas, enquanto cidade importante; e em Santo António das Areias, embora com características muito rudimentares para assim ser designado.

Passados 36 anos, todos os 14 concelhos têm, há muitos anos, Pavilhões para pratica desportiva, à excepção do concelho de Marvão que mantém, praticamente, com as mesmas deficiências, estas antigas instalações em SA das Areias, e ainda por cima, pertença de uma Instituição Privada, a Casa do Povo de SA das Areias.



Passaram-se assim já 4 décadas, em que a comunidade marvanense se viu privada das mais elementares condições para a prática desportiva coberta, quando todos os seus vizinhos usufruem.

Poderemos questionar de quem será tal responsabilidade. Em minha opinião, de todos aqueles que ao longo destes anos passaram pelos executivos autárquicos, e em particular, os presidentes e os vereadores do pelouro do desporto e da sua pouca sensibilidade para esta temática.

Foi assim, com alguma satisfação, que assisti ontem 3/3/2010, em Reunião de Câmara, à aprovação de uma proposta de aquisição do Pavilhão da Casa do Povo de SA das Areias pela autarquia marvanense. Sendo essa proposta de compra de aproximadamente 188 000 euros (37 600 contos).

Votaram a favor desta proposta os 3 representantes do PSD e a vereadora Madalena Tavares; e votou contra, o vereador Nuno Lopes do PS, que apresentou em Declaração de Voto, que apesar de concordar com a aquisição, achava o valor de aquisição excessivo, e que, em sua opinião, o valor não devia ultrapassar os 100 000 euros.

Para que esta aquisição se concretize, terá agora a Casa do Povo de realizar uma Assembleia-geral dos seus associados, para que estes autorizem a alienação desse património. Essa reunião irá realizar-se no próximo dia 26 de Março.

Parece ainda fazer parte do processo, uma garantia dada pela Casa do Povo, de que a verba desta transacção, terá de ser aplicada, OBRIGATORIAMENTE, nas Obras do Lar em construção nessa Instituição.

Foi ainda anunciado pelo Executivo, que após a conclusão da aquisição do Pavilhão de SA das Areias, o mesmo será sujeito a obras profundas, de forma a dotar as instalações da funcionalidade e dignidade que esta estrutura desportiva exige.

Esperemos que assim seja…

7 comentários:

Gi caldeira disse...

Uma solução para dois problemas...

A CMM toma a plena responsabiliade pelo pavilhão.

A Casa do Povo angaria fundos necessários para a execução do lar de idosos.

Parece tudo muito simples, a falar é que nos entendemos.

Bonito disse...

Nada acrescento em dizer que concordo totalmente com esta operação (visto que sobre esta matéria já me pronunciei várias vezes).

O meu comentário vai noutro sentido…

Diz J.Buga, neste seu post com grande valor informativo, sobre de quem é a responsabilidade de Marvão ser o único concelho do distrito sem um pavilhão desportivo digno desse nome, que:

“Em minha opinião, de todos aqueles que ao longo destes anos passaram pelos executivos autárquicos, e em particular, os presidentes e os vereadores do pelouro do desporto e da sua pouca sensibilidade para esta temática.”

Esta opinião tem lógica, mas eu diria diferente:

A responsabilidade das coisas correrem mal nesta matéria (como noutras) é nossa. É dos marvanenses!

Em primeiro lugar pelos erros, eventualmente, cometidos aquando da escolha dos vários executivos camarários. Depois, na incapacidade de consciencialização das realidades e, finalmente, existindo essa consciencialização, na incapacidade de revindicação…

A responsabilidade sobre as infra-estruturas (e o concelho) que (não) temos vai inteirinha para os marvanenses!

Aliás, julgo que, na actualidade, esses problemas são dos principais que perduram em Marvão…

Carência de consciencialização das realidades e de revindicação do bem comum! (porque do particular, a história é outra…)


Abraço
Bonito

Garraio disse...

E se o pavilhão fosse nos Alvarrões ou no Porto da Espada pensaríamos da mesma maneira.

Maria da Horta disse...

Boa pergunta!

JOAO CARLOS ANSELMO disse...

bom dia!

O pavilhao é da casa do povo. Desde sempre foi utilizado pelo GDA, pela escola, pela telescola, pelo rancho, pela comissao de festas, etc.

O pavilhão foi cedido para muitos fins, desde os desportivos, culturais, festas diversas e até imagine-se... a comicios politicos.

Foi cedido muitas vezes a forasteiros, como por exemplo, os adeptos do parapente do Porto de Espada, que não tinham onde dormir no concelho.


O pavilhão foi cedido a miudos dos alvarroes que gostavam de jogar futebol e infelizmente não tinham o campo que tem hoje na sua escola/CCR Alvarroes.

Portanto, foi cedido a forasteiros, que gostavam de nos visitar, como a marvanenses, como a amigos do Porto da Espada, dos Alvarroes, de marvão, da beirã!

Com essa visão separatista, não vamos a lado nehum!

O pavilhão é para ser utilizado por todos. Pena é, ser utilizado cada vez menos.

Se cada vez há menos jovens no concelho, ponham os idosos a fazer ginastica. Por exemplo, levem-nos ao pavilhão!

O pavilhão é dos marvanenses como outros bens do concelho tambem o são, como por exemplo investimentos feitos noutras freguesias, e sem levantar grandes questões por parte dos arenenses!

Que haja progresso sem conflitos separatistas...

Bonito disse...

Amigo Garraio,

Uma das principais razões porque Marvão não tem as infra-estruturas que outros têm é essa forma de pensar!

Felizmente, com as novas gerações, essa questão tem vindo a ser já bastante esbatida…

Aliás, o GDA terá sido, eventualmente, a instituição do concelho que mais tem contribuído para tal ao, ano após ano, reunir nas suas equipas jovens de todo o concelho.

Mas, essa forma de pensar está, infelizmente, ainda muito enraizada, sendo um “cancro” com ramificações por todo o concelho. SAA inclusive!

No entanto, como tu sabes, apesar de estar, naturalmente, mais sensibilizado para os problemas da minha freguesia, sou daqueles que procuram ter uma visão global do concelho. Portanto, se esta situação do pavilhão se passasse noutra freguesia teria, com certeza, a mesma opinião.

Porque tenho tido muitas vezes o privilégio de conversar contigo, sei que, com estas tuas “meias palavras”, te estás a referir, concretamente, à operação que envolveu a Cooperativa do Porto da Espada. E às dúvidas levantadas aquando da mesma!

Contudo, também sei que tu conheces provavelmente até melhor que eu os contornos dessa operação. E sabes que foi algo totalmente diferente. Nesse caso (louvando-se o facto de se “salvar” a Cooperativa) tratou-se de tapar, com dinheiros públicos, um buraco de várias dezenas de milhares de euros, com origem em má gestão (para não dizer mais) privada…

Abraço
Bonito

Garraio disse...

Amigos João Carlos e Fernando:

Palavra, palavrinha, que não percebo nada da vossa conversa.

E o separatista sou eu?

E o retrógado sou eu?

(diria o grande LFS)

Abraços, rapaziada.