sábado, 5 de fevereiro de 2011

E esta hein!....


Esta tem origem no Rei D. Carlos, que por acaso foi assassinado por republicanos, que entre outras coisas, achavam que o Rei era um “peso” para o país…

Já alguém viu um gesto destes nos actuais mandantes?



Nota histórica: Dias Ferreira, era o Primeiro Ministro da época, não confundir com o presidente da AG do SCP!



Já agora, alguém imaginou o seguinte comunicado:

“Eu, ------------------------------- Presidente da Câmara Municipal, e todo meu executivo (2 vereadores a tempo inteiro), decidimos prescindir de 20% das nossas remunerações (cerca de 20.000 euros/ano), bem como do cargo de um assessor que nunca foi necessário anteriormente (30.000 euros/ano), que totaliza uma poupança anual de cerca de 50.000 euros em 2011.
Mais informamos, que esta “poupança” será utilizada, para repor as diferenças originadas pelos cortes salariais na Administração Pública, decretados pelo sr. Pinto de Sousa, aos cerca de 100 trabalhadores autárquicos do município”.

Nota: 50 mil euros representam 2.5% do total da massa salarial nas despesas com pessoal em 2011.

Isto é que era de valor…

5 comentários:

Gato Preto disse...

Dizem as regras da boa gestão e da racionalização de recursos que quando há necessidade de cortes, se devem fazer "por cima". Infelizmente tal quase nunca acontece...Neste caso então, arrisco-me a pensar que será impossível

ritaanibal disse...

Alguns dos Portugueses também poderiam fazer o mesmo,incluindo os Enfermeiros, porque não?alguém têm que ser o primeiro os outros seguirão os mesmos passos!

Salvador disse...

Muito bem Rita!!! ;)

Maria da Horta disse...

Quem tem culpas no cartório devia estar muito caladinho!!! porque não prescinde você também pelo menos das presenças que recebe da Assembleia Municipal????falar dos outros é muito fácil! primeiro temos que dar o exemplo de que somos diferentes, e depois falar então, até parece que o problema do País está só no Presidente da Câmara de Marvão.

João, disse...

Minha cara “Maria da Horta”, reflecti um pouco antes de lhe responder, pelo facto de vir aqui comentar com um nome fictício, e como sabe, essa situação não está dentro dos princípios que aqui são defendidos. Se mantemos essa possibilidade como opção, é apenas para aqueles, que queiram trazer alguma “argumentação positiva” ao debate, e por alguma razão, tenham receio de represálias que não serão da minha parte. Ora não me parece ser esse o seu caso, e bom seria que interviesse de “cara destapada”, poderia contribuir para um debate que seria útil a toda a comunidade.

Mas estamos numa fase, em que o princípio “de que quem não se sente, pode não ser filho de boa gente”, está em moda, e por isso sinto necessidade, não de a esclarecer a si (porque sei que é uma pessoa elucidada), mas de informar os nossos visitantes, sobre a sua acusação, e de que valores se está a pronunciar.

Quanto ao assunto que aqui postei, nada tenho a acrescentar, é a minha opinião. Não apenas a respeito dos dirigentes de Marvão, mas em relação a todos os dirigentes locais e nacionais, que são remunerados muito acima de outros congéneres europeus e mesmo mundiais (dos quais lhe poderia dar vários exemplos, mas digo-lhe apenas que o Governador do Banco de Portugal, ganha muito mais que o Chefe do Tesouro Americano), e os dirigentes autárquicos não são excepção.

Remunerar um Presidente de uma Autarquia com 3 500 almas, com um ordenado base superior a 4 000 euros/mês, 2 vereadores com 3 000 euros/mês, e ainda um assessor com 2 000 euros/mês, é na minha opinião um exagero, e dos grandes.

Contudo, como bem sabe, tal situação já não se passa com os trabalhadores, que são dos mais mal remunerados da Europa, senão mesmo os piores. O que é que isto quer dizer? Que o problema em Portugal é dos trabalhadores, porque os dirigentes são melhores do mundo? Então como se justifica que o Luxemburgo seja o país com maior rendimento “per capita” da Europa, em que 35% dos habitantes são portugueses? Pobre Portugal…

Em relação aos enfermeiros, convém reafirmar aquilo que já aqui postei: Todos os licenciados iniciam a sua carreira na administração pública com salários de 1 400 euros/mês; os enfermeiros iniciam com 1 020/euros, sendo dos mais baixos salários dos seus congéneres europeus, tal como os outros trabalhadores. Penso que, Dona Rita, os enfermeiros já dão o seu contributo, ou por outra não dão, são obrigados.

Por fim, convém clarificar, em relação à minha missão de Membro da Assembleia Municipal, que a presença em cada Reunião da AM vale cerca de 50 euros, e são 5 por ano, o que dá um total de cerca de 250 euros/ano, que mal dá para o combustível que gasto para acompanhar a actividade municipal. Porque a mim, não me é concedido “carro do estado” para passear esposa e filhos.
Com este valores minha cara Horta, em nada contribuem para o meu bem-estar, e de bom grado os ponho ao serviço da comunidade, se eles servirem para ajudar alguém mais necessitado.

Mas penso que em relação ao voluntariado no concelho, e participação gratuita em prol da comunidade marvanense, existem poucas dúvidas a meu respeito. Caso tenha algumas, “venha a terreiro”, com a identificação certa, que eu a esclareço.

João Bugalhão