sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O fim do Lusitânia e do Ramal de Cáceres

O fim do combóio Lisboa-Madrid e da linha do Leste chegou.

Com direito a notícia na hora nobre, a RTP das 20 horas do dia 3 de Agosto, eis que chega o culminar de uma época.

Primeiro desapareceu o 'sardinheiro' e mais tarde o TER (um combóio tipo automotora geralmente com duas carruagens apenas, da marca FIAT) depois foram a pouco e pouco desaparecendo todos os outros.

Este é o preço do progresso, consequência da entrada para a CEE e do terminus das fronteiras, da Guarda Fiscal, da PIDE-DGS, dos despachantes, dos carregadores e factores da CP.

Não deixa mesmo de ser sarcástico que após mais de 130 anos que a construção deste Ramal se iniciou (a 15 de Julho de 1878) pela então Real Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, veja agora a sua morte movida pelos interesses económicos.

Para trás ficam os fosfatos e o volfrâmio, os despachos de bagagem, os contrabandistas e seus perseguidores, a guerra na Espanha, o café, as sapatilhas ... eu sei lá.

As gentes é que vão debandando porque aqueles que o não conseguirem ... ali se finam.

2 comentários:

Ibn Maruan disse...

Será que aquele senhor doutor que é Presidente da Assembleia Municipal não poderia ter dado uma ajudinha? Não é ele que é alto quadro?
Não, esperem, ele não tem tempo para os problemas de Marvão

Ibn Maruan disse...

Há um vídeio da Sic que eu vi no Facebook mas não sei por aqui que mostra bem a desgraça que vai nesta terra. O presidente da junta da freguesia mais pequena de Marvão fez mais pelo assunto dos comboios que o próprio presidente da Câmara.
É mesmo triste.
Os espanhois conseguiram resolver o problema. Vão ter comboio de Valencia para Madrid e vice-versa. E nós? Só lamentos, desta Câmara só lamentos do que se vai perdendo. Trabalho que é bom com resultados, NADA