sábado, 23 de junho de 2012

Do Baú # 16




Diz-me se és o meu reflexo, Oh fonte vulgar, diz-me onde esconder a arma, que eu soube enferrujar. Castro com castro edificas, eu castro o gesto a que incitas, estátua de orgulho gelada, sobre esta água parada;

O vento de amanhã quando soprar, desagregará o tempo presente, a memória da batalha clássica foi-se, a bandeira ser-me-à indiferente. Vim para devolver as cidades, aos intoxicados da terra, Será nos gabinetes que se ditará a nova guerra;

Sempre que fui combater rastejei pelo chão, onde nem a beladona cresce tocando o musgo com a mão. Descarnado de alma, mas mantendo a calma, dilacerado, esforço em vão;

O esforço de amanhã esfuma os viciados do controle, o cheiro a carne assada humana será uma recordação. Nem mais um soldado anónimo dormirá neste caixão, sonhando arrogante, com o nome da sua batalha final...

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