sexta-feira, 22 de agosto de 2008

QUE GRANDE SALTO...



Neste país em marasmo à beira de depressão, valha-nos as valentias de portugueses como este Nelson Évora e seu vitorioso salto de quase dezoito metros, embora repartido em três largas “chancadas”, que deixou o mundo inteiro a questionar sobre o que será isso do “po to ga lo”.

Parabéns Nelson.

Pois para mim, desde que por aqui assomaste acerca de uma dezena de anos, que te tenho “debaixo-de-olho”, não sabendo lá muito bem porquê, mas agora, aqui tenho a explicação.
Isto da intuição masculina…

Mas triste, mesmo muito triste, é assistir ao espectáculo de “bacoquices” dos nossos governantes, todos a porem-se em “bicos-de-pés”, para ver quem é o primeiro a tirar dividendos de um sucesso para o qual muito pouco concorreram.
Aqueles sorrisos de “orelha-a-orelha”, com discursos de conjuntura, a mim deixam-me nauseado, à beira do vómito.
Bom seria, que também eles fossem capazes de “saltar” assim, mas nas suas funções, em vez de andarem a vangloriar-se de contas alheias. E logo eles, que ainda 48 horas antes, quase ameaçavam mandar para a “fogueira”, aquela malandragem de “achinesados”…, até o Dom Vicente deu o dito por não dito.
Haja paciência.

Mas não percamos o fio à meada, nestas reflexões de Agosto, para aterrarmos nesta nossa terra, que também tão necessitada anda de dar “saltos” assim…, mas dos quais parecem tardar as tais “chancadas” que é necessário dar.

O Campo de Golfe lá continua naquela lástima que todos constatamos, quando por aquelas paragens circulamos. As soluções tardam, e, por este andar, não demorará, a vermos por ali, as belas plantações de “batatais” que aquelas terras sempre foram do melhor. Começo a questionar-me, para que serviu a aprovação da isenção de Impostos para o Sr. Pais do Amaral e companhia Lda.…

O problema do “bairro da fronteira” de Galegos, continua em “banho-maria” e ninguém conhece possíveis soluções, numa zona nobre em que era possível fazer tanta coisa, para desenvolvimento do concelho.

O Projecto de adesão à NaturTejo/Geopark, pensado como alternativa ao falhanço de reconhecimento de Marvão como Património Mundial, parece estar comprometido, devido ao não assentimento por parte de Castelo de Vide, e, à descontinuidade territorial provocada por esse facto.
Este Projecto, será levado de novo à discussão da Assembleia Municipal e será curioso verificar o que irá acontecer nessa altura. Entretanto não se conhece qualquer iniciativa pública, de forma a esclarecer e motivar os marvanenses sobre este Projecto, com vista a conseguir a sua aderência e integra-los. Pelo menos aqueles que mais directamente estariam interessados numa “aventura” desta envergadura. Mais uma decisão, unilateral, de mentes iluminadas.

Da degradação ambiental em todo o concelho, muito pouco se tem avançado nos últimos anos. Da ETAR da Beirã nem sinal, a Fossa dos Galegos continua a drenar directamente para o ribeiro dos “tintos”, a dos Vales “íden, íden…”; para a ETAR da Portagem continuam a correr a maioria das águas pluviais e nós a paga-las por “esgotos”, etc., etc.

Na saúde, evolução “zero”. Desde as Instalações, à prestação de cuidados (único concelho do distrito sem Atendimento Prolongado), sem atendimento para além das 17H30 e fins-de-semana e feriados.

No ensino as decisões continuam adiadas, nem sequer estão em discussão. O problema das duas Escolas, há muito que deveria de estar na “ordem do dia”, mas nada. Certamente aguardam decisão regional por “decreto”, sem que os marvanenses tenham, mais uma vez, nada a dizer.

O Apoio Social, por aí vai andando, em minha opinião, razoável. Mais por mérito das Instituições, do que por uma política local concertada e integradora. Com cada um por si, e fé em Deus. Quando era prioritário, que se incrementasse um Projecto de complementaridade, quer nos cuidados, quer na partilha de técnicos. Todos ficariam a ganhar.
Não esquecendo que algumas Instituições ainda não receberam os apoios financeiros de 2007, aprovados em Assembleia Municipal.
Sr. Presidente o tempo urge…

Quanto ao tão discutido “Desenvolvimento Económico”, todos sabemos que não são fácies, as negociações e a burocracia nacional que estorvam frequentemente que as coisas avancem como se deseja. Mas existem Planos, e o planeamento tem Objectivos e os Objectivos, devem ser temporizados, e, o prometido, foi para este mandato, não foi para o próximo. Por isso, de silêncios, já chegam os da Manuela Ferreira Leite, nós os marvanenses, queremos saber em que “pé” estão os prometidos espaços para a instalação de negócios, como forma de criar ou manter emprego, e, se não andarão a exagerar na aquisição de terrenos para alojarmos habitantes que não temos. Ter em conta que para estes peditórios já foram autorizados a contracção de 300 000 contos de empréstimos por parte do executivo…




Bem, para ultrapassar tudo isto, temos que dar umas “CHANCADAS” maiores que as deste Nelson Évora. Mas para isso…, precisamos de Atletas!

Um comentário:

Felizardo Cartoon disse...
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