quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Festival Internacional de Cinema alusivo ao tema "Urânio em Movimento"

Do nosso visitante José Moura recebemos o seguinte mail sobre o Festival Internacional de Cinema alusivo ao tema "Urânio em Movimento". Para vossa informação, e por quem se interessar por este tema:



Nisa acolhe durante dois dias - 12 e 13 de Fevereiro - o Festival Internacional de Cinema alusivo ao tema "Urânio em Movimento". A iniciativa pretende sesibilizar a população para os malefícios da extracção do urânio e suas consequências a nível ambiental e da saúde. O programa do Festival "Urânio em Movimento" é dirigido também à população escolar e contempla a realização de debates com especialistas e os realizadores Norbert G. Suchanek e Márcia Gomes Oliveira.

PROGRAMA (2 dias):

2ª Feira - Dia 12
* YellowCake- Brock Williams
* Urânio em Nisa, Não! - Norbert G. Suchanek

3ª Feira - Dia 13
* Sede do Urânio por Água - Norbert G. Suchanek & Marcia Gomes Oliveira
Depois dos filmes haverá debate com a presença dos realizadores do 2º e 3º documentário e especialista.

- YELLOWCAKE – (Sinopse)

Da exploração à produção de combustível, este documentário relata a contaminação, o alto consumo de água, a geração de resíduos tóxicos e radioactivos, os custos do contribuinte americano com os subsídios do governo a esta exploração, os impactos na saúde e as emissões de CO2 que são causados pelo ciclo do combustível nuclear.

Cada fase tem o seu próprio impacto de devastação ao meio ambiente e à população em redor, nos aspectos socioeconómicos, saúde e segurança. Este filme lança um olhar mais profundo sobre factos que são frequentemente deixados de lado. Os EUA estão no caminho do Yellowcake.

Diante desta informação devemos fazer a pergunta necessária: É isto o que realmente queremos? Este pequeno documentário foi criado por Boxcar Films, em 2009, para explorar o “front-end” da produção de combustível nuclear. A curta foi financiada pelos Cidadãos do Colorado Contra Lixo Tóxico.

Ficha Técnica
Titulo Yellowcake
Realização Brock Williams
Género Documentário
Duração 10’ / cor
Áudio inglês/legenda português
Nacionalidade EUA
Ano de Lançamento 2009

- URÂNIO EM NISA; NÃO! – (Sinopse)

Nisa é um exemplo de resistência a uma ameaça à sustentabilidade local.
Nesta pequena vila, ao norte do Alentejo, cidadãos e cidadãs se manifestaram contra a ameaça da mineração de urânio, antes que ela viesse a se concretizar. O filme é uma homenagem a este movimento de prevenção exemplar para o mundo, em um dos países onde começou a era atômica. As primeiras minas de mineração de Portugal forneceram a matéria prima para o Laboratório de Marie Curie, em Paris, e aos laboratórios criadores das bombas atómicas nos Estados Unidos e Inglaterra.
Realização: Norbert G. Suchanek,
Produção: Marcia Gomes de Oliveira,
Género Documentário
Nacionalidade Alemanha/ Brasil
Duração 20’ / cor
Ano Lançamento: 2012.

- A SEDE DE URÂNIO POR ÁGUA - Estreia Mundial – (Sinopse)

Este documentário é sobre a mineração e prospecção de urânio na Namíbia, os seus efeitos sobre a população local, o meio ambiente e a escassez de água no Vale Kuiseb.

A Namíbia tem duas minas de urânio, outras dez estão em plano. A exploração está a acontecer no território do povo Topnaar-Nama. Os seus recursos naturais e as suas próprias vidas estão em perigo. A mineração de urânio não apenas produz poeira radioactiva, também desperdiça enormes quantidades de água, destruindo a terra natal dos Topnaar-Nama. O foco do filme é as aldeias Nama ao longo do Vale Kuiseb e o Rei Nama Samuel Khaxab que iniciou uma campanha para informar o seu povo sobre os riscos ambientais e da radioactividade causados pelas minas de urânio. Queremos parar a mineração de urânio, diz ele.

O povo indígena Nama é parente dos San, no Kalahari. Eles compartilham a mesma família linguística com base nos sons de estalos click-clack. Situados ao sul da África, entre Angola e África do Sul, os Nama (chamados também de Hottentot) foram primeiro explorados pelos colonizadores britânicos e alemães que os expulsaram da maior parte das suas terras ao longo da costa da Namíbia, devido à grande quantidade de diamantes que possuíam. Depois, foram colonizados pela África do Sul e seu aparthaid. Hoje, expulsos de quase totalidade de seu território em nome da conservação da natureza. O que lhes resta é o Vale Kuiseb.

Ficha Técnica
Titulo A Sede do Urânio por água
Realização Norbert G. Suchanek & Marcia Gomes de Oliveira
Género Documentário
Duração 27’ / cor
Áudio inglês/legenda português
Nacionalidade Brasil/Alemanha
Ano de Lançamento 2010

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