(Percam um pouquinho do vosso tempo e lêem até ao fim. Quem sabe vos venha a ser útil)
Todos os anos se celebra, a 31 de Março, o Dia Nacional do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Esta comemoração assume especial importância se tivermos presente que o AVC é a terceira causa de morte em vários países do mundo e é também uma das principais causas de incapacidade física e mental.
O AVC é uma ameaça para a saúde e bem-estar das pessoas, não só pela sua elevada incidência, mas também pela mortalidade e morbilidade que provoca, assim como pelas alterações a nível da funcionalidade, que implicam uma perda substancial no nível de qualidade de vida.
1 – O que é um AVC
O AVC corresponde a um défice, na chegada de sangue e seus constituintes a determinada área do cérebro, determinando alterações na sua irrigação. Estas alterações são de 2 tipos:
Todos os anos se celebra, a 31 de Março, o Dia Nacional do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Esta comemoração assume especial importância se tivermos presente que o AVC é a terceira causa de morte em vários países do mundo e é também uma das principais causas de incapacidade física e mental.
O AVC é uma ameaça para a saúde e bem-estar das pessoas, não só pela sua elevada incidência, mas também pela mortalidade e morbilidade que provoca, assim como pelas alterações a nível da funcionalidade, que implicam uma perda substancial no nível de qualidade de vida.
1 – O que é um AVC
O AVC corresponde a um défice, na chegada de sangue e seus constituintes a determinada área do cérebro, determinando alterações na sua irrigação. Estas alterações são de 2 tipos:
- Isquémicas
- Hemorrágicas
As causas que lhe estão associadas são multifatoriais, sendo que na situação do AVC isquémico existem 2 causas principais: a trombose e a embolia. No caso do AVC hemorrágico, as 2 causas mais importantes são: traumatismo craniano e a existência de alteração das artérias, nomeadamente aneurismas, malformações arteriovenosas, mas mais frequentemente, alterações causadas pela existência de hipertensão arterial.
2 – Quais são os Factores de Risco
Pela sua dimensão e repercussão é imprescindível a caracterização dos factores de risco para o AVC, pois quase toda a prevenção do AVC é sustentada na sua minimização ou eliminação. Assim, os principais fatores de risco para AVC são:
- Pressão Arterial: é o principal fator de risco para AVC.
- Doença Cardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVC.
- Colesterol: em especial o aumento da fracção LDL ou a redução da fracção HDL.
- Hábitos tabágicos e hábitos alcoólicos.
- Diabetes Mellitus.
- Idade: quanto mais idosa é a pessoa, maior a probabilidade de ocorrer o AVC. Isso não impede que na pessoa jovem não possa ocorrer.
- Até os 51 anos de idade, os homens têm maior probabilidade de ter um AVC. Depois desta idade, o risco praticamente se iguala em ambos os sexos.
- História de doença vascular anterior: pessoas que já tiveram AVC têm maior probabilidade de ter um AVC.
- Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose; assim, indirectamente aumenta o risco de AVC.
- Anticoncepcionais hormonais: no entanto, os anticoncepcionais com baixo teor hormonal, em mulheres que não fumam e não tenham outros fatores de risco, não aumentam a probabilidade de aparecimento de AVC.
- Sedentarismo.
3 – Sinais e sintomas de um AVC
É fundamental o seu diagnóstico precoce e a capacidade para identificar os sinais de um AVC, que variam de acordo com o tipo de AVC e ainda com a sua localização, sendo os sinais mais frequentes:
- Diminuição da força muscular ou parestesias de um membro ou metade corporal, com dificuldade no equilíbrio no movimento (pode ocorrer paralisia da face com desvio da comissura labial);
- Dificuldade de movimentação, tonturas ou perda de coordenação e de equilíbrio;
- Alteração da linguagem (dificuldades na fala) e incapacidade de compreensão (não conseguir entender o que é dito);
- Alteração da visão num olho ou em ambos e/ou parte do campo visual (mesmo que temporariamente, é um sinal de alerta claro);
- Dor de cabeça súbita, seguida de vómitos, sonolência ou coma;
- Perda de memória, confusão mental e dificuldade de executar tarefas habituais de início rápido.
4 – Como se trata
O AVC constituiu hoje uma emergência médica que deve ser tratada como tal e cuja mortalidade e morbilidade dependem em grande parte da organização e da qualidade dos cuidados de saúde. Assim se compreende a necessidade de uma correcta e constante articulação entre os diferentes intervenientes na gestão integrada de um plano global, porque o tratamento das pessoas com AVC exige a continuidade de cuidados no âmbito das instituições de saúde, mas também a participação de todas as entidades após o regresso da pessoa à comunidade e à sua família (prevenção de eventuais recidivas, recuperação de funções motoras e cognitivas, apoio domiciliário, reintegração familiar, social e profissional).
Pelo que fica exposto, torna-se evidente que a complexidade do AVC, com consequências organizativas, terapêuticas, económicas e sociais, exige uma abordagem multidisciplinar e um planeamento e coordenação locais de uma rede integrada de cuidados, que garanta a qualidade assistencial. Cerca de um terço das pessoas que sofreram um AVC ficam com incapacidades pelo que a reabilitação assume um papel determinante.
5 – Recuperação e reabilitação
A reabilitação é o processo de recuperação ou de aprendizagem da gestão dos danos que o AVC causou. O processo de reabilitação envolve voltar à vida quotidiana, alcançando o maior nível de independência possível através de:
- Reaprender capacidades e habilidades entretanto afitadas;
- Aprender novas capacidades;
- Adaptar-se a algumas situações causadas pelo AVC;
- Encontrar suporte organizativo, emocional e social em casa e na comunidade adequado à dependência.
Assim, a reabilitação da pessoa com AVC tem os seguintes objectivos:
- Prevenir complicações, sobretudo as deformidades, a instalação da espasticidade, a perda da mobilidade das articulações, o ombro doloroso, as doenças pulmonares, a trombose venosa profunda, as úlceras de pressão, entre outras.
- Recuperar as funções cerebrais comprometidas pelo AVC, que podem ser temporárias ou permanentes.
- Ajudar a integração sociofamiliar no trabalho, reintegrando a pessoa com a melhor qualidade de vida possível.
Nota: Post elaborado com base num Artigo da Ordem dos Enfermeiros Portugueses
As causas que lhe estão associadas são multifatoriais, sendo que na situação do AVC isquémico existem 2 causas principais: a trombose e a embolia. No caso do AVC hemorrágico, as 2 causas mais importantes são: traumatismo craniano e a existência de alteração das artérias, nomeadamente aneurismas, malformações arteriovenosas, mas mais frequentemente, alterações causadas pela existência de hipertensão arterial.
2 – Quais são os Factores de Risco
Pela sua dimensão e repercussão é imprescindível a caracterização dos factores de risco para o AVC, pois quase toda a prevenção do AVC é sustentada na sua minimização ou eliminação. Assim, os principais fatores de risco para AVC são:
- Pressão Arterial: é o principal fator de risco para AVC.
- Doença Cardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVC.
- Colesterol: em especial o aumento da fracção LDL ou a redução da fracção HDL.
- Hábitos tabágicos e hábitos alcoólicos.
- Diabetes Mellitus.
- Idade: quanto mais idosa é a pessoa, maior a probabilidade de ocorrer o AVC. Isso não impede que na pessoa jovem não possa ocorrer.
- Até os 51 anos de idade, os homens têm maior probabilidade de ter um AVC. Depois desta idade, o risco praticamente se iguala em ambos os sexos.
- História de doença vascular anterior: pessoas que já tiveram AVC têm maior probabilidade de ter um AVC.
- Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose; assim, indirectamente aumenta o risco de AVC.
- Anticoncepcionais hormonais: no entanto, os anticoncepcionais com baixo teor hormonal, em mulheres que não fumam e não tenham outros fatores de risco, não aumentam a probabilidade de aparecimento de AVC.
- Sedentarismo.
3 – Sinais e sintomas de um AVC
É fundamental o seu diagnóstico precoce e a capacidade para identificar os sinais de um AVC, que variam de acordo com o tipo de AVC e ainda com a sua localização, sendo os sinais mais frequentes:
- Diminuição da força muscular ou parestesias de um membro ou metade corporal, com dificuldade no equilíbrio no movimento (pode ocorrer paralisia da face com desvio da comissura labial);
- Dificuldade de movimentação, tonturas ou perda de coordenação e de equilíbrio;
- Alteração da linguagem (dificuldades na fala) e incapacidade de compreensão (não conseguir entender o que é dito);
- Alteração da visão num olho ou em ambos e/ou parte do campo visual (mesmo que temporariamente, é um sinal de alerta claro);
- Dor de cabeça súbita, seguida de vómitos, sonolência ou coma;
- Perda de memória, confusão mental e dificuldade de executar tarefas habituais de início rápido.
4 – Como se trata
O AVC constituiu hoje uma emergência médica que deve ser tratada como tal e cuja mortalidade e morbilidade dependem em grande parte da organização e da qualidade dos cuidados de saúde. Assim se compreende a necessidade de uma correcta e constante articulação entre os diferentes intervenientes na gestão integrada de um plano global, porque o tratamento das pessoas com AVC exige a continuidade de cuidados no âmbito das instituições de saúde, mas também a participação de todas as entidades após o regresso da pessoa à comunidade e à sua família (prevenção de eventuais recidivas, recuperação de funções motoras e cognitivas, apoio domiciliário, reintegração familiar, social e profissional).
Pelo que fica exposto, torna-se evidente que a complexidade do AVC, com consequências organizativas, terapêuticas, económicas e sociais, exige uma abordagem multidisciplinar e um planeamento e coordenação locais de uma rede integrada de cuidados, que garanta a qualidade assistencial. Cerca de um terço das pessoas que sofreram um AVC ficam com incapacidades pelo que a reabilitação assume um papel determinante.
5 – Recuperação e reabilitação
A reabilitação é o processo de recuperação ou de aprendizagem da gestão dos danos que o AVC causou. O processo de reabilitação envolve voltar à vida quotidiana, alcançando o maior nível de independência possível através de:
- Reaprender capacidades e habilidades entretanto afitadas;
- Aprender novas capacidades;
- Adaptar-se a algumas situações causadas pelo AVC;
- Encontrar suporte organizativo, emocional e social em casa e na comunidade adequado à dependência.
Assim, a reabilitação da pessoa com AVC tem os seguintes objectivos:
- Prevenir complicações, sobretudo as deformidades, a instalação da espasticidade, a perda da mobilidade das articulações, o ombro doloroso, as doenças pulmonares, a trombose venosa profunda, as úlceras de pressão, entre outras.
- Recuperar as funções cerebrais comprometidas pelo AVC, que podem ser temporárias ou permanentes.
- Ajudar a integração sociofamiliar no trabalho, reintegrando a pessoa com a melhor qualidade de vida possível.
Nota: Post elaborado com base num Artigo da Ordem dos Enfermeiros Portugueses
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