Ontem, quando terminou a 4ª Assembleia Municipal Ordinária de Marvão, após uma hora em que durou, senti-me feliz com este facto de ser português e viver numa democracia singular, só comparável, àquele extraordinário período da história portuguesa entre 1933 e 1974 em que o país vivia como no Paraíso, na paz dos anjos, agarrados ao fado, futebol e fátima, como o diziam os dirigentes do então!
E senti-me sobretudo feliz com a conclusão invulgar do seu Presidente, Doutor Luís Catarino, expressa na seguinte frase:
- Quero congratular-me, e agradecer a todos os participantes, porque pela 1ª vez, desde que sou presidente, todos os Pontos da Ordem de Trabalhos (e foram 12), terem sido aprovados por unanimidade.
Se tivermos em conta ainda, que isto, ultimamente, é a regra e não a excepção, inclusivamente no Órgão Câmara Municipal, o êxtase de felicidade é quase total. Digam lá que isto não é bonito, e não deve fazer feliz o mais comum dos mortais!
Podemos ainda conjecturar que os Pontos apresentados eram de rotina, de gestão corrente em linguagem administrativa. Mas meus caros, com 3 forças políticas representadas, (que referiram, referem e referirão no futuro, ter Projectos diferentes para a política colectiva do concelho de Marvão), numa altura de grandes e graves problemas e grandes dificuldades; nem no período antes da Ordem do Dia, nem em Assuntos Diversos, se ouviu uma crítica ou uma proposta alternativa? Só um silêncio, o pedir de desculpa por um ou outro esclarecimento ao dirigente máximo, e, um prestar vilanagem a quem exerce o “poder”.
Victor Frutuoso, Luís Vitorino e José Manuel Pires são excepcionais, têm os marvanenses a seus pés, e devem estar de parabéns!
Como poderão imaginar, daqui a um ano em eleições, estes Agrupamentos Políticos, partidos ou grupos de independentes (?), com estas mesmas pessoas, apresentar-se-ão perante os marvanenses a pedir o seu voto, cheios de propostas e ideias, criticando os que lá estão, mas para executarem a seguir o que os actuais estão a fazer.
Mais a sério, porque isto tem custos, feitas as contas, esta Assembleia custou ao erário público, isto é, a todos nós, aproximadamente, 1 500 euros (50 euros a cada participante), em pouco mais de 1 hora. Para obter a totalidade de custos convém multiplicar por 5/ano, que dá 7 500 euros.
Valerá este exercício democrático assim tanto? Avaliem-se os resultados...
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