sábado, 2 de junho de 2012

Do Baú # 14



Tenho à janela, uma velha cornucópia, cheia de alfazema e orquídeas da etiópia. Tenho um transistor, ao pé da cama, com sons de harpas e oboés e cantigas de outras terras que percorri de lés-a-lés.

Tenho uma lamparina, que trouxe das arábias, para te amar à luz do azeite num kama-sutra de noites sábias!

Tenho junto ao psyché, um grande cachimbo d'água, que sentados no canapé fumamos ao cair da mágoa. Tenho um astrolábio, que me deram beduínos, para medir no firmamento os teus olhos astralinos.

Vem, vem à minha casa, rebolar na cama e no jardim, acender a ignomínia e a má língua do código pasquim, que nos condena, numa alínea, a ter sexo de querubim.

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