sábado, 30 de junho de 2012

Não são boas noticias para Marvão...

De acordo com a agência Lusa:

UNESCO classifica como Património Mundial fortificações de Elvas 


A maior fortificação abaluartada do mundo, em  Elvas, foi hoje classificada como Património Mundial, pela Organização das  Nações Unidas para a Educação, Ciência eCultura (UNESCO), revelou à Agência  Lusa fonte do município.




 


As fortificações de Elvas foram classificadas, na categoria de bens culturais, ao início da tarde de hoje na 36. sessão do Comité do Património Mundial, que está reunido até 06 de julho, em São Petersburgo, na Rússia.

O conjunto de fortificações de Elvas, cuja fundação remonta ao reinado de D. Sancho II, é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de 300 hectares.

As fortificações de Elvas constituíam o único monumento português entre os 33 candidatos que fazem parte da lista de Património Mundial, elaborada pela Unesco.

A fonte do município explicou à Lusa que foram classificadas todas as fortificações da cidade, os dois fortes, o de Santa Luzia, do século XVII, e o da Graça, do século XVIII, três fortins do século XIX, as três muralhas medievais e a mudalha do século XVII, além do Aqueduto da Amoreira. Classificado como Património Nacional em 1910, o Forte da Graça, monumento militar do século XVIII situado a dois quilómetros a norte da cidade de Elvas, constitui um dos símbolos máximos das fortalezas abaluartadas em zonas fronteiriças.

O Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) já tinha dado parecer "decisivo e favorável", tendo sido provado que as fortificações da cidade alentejana "reúnem o valor universal excecional, que é o principal para que uma candidatura seja aprovada", segundo a vereadora da Cultura do município de Elvas, Elsa Grilo.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Notícias cá do burgo (2)

Também de acordo com declarações do Presidente da Câmara à Rádio Portalegre:

População e operadores turísticos defendem continuidade da candidatura a Património Mundial

"A população e os operadores turísticos do concelho de Marvão defendem a continuidade da candidatura da vila histórica de Marvão a Património Mundial, depois do município ter anunciado que estava a ponderar desistir do processo na sequência das críticas por parte da oposição e na blogosfera.

O executivo municipal decidiu então realizar reuniões para auscultar as opiniões da população e os operadores turísticos do concelho sobre o assunto.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Marvão, Victor Frutuoso, “há uma vontade generalizada” para que o município dê continuidade ao processo de candidatura.

Contudo, a população e os operadores turísticos levantaram algumas preocupações, nomeadamente: sobre o prazo para execução, quantificação em termos financeiros e probabilidade de aprovação da candidatura.

À Rádio Portalegre o autarca de Marvão afirmou que tem “fé” na aprovação da candidatura, mas não pode garantir que isso venha a ocorrer.

Sobre o prazo para a execução e gastos com a candidatura, Victor Frutuoso, diz que são situações que estão dependentes de uma eventual “injeção de fundos comunitários”."

Notícias cá do burgo (1)

De acordo com notícias de hoje da Rádio Portalegre: 

Marvão:autarquia quer utilizar parcerias público-privadas para criar emprego e fixar jovens empreendedores

"A Câmara Municipal de Marvão anunciou que vai apostar em parcerias público-privadas para rentabilizar os projetos da autarquia e fixar jovens naquele concelho alentejano.

À Rádio Portalegre, o presidente do município de Marvão, Vítor Frutuoso, explicou que a edilidade está impossibilitada de aumentar o quadro de pessoal e que as parcerias com os privados são a única solução para dar continuidade aos projetos que têm em carteira.

O Moinho da Cova, no Centro de Lazer da Portagem, onde a autarquia tinha instalado um centro interpretativo, é um exemplo recente que nasceu de uma parceria entre a Câmara de Marvão e a empresa Terrius.

O município cedeu o espaço para a Terrius desenvolver a sua atividade, dinamizando o centro interpretativo e fomentando a criação de emprego e fixação de jovens empreendedores.

Em declarações à Rádio Portalegre, Rita Martins, da Terrius, explicou que a atividade da empresa passa por explorar o potencial dos produtores regionais, tendo como principal matéria-prima as diferentes espécies de cogumelos da serra de São Mamede."

Parque Naturista em Marvão no Portugalex

A rubrica humorística da Antena 1 “portugalex” dedicou o seu programa de hoje ao projecto do Parque Naturista a criar em Marvão, como se pode ouvir aqui.

"... O poeta Manuel Alegre alega poder vir a confundir na sua jornada de caça algum peludo holandês com um possível javali; ou alguma alemã com pêlos nos sovacos com uma lebre! Pergunto ao vento que passa..."

Mas é tudo a brincar, como costumam dizer...



quinta-feira, 28 de junho de 2012

o fado negro lusitano



Até dominámos o touro, mas as bolas portuguesas que vão ao ferro, não entram, às vezes contrariando as leis da física, enquanto as dos espanhóis rebolavam miraculosamente para dentro.

É o fado português, mas, perante as circunstâncias dos dois países envolvidos na contenda, este é o menor de todos os males, no caso português e a menor de todas as alegrias no caso dos "nuestros hermanos".

Os custos, afinal, contam. Para alguns...

Festas do Povo de Campo Maior desistem de possível Candidatura a Património Mundial.

Em entrevista à Rádio Portalegre, o Presidente da Associação das Festas do Povo de Campo Maior, anunciou que irão desistir da Candidatura a Património Mundial, devido aos altos custos que essa Candidatura implicaria.

Estas declarações foram efectuadas aquando da atribuição às Festas, do 1º Prémio na categoria eventos dos Prémios Turismo de Portugal, atribuídos, esta terça-feira, em cerimónia realizada na Escola de Hotelaria e Turismo de Portugal.

Para alguns os custos pesam e, certamente, terão feito estimativas. Digo eu!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

3ª Sessão Pública sobre a Candidatura de Marvão a Património Mundial

Realizou-se ontem dia 25/6, na Escola da Portagem, a terceira e última, das 3 Sessões anunciadas pelo Executivo Marvanense, para debate público sobre a Candidatura de Marvão a Património Mundial.

A Sessão foi conduzida pelo Presidente da Câmara Vítor Frutuoso; José Manuel Pires, Vereador da Cultura e responsável municipal pelo Projecto; Francisco Ramos, Técnico da Comissão de Candidatura.

Estiveram presentes 15 Assistentes, sendo que 5 eram repetentes das sessões anteriores, o que quer dizer que, devemos somar mais 10 novos participantes a estas Sessões. É de salientar nesta Sessão, das 15 pessoas presentes 7 eram representantes da comunidade estrangeira radicada na região, pelo que restam 3 representantes residentes na freguesia de SS da Aramenha.

Podemos desde já concluir, que nas 3 Sessões, realizadas em Freguesias diferentes, não estiveram presente qualquer Presidente de Junta de Freguesia; e também não estiveram presentes nesta Reunião nenhum Vereador da Oposição ou Membro da Assembleia Municipal.

Podemos ainda verificar, que no total das 3 Sessões estiveram presentes 40 pessoas, constatando-se ainda, que 7 foram da comunidade estrangeira.

Esta foi, em minha opinião, a Sessão mais pobre, das 3 realizadas. Sendo de salientar a pouca importância dada pelas pessoas da Freguesia de SS da Aramenha a este Projecto de Candidatura de Marvão a Património Mundial (?).

O que me ficou da intervenção do Presidente:

Desta vez, e bem, o Presidente foi mais sintético na sua intervenção, ocupando apenas 20 minutos na sua apresentação, que saliento:

- Fez uma breve apresentação dos pressupostos da Candidatura; referindo que na última AM, a Oposição, por unanimidade, manifestou o seu apoio ao Projecto;

- Voltou a explicar o processo de fracasso da Candidatura anterior, referindo que isso foi mais da responsabilidade do Governo Central do que do Município de Marvão;

- Referiu que esta Candidatura não se compara com nenhuma outra em execução no País, e que, possivelmente, iremos ter de esperar pelo menos 5 anos para a sua apresentação, ou desfecho; que isso até pode ser positivo, para seu amadurecimento e financiamento;

- Por fim, voltou a citar as questões que lhe venho colocando, referindo que a sua resposta é: Não tem estimativa sobre os custos do Projecto; Não tem Cronograma; e não faz a mínima ideia sobre as suas possibilidades de êxito (voltando-se a analogia do Futebol: “Sei lá se a selecção de Portugal vai ganhar à Espanha na próxima quarta-feira, disse Francisco Ramos”).

Francisco Ramos salientou:

- Acha estranho que haja marvanenses, em particular, e alentejanos, em geral, que não apoiem o Projecto; fazendo uma analogia de que nos dias de hoje, Marvão representa para a região, o que Ammaia representou noutros tempos;

- Informou que o ICOMOS defende que Portugal devia ter mais Candidaturas a “Paisagem Cultural” (onde a de Marvão se insere), já que, actualmente, só existem 3: Sintra (única no continente), Vinhas do Pico e Floresta Laurissilva da Madeira.

- Referiu não perceber o porquê da diferença de estratégias entre Portugal e Espanha, já que Espanha todos os anos apresenta várias candidaturas, enquanto Portugal apenas apresenta um/ano. “Parece que até temos vergonha de nos candidatar”, rematou!

- Referiu mais uma vez “que esta Candidatura não é um custo, mas sim um investimento”. E por fim, voltou a salientar da “necessidade de fazer um “Lóbi” com todos os marvanenses e, não só”, para servirem de grupo de pressão junto das instâncias nacionais e internacionais que irão decidir da análise do Projecto.

José Manuel Pires enfatizou os seguintes pontos:

- Que a génese desta 2ª Candidatura esteve o II Fórum de Marvão, onde foram ouvidos diversos peritos, e que foi a partir daí que se decidiu desencadear o processo;

- Voltou a explicar os 3 Critérios da UNESCO a que Marvão se candidata: IV; V; e VII, que aqui transcrevo mais uma vez:

# Critério IV - Oferecer um exemplo excepcional de um tipo de construção ou de conjunto arquitectónico ou tecnológico ou de paisagem ilustrando um ou vários períodos significativos da história humana.

# Critério V - Constituir um exemplo excepcional de fixação humana ou de ocupação do território tradicionais representativos de uma cultura (ou de várias culturas), sobretudo quando o mesmo se torna vulnerável sob o efeito de mutações irreversíveis.

# Critério VII - Serem exemplos excepcionais representativos dos grandes estádios da história da terra, incluindo o testemunho da vida, de processos geológicos em curso no desenvolvimento das formas terrestres ou de elementos geomórficos ou fisiográficos de grande significado.

- Por fim enunciou os 2 grandes Objectivos deste Projecto:

* Ser uma “ferramenta” de promoção turística;

*Visar a preservação do “objecto” (Paisagem Cultural de Marvão) que se candidata.


Após estas exposições surgiram alguns (poucos) pedidos de esclarecimento, postos por duas pessoas da comunidade estrangeira, mas que não se identificaram (e que eu não conheço), entre outras:

- Porque é que o Projecto não englobava outros Municípios? E qual o conteúdo dos 3 Critérios a candidatar? Porquê estes e não outros? 

- Como se podia ter acesso ao Dossiê anterior?

A estas questões foram prestados esclarecimentos pelos promotores.


Na minha intervenção teci algumas considerações e juntei algumas questões às que tenho vindo formulando, tais como:

- Felicitei o Executivo por esta iniciativa de debater em Sessões Públicas a Candidatura com a população. Mas não posso estar de acordo com a “ finalidade” enunciada pelo Presidente que era o de “saber se os marvanenses estavam de acordo ou em desacordo com o Projecto”. E muito menos o de tirar ilações como aquelas que se pretende: “se não houve manifestações em contra, é porque concordam...”; quando apenas participaram 40 pessoas (1% dos marvanenses), e desses, apenas uma dezena manifestou a sua opinião. Tirar qualquer ilação destas sessões que não seja “a de sensibilização e troca de opiniões”, é mera especulação ou voltar à estratégia “tipo PREC”.

- Esclareci, mais uma vez, que as minhas dúvidas não são sobre a finalidade e objectivos da Candidatura, mas sim em relação a alguns procedimentos de planeamento, que não têm sido acautelados;

- Lamentei a ausência dos Presidentes de Junta de Freguesia nas 3 Sessões.

- Sugeri que se tentasse a implicação dos Municípios Vizinhos através do Órgão Intermunicipal CIMAA.

- Questionei o Técnico da Candidatura Francisco Ramos, se achava compatível o Campo de Golfe e infra-estruturas adjacentes (Aldeamento e possível Hotel), com a Candidatura? Ao que este respondeu que sim, desde que não colidissem fisica ou esteticamente.

- Questionei o Vereador José Manuel Pires, sobre o porquê das GOP até 2015, não contemplaram quaisquer verbas para o Projecto de Candidatura? Ao que este respondeu que quando foram feitas as GOP, ainda não existirem dados concretos sobre o Projecto, e por isso se optou por não se lhe atribuir verbas, mas que para o quadriénio 2013/2016, as mesmas serão contempladas.

- Por fim, questionei o Presidente da Câmara, sobre se o Município continuava a querer vender o Prédio da Coutada (prédio que vai da Misericórdia à Abegoa e Fonte Souto, e, engloba troços da “calçada romana”) para privados, “já que, com o alargamento da área, o mesmo fica integrado no Objecto a Candidatar”? E que todas as forças politicas da Oposição e não só, já se manifestaram contrários à sua alienação? O Presidente respondeu que sim. O Executivo continua interessado em vender a Coutada.


E assim termino o meu trabalho de divulgação do que se passou nestas Sessões, esperando ter cumprido a minha missão. Tendo sempre em conta que o que aqui escrevi, não foi nenhum relato independente do que ali se passou, mas antes a minha visão do sucedido.

Este sim foi um trabalho “voluntário”. Oxalá tenha servido para alguma coisa...

Novidades # 12




À noite quando me deito, alguém se deita comigo, grande, grande é o segredo, mas é maior o castigo! E no silêncio da noite, há vozes a meu redor, que me gritam o teu nome, toda a noite meu amor.

É no segredo das coisas, que tudo me acontece, e na espera de ter, todo o meu corpo arrefece, e, quando a noite se alonga, além do tempo devido, e o silêncio se prolonga, como se fora de vidro, tenho medo muito medo, um medo de estar sozinha, mas não conto meu segredo, pois ninguém me adivinha.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Meias-Finais do Euro: O Lobo Mau e os Três Porquinhos...



Ideia roubada de aqui, mas vestidinhos a rigor...

sábado, 23 de junho de 2012

Do Baú # 16




Diz-me se és o meu reflexo, Oh fonte vulgar, diz-me onde esconder a arma, que eu soube enferrujar. Castro com castro edificas, eu castro o gesto a que incitas, estátua de orgulho gelada, sobre esta água parada;

O vento de amanhã quando soprar, desagregará o tempo presente, a memória da batalha clássica foi-se, a bandeira ser-me-à indiferente. Vim para devolver as cidades, aos intoxicados da terra, Será nos gabinetes que se ditará a nova guerra;

Sempre que fui combater rastejei pelo chão, onde nem a beladona cresce tocando o musgo com a mão. Descarnado de alma, mas mantendo a calma, dilacerado, esforço em vão;

O esforço de amanhã esfuma os viciados do controle, o cheiro a carne assada humana será uma recordação. Nem mais um soldado anónimo dormirá neste caixão, sonhando arrogante, com o nome da sua batalha final...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ecos da Assembleia Municipal de 21/6

Teve lugar ontem, na Casa da Cultura, pelas 18 horas, a 3ª Assembleia Municipal (AM), de 2012. Quero desde já esclarecer, que apenas irei dar conta de uma pequenina parte desta AM, pois apenas assisti à apresentação do Ponto 1 da Ordem do Dia (marcar uma AM à hora do jogo da “selecção nacional”, não lembra ao diabo que “ é feio, cego, surdo e mudo...”).

Mas como acho que durante essa hora, em que estive presente, se apresentaram e discutiram alguns temas, que considero importantes, aqui deixo a minha opinião sobre o que por lá ouvi. Se alguém tiver assistido a mais, façam o obséquio e, digam à gente.

Verificadas as presenças constatou-se que apenas faltavam Luísa Garraio, PSD (substituída); e Isabel Ludovino, “Juntos por Marvão”. Com alguma surpresa, o Presidente da AM estava presente. Uma dúvida me assalta: Quantas faltas tem que dar este membro da AM para perder o mandato? Ou que o seu partido (com maioria na AM), proponha a sua substituição? E já agora, a quem interessa a manutenção desta situação?

Espero que perguntar não ofenda!

No período Antes da Ordem do Dia (de acordo com o Regimento), questionei o Presidente da AM, se me daria a palavra (caso não me sentisse elucidado), sobre um assunto (que era qual o Orçamento Global estabelecido para a Candidatura de Marvão a Património Mundial), que tinha ficado mal esclarecido na última AM. Pois tanto assim era, que o Vereador José Manuel Pires me havia enviado, por escrito, alguma informação complementar acerca do tema. E eu achava, que o esclarecimento devia ser dado à AM e não a mim em particular; ao que o Presidente da AM anuiu, dando a palavra ao Vereador para fazer o esclarecimento. Mas como o Vereador informou que “já não se lembrava do assunto...”, e como nenhum dos membros da AM revelou interesse pelo tema, passámos adiante.

Ponto 1 – Informações do Presidente acerca da actividade Municipal.

O Presidente abordou neste Ponto meia-dúzia de situações, que serão no futuro de extrema importância para o concelho, das quais destaco as seguintes:

- Zona Industrial de SA das Areias: O Presidente informou que já estão prontos 11 Lotes, dos quais já se venderam 5 em hasta pública, na última Reunião de Câmara. Informou ainda, que o Executivo tenciona transferir para aí as Oficinas e Estaleiro Municipal (Localizados actualmente junto à Misericórdia de Marvão).

A Questões postas pelos Membros da Oposição, o Presidente informou que os custos totais desta Infra-estrutura rondam os 300 000 euros; que os Lotes já vendidos (5 000 cada), se destinam a empresas no ramo de “queijaria”, “calçado” e “oficinas auto”. E que existe um Regulamento Municipal para a regular.

- Visita do Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA): O Presidente informou a AM que recebeu a visita de João Cordovil, tendo abordado com ele a problemática dos futuros Fundos Comunitários (2014-2020), e tentou sensibilizá-lo para 2 projectos futuros do concelho: Reabilitação do Bairro da Fronteira do Porto Roque e Recuperação da Rede de Águas.

- Projecto de Construção de 37 Fogos para Habitação Social: Mais uma vez o Presidente informou que este Projecto de Candidatura ao IRU morreu. E que o dito teria poucas possibilidades de ser aceite pelo Tribunal de Contas.

- Candidatura de Marvão a Património Mundial: O Presidente comunicou a sua versão sobre as últimas polémicas deste Projecto (Entrevistas à comunicação social e sessões públicas), argumentando que tem havido alguns mal entendidos, que possivelmente, ele também tem algumas responsabilidades (e culpas, digo eu), na forma como lidou com a comunicação social (mas não só! Também com a AM e Oposição, digo eu), e prometeu que no futuro teria mais cuidado nas declarações e solicitaria apoio aos serviços técnicos (para não dizer e fazer asneiras, digo eu).

A Oposição em uníssono, pelas vozes de António Miranda e Silvestre Fernandes (PS), e Gomes Esteves (Juntos por Marvão), contestaram e repudiaram as declarações de Vítor Frutuoso à comunicação social, quando tentou responsabilizar a Oposição por contestação ao Projecto de Candidatura de Marvão a Património Mundial. Declarando, que tal nunca tinha acontecido, mesmo perante a falta de consideração e respeito revelada pelo Executivo, quando em Junho de 2011 apresentou à AM o Projecto como facto consumado, nunca o discutindo neste Órgão Deliberativo e representativo de todos os marvanenses.

Gomes Esteves, chamou ainda a atenção do Executivo, para o cumprimento das regras do Planeamento, em todos os Projectos de dinheiros públicos, destacando: O Diagnóstico de Situação e Orçamentos fidedignos.

Nota: Da Bancada do PSD não se ouviu uma palavra em defesa ou contra o Executivo, aliás o que acontece há mais de 1 ano. Defender o Executivo e o Presidente é um dever do grupo que os suporta. Mas por ali continuam quedos e mudos. Digam-nos ao menos que estão vivos!

E mais não ouvi, porque me retirei. Também estava lá voluntariamente...

XIV FEIRA DA GASTRONOMIA E ARTESANATO DE MARVÃO




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Chuta Ronaldo...

Uma pequena homenagem a este grupo de portugueses, personalizada na figura de Ronaldo. Penso que merecida. Até porque, eu era daqueles que não acreditava muito no êxito desta selecção.

Felizmente, que também emendaram a mão dum certo vedetismo. Veja-se que até o “menino d´oiro” começou a cantar o hino, e, sobretudo, a deixar de mudar de penteado ao intervalo!

Assim? Sim..., vamos lá. Chuta Ronaldo!


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mais uma “peça” da trapalhada

Nos finais dos anos 80 do século passado, tive oportunidade de acompanhar um programa radiofónico na Rádio Comercial, que mais tarde daria um livro, com o saudoso mestre dos psicólogos portugueses Dr. João dos Santos, que se denominava “Se não sabe porque é que pergunta?...”.

Era um programa fabuloso, desses que me faziam ficar 2 horas agarrado à telefonia, procurando “beber” todos as histórias e pensamentos do mestre, assim como devorei o livro quando uma amiga mo emprestou e a quem nunca mais o devolvi. No entanto, confesso, que a pergunta que dá nome ao livro, sempre me atormentou, embora conheça a explicação do seu autor.

Tudo isto é posto em causa, no artigo que publico em baixo. Em que a questão que se põe é exactamente oposta à teoria enunciada por João dos Santos, ou seja, neste caso “Se já sabiam, porque andam a perguntar?”.

Convém esclarecer os visitantes do Fórum, que esta opinião de José Manuel Pires, vinculada aqui no Jornal Fonte Nova, foi dada antes da realização da 2ª Sessão, que teve lugar no dia 18 de Junho e terminou só depois desta edição do Jornal já ter sido encerrada. E quanto à Sessão (a primeira), já realizada à data, que o Vereador diz “ter corrido lindamente”, é capaz de ser presunção da sua parte, porque ele nem esteve presente!

O que mais uma vez não foi desmentida foi a verba de 100 000 euros, que esse Jornal publicou como já tendo sido gasta neste Projecto (como declarações do Presidente), e que o Vereador continua a afirmar ser de 36 000 euros. Perdeu-se mais uma oportunidade de repor a verdade.

(Artigo publicado no Jornal Fonte Nova de 19 de Junho de 2012)


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Afinal para que servem as Reuniões com a população?

Piscina Fluvial da Portagem

Vídeo Rádio Portalegre

Hoje há Assembleia Municipal




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quarta-feira, 20 de junho de 2012

2ª Sessão Pública sobre a Candidatura de Marvão a Património Mundial

(Para esta “crónica” mantenho a declaração pessoal de interesses que já enunciei para a 1ª Sessão).

Realizou-se no dia 18/6, nos Bombeiros Voluntários, em SA das Areias, a segunda das 3 Sessões anunciadas pelo Executivo Marvanense, para debate público sobre a Candidatura de Marvão a Património Mundial.

Desta vez, a Sessão foi conduzida pelo Presidente da Câmara Vítor Frutuoso; José Manuel Pires, Vereador da Cultura e responsável municipal pelo Projecto; e Jorge Oliveira, Técnico da Comissão de Candidatura. Estiveram presentes 17 Assistentes, sendo que 6 eram repetentes da 1ª Sessão, o que quer dizer que, devemos somar mais 11 novos participantes nestas sessões. É de salientar que apenas 9 pessoas eram residentes na freguesia de SA das Areias.

Foi notório, e mais uma vez, as ausências de todos os Presidentes das Juntas de Freguesia, nomeadamente, o de SA das Areias; também não estiveram presentes os Vereadores da Oposição; membros do Movimento “Juntos por Marvão”; sendo no entanto de realçar a presença do novo Presidente da Concelhia do Partido Socialista, António Miranda.

Esta Sessão foi um pouco mais participativa do que a primeira, durou cerca 4 horas, com debates interessantes, que espero, terem sido úteis aos promotores, e que no final das 3 Sessões tenham a gentileza de nos apresentar as conclusões desta iniciativa.

A Sessão iniciou-se com mais uma palestra de quase 1 hora por parte de Vítor Frutuoso, com explicações exaustivas sobre tudo, (às vezes sobre nada), onde mistura, frequentemente, o essencial com o supérfluo, levando quem assiste a uma dispersão do enfoque sobre o que se está a analisar ou discutir. Sempre achei que usa esta estratégia objectivamente, para cansar os auditórios e assim, através da fadiga, evitar que os assistentes se manifestem. Gostaria até de deixar aqui uma proposta metodológica para a próxima Sessão: que primeiro se deixasse falar a assistência e depois os promotores respondessem às dúvidas, e, fossem introduzindo as explicações essenciais.


O que me ficou da intervenção do Presidente:

- Que esta candidatura surge da necessidade do município fazer uma aposta ainda maior do vector “Turismo”, uma vez que a Agricultura e a Industria estão em grandes dificuldades para contribuírem para o desenvolvimento económico do concelho.

- Que a opção pela candidatura individualizada de Marvão, em vez da candidatura em série (Marvão, Elvas, Almeida, Estremoz e alguns municípios espanhóis), se deveu à estratégia de Elvas ter “roído a corda”, e ter decidido avançar sozinha;

- A referência feita numa palestra em Elvas pelo perito e embaixador Ray Bondin de que “Marvão seria, de entre todos os sítios dessa candidatura em série, um exemplo paradigmático do que deveria ser um Património Mundial”;

- As dificuldades de envolver os municípios vizinhos na Candidatura: C. Vide, Portalegre, Nisa e outros (já que todos ficariam a ganhar com um Património Mundial ao pé da porta). O Presidente referiu ainda, que onde têm tido algum acolhimento tem sido em Valência de Alcântara;

- Informou que até aqui, e nos 3 anos que o Projecto leva de vida, se gastou aproximadamente 36 000 euros. Que as verbas referidas pela Lusa (50 mil euros), e pelo Jornal Fonte Nova (100 000 euros), são falsas, e que nunca fez tais declarações. Mas também nunca as desmentiu (digo eu!);

- Assumiu que, afinal, as tão propaladas contestações críticas da Blogosfera e da Oposição, afinal tinha sido apenas o "discurso no 25 de Abril” do membro representante do Movimento “Juntos por Marvão” Luís Pinto.

Voltou ainda a reafirmar, por razões várias, ser impossível responder às questões: Qual será o Orçamento global? Qual o cronograma? E quais as possibilidades de êxito deste Projecto?

De seguida Jorge Oliveira fez, como é seu timbre, uma brilhante exposição teórica sobre o Projecto, de que destaco:

- As pessoas que irão decidir fora de Marvão sobre o Projecto, são pessoas normais e por isso, quando está em causa analisar “a beleza de um sítio”, será sempre subjectivo. Referiu ainda, que a candidatura se deparará com maiores obstáculos a nível nacional, do que internacional.

- Explicou mais uma vez, que abandonou a 1º Candidatura porque nunca conseguiu perceber, nem estar de acordo, com o “objecto” a candidatar. Que agora a metodologia é diferente, e por isso está de “corpo e alma” neste Projecto.

- Referiu que, o que agora se candidata não é apenas “o castelo e o rochedo que o suporta”, mas sim a “Paisagem Cultural de Marvão”, que inclui para além do Património material, toda a envolvente social e cultural das gentes marvanenses e com uma zona envolvente mais alargada que a anterior englobando parte do rio Sever, a cidade romana de Ammaia e algum património pré-histórico, numa área geográfica que desce do morro e vem pelas encostas até ao vale.

- Terminou afirmando que a Comissão Técnica ainda está em fase de estudo do “objecto” a candidatar, a estudar todas as “peças” possíveis de englobar. Acha também que vai ser preciso muito “charme diplomático”, para conquistar todos os organismos, quer nacionais, quer internacionais, que não será um processo nada fácil, e, que terá alguns custos financeiros.

O Vereador José Manuel Pires enfatizou o seguinte:

- Que a Candidatura é, em primeiro lugar, uma estratégia de “divulgação turística”, pois sempre que se fala dela nos órgãos de comunicação social, verifica-se um aumento de turistas em Marvão.

- Referiu ser de toda a importância estratégica para a Região a construção de um “quadrado de locais de Património Mundial”, cujos vértices seriam, na sua opinião, Mérida, Cáceres, Évora e Marvão. (Oxalá não sejamos ultrapassados por Elvas e já teremos de nos candidatar a um “pentágono”, digo eu).

- Explicou depois, que a UNESCO tem 10 Critérios para as possíveis candidaturas e que já têm sido aprovadas, no passado, candidaturas que só cumprem 1 dos critérios. E que Marvão ir-se-á candidatar a 3, a saber:

- Critério IV - Oferecer um exemplo excepcional de um tipo de construção ou de conjunto arquitectónico ou tecnológico ou de paisagem ilustrando um ou vários períodos significativos da história humana.

- Critério V - Constituir um exemplo excepcional de fixação humana ou de ocupação do território tradicionais representativos de uma cultura (ou de várias culturas), sobretudo quando o mesmo se torna vulnerável sob o efeito de mutações irreversíveis.

- Critério VII - Serem exemplos excepcionais representativos dos grandes estádios da história da terra, incluindo o testemunho da vida, de processos geológicos em curso no desenvolvimento das formas terrestres ou de elementos geomórficos ou fisiográficos de grande significado.

Referíu no final que "perante estes Critérios, e quem conhece a realidade marvanense, existirem poucas dúvidas de que Marvão tem todas as condições para ser reconhecido como Património Mundial".


Após estas alongadas exposições, seguiu-se um debate acalorado e pedidos de explicações interessantes, que se estendeu até perto da meia-noite. Embora e como de costume, apenas se registassem intervenções de 4 participantes: Tiago Pereira, Jorge Rebeca, António Miranda e eu próprio. E que irei tentar sintetizar:



Tiago Pereira

Argumentou, entre outros, os seguintes pontos:

- Necessidade de articulação com a Candidatura anterior.

- Necessidade de envolvimento de Parceiros Regionais (os concelhos limítrofes)

- Que se poderia e deveria ter feito uma candidatura do Projecto ao QREN

Afirmou ainda, já no final da Sessão, que o Executivo só poderá contar com o seu apoio para este Projecto, quando responder a algumas questões básicas que lhe têm sido colocadas.


Jorge Rebeca

 Deu conhecimento da sua experiência no processo da cidade de Évora aquando e após a sua candidatura. Chamou a atenção para alguns problemas e dificuldades que se põem aos habitantes de um sítio que é considerado património mundial, a sua influência na vida dos munícipes, e que essas consequências deveriam ser bem explicadas aos marvanenses, já que: "O Património Mundial não tem apenas proveitos, também existem custos, mesmo para além dos financeiros". Por fim relevou “que aquilo que deve privilegiar a Candidatura deverá centrar-se nas pessoas e nas suas relações enquanto património de uma comunidade, onde o despovoamento do concelho deve ocupar um lugar cimeiro”.


António Miranda

Referiu que todo este processo tinha sido desencadeado pelas declarações infelizes e contraditórias do Presidente da Câmara aos órgãos de comunicação locais e Regionais. Mas que após as explicações que foram dadas pelos promotores desta Sessão, se encontrava esclarecido, e, realçou mais uma vez, que da parte do Partido Socialista nunca tinha havido qualquer oposição, por isso, é muito estranho toda esta confusão e que a Candidatura deve seguir para a frente enquanto projecto estruturante para Marvão.


João Bugalhão:

Referiu continuar com alguma dificuldade sobre alguns procedimentos metodológicos do Projecto, não estando em causa a sua filosofia ou finalidade, mas sim alguns princípios que deveriam ser clarificados à partida, para os quais tenho vindo a chamar a atenção.

«Que todos os marvanenses gostariam de ver a sua terra como Património Mundial, isso é óbvio. O problema é como e com que custos?»

Voltei a por em causa a génese destas sessões, já que considero falsa a argumentação de que tenha havido contestações à  essência do Projecto, como se pode comprovar pelas leituras das Actas da Câmara Municipal e das Assembleia Municipal, nas posições de todas as forças políticas representadas. Nem do PS, nem tão pouco dos representantes do Movimento “Juntos por Marvão” (que parece ser agora o alvo do senhor presidente! Espero que se defendam); e muito menos da Blogosfera: desafio, quem provar onde estão essas contestações.

Uma coisa é o OBJECTIVO, outra coisa são os possíveis caminhos a trilhar para lá se chegar.

Opinar e criticar alguns procedimentos metodológicos, é contribuir para a análise dos percursos e possíveis alternativas, e, nunca por em causa o objectivo! Quem não entender isto, nem é gestor, nem democrata!

Em minha opinião, o que o Presidente quer é um argumento ou uma “Ferramenta” (a “pseudo” opinião dos marvanenses colhida nestas sessões), para justificar um possível fracasso. Podendo sempre afirmar, que ele, apenas foi o executor da vontade dos marvanenses.

Por fim, estas 4 intervenções foram unânimes em elencar um desses procedimentos metodológicos, que é essencial em qualquer Projecto de dinheiros públicos:

- Que exista uma estimativa de custos globais (não de parcelas) – Um Orçamento Programa ou de Projecto, como em qualquer outra iniciativa do Executivo.
E este, continua sem ser apresentado por qualquer dos membros desta Candidatura. Um Orçamento bem sustentado (não são verbas avulsas sem qualquer fundamentação, tipo merceeiro). Temos que saber quanto irá custar, para sabermos se o podemos pagar. Isto é elementar.

Melhores explicações, só com “um desenho”...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Candidatura de Marvão a Património Mundial


Comunicado da Comissão Política Concelhia de Marvão do Partido Socialista sobre a Candidatura de Marvão a Património Mundial


(Para ler: Clicar no botão direito do "rato" e Abrir Hiperligação)

domingo, 17 de junho de 2012

Marvão vai ter campismo naturista

De acordo com a Tvi 24 Marvão vai ter um Parque de Campismo Naturista:

"Um parque de campismo naturista vai ser criado em Marvão, no norte alentejano, numa área de 10 hectares, sendo o primeiro do género no interior do país.

«Nós já adquirimos o terreno há dois anos, o espaço tem 10 hectares e o parque vai ser construído na zona de Cabeçudos, em Marvão», adiantou à Lusa Nuno Frade, um dos promotores do parque de campismo destinado a naturistas.

«Marvão é um sítio de excelência em Portugal para passar férias. Nós quisemos fugir da costa, porque é sempre mais complicado investir nessa zona e também porque esta região [Marvão está situada em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede] tem um imenso potencial», justificou.

De acordo com Nuno Frade, este tipo de turismo/segmento de mercado «tem imensa procura», principalmente de turistas holandeses, mas lamentou a «falta de resposta» do país para quem procura este tipo de férias.

Sem contar com o investimento já feito na aquisição dos terrenos, números que não foram revelados pelo investidor, Nuno Frade avançou que o investimento para a concretização do projeto ronda os «cem mil euros».

«Possivelmente vamos candidatar este projeto ao Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER)», disse.

Nuno Frade, que «gostaria» de inaugurar o espaço em 2013, na época primaveril, lamentou, no entanto, que a legislação em vigor para a regulamentação dos parques de campismo seja «bastante complicada e restritiva».

Contactado pela Lusa, o vereador do município de Marvão, José Manuel Pires, congratulou-se com o desenvolvimento do projeto naquele concelho alentejano, sublinhando que o investimento é «bem-vindo».

O autarca fez questão de frisar que se trata de uma oferta turística que «não existe» na zona, «inovadora» e que «faz todo o sentido», uma vez que existe «muita procura» por parte do mercado turístico do norte da Europa.

«Faz todo o sentido este investimento e está enquadrado com o Parque Natural da Serra de São Mamede. Os clientes deste tipo de espaços são pessoas que convivem com a natureza, que a protegem, que a defendem e, por isso, são bem-vindos», acrescentou."

sexta-feira, 15 de junho de 2012

1 ª Sessão Pública sobre a Candidatura de Marvão a Património Mundial

Realizou-se ontem, dia 14/6, na Casa da Cultura, em Marvão, a primeira das 3 Sessões anunciadas pelo Executivo Marvanense, para debate público sobre a Candidatura de Marvão a Património Mundial.

Neste primeiro artigo, procurarei dar a minha opinião, sobre alguns factos ali ocorridos, deixando para o final das 3 Sessões uma análise global desta iniciativa levada à prática pela CM de Marvão.

Convém referir ainda, antecipadamente, para quem lê estas simples “crónicas”, uma declaração pessoal de interesses: Apesar de não ser um opositor a este Projecto, tenho as minhas dúvidas sobre a sua eficácia, e por isso, em todos os locais em que me tem sido dada a oportunidade de debater esta problemática, o tenho feito. Sobretudo, questionando algumas fases do processo. Fi-lo sempre na 1ª Candidatura (e a história deu-me razão), e continuarei a fazê-lo agora.

Não querendo ser o “velho-do-restelo marvanense”, mas não sou favorável a “unanimismos bacocos” e acredito que da discussão e debate de opiniões é que se faz luz e se melhora o bem-estar comum. Por isso, a minha opinião estará sempre presente naquilo que escrevo. Ninguém, nem nada, me obriga a ser isento, por isso não o serei.

Vamos pois à minha versão do sucedido, se alguém tiver outra que venha a terreiro ao debate. Esta é a finalidade deste espaço Fórum.

A Sessão foi conduzida por 3 Personalidades integrantes da Candidatura: Vitor Frutuoso (Presidente da CM de Marvão); Jorge Oliveira e Francisco Ramos (Técnicos do Projecto). Na Sessão estiveram presentes 17 assistentes; sendo que apenas 7 eram residentes da vila de Marvão.

É de realçar algumas ausências muito notadas, sem que os promotores tenham apresentado qualquer justificação, entre as quais: o Vereador José Manuel Pires, enquanto Vereador da Cultura e responsável pela candidatura, os 4 Presidentes de Junta de Freguesia, nomeadamente, o da Freguesia de Santa Maria; não estiveram presentes quaisquer membros da Oposição política ao actual Executivo, Vereadores ou Membros da Assembleia Municipal do Partido Socialista ou do Movimento “Juntos por Marvão”; não esteve presente qualquer membro da Candidatura anterior; e não esteve ninguém dos municípios vizinhos.

A Sessão começou com algumas explicações sobre a fase e andamento em que se encontra o Projecto, quer da parte política, quer da parte técnica. Vou referir alguns dos pontos mencionados, que me ficaram presentes:

1 - O reconhecimento pelas 3 Personalidades das características únicas de Marvão e a sua singularidade a nível mundial, onde se fundamenta esta nova Candidatura.

2 – Francisco Ramos prestou esclarecimentos sobre a diferença de conceitos entre Património Mundial/Património da Humanidade, salientando a que a actual candidatura de Marvão é a Património Mundial e não Património da Humanidade. Esclareceu ainda, que agora, em vez da Candidatura abranger apenas o burgo intra-muralhas, o que se pretende é algo mais abrangente, uma Candidatura de toda a “Paisagem Cultural”, que abarca uma área envolvente na serra, com o rio Sever enquanto fonte de vida do concelho, as ruínas da Ammaia, algum do património megalítico, bem como as gentes marvanenses. Esclareceu também que a opção estratégica de se passar de uma candidatura apenas do Património para uma candidatura de “Paisagem Cultural”, tem a ver com a constatação de em Portugal apenas existirem 3 situações deste conceito: Sintra, a floresta Laurissilva da Madeira e as Vinhas da ilha do Pico.

3 – Jorge Oliveira referiu que se afastou da Candidatura anterior por discordar da estratégia então seguida, mas que está de “corpo e alma” com a actual, salientando a necessidade de se estudarem bem todas as “peças” a candidatar e incluir algum do património megalítico; referindo ainda, que ao contrário do que se diz por aí, não ser tarde para as actuais explicações aos marvanenses, já que em sua opinião, estas só deveriam ocorrer quando o Projecto estivesse numa fase ainda mais avançada.

4 – A Vitor Frutuoso coube a função de explicar algumas das razões do fracasso da candidatura anterior, referíu algumas das ideias chaves que o levaram a lançar a actual candidatura. Salientou ainda, que aqueles que têm criticado o Projecto (sem nunca referir concretamente quem são), têm nestas sessões, a oportunidade de fazer valer as suas opiniões; se não o fazem é porque concordam com as decisões do Executivo. Referiu também, que este será um processo alargado no tempo devido a constrangimentos financeiros, mas que ele próprio garante um rigor de custos, indo ao ponto de desmentir o Vereador José Manuel Pires, sobre os valores por este referido, na comunicação à última Assembleia Municipal.

Da parte do público assistente existiram algumas manifestações de concordância com o Projecto, das quais saliento:

- António Garraio referíu estar totalmente de acordo com esta nova Candidatura e de que não se deveria olhar a custos para a levar até ao fim, nem que para isso seja necessário endividar o município. Foi ao ponto de apelidar o actual Coordenar do Projecto (Ray Bodin) de José Mourinho das Candidaturas à UNESCO, o que só por si é, na sua opinião, garantia de sucesso.

- José Luís Pinheiro referiu que concordava com a candidatura por ver nela uma espécie de “herança” que se deixa aos filhos.

Dos presentes, ninguém manifestou a sua discordância frontal à Candidatura. Embora fossem postas algumas dúvidas processuais, feitas por Peter Eden, Joaquim Simão e por mim próprio, e que sintetizo:

- Qual o Cronograma do Projecto? (Peter Eden e João Bugalhão);

- Qual a razão das declarações do Presidente sobre “desistência da candidatura” à Impressa regional e nacional? (Joaquim Simão e João Bugalhão);

- Qual o Orçamento ou estimativa global de custos que se prevê? (João Bugalhão)

- Quais as previsões de êxito da Candidatura? (João Bugalhão)

Mas todas elas ficaram sem resposta, com excepção do possível cronograma, referindo Francisco Ramos que apontava o mês de Setembro de 2014 para ter a Candidatura pronta, e ano de 2015 para a sua apresentação à UNESCO. Mas mesmo esta resposta mereceu algumas dúvidas por parte do Presidente da Câmara.

Quanto às restantes, a resposta foi: Não sabemos, é impossível responder. É o mesmo que tentar hoje, prognosticar o resultado de futebol do próximo Portugal – Holanda, chegou a referir Francisco Ramos, a propósito das previsões de êxito do Projecto!

Só que, Sr. Professor Francisco Ramos, o Planeamento em Gestão, sobretudo quando se trata de envolver dinheiros públicos, de todos nós, não pode ser coisa aleatória como os resultados do futebol, e os gestores públicos devem planear e têm a obrigação de nos responder sobre as nossas dúvidas. Navegação "à vista" era no século XV, e mesmo assim, quando tinham dúvidas, mandavam emissários, que é como quem diz: perguntar a quem saiba e tenha passado por processos identicos! Mas isto sou eu a pensar....

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Serviço Nacional de Saúde

Como diria a Catarina "Partidos à parte", há aqui muitos dados que merecem ser conhecidos e divulgados. Alguns dos quais ando a publicar há muito tempo...

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Serviço Público

Do Gabinete de Comunicação da CM de Marvão recebemos a Informação seguinte:



Carta Aberta aos Marvanenses de Francisco Martins Ramos

“Marvão apresenta a candidatura a Património Mundial, enquanto Paisagem Cultural. De facto, para avaliar Marvão é preciso colocar o Homem no centro do Mundo. Assim, a cidadela e o seu horizonte cultural devem ao Homem as virtualidades de uma presença continuada, desempenhando os papéis que as circunstâncias definiram: colector, agricultor, cardador, cabouqueiro de povoados, defensor do território, portageiro de passagens interditas, pescador, moleiro e pisoeiro, anfitrião de viajantes, visitantes e turistas.

Marvão não é só um castelo. A fortaleza, o vale e a planície, o rio, são sítios de confluência, de encontros, de cruzamentos sociais e culturais que consubstanciaram e solidificaram uma vivência que ultrapassou a dureza da pedra, a força dos caboucos, a aspereza da terra, as agruras do tempo, misturando desde o Paleolítico, bandos à procura de sobrevivência, lusitanos e romanos, cristãos, árabes e judeus, galegos e “ratinhos”.

Em Marvão e no território envolvente existe uma explosão paisagística, que marcou a vila e as suas aldeias brancas, que tisnou os campos de ouro e verde, que alimentou sentimentos de identidade fraterna e fomentou vizinhanças, por força de uma geo-morfologia singular que marcou o vale e as encostas, a fauna e a flora.

A humanização da paisagem foi um processo lento de séculos que não se limitou à construção do habitat humano, mas que se estendeu ao domínio do rio grande da zona, às terras férteis do vale da Aramenha e às margens do Sever, à prática agrícola que implantou o centeio, o trigo, os castanheiros, os primores das hortas e a agricultura de jardim. De acordo com Jorge Gaspar, Marvão é ao mesmo tempo um lugar modelo, um sítio singular e um território de convergências patrimoniais. Por isso, Marvão revela universalidade e lugaridade.

Convenhamos que a candidatura de Marvão a Património Mundial, enquanto Paisagem Cultural, não é uma teimosia de quem quer ganhar estatuto; pelo contrário, trata-se de uma ambição legítima e fundamentada e é um processo em que o corolário ultrapassará em muito a soma das partes. Pela diversidade e riqueza de segmentos e factores elegíveis, pela combinação feliz da Natureza com a História e a Cultura, pelas emoções que desperta, porque coloca o Homem e a sua obra no centro do Mundo, e porque nos conduz à matriz identitária que nos acalenta e nos guia, naturais e residentes, e surpreende forasteiros.”

Francisco Martins Ramos"

Calendário das sessões a realizar pela CM de Marvão sobre a Candidatura de Marvão a Património Mundial:

No seguimento deste belíssimo texto do Prof. Francisco Ramos, vem o Município de Marvão Convidar V/ Exa. para numa das sessões públicas tomar conhecimento do ponto de situação deste processo, e o mais importante, poder manifestar a sua opinião/critica/sugestão a este respeito:


Horário e locais disponíveis:


14/06/2012:
20H - Marvão: Câmara Velha – Casa da Cultura


18/06/2012
20H - Santo Antonio das Areias: Bombeiros Voluntários de Marvão


25/06/2012
20H - Portagem: Escola EB 2+3 de Ammaia


Nota: Outras postagens sobre esta temática podem ser consultadas aqui e, aqui. Pode também dar a sua opinião, aqui ao lado, na sondagem que temos a decorrer.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Em contra mão: Ai portugal, portugal....

Via facebook do Luís:

"Estou farto do EURO (o de futebol);

Estou farto de futebol;

Estou farto de um povo que sofre as agruras de antes do 25 de Abril e vive uma alienação ainda pior que a dos 3 f's;

Agora deparei-me com isto... Não sei que diga...

Oscilo entre o orgulho que sinto em servir o meu país na Armada e a vergonha que me assola depois de ver este vídeo...

 Orgulho por pertencer aos quadros de tão Nobre instituição..., e vergonha por servir os Portugueses numa instituição tão... bimba.

Não sei que diga: não gosto, não gosto, não gosto..."





... e aida há quem ponha em causa as declarações de Manuel José!!....








... já agora salários minimos e taxas de desemprego


(Clicar em cima para melhor ver a Vergonha)


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Do Baú # 15

... a saga continua:



Sei de uma camponesa sem campo e sem quintal, que canta debruçada ao sol da seara, o trigo na cara, de suor tão debulhada.

Sei de uma camponesa que dança à noite na eira, perfumada de avenca e feno, enfeitada de tomilho, e, canta com a expressão de quem vai ter um filho, mesmo pelo coração.

Sei de uma camponesa que nunca enche esta cidade, nunca se senta à minha mesa, nunca me leva à sua herdade, para ouvir um trocadilho, para tornar realidade um sonho que perfilho...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Uma colaboração mais

Embora não de forma activa lá venho, mais lendo do que colaborando neste espaço, que urge preservar com a sua autonomia e que merece todo o nosso aplauso.A matéria que aqui me trás hoje é o dos investimentos autárquicos.

Por certo que assistiram ao programa da Sic-Notícias Expresso da Meia Noite, último.Aí encontrei diversos Presidentes de Câmara, para lá do famoso Fernando Costa das Caldas da Rainha, também estava a Adelaide Teixeira de Portalegre.E entre a muita afirmação pronunciada, ressalvo para vós, duas que achei o máximo:

- pelo presidente das Caldas ali foi dito que havia construído 4 piscinas, mas usando de hombridade ali disse que 2 lhe chegava e que agora se vê em apuros com a administração da coisa pública;

- pela presidente de Portalegre se ouviu que a dívida da Câmara era de 17 milhões de euros e que havia prazo para a sua liquidação.

Há tempos atrás me questionei sobre a afirmação comum de que 'o povo português gastou acima das suas possibilidades'. Mas como?

Estudando o caso pessoal, não encontrei justificação para sustentar a afirmação. Agora que o tempo correu é que me apercebo de onde é que vem tal afirmação.

Os portalegrenses dirão: 'Ah! mas ele há obra feita'. Pois, pois, mas ... agora vamos ter de a pagar.

Muitos recordarão como foram criados com uma farinheira e uma couve cozida. Que não a rapaziada dos Fóruns e dos Grandes Centros Comerciais, que só sabe exigir aos permissivos e condescendentes pais, que no seu interior recordam as privações passadas e querem o melhor para os filhos.

Muita obra está feita pelo país fora só porque era preciso deixar uma marca da governação. Não está isenta o nosso Concelho. O pior é que, quer-me parecer, que alguns ainda não aprenderam a lição e prosseguem. É claro que são julgados em urnas de 4 em 4 anos, mas ... o mal já está feito e aí, a maioria deles, já se 'colocaram ao fresco'.

E que podemos fazer? Estamos por certo adormecidos e, a postagem anterior, disso nos dá conta. E agora que sei da não realização, mais um ano, da Festa da Relva, ainda mais triste fico.

As forças são cada vez menores para uma reacção consentânea, mas ... assim também não vamos lá. É preciso reagir e eu estarei pronto para os efeitos.

Nota: Aqui fica para quem quiser rever todo o programa.

domingo, 3 de junho de 2012

O medo global

Ontem quando regressava de mais uma “jogatana” de futebol de velhas guardas, acompanhado do Fernando Bonito e do Mário Bugalhão, às tantas, confidenciei-lhes algo que me anda a atormentar:

- Não sei o que se passa com as pessoas, parece que todos se querem esconder!

Hoje talvez tenha encontrado a explicação, quando lia o meu Blog de referência actual, O Delito de Opinião, ao deparar-me com esta reflexão de Eduardo Galeano, El miedo global, que aqui partilho convosco.

"(...)
Os que trabalham têm medo de perder o trabalho.
Os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho.
Quem não tem medo da fome, tem medo da comida.
Os automobilistas têm medo de caminhar e os peões têm medo de ser atropelados.
A democracia tem medo de recordar e a linguagem medo de dizer.
Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas e as armas têm medo da falta de guerras.
É o tempo do medo.
Medo da mulher da violência do homem e medo do homem da mulher sem medo.
Medo dos ladrões, medo da polícia.
Medo da porta sem fechadura, do tempo sem relógios, da criança sem televisão, da noite sem comprimidos para dormir e medo do dia sem comprimidos para despertar.
Medo da multidão, medo da solidão, medo do que foi e do que pode ser, medo de morrer, medo de viver..."


Talvez esteja aqui a resposta para a minha dúvida.

sábado, 2 de junho de 2012

Quem fala assim, não é "cego"...

Do Baú # 14



Tenho à janela, uma velha cornucópia, cheia de alfazema e orquídeas da etiópia. Tenho um transistor, ao pé da cama, com sons de harpas e oboés e cantigas de outras terras que percorri de lés-a-lés.

Tenho uma lamparina, que trouxe das arábias, para te amar à luz do azeite num kama-sutra de noites sábias!

Tenho junto ao psyché, um grande cachimbo d'água, que sentados no canapé fumamos ao cair da mágoa. Tenho um astrolábio, que me deram beduínos, para medir no firmamento os teus olhos astralinos.

Vem, vem à minha casa, rebolar na cama e no jardim, acender a ignomínia e a má língua do código pasquim, que nos condena, numa alínea, a ter sexo de querubim.