O ministro da Economia deu a receita para o combate ao défice e dívida externa, apontando a abertura das empresas portuguesas aos mercados internacionais. Na conferência do DN “Made In Portugal”, Álvaro Santos Pereira assinalou a internacionalização da economia nacional como um desígnio que ganhará prioridade.
Para dissipar dúvidas do que é esta tarefa agora assumida pelo executivo, o governante deixou um exemplo de produto nacional a ser mais valorizado lá fora: o pastel de nata. O que valeu posições ambivalentes no seio do PS.
Na abertura da conferência promovida pelo “Diário de Notícias”, o ministro da Economia arrancou para um discurso cheio de críticas, apontando a incapacidade e o “falhanço” do país em fazer sair para os mercados externos o que tem de melhor. Liminarmente, Santos Pereira admitiu que Portugal “tem falhado na estratégia de internacionalização dos produtos”.
“Só apostando sem o mínimo de dúvidas neste desígnio nacional que é um país mais exportador é que iremos combater este défice externo e esta dívida externa”
“Até agora, essa marca Portugal nunca verdadeiramente arrancou. E não arrancou por uma simples razão: tem falhado a estratégia de internacionalização, não tem sido um desígnio nacional”, lamentou Álvaro Santos Pereira, para assinalar o início de uma nova era.
Defendendo que “só apostando nas exportações, só apostando sem ter o mínimo de dúvidas neste desígnio nacional que é um país mais exportador, é que iremos combater este défice externo e esta dívida externa”, o responsável máximo pela pasta da Economia garante que a falta de atenção ao que o país tem de melhor para oferecer “acabou, a partir de agora as exportações, a internacionalização da economia portuguesa, são o principal desígnio nacional”.
Aquando da adesão de Portugal à comunidade económica, falava-se numa europa das nações e das regiões.
Relativamente ao que foi anteriormente exposto, a aposta nos produtos nacionais e regionais podia ser de facto um dos caminhos, tendentes a relançar a economia nacional e equilibrar a balança de pagamentos.
Para relançar a macroeconomia, temos de começar pela microeconomia.
No concelho de Marvão há produtos de qualidade excelente, nomeadamente os enchidos, que poderiam ombrear com produtos similares, existentes aqui mesmo ao lado, na vizinha Espanha, como é o caso do presunto ibérico. Os nossos vizinho têm sido mais assertivos no que concerne à internacionalização dos seus produtos.
Um comentário:
Excelente ponto de vista!
Quanto ao último paragrafo só há a dizer que esses produtos para serem concebidos numa óptica de internacionalização têm de ser em primeiro lugar certificados, alvos de uma séria aposta nacional e regional de forma a ganhar mercado e por fim serem incluídos num sistema integrado de promoção internacional. Mas, sem sombra de dúvidas, que temos produtos com qualidade para isso…
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