De acordo com uma Circular Informativa da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejo (ULSNA), irão ser fundidos a partir de 1 de Novembro de 2011, diversos Centros de Saúde do distrito, nomeadamente, os de Marvão e Castelo de Vide, passando os dois a formar uma só Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP). A fundamentação apresentada para esta mudança tem a ver com racionalização das estruturas e controlo de despesas.
Simultaneamente, numa outra Circular, informa-se que irão ser encerradas no Concelho de Marvão 3 das 7 Extensões de Saúde: Escusa, Alvarrões e Galegos.
Na prática, o que isto quer dizer, é que o Centro de Saúde de Marvão, tal como o conhecemos há praticamente 30 anos, irá ser diferente.
Em primeiro lugar esta UCSP de C. Vide e Marvão terá uma só gestão e um quadro de pessoal conjunto. O que quer dizer que os profissionais podem prestar cuidados em qualquer área dos dois concelhos.
Em segundo lugar, também se prevê numa outra circular, que os horários de funcionamento dos Centros de Saúde (Marvão e C. Vide), sejam de 10 hora diárias aos dias úteis, e de 4 horas/dia aos sábados, domingos e feriados. Isto quer dizer que no Concelho de Marvão os utentes poderiam (e deveriam), poder contar com cuidados de saúde para além dos dias úteis. No entanto, duvido que tal aconteça, e mais uma vez a população do concelho de Marvão irá ficar prejudicada em relação a todos os concelhos do distrito, não lhes sendo facultado cuidados de saúde todos os dias do ano.
Esta fusão de Centos de Saúde, também está prevista para outros concelhos do distrito, como são os casos de: Arronches/Monforte; Alter/Crato; e Sousel/Fronteira. Tanto quanto sei, todos eles irão manter abertura de serviços aos fins-de-semana e feriados.
Relembro aqui que o Concelho de Marvão, de acordo com os Censos 2011, tem mais habitantes que os concelhos de Monforte, Arronches, Fronteira, Alter e C. de Vide. Porquê então esta descriminação?
Marvão, não paga os mesmos impostos?
Penso que aqui têm os autarcas de Marvão uma boa causa para lutarem pelos interesses do concelho, e deixem-se de “bacoquices” folclóricas de andar a altercar pelo encerramento de Extensões.
Exijam é um Serviço Domiciliário (médico e de enfermagem), eficaz para essas povoações...
Simultaneamente, numa outra Circular, informa-se que irão ser encerradas no Concelho de Marvão 3 das 7 Extensões de Saúde: Escusa, Alvarrões e Galegos.
Na prática, o que isto quer dizer, é que o Centro de Saúde de Marvão, tal como o conhecemos há praticamente 30 anos, irá ser diferente.
Em primeiro lugar esta UCSP de C. Vide e Marvão terá uma só gestão e um quadro de pessoal conjunto. O que quer dizer que os profissionais podem prestar cuidados em qualquer área dos dois concelhos.
Em segundo lugar, também se prevê numa outra circular, que os horários de funcionamento dos Centros de Saúde (Marvão e C. Vide), sejam de 10 hora diárias aos dias úteis, e de 4 horas/dia aos sábados, domingos e feriados. Isto quer dizer que no Concelho de Marvão os utentes poderiam (e deveriam), poder contar com cuidados de saúde para além dos dias úteis. No entanto, duvido que tal aconteça, e mais uma vez a população do concelho de Marvão irá ficar prejudicada em relação a todos os concelhos do distrito, não lhes sendo facultado cuidados de saúde todos os dias do ano.
Esta fusão de Centos de Saúde, também está prevista para outros concelhos do distrito, como são os casos de: Arronches/Monforte; Alter/Crato; e Sousel/Fronteira. Tanto quanto sei, todos eles irão manter abertura de serviços aos fins-de-semana e feriados.
Relembro aqui que o Concelho de Marvão, de acordo com os Censos 2011, tem mais habitantes que os concelhos de Monforte, Arronches, Fronteira, Alter e C. de Vide. Porquê então esta descriminação?
Marvão, não paga os mesmos impostos?
Penso que aqui têm os autarcas de Marvão uma boa causa para lutarem pelos interesses do concelho, e deixem-se de “bacoquices” folclóricas de andar a altercar pelo encerramento de Extensões.
Exijam é um Serviço Domiciliário (médico e de enfermagem), eficaz para essas povoações...
4 comentários:
Deputado Pedro Marques (PS)
reúne com a ULSNA na segunda-feira
O deputado Pedro Marques, eleito pelo PS como representante do distrito de Portalegre na Assembleia da República, anunciou através do Facebook que na próxima segunda-feira vai reunir com a Administração da ULSNA “para perceber em que contexto determinaram o encerramento e alteração de horários de centros de saúde no distrito de Portalegre”, e “que orientações receberam do Ministério da Saúde, e que alternativas existem para as populações”.
“Por outro lado, defenderei que os autarcas devem ser envolvidos neste processo, podendo contribuir para boas soluções”
Armando Varela (PSD):
Presidente da CIMAA opõe-se ao encerramento
das extensões de saúde no Alto Alentejo.
A CIMAA – Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo distribuiu ontem ao final da tarde um comunicado com a posição do seu presidente do Conselho Executivo, Armando Varela (PSD) , em que este dirigente regional se opõe ao encerramento das extensões de saúde no Alto Alentejo. É esse texto que o NCV a seguir publica na íntegra.
“O Presidente do Conselho de Executivo da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo opõe-se publicamente ao encerramento de treze extensões de saúde no distrito de Portalegre.O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), reunido no passado dia 3 de Outubro, decidiu encerrar, já a partir de dia 1 de Novembro, as extensões de saúde de Arez, Monte Claro, Salavessa, Pé da Serra e Velada, no concelho de Nisa; Escusa, Galegos e Alvarrões, em Marvão; Pisão, no concelho do Crato; Ouguela, em Campo Maior; e ainda as extensões de Maranhão, Valongo e Alcórrego, em Avis.
Armando Varela, presidente do CE da CIMAA, considera esta decisão de extrema gravidade, prejudicando severamente as populações em causa.
A falta de transportes públicos e as grandes distâncias são apontadas como as principais razões para a sua não concordância com as medidas anunciadas pela ULSNA. Num distrito com elevada percentagem de população idosa, encerrar as extensões de saúde sem a garantia de transportes alternativos que permitam aos utentes o acesso ao Serviço Nacional de Saúde terá consequências graves, afectando consideravelmente a qualidade de vida das populações.
Atendendo às especificidades da região do Alto Alentejo, onde o índice de envelhecimento é extremamente elevado e notórios os problemas socioeconómicos, torna-se difícil que parte significativa da população tenha asseguradas condições de acesso a um bem fundamental. O Presidente do Conselho Executivo da CIMAA receia, inclusive, que, em virtude das dificuldades, possa haver quem dispense cuidados médicos essenciais para o seu bem-estar, podendo até por em risco a sua saúde ou a própria vida.O Presidente do CE da CIMAA teme igualmente que as medidas em causa acentuem as desigualdades entre os distritos do interior e do litoral do país, contribuído para o despovoamento das regiões em causa.
Lamenta ainda a falta de diálogo entre a ULSNA e os presidentes das Câmaras Municipais dos concelhos ora afectados de forma a que atempadamente fosse possível garantir soluções.A resolução das graves dificuldades que o Pais atravessa, nomeadamente na área da Saúde no Alto Alentejo, deve sempre passar pelo diálogo com as pessoas e não contra essas mesmas pessoas.
O Alto Alentejo também é Portugal, o Alto Alentejo merece mais, o Alto Alentejo merece melhor”
Portalegre:Habitantes de Avis protestam junto ao hospital contra fecho de extensões de saúde
27-Out-2011
Mais de duas centenas de habitantes do concelho alentejano de Avis protestaram hoje, junto ao Hospital de Portalegre, contra o fecho de extensões de saúde e a redução dos horários dos centros de saúde, a partir de terça-feira.
A ação de protesto foi convocada pelo município local, que disponibilizou vários autocarros para os manifestantes expressarem a sua "indignação" através de faixas e cartazes.
Em declarações aos jornalistas, o presidente do município local, Manuel Coelho (CDU), recordou que, desde 1996, se tem assistido naquele concelho a uma “sucessão de cortes” na área da saúde.
Manuel Coelho, que durante o protesto entregou à administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) 2681 postais assinados por habitantes de Avis a contestar as medidas anunciadas, lembrou ainda que aquele concelho é um dos mais isolados da região.
"É muito grave" garante Victor Frutuoso
Victor Frutuoso, presidente da autarquia de Marvão, assumiu que, ao ter ouvido falar nestas medidas, pediu esclarecimentos à Unidade de Saúde. O autarca garante que, ao ser verdade, "é muito grave". A população maioritariamente idosa fica desprotegida, por isso o presidente dos marvanenses garante que tudo fará para que tais medidas não sejam colocadas em prática.
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