domingo, 30 de outubro de 2011

Vedações em "arame farpado" (para turismo) em Marvão!

Discussão na RTP 2 sobre as Vedações no concelho de Marvão:



... e ainda de acordo com a Agencia Lusa:

"Ambiente: Grupo de cidadãos quer remoção de vedação "prisional" erguida no concelho de Marvão
Número de Documento: 13268132
Lisboa, Portugal 27/10/2011 21:20 (LUSA)

Temas: Ambiente, Conservação, Natureza, Política, Autoridades locais, Parlamento, Partidos e movimentos.

Lisboa, 27 Out. (Lusa) – Um grupo que reúne mais de 100 cidadãos exige a remoção da vedação metálica que rodeia mais de 500 hectares de terrenos situados no concelho de Marvão e integrados no Parque Natural da Serra de São Mamede.

Designado SOS São Mamede, o grupo, que está a agir em coordenação com os ambientalistas da Quercus, considera que a rede, nalguns casos com quase 2,5 metros de altura, “veda hermeticamente enormes áreas com características semelhantes às de um qualquer recinto prisional ou militar”, assente numa estrutura metálica e com duas fiadas de arame farpado no topo.

Num texto enviado à Agência Lusa, os 120 elementos da organização informal exigem ainda que sejam “revelados publicamente” eventuais projetos para aquela vasta área, equivalente a metade do Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa.

Uma pesquisa realizada pelo SOS São Mamede concluiu que os terrenos envolvidos na polémica começaram a ser adquiridos a pequenos proprietários da região há mais de cinco anos, através de três sociedades unipessoais com morada comum de Lisboa.

“Estranhamente”, consideram, “o nome do presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria de Marvão, Manuel Joaquim Gaio”, aparece citado em “numerosos actos de transacção” das courelas como procurador das sociedades compradoras dos terrenos.

Além das vedações, os activistas contestam também a instalação de um estaleiro no perímetro cercado, que dizem não estar autorizado pelo Parque Natural da Serra de São Mamede e que o presidente da Câmara de Marvão, Vítor Frutuoso, terá dito recentemente numa sessão pública desconhecer a existência, apesar da estrutura estar no local há três anos.

Miguel Teotónio Pereira, um dos elementos do SOS São Mamede disse à Agência Lusa que há um “secretismo” sobre o que se passa naquele local, onde os trabalhadores são obrigados a assinar um contrato de confidencialidade que os impede de contar o que lá ocorre.

“Há mesmo um contentor onde não podem entrar”, acrescentou, referindo que até elementos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo só conseguiram aceder ao local quando se fizeram acompanhar de elementos da GNR.

A Agência Lusa confrontou na quinta-feira o presidente da Câmara de Marvão e a direcção do Parque Natural com a situação, mas não obteve resposta.

Num pedido de esclarecimento enviado pela Quercus, a direcção do Parque Natural respondeu que não há ilegalidade no tipo de vedação levantada, mas propôs algumas alterações que disse terem sido aceites pelos proprietários, disse à Agência Lusa o presidente da associação, Nuno Sequeira.

O responsável disse ter dirigido a mesma carta à ministra do Ambiente, Assunção Cristas, a 26 de Setembro, mas não obteve qualquer resposta. A associação também não obteve qualquer resposta ao convite que dirigiu há duas semanas aos dois deputados eleitos pelo distrito de Portalegre – Gonçalves Crespo (PSD) e Pedro Marques (PS) – para visitarem o local.

Miguel Teotónio Pereira, por seu lado, disse que a SOS São Mamede convidou o grupo parlamentar do partido “Os Verdes” para se deslocarem a Marvão e vai iniciar uma série de contactos com a população da zona, que inclui muitos estrangeiros que compraram pequenas propriedades onde residem, para conhecerem a sua opinião sobre a situação.

AMN.
Lusa/fim"

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