sexta-feira, 30 de abril de 2010

O Céu é o Limite...



Convite


Mais uma vez a Associação Portus Gladii, vai realizar um passeio pedestre, desta vez "O Céu é o Limite..."

Vamos passear pelas serras que envolvem da aldeia de Porto da Espada e para além do nosso céu como limite terão o prazer de ver terras de Espanha, Galegos, Pitaranha, Portagem, o imponente castelo de Marvão, S. Salvador da Aramenha, Barragem da Apartadura, Porto da Espada e tudo o que a vista alcançar.

Fica o convite para mais este convívio, dia 16 de Maio, com concentração na Casa do Povo de Porto da Espada e saúda às 9h, o almoço pelas 13h e o preço para quem quiser almoçar são 8€.

Apareçam

Adelaide Martins
(Tlm 966445022)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Tradição de S. Marcos dos Novos Tempos!

(Ficção)

“Entra Marcos! Entra Marcos!"

Com esta invocação o bom padre João, há mais de setenta anos conseguia amainar a fúria incontida e natural existente em potência dentro do bezerro, ou toirinho, que os festeiros com as suas opas vermelhas e empunhando varas – ainda na altura denominadas “tocheiros de S. Marcos” e que se acendiam na procissão – iam escolher ao recinto da feira do gado nos arrabaldes logo contíguos à aldeia…”


O bezerro, todos os anos pelo dia do Santo, era oferecido por um lavrador, da aldeia ou das redondezas. E era uma honra oferecer um toirinho para a Festa, pelo S. Marcos. O animal para oferta distinguia-se dos outros, no terrado da feira de gado, pelo facto de ter sido antecipadamente marcado, enfeitado, apresentando um laço vermelho, preso entre os cornos. O lavrador, autor da oferta saía prestigiado perante os demais, daí o grande interesse e o facto de nunca ter faltado o bezerro para a função. A maioria das vezes, contudo, a oferta de um bezerro para o Santo resultava do cumprimento de promessa e, desde o nascimento chamado Marcos…”

(In IBN MARUÁN, 1992)

O relato desta tradição é sobejamente conhecido por toda a comunidade marvanense. Por altura das festas de S. Marcos, em Santo António das Areias, era oferecido um bezerro, por um ou vários dos lavradores da freguesia, em sinal de agradecimento pelos “favores” concedidos pelo santo padroeiro do “bom tempo”. No entanto, e de acordo com diversas testemunhas, parece que a tradição tem sofrido algumas variantes nos últimos anos, como foi o caso que aqui iremos tentar relatar.

TA: As personagens e as cenas aqui descritas são pura ficção, e qualquer comparação com a realidade é mera coincidência.

… o que vos quero contar, teve o seu início em meados do passado ano de 2009. O verosímil novo santo terá sido visitado na sua capela, por três abastados, mas invejosos, lavradores do concelho: o Narciso da Ribeira, a Maria Morgada e o Januário da Maça, com a finalidade de conseguirem uma bênção privilegiada, para que os seus bovinos criadores dessem à luz as mais belas crias jamais vistas na região.

A todos, o padroeiro atendeu com a franca cortesia de, quem ao longo dos tempos, conseguira granjear tamanha devoção unânime de gregos e troianos. No entanto, aos três fez o mesmo rogo, que só intercederia junto da mãe natureza, se a ele lhe fosse consagrado o mais gracioso dos bezerros, de tão fecundo investimento.

Não tardaram muito as respostas dos ambiciosos lavradores e, passado pouco mais de uma semana, todos eles, um de cada vez, se apresentaram junto do glorificado santo, para lhe declararem que sim, que poderia dormir descansado, que se ajudasse ele para que a fecunda colheita fosse melhor que a dos seus rivais, que o melhor dos toirinhos seria seu.

Logo que terminada a segunda visita dos distintos peregrinos, começou o devoto santo a meditar, que só teria capacidade para favorecer um dos crentes, pois a mais não estava mandatado pelo seu divo mestre, e que o melhor, seria o de reflectir muito bem, sobre qual dos três, estaria em melhor condição para o brindar com a tão almejada dádiva.

A primeira análise, incidiu no jovem lavrador Narciso da Ribeira, um excelente moço trabalhador, como diziam os seus vizinhos na região. Tinha herdado do seu rodovalho padrinho uns férteis terrenos, mas que o seu antecessor tinha deixado “embraviar”. Agora, as poucas reses criadoras que possuía, umas primíparas outras já muito velhas, dificilmente conceberiam crias de qualidade para o seu almejado manjar. Para além disso, era pouco sociável por estas paragens, onde se gosta de ver gente simpática.

De seguida, analisou as condições criadoras de Maria Morgada, senhora vistosa, com experiência na arte da criação, com terrenos férteis e bem compostos de farto arvoredo de sobro, onde pastava a sua manada. Contudo, algumas anomalias de casta, associadas ao seu mau génio, obstavam a que o negócio prosperasse nos últimos anos, e algumas más-línguas, afirmavam até, que o negócio da criatura estaria à beira da falência.

Por último, fixou-se em Januário da Maça, lavrador tipo camponês à moda antiga, que se havia estabelecido com a sua família na região já há alguns anos. Homem muito falador, de onde lhe vinha o apelido, embora houvesse quem afirmasse, que essa origem era por este afirmar ter sempre “bago” para tudo.
Os seus terrenos pedregosos eram os piores dos três e, com frequência, os seus maiorais o abandonavam e renunciavam a tanta dureza de vida. No entanto, e certamente devido a essas dificuldades, tinha tido a sorte de encontrar no passado recente, um bom rancho de pessoal obreiro, que lhe traziam a manada como uma dádiva, com rendimentos avultados, que lhe permitiam continuar a investir no negócio, e, já por mais que uma vez, havia adquirido propriedades aos seus desventurados rivais, onde pastavam agora as suas melhores cabeças criadoras, das quais havia sido gerado o mais belo vitelo da última oferenda.

Apesar de já em anteriores solicitações, o padroeiro do bom tempo ter preterido Januário da Maça em suas acções milagreiras, alegando falta de confiança e por não estarem garantidas as condições de sucesso de cumprimento da promessa, como foi o caso testemunhado por este narrador há quatro anos atrás, não foi muito difícil desta vez, o santo escolher o seu lavrador preferido, e assim lançar o seu olhar de bênção às progenitoras bovinas de Januário da Maça.

Claro que o santo padroeiro, não se quis ficar apenas pelo simples olhar de bênção, e diz quem observou, que o venerado santo, seguiu a fértil manada durante duas árduas semanas, onde, com o seu “assobio de encantar”, inspirou os bovinos machos a fecundar com os mais refinados sémenes, aquilo que viria a ser a mais surpreendente manada de toirinhos alguma vez observados nas tapadas marvanenses.

Por isso, com certeza, que o próspero lavrador lhe reserva a sua almejada promessa, o mais lustroso toirinho da criação, que se bem cuidado, e quando daqui a quatro anos for toiro adulto, lhe renderá, certamente, uns aninhos descansado. Não admira então, que por estes dias de Abril, o santo padroeiro, revelando uma satisfação desmesurada, tenha entrado na casa de Januário da Maça, e ouvido as tão esperadas palavras:

ENTRA MARCOS! ENTRA MARCOS!...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Informação Fórum: Ecos da Reunião de Câmara

PROPOSTA PARA REFORÇO DA RUBRICA 02 010109 DO ORÇAMENTO

Pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal, foi proposto o seguinte:

De acordo com o preceito legal, foi aprovada por deliberação da Câmara Municipal tomada em sua reunião ordinária realizada no dia 16 de Dezembro de 2009, uma verba de 100.000, 00 €, a inscrever no orçamento para o ano de 2010, para recrutamento de novos postos de trabalho, que incluía a contratação de um chefe, para a Divisão de Acção Social Cultural e Turismo.

Considerando o atraso verificado na execução do projecto referente ao PROHABITA, não haverá necessidade para já de preencher o lugar acima referido, pelo que venho propor que a Câmara delibere no sentido de retirar da rubrica 02 01010404 – Recrutamento de Pessoal Novos Postos de Trabalho o valor de 15.000,00 €, para reforçar a rubrica 02 010109 - Pessoal em qualquer outra situação, através de uma alteração ao orçamento

A Câmara Municipal procedeu à votação deste assunto, tendo-se verificado dois votos contra, dos Vereadores, Engº Nuno Lopes e Drª Madalena Tavares, dois votos a favor do Sr. Presidente e do Sr. Vereador, Engº Luís Vitorino. O Sr. Presidente exerceu o voto de qualidade, de acordo com o artigo 26º do CPA, tendo a proposta sido aprovada


O Vereador, Engº Nuno Lopes prestou a seguinte declaração de voto: “Voto contra pelo motivo do Sr. Presidente referir por diversas vezes não possuir dinheiro para ajudar os trabalhadores da Câmara Municipal (alteração da posição remuneratória) e verifica-se que possui dinheiro para cumprimento de promessas eleitorais, na colocação de um secretariado para os Srs. Vereadores, ouvindo-se dizer que é o Sr. Lourenço.”


A Srª Vereadora, Drª Madalena Tavares prestou a seguinte declaração de voto: “A vereadora eleita pelo grupo de cidadãos independentes “Juntos por Marvão”, votou contra esta proposta por entender não se justificar a entrada de um secretário para os Srs Vereadores, num Município como o de Marvão, tendo já o Sr. Presidente um Técnico Superior (na prática) como seu assessor.

Nas reuniões de Câmara, ouvimos constantemente o Sr. Presidente queixar-se de falta de verbas e, foi essa a desculpa que utilizou para não melhorar as condições económicas de muitos trabalhadores, quando da discussão com o sindicato sobre a alteração do Posicionamento Remuneratório/Opção Gestionária que, no meu entender, passava por uma decisão meramente política.

Esta Gestão presente, pode contribuir para hipotecar o futuro de Marvão. Os gastos com o executivo são indiscutivelmente elevadíssimos para um concelho tão pequeno como o nosso.

Mas supondo que este secretário, na perspectiva do executivo em funções, é imprescindível, o mais lógico, não seria recorrer ao programa de estágios de Recém-Licenciados, criado recentemente pelo Governo

Queremos fixar os nossos jovens mas, quando existe essa possibilidade, dá-se prioridade aos compromissos políticos

Não podemos nem concordo que, se tente transformar uma instituição pública cujo principal objectivo é zelar pela prossecução do interesse comum, numa instituição de interesses partidários ou de carreirismo político, uma vez que também existem na Câmara Municipal funcionários com bastante capacidade para desempenhar essas mesmas funções. Estas são formas de colmatar uma hipotética lacuna, por um caminho e estratégia diferentes, sem onerar mais o município

Há doze anos atrás, numa altura de inovação, o PSD votou contra a entrada de mais um vereador a tempo inteiro para dar respostas a áreas que estavam completamente inactivas, alegando o dispêndio de verbas confrontado com a necessidade do mesmo.

Hoje, vamos ter um executivo com um Presidente, dois vereadores e dois “assessores”.
Precisamos de mais gente para trabalhar e não para mandar

É caso para dizer: Mudam-se as Políticas, satisfazem-se as promessas."

Informação Fórum: 2ª Ass. Municipal 2010


(Clicar para ampliar)

domingo, 25 de abril de 2010

Reflexões de Abril...

25 de Abril de 2010

Há dois anos, chamei aqui à atenção, do não cumprimento do terceiro D (de Democratizar), do Programa do Movimento das Forças Armadas em 1974, ao nível do país; o ano passado, enumerei aqui diversos exemplos da deficiente DEMOCRACIA, existente na vida local marvanense, desde as instituições públicas aos partidos políticos, enquanto “escolas de cultivo” de princípios e valores do exercício democrático.

Hoje, dois anos após essas intervenções, sinto-me congratulado com o que aqui disse, já que esta semana dois ex-presidentes da República, vieram questionar publicamente a qualidade dessa mesma democracia:

Jorge Sampaio, “diz-se «nada satisfeito com a qualidade da democracia» em Portugal, onde a sociedade civil é «pouco actuante» e os poderes políticos são influenciados por «sectores corporativos», como o da justiça.
Diz ainda, “Não estar nada satisfeito com a qualidade da democracia, temos que a requalificar, revitalizar. A começar pela renovação das dinâmicas e das estruturas partidárias. E há uma remobilização dos cidadãos que é necessária”.

Ramalho Eanes, “… considerou que o 25 de Abril “não conseguiu responder às aspirações justas e fundadas e aos interesses legítimos da maioria dos portugueses” sublinhando que a Revolução de Abril trouxe a liberdade a Portugal, mas que a Democracia não funciona bem no nosso país”.

Também, instado a comentar estas afirmações dos seus antecessores, o Presidente Cavaco Silva, afirmou no passado dia 22 de Abril, que comungava das preocupações de Jorge Sampaio e nelas se revia.

Mas se por um lado me sinto reconfortado, pelo facto de tão ilustres figuras pensarem de uma forma idêntica à minha, por outro lado, sinto uma enorme insatisfação ao constatar que tanto no país como no concelho, muito pouco melhoraram no exercício democrático. Antes pelo contrário, as coisas estão cada vez mais cinzentas, para não ser muito pessimista.

Hoje, 25 de Abril de 2010, gostava de partilhar convosco mais três preocupações que invadem a sociedade portuguesa e marvanense, e que o 25 de Abril, 36 anos depois, não soube ou não pôde, ainda resolver.

Em primeiro lugar o MEDO.

O medo que durante 50 anos do anterior regime nos acompanhou (para não ir mais atrás), e que pensávamos condenado com a revolução de Abril, está por aí instalado com a mesma força, ou mais, na sociedade portuguesa, embora com novas variáveis.

Hoje o MEDO social não é extrínseco, como o que tínhamos da polícia política, dos “bufos” da Legião, de Caxias, do Aljube, do Tarrafal, ou do exílio. Hoje o MEDO é intrínseco, sem rosto mas com ouvidos; um MEDO que não sabemos de quê, nem de quem, mas que nos persegue, sufoca e quase nos tira o direito de EXISTIR.

Vivemos numa sociedade acrítica, inibidos de nos pronunciarmos, de investirmos, de nos associarmos. Somos cultivados para nos calarmos, para nos fecharmos nas nossas “casas subsidiadas” em frente às “caixinhas mágicas”, que nos servem tudo enlatado por uns “senhores” que tratam da nossa felicidade imaginária.

Vemos os golos dos outros…, e pensamos que são os nossos; vemos as casas dos outros…, e pensamos que são as nossas; vemos os desgostos dos outros…, e pensamos que são os nossos; choramos pelos outros…, e no nosso âmago, choramos afinal, por nós próprios. Mas cá no fundo mina a não realização, o mal-estar, a inquietação e, mesmo a revolta.

Uma sociedade de MEDO, é uma sociedade que não troca ideias, que apenas fala em surdina, que não investe, que não corre riscos e, consequentemente, não progride.

O MEDO é um dos cancros sociais em Portugal que urge extirpar, e cabe-nos a todos começar a prevenir que o “bicho”, um dia destes, se desamarre e se revolte de dentro de nós, com consequências imprevisíveis.

Em segundo lugar a SOLIDARIEDADE.

Vivemos tempos difíceis, de mudanças sociais bruscas, de insegurança. E não me refiro à segurança física, refiro-me à insegurança no emprego e nos negócios, onde aqueles que num dia se sentem seguros e estáveis, quer empresarialmente quer pessoalmente, no dia seguinte, as coisas mudam por decisão “dos homens sem rosto” e o cidadão fica sem nada e sem meios de subsistência.

Vivendo num Estado social, como se diz o nosso, é justo que a sociedade tenha mecanismos e ferramentas para ajudar temporariamente essas pessoas, quer através de fundos de desemprego, quer mesmo através de outras formas, como são os rendimentos mínimos ou rendimentos sociais de reinserção, para que essas pessoas possam continuar integradas na sociedade até encontrarem novas oportunidades.

Em Portugal as pessoas que actualmente beneficiam destes apoios sociais rondam o meio milhão, e a sociedade tem cumprido para com eles a sua SOLIDARIDADE.

No entanto, nem sempre este termo parece ter dois sentidos, como seria exigível. E se as pessoas beneficiam dessa ajuda, parece justo, que a retribuam com o seu trabalho nas autarquias, nos organismos públicos, nas instituições de solidariedade social, ou mesmo nas empresas, porque não? E dêem o seu TRIBUTO SOCIAL, retribuindo à sociedade aquilo que esta lhes concede.

Penso que Portugal não está em posição de desperdiçar a contribuição na criação de riqueza de 5% da sua população, mesmo que se aplique o princípio que ensinou a minha mãe “… o que o menino faz é pouco, mas quem o perde é louco”.

Em terceiro lugar a DESORGANIZAÇÃO E O DESPERDÍCIO.

Estima-se que Portugal desperdice, em cada ano, cerca de 15% da riqueza produzida. Ou dito de outro modo, 15% das despesas poderiam ser evitadas mantendo a mesma qualidade de vida dos portugueses.

Como é possível que um país, onde cada português já deve ao exterior cerca de 18 000 euros; em que nos últimos 10 anos a divida pública ao exterior aumentou, em média 10% ao ano; que tem um deficit orçamental interno a rondar os 10%, se possa dar ao luxo de ter tamanho DESPERDÍCIO, continuando a fazer vida de rico, quando o que tem, já mal dá para “mandar cantar um cego”?

A resposta é só uma: DESORGANIZAÇÃO, pela qual todos nós somos responsáveis.

Dois pequenos exemplos locais e que têm a ver com a comunidade marvanense, no que toca a custos autárquicos de Despesas Correntes, e que talvez pudéssemos evitar.

No ano de 2009, a CM de Marvão, isto é, todos nós, pagou à EDP do sr. Mexia, cerca de 27% de todos os custos com electricidade consumida no concelho, esse valor foi aproximadamente de 230 000 euros. Tomemos como exercício académico, que a CM Marvão se propunha poupar 15% destas despesas, bastaria, talvez, ligar e desligar a iluminação pública com 1 hora de diferença à noite e pela manhã, e anular alguns pontos de luz inúteis, tanto nas povoações como fora delas (o que certamente ninguém notaria e o ambiente agradeceria), e estaríamos a falar de uma poupança de 35 000 euros anuais.

Segundo exemplo: a CM de Marvão teve “custos directos” com os seus titulares de órgãos de soberania e membros de órgãos autárquicos entre 2006 e 2008 com o executivo PSD, uma despesa média que rondou os 75 000 euros/ano, diminuindo em relação aos últimos anos do anterior executivo do PS cerca de 15 000 euros/ano, e bem.

No entanto, em 2009, esses custos já foram de cerca de 87 000 euros; e em 2010 os custos com esse pessoal, ultrapassarão, certamente, os 100 000 euros, o que onerará os custos, no mínimo, em mais 25 000 euros/ano, em relação aos seus primeiros anos de governação.

As duas rubricas somadas perfazem 60 000 euros. Questiono: Serão estes custos indispensáveis ao funcionamento da nossa autarquia? Seria possível poupar, ou investir, em outras rubricas que contribuíssem para a melhoria da qualidade de vida dos marvanenses?

Já agora, isto dividido por cerca de 4 000 marvanenses daria 15 euros de poupança a cada, e multiplicados por dez milhões de portugueses, daria a módica quantia de 150. 000.000. Será que isto servia para alguma coisa?

Resposta: Daria para governar 30 autarquias como Marvão durante um ano, por exemplo.

As ideias aqui ficam…

sábado, 24 de abril de 2010

Reflexões de Abril...

Memórias de 25 de Abril de 2008


Há trinta e quatro anos por esta hora, eu era um rapazinho que tinha feito dezassete anos, há apenas quinze dias. Mas que, porque assim era nesse tempo, já contava com cinco anos de trabalho como trabalhador, por conta de outrem.

No meu país havia uma guerra absurda que levava os jovens para combaterem em África durante dois e três anos, onde alguns morriam e outros ficavam desgraçados para o resto da vida.

No meu país não se podia falar sobre a vida pública, existia um partido único. Não se podia criticar os governantes, porque havia uns “senhores” que prendiam a gente, só pelo simples facto de expressarmos opinião, ou contestarmos os capatazes.

No meu país não havia água canalizada para beber, nem saneamento básico mínimo. As crianças, muitas morriam ao nascer, ou nos primeiros anos de vida e ás vezes as próprias mães para os darem à luz (ou parirem, como diz o povo).
A maioria dos portugueses só comiam carne nos dias de festa, e o leite, para alguns, só lhe conheciam o gosto, através do que bebiam das mamas de suas mães.

No dia vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro, ao levantar-me, como de costume, pelas sete horas da manhã, para iniciar mais um dia de trabalho na oficina de serralharia civil onde trabalhava, ouvi na rádio a notícia que havia um grupo de militares que tinham dado início a um Golpe de Estado.
Soube mais tarde, que desse Golpe, tinha resultado um Programa de Acção, que ficou para a história como o “Programa dos três Dês”:
- Descolonizar;
- Desenvolver;
- Democratizar.

Desse dia, passam agora trinta e quatro anos e cumpriram-se, em minha opinião, dois desses três Dês.
O de Descolonizar, bem para uns, mal para outros a coisa lá se fez. Tarde…mas, não havia outro caminho.

O de Desenvolvimento, apesar dos diferentes pontos de vista, a evolução aconteceu…o país de hoje, com todos os problemas sociais e económicos que nos apoquentam, nada tem a ver com o país de setenta e quatro, do “orgulhosamente sós”. São outros os tempos!

Mas o terceiro D? O de Democratizar?
Será que podemos concluir hoje, que vivemos uma Democracia plena e que os valores e princípios democráticos estão incorporados no dia-a-dia do nosso sistema social?

Reflictamos e questionemos:

- Que raio de democracia é esta, que permite as balbúrdias constantes nas escolas com faltas de respeito e agressões dos discípulos para com os seus mestres?

- Que raio de democracia é esta, que só condena os mais fracos e deixa os poderosos escapar pelas malhas de um sistema de justiça inoperante?

- Que raio de democracia é esta, que num dia faz eleições para escolher os seus representantes e no dia seguinte, os eleitos, são derrubados pelos “barões”, em “feiras de vaidades” vergonhosas?

- Que raio de democracia é esta, que concentra todos os seus recursos no Litoral e abandona, sem solidariedade, os que vivem no interior, só porque são poucos e sem poder para influenciar?

- Que raio de democracia é esta, que permite com frequência a gestores, que um dia são públicos, no dia seguinte são privados e gestores dos negócios, que fizeram quando eram públicos?

- Que raio de democracia é esta, que persegue os contribuintes de baixos rendimentos, para liquidarem os seu poucos proveitos; e isenta desses deveres, aqueles que têm lucros fabulosos, vivendo à “grande e à francesa”, como descendentes de Junot ou Masséna?

- Que raio de democracia é esta, que cria uma “polícia de guerra” para reprimir os usos e costumes de um povo; e fecha os olhos, à entrada de produtos dos grandes grupos económicos internacionais, alguns bem mais lesivos para a saúde pública que os nossos produtos tradicionais?

- Que raio de democracia é esta, que permite uma comunicação social, sem ética e sem regras, seja o maior poder e que comande a política de um país, trinta e quatro anos após o dia de início do sistema democrático?

Fernando Pessoa, disse um dia: Senhor, falta cumprir-se Portugal…

Também hoje, com propriedade, convém afirmar:
Minhas senhoras e meus senhores FALTA CUMPRIR O D DA DEMOCRACIA EM PORTUGAL. É URGENTE QUE O FAÇAMOS…

terça-feira, 20 de abril de 2010

Mais uma Época

Terminou mais uma Época futebolística oficial para o Arenense, este ano apenas concorrente ao Escalão de Infantis (jovens até aos 12 anos).

A participação num só escalão teve a ver com as obras do Campo de Jogos dos Outeiros, que obrigou a que praticamente toda a época fosse jogada no Campo Municipal de Castelo de Vide, a cuja Câmara Municipal aqui deixamos os nossos públicos agradecimentos pelas facilidades concedidas. O nosso muito obrigado.

Participaram nesta época cerca de 20 jovens oriundos de todo o concelho, o que prova que o GDA é um clube de Marvão e não apenas de SA das Areias.



Mais uma vez, apesar de todas as dificuldades, os resultados desportivos foram brilhantes: 2º Classificado da série B (apenas superados pela equipa do Eléctrico, representante de um concelho com cerca de 15 000 habitantes), equipa mais realizadora com 111 golos marcados e 12 Vitórias em 16 jogos. Estão pois de parabéns todos os jovens, treinadores e director.


Os responsáveis por toda a organização desta época foram:

Director: João Manuel Lança
Treinadores: João Beba, Luís Barradas, João Paulo Ginja e João Manuel Carlos

O Grupo de atletas: Marco Pires (Escusa), Ruben Pires (Escusa), Ricardo Neto (SA Areias), Hugo Madeira (SA Areias), Miguel Nunes (SA Areias), Daniel Raposo (Beirã), Rafael Gaspar (Portagem), Bruno Custódio (Portagem), Carlos Barrento (Galegos), Joel Vilhalva, André Pires (Escusa), João Filipe Carlos (SA Areias), Daniel Barradas (SA Areias), Daniel Sanches (Portagem), João Miguel Ramos (Ramila) , João Pereira (Portagem), Xavier Maridalho (SA Areias), João Paulo (Marvão), Miguel Reis (SA Areias), e Bruno Saldanha (SA Areias).

No entanto, os resultados desportivos não serão, certamente, o mais importante para estes jovens, mas sim a sua formação como desportistas e como homens, que certamente recordarão no futuro como uma etapa fundamental da sua aprendizagem para a escola da vida, como a de outros que os precederam, e que, frequentemente, aqui têm deixado o seu testemunho, sobre importância que o GDA representou nas suas vidas.



Ficam também os agradecimentos à CM de Marvão e a todas as Juntas de Freguesia do concelho.

domingo, 18 de abril de 2010

S. Marcos 2010

No próximo fim-de-semana realizar-se-ão mais umas festas de S. Marcos em SA das Areias, das quais aqui deixamos o Programa.




Realçamos do Programa, o espectáculo agendado para dia 24 de Abril, pelas 22 horas, na Sede do GDA, com o Grupo Pedrinhas de Arronches, que se desloca pela primeira vez ao nosso concelho. Um espectáculo a não perder.



O Grupo das Pedrinhas de Arronches surgiu por acaso nos anos oitenta, quando um grupo de amigos decidiu fazer música com as pedras recolhidas nas margem do Rio Caia e ribeiras que banham a Vila de Arronches.

No início a intenção era apenas a mera participação em concursos de televisão. Recolheram, junto da população mais antiga, alguns conhecimentos desta primitiva arte de executar música e apresentaram-se ao público com enorme sucesso saltando para a realização de centenas de espectáculos de norte a sul de Portugal, Espanha, França e comunidades Portuguesas do Canadá, bem como se tornaram em visitas habituais em estações de rádio e televisão nacionais e internacionais.

De forma a preservar este velho saber alguns jovens passaram a integrar o Grupo das Pedrinhas, dando provas do conhecimento adquirido na difícil arte de executar música com simples pedras da ribeira, em regulares actuações ao vivo.

Actualmente alguns seus membros fundadores já não acompanham o grupo mas a sua constante renovação faz acreditar que jamais se perderá a tradição de acompanhar as “belas” (modas de saias), ao som das pedras lisas do rio Caia.

Elementos: 9 * Som: Pedrinhas do Rio, bombo, guizos, acordeão, ferrinhos, castanholas e harmónica

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Flagrantes da vida real

Francisco é um homem do partido. Não interessa que partido (são todos iguais).

No dia em que o Carlinhos, seu filho, com a irreverência dos seus 18 anitos mal educados, disse que não queria estudar mais, depois de ter chumbado 3 vezes no 10º ano, o pai percebeu que tinha um problema considerável dentro de casa.
Após meditar durante uns dias, resolveu telefonar a um colega de Partido, na altura Presidente de… qualquer coisa.

- Manuel, como estás? Tudo bem? Preciso que me faças um favor. O meu Carlinhos diz que não quer estudar mais, pá. Preciso que me arranjes um trabalho para o puto, antes que me comece a andar nos copos e na passa todas as noites… para ver se sente a necessidade de continuar a estudar.

Manuel franziu o sobrolho e pensou para os seus botões ”mais um a pendurar-se… a ver se se lembram de mim, se algum dia eu precisar…”

- Ok, amigo Francisco, não te preocupes que alguma coisa se há-de arranjar. Para isso servem os amigos, não é? Assim que tiver novidades, ligo-te.


Três dias depois, o Presidente Manuel ligou e diz:

- Assunto resolvido. O Carlinhos vai ser adjunto do Administrador Regional de Saúde. 3000 euros por mês. Tá fixe, não tá?
-Não! Isso é muito… Eu quero que ele continue a estudar!


Passados dois dias, nova chamada do Presidente para o amigo Francisco:

- Pronto, já encontrei qualquer coisa. Secretário privado de um Chefe de Gabinete. 2500 euros mês…
- Não, Manuel, isso é muito. Se ele se apanha a ganhar esse dinheiro nunca mais pensa em estudar na vida dele! Tem que ser uma coisa para ganhar 500 euros mês. Auxiliar administrativo, ou uma coisa assim…



- Ó Francisco, és cego ou quê, pá? Para esses lugares é impossível haver tachos, meu! Não sabes que é preciso abrir concursos, são centenas de concorrentes, exigem o 12º ano, experiência profissional, etc. etc.?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um “chalet” na tapada!

O piso do Campo dos Outeiros já é verdinho!


Para quem, na sua juventude, viveu naquele rectângulo muitas horas de felicidade é um prazer vê-lo assim. Verdinho. Esse prazer será, eventualmente, redobrado para as dezenas de jovens que, actualmente, praticam futebol no GDA.

Devem estar ansiosos para o pisar!

É, de certeza, também visto com grande satisfação pelos sócios e directores do Arenense (actuais e antigos) e por todos os marvanenses em geral (que gostam de futebol).

Contudo, ao observá-lo, sinto também frustração!

Faz lembrar uma grande vivenda, acabadinha de construir mas rodeada por quintais e acessos ao abandono. De terra batida e com muros em bruto…



Já nem falo naquilo que foi alvitrado: Uma bancada nova, uns balneários novos e um espaço, ao fundo, preparado “à maneira” para a prática da malha…

No entanto, não quero acreditar que aquele muro não seja pintado e, sobretudo, que o espaço em redor do rectângulo verde fique em terra batida! O resultado será evidente: lama no inverno, poeira no verão e tapete sujo e degradado…

Não me parece que o custo deste simples “acabamento” seja assim tão significativo!

Julgo que, no fim, o bom senso poderá imperar, ficando o Campo dos Outeiros mais parecido aos congéneres dos concelhos vizinhos.

(Crato)

(Arronches)





(Alter do Chão e Castelo de Vide)





Cumprimentos

Bonito Dias
(bonitodias@gmail.com)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Diário Económico - 06/04/10

Fechados
João Paulo Guerra

Na manhã do meu domingo de Páscoa, em Marvão, assisti no Posto de Turismo, à passagem de um vídeo sobre a história, o património e a cultura da vila e do concelho.

Pude assim aprofundar o conhecimento sobre uma localidade das mais bem preservadas em toda a sua beleza do grande e belo Alentejo. Já na sexta-feira santa visitara o Museu e as ruínas romanas de Ammaia, em São Salvador de Aramenha, igualmente no concelho de Marvão, e pude desse modo travar conhecimento com vestígios de mais de vinte séculos de história, recuando até aos tempos em que os romanos gozavam férias no que é hoje o Alto Alentejo. Sorte a minha: a funcionária do Posto de Turismo de Marvão e o funcionário do Museu de São Salvador de Aramenha não estariam abrangidos pelas negociações do tratado a ser negociado entre os IMC e IGESPAR, por um lado, e o STFP do Sul e Açores, por outro, que em centros populacionais e de atracção turística como Lisboa fecharam museus e monumentos à visita de turistas nacionais e de fora.

Este não é aliás um problema novo na democracia portuguesa, assente toda ela em esquemas, calculismos e egoísmos, com muita burocracia à mistura. Todos os anos, por épocas como a que agora passou, sindicatos burocráticos debatem com burocratas de carreira quanto custa abrir ou fechar os museus e monumentos quando são mais procurados. Cada lado desta guerrinha prolongada defende os seus pequenos interesses particulares e a razão de ser do trabalho de funcionários e gestores que passe muito bem. E como ninguém cede, perdem os funcionários, perde a gestão do património e dos museus e monumentos, perdem os turistas, perde a difusão do conhecimento e da cultura, perde o turismo, perde a economia. Só é pena que no meio de tanta perda, não haja quem perca a paciência dê um murro na mesa.

joaopaulo.guerra@economico.pt

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Gato Preto (José Gomes), por mail...

Os Recursos Humanos do Município de Marvão


Dirijo-me a este Fórum na qualidade de marvanense afastado do seu concelho por motivos laborais mas também enquanto técnico da área dos Recursos Humanos.

Na ausência de um jornal ou rádio no concelho de Marvão, dou os parabéns aos impulsionadores do projecto Fórum Marvão, que têm conseguido geri-lo de forma adequada, principalmente tendo em conta outros blogs que existem noutras terras, onde o baixo nível e a difamação são uma constante.

Estive em Marvão recentemente e vim de lá de boca aberta com mais uma notícia relativa à gestão de recursos humanos do Município. O senhor Vice-Presidente vai ter um assessor. Ora, tal facto não me espantaria se Marvão fosse um concelho de dimensão média ou grande, mas não é o facto. Não querendo fazer considerações sobre a escolha do assessor, este facto serviu de impulsionador para estas minhas linhas.

Há mais de um ano atrás o Sr. Presidente da Câmara subiu na posição remuneratória, o chefe de divisão passou a técnico superior, e mais alguns funcionários viram também alteradas as suas posições em termos de carreira. Sei bem que tal facto não é de forma alguma ilegal, uma vez que o Presidente da Câmara, por ser também funcionário do Município, não deve ser prejudicado. A questão aqui não é a legalidade, mas sim a imoralidade do facto, já que o Sr. Presidente preocupou-se com a sua situação mas não fez o mesmo para todos os funcionários em igual situação, deixando muitos para trás.

E isso, num estado de direito democrático, é uma vergonha. Não obstante tal facto, em Setembro passado ouviu-se muito falar, não só em Marvão como noutros concelhos do distrito, que os funcionários do Município tinham direito a revisões ao seu salário, previsíveis por lei, a que o Sr. Presidente alegou não conseguir fazer face por falta de orçamento.

Esta situação mantém-se até hoje! Mais de cinquenta funcionários do município estão em posição de subir na tabela remuneratória mas tal não acontece inexplicavelmente.

Não há pois dinheiro para dar mais uns tostões ao pedreiro ou ao cantoneiro que não chega a ganhar 500 euros por mês, mas há dinheiro para assessores, para um técnico superior no apoio ao presidente (aqui até concordo, se o Sr. é incapaz para determinadas tarefas, alguém tem que fazer o trabalho por ele), para numerosos engenheiros sem obras (veja-se o que falo na página do município, em que está aberto mais um concurso para um engenheiro), e pasme-se ainda, está previsto para este ano, mais um chefe de divisão, desta vez para a acção social.

No Município de Marvão há funcionários com contratos a prazo há mais de cinco anos, há cinquenta e tal funcionários em condições de subir na carreira que não o fazem, mas para estes o dinheiro nunca chega, e porquê? É natural que não chegue, se é gasto em Engenheiros, assessores, chefes de divisão e afins...

Mas atenção, mais uma vez, tudo isto é legal! Tudo isto está bem, já que o Sr. Presidente da Câmara viu-se legitimado no passado mês de Outubro com maioria absoluta e portanto...o povo agora não se venha queixar, foi assim que o povo quis.
Fico espantando, sinceramente, fico espantado, com a falta de massa crítica, com a falta de matéria humana opinativa que vejo na minha terra. Mas é isto que temos, e não creio que haja tendência para melhorar, muito pelo contrário.

Acabou esta semana o prazo de inscrição para os estágios profissionais na Administração Pública. Sei que há mais de 2000 ofertas na Administração Local. Estou curioso para saber se o Sr. Presidente da Câmara de Marvão se lembrou dos numerosos jovens marvanenses que têm que procurar trabalho fora por falta de oportunidades na sua terra. Estou sinceramente curioso e expectante.

A ver vamos.

Gato Preto
(José Manuel Sequeira Gomes)

MporM, por mail...



NOTA DE IMPRENSA N.º 02/2010
30-03-2010


ASSUNTO: Movimento por Marvão vê aprovada a sua primeira proposta

O MporM – Movimento por Marvão tem vindo, desde o seu aparecimento, a promover uma reflexão séria sobre as perspectivas de desenvolvimento do Concelho de Marvão e a formular propostas efectivas que procuram a melhoria das condições de vida dos Marvanenses.

Após as eleições de 11 de Outubro do ano transacto, o MporM tem participado de uma forma activa e dinâmica na vida autárquica do município, inovando na forma de fazer política, através de uma fiscalização empenhada à acção do executivo, apontando rumos divergentes quando assim se exige, servindo de porta-voz dos munícipes e apresentando propostas esclarecedoras e diferentes.

Na reunião ordinária da Câmara Municipal de Marvão do passado dia 3 de Fevereiro, e a propósito da discussão em torno do trabalho do GADE (Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico) no ano de 2009, um elemento do MporM, presente na reunião, perante a ausência de apoios ao desenvolvimento de micro-projectos, defendeu a escolha da ANDC – Associação Nacional de Direito ao Crédito como parceira estratégica do município; neste contexto, e dado que os responsáveis autárquicos desconheciam o trabalho daquela associação, o MporM enviou por e-mail, para a Câmara Municipal e para o Gabinete de Apoio ao Presidente, todos os contacto para que se pudesse concretizar essa importante parceria (como se pode verificar no anexo junto).
Um mês decorrido (3 de Março), o Sr. Vereador José Manuel Pires levou a reunião de Câmara uma proposta de protocolo com a ANDC, sem contudo fazer nenhuma referência ao contributo prestado pelo MporM para que tal protocolo fosse possível.

Assim, serve esta nota como informação aos Marvanenses que não tenham possibilidade de recorrer ao crédito convencional para desenvolverem os seus micro-projectos de que poderão fazê-lo agora, graças a uma proposta do Movimento por Marvão, o qual tinha inscrito esta parceria nas suas prioridades da acção municipal. Neste capítulo, o MporM espera poder avançar com mais propostas que vão de encontro ao desenvolvimento do Concelho, mesmo sendo o MporM um grupo independente de cidadãos que tem trabalhado sem qualquer tipo de representação institucional, mas que nem por isso se tem poupado a esforços em prol do Concelho de Marvão, e contando, naturalmente, com o sentido de responsabilidade do executivo.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Segundo o Jornal “O Público”

Parque Natural da Serra de São Mamede acolhe Observatório Regional para a Energia

Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM) vai acolher um Observatório Regional para a Energia (ORE), anunciou a Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo (AreanaTejo), entidade promotora do projecto.

"O ORE surge como uma necessidade de possuir um ponto físico para divulgar os resultados dos trabalhos feitos pela AreanaTejo sobre a carta da energia", explicou Tiago Gaio, da Areanatejo, em declarações à agência Lusa.

De acordo com o responsável, o projecto vai ser desenvolvido na sede do Parque Natural, situada na Quinta dos Olhos d´Agua, na Portagem, concelho de Marvão (Portalegre).

"O projecto vai estar em funcionamento no final do verão. Em Setembro já deve de estar à disposição de todos aqueles que visitam o PNSSM", declarou.

O ORE vai operar como uma "espécie de quiosque informático" onde vão estar disponíveis vários dados para os visitantes do PNSSM analisarem, uma área lúdica e uma área de informação e sensibilização para os turistas. "Este projecto vai estar integrado num circuito que o PNSSM está a desenvolver e que abrange outros temas, nomeadamente a água e os resíduos. O tema sobre a energia será da responsabilidade da AreanaTejo", adiantou.

Segundo Tiago Gaio, a iniciativa que a AreanaTejo vai apresentar contém um conjunto de informações sobre boas práticas energéticas e ambientais, de sensibilização e ainda dados sobre energias renováveis com a respectiva explicação teórica de cada uma dessas vertentes.

O quiosque do ORE vai também acolher uma área dedicada ao público mais jovem, com vários jogos interactivos e informações sobre a região, bem como as iniciativas que estão a ser desenvolvidas nesta mesma zona sobre a componente das energias renováveis.

O ORE, que contou com um investimento de 40 mil euros, está inserido no projecto "Norte Alentejo Sustentável", financiado pelo Programa Operacional Regional do Alentejo (InAlentejo).

No entanto, Tiago Gaio explicou ainda que a AreanaTejo e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), entidade que tutela o PNSSM, têm em curso um outro projecto de "continuidade" dirigido à gestão florestal.

"Vamos criar um plano de gestão florestal da área de intervenção do PNSSM com o objectivo de manter a mancha florestal definida e que tenha como contributo a absorção de CO2 (dióxido de carbono). Este projecto está inserido no projecto Norte Alentejo Mais Sustentável", revelou.

Através deste projecto, explicou ainda o responsável, haverá um "contributo para a neutralidade carbónica da região, em conjunto com a questão relacionada com os consumos de energia" auferidos naquela zona do Alentejo. Ambos os projectos (ORE e Gestão Florestal) contam com um investimento de cerca de "400 mil euros".

A AreanaTejo foi criada em 2002, no âmbito de um trabalho em conjunto entre as quinze autarquias que compõem o distrito de Portalegre.