terça-feira, 10 de abril de 2012

A política municipal sobre a aquisição de imóveis

foto desta manhã


Na última reunião de Câmara (acta ainda não publicada online), foi aprovada por unanimidade a compra de um prédio de Marvão, situado na Rua do Espírito Santo.

Esta política de compra de edifícios por parte da autarquia não é estranha e na sua essência faz todo o sentido, nomeadamente porque a Câmara tem o dever de pugnar pela boa conservação dos edifícios da Vila, e até promover o seu aluguer, após as obras de reabilitação, para famílias que queira vir povoar o burgo.

Qual é a questão aqui, então:

- A questão é que a autarquia tem neste momento duas casas prontas a habitar (ou a precisar de poucas obras), propriedade sua, sem que tenha sido lançado ainda o concurso para aluguer.

- A questão é que a autarquia tem (pelo menos) duas habitações na Vila de Marvão (Rua das Portas da Vila) a precisarem ambas de reabilitação urgente sem que tenha sido até agora lançado obra para tal*

- A questão é que a autarquia tem uma casa de função (a Casa do Governador) que cede sempre que necessário, mas quando as visitas são de responsabilidade, tem que pagar por quartos nas unidades hoteleiras. Esta casa tem quatro assoalhadas, tem boas condições e podia, mais uma vez, ser alugada a uma família, passados que foram vários anos sem que a sua ocupação periódica justifique a sua manutenção como casa de função.

- Será ainda lícito pensar, já que a placa publicitária colocada no dito prédio assim o indica, que neste negócio houve a intermediação da Remax? Sinceramente, desconheço.

- Para quando, já que é o mais justo e democrático, pensar nos espaços, sejam habitações/ comércios/espaços museológicos, que são de todos, de todos os contribuintes, exactamente como tal...definindo regras, fazendo concursos, cobrando rendas...para que não se caia na injustiça, na suspeita do favorecimento.

São suspeitas, são muitas questões, que podendo ter várias leituras, são no entanto, a meu ver, legítimas.

* Será objectivo constituir uma bolsa de habitações que possibilite uma candidatura para a sua recuperação? Se assim é, o exemplo da habitação social/habitação a custos controlados previstos e anunciados para Santo António das Areias e Beirã dá pouca esperança...

5 comentários:

Mac disse...

Eu gostaria de fazer 2 perguntinhas:
Não foi, alegando falta de dinheiro que cancelaram um concurso e deixaram de renovar contratos a jovens do concelho?

De onde aparece este dinheiro?

Não entendo nada...
Ou melhor, entendo perfeitamente!!
Enquanto a legalidade estiver do lado de quem manda nada há a fazer senão expor a falta de moralidade, só que para quem não tem espinha dorsal sempre pensará que os cães (eu) ladram e a caravana passa.
Até quando? Se calhar até 2017 ou, até acabar a legalidade.

O que fica?
Uma reparação urgente nesta casa, pois está a pôr em causa a integridade das pessoas que passam na rua, pois o telhado está a ruir

Luíza disse...

Gostava de saber , se estavam presentes todos os vereadores na reunião onde aconteceu a votação da compra?
Luiza Assis

Catarina disse...

Eu penso que sim, Luiza, mas teremos que esperar pela acta online para ver

Isabel I disse...

A Câmara zela pelos seus munícipes e compra, antes que outro compre. Se vires a barba do vizinho a arder, põe a tua de molho.

nando disse...

mais um que fica para a história...dos que têm história por trás