sábado, 31 de dezembro de 2011
Reflexão de fim-de-ano...
por José Adelino Maltez
"Ninguém duvide: o que é bom para as três gargantas, é bom para o partido comunista chinês, embora o inverso da Ilusitânia, possa não corresponder ao bem comum. Isto é, para além do preto e do branco, do capitalismo e do comunismo, do fascismo e da democracia, há quem seja especialista no "tertium genus".
Um belo conjunto, participado por ex-governantes, para os quais, quando alguém lhes fala em inteligência, eles puxam logo do livro de cheques e subsídios. As corporações, as companhias e as fundações são entidades civilizadíssimas.
Entre nós, assistidas por várias comadres e compadres do país da empregomania e da subsidiocracia, financiam instituições de solidariedade para os pobrezinhos, academias culturais para os ineptos e universidades da terceira e da quarta idade, bem como laboratórios de investigação farmoprotectora para o comprimido azul do elixir da vida eterna.
Em Portugal, quem está no poder são os mesmos de sempre: os antigos feitores e capatazes que a cenoura e o chicote salazarentos nos legaram, entre as malhas que o império teceu e entreteceu e os partidos que a pós-democracia pariu, com a rede neofeudal de patronos e encomendados, ditos curadores, conselhos gerais e comissões de honra, entre júris, prémios de carreira e personalidades do ano da casa dos segredos, os que vão gerindo a teia que alguns inocentes úteis, muitos medalhados e outros tantos prebendados vão qualificando com os velhos estigmas inquisitoriais das novas teorias da conspiração.
Porque anda meio mundo anda ao serviço do outro, os que andam de pé atrás, enredam-se, com os que andam em bicos de pés e, quem se lixa é o remediadinho, que é o nome portuguesinho para o pobre do impostado, quando é manifesto, que o rei do estadão vai nuzinho e, em pelota, com suas vergonhas naturais já sem a parra protectora."
Somente e nada mais do que Humor
Canadá: Família de portugueses chega hoje a Ponta Delgada
A família de dez portugueses deportada pelas autoridades canadianas tem chegada prevista para hoje de manhã ao aeroporto de Ponta Delgada, nos Açores, de onde seguirá depois para a sua nova morada em Rabo de Peixe.
Colaborador do Forum Marvão residente no CANADÁ, indagou e passou a notícia para nós em 1ª mão:
“Altos dirigentes canadianos reuniram à dois meses atrás para saber quem andavam a vasculhar os serviços dos seus conterrâneos ciclistas, cá por terras do Camões, tendo concluído que o mais acérrimo órgão de informação a inspeccionar e fiscalizar e a importunar, era o nosso FORUM, que não tem largado os homens dos trilhos.”
Nota do Autor: Agora vão estes e a seguir outros irão!…
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Sinopse do ano político nacional
Eis-nos chegados ao FIM de 2011, com FMI à perna. Que 2012 traga dias melhores, embora saibamos que as sombras são muitas.
Fórum memória # 4
Finalidade? Ler ou reler para aqueles que tenham paciência; fazer avaliação sobre alguns dos temas que ilustraram este espaço e, simultaneamente, observar o impacto da variável tempo nas visões e opiniões do passado. Umas vezes dando-lhe razão, outras nem por isso.”
Importância do Desporto na formação humana
16 DE OUTUBRO DE 2008
APOIO AO DESPORTO JOVEM
Por Mário Bugalhão
Lá estou eu, cara leve e esguia, olhos vivos e envergonhados.
Os outros estão como eu, também um pouco nervosos, afinal o momento é importante.
- Agora, agora, diz o homem da máquina.
- Já está, ficou bem à primeira.
Assim foi tirado o único retrato da época futebolística, à equipa de futebol. Pensei, agora só para o ano, quando já for Juvenil.
Recordo-me como se fosse hoje, sempre que olho para esta fotografia tirada há trinta anos. Que saudades, que tempo maravilhoso e despreocupado.
O que ficou?
Tanto que, senão tivesse feito parte dessa equipa, esse grupo, essa família de irmãos de idade, de cumplicidade, de vivências várias, não seria certamente a pessoa que sou hoje.
Quantos não terão essas mesmas recordações? Quantos reconhecem a importância desse passado comum? Quantos foram moldados, pelas corridas, pelos chutes na bola, pelas conversas e traquinices aos colegas? Quantos aprenderam, sem dar conta, o que é trabalhar em equipa e para a equipa? Quantos aprenderam lições de bom comportamento e o que é respeitar os outros? Quantos ganharam autoconfiança, aprendendo a lidar e ultrapassar os problemas da equipa, o carácter, a capacidade de sacrifício, o trabalho?
Podia continuar a focar outros aspectos importantes, mas fico por aqui.
Os que tiveram esta experiência, sabem a resposta às perguntas feitas. O que é que pretendo com tudo isto?
Apenas alertar, para o importante papel que os clubes ou outras colectividades de futebol têm na formação dos jovens, e que, alguns teimam em esquecer. Jovens esses, que sem se aperceberem, já têm o homem que serão plantados no seu interior, e que mais tarde, há-de emergir com os valores e conquistas semeados nesses tenros anos.
Que importância tem isto? Toda, senão vejamos:
- Ao nível de saúde, os miúdos ganham desenvolvimento muscular em detrimento da obesidade, que lhes dará força, lhes molda o corpo, numa época em que a perfeição corporal é procurada a todo custo.
- Os jovens hiperactivos, com energia a mais, ficam mais calmos, com menos stress, e aprendem a dosear esses piques de energia, por outro lado, os mais calmos aprendem a ser mais espevitados.
- Serão confrontados com um dos aspectos mais importantes da vida, o ter que pensar e decidir com rapidez em prol da equipa, o resto da vida terão que o fazer.
- A nível social, estes jovens fazem amizades duradouras, para a vida.
- Aprendem a trabalhar em grupo, onde cada um tem a sua importância, onde cada um se sente importante, ganha-se a vaidade de fazer parte de algo, de se sentir útil, e mais tarde, entende melhor os conceitos de autoconfiança, do ser positivo e optimista, do que é capacidade de trabalho e humildade.
- Estes clubes ou colectividades de futebol, permitem-lhes deslocações a outros lugares que até então desconheciam, tendo acesso a outros comportamentos, a outras formas de pensar, vão aprendendo a conviver de outra forma.
- Um miúdo no campo de futebol pode ser artista e sonhador, disciplinado ou rebelde, companheiro ou individualista, reclamar o seu território, lutar, decidir, pode ser ele próprio, em liberdade.
Tudo isto sob o olhar atento do treinador, orientador, gestor, mentor, amigo, ou o que lhe quiserem chamar. Pessoalmente, prefiro chamar-lhe companheiro, porque a sua função mais importante não deverá ser a de apontar o dedo ao jovem atleta e indicar-lhe o caminho a seguir, mas sim, o de ser o primeiro a entrar nesse caminho chamando o jovem para seu lado.Tudo isto se irá reflectir na escola.
Claro que não é só nos clubes de futebol que se verifica esta realidade, ela verifica-se nas mais variadas colectividades e actividades, sempre que os jovens são chamados a participar. O fundamental e imperioso é chamar os jovens a participar.
Como é que isso se faz?
Com muita vontade, sacrifício e gosto pelo “fazer”, isto na grande maioria das vezes basta. Os jovens na maior parte do tempo estão só à espera, aborrecidos, esperançados, ansiosos que haja alguém com vontade de “fazer”.
Mas falta ainda outra parte, também ela muito importante e, que retira muitos ganhos futuros da simbiose clubes/jovens desportistas. Refiro-me às Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e empresas locais, que muitas vezes, com um pequeno grão, uma pequena ajuda, alimentam a vida de muitos jovens e tornam possível as coisas acontecerem.
Pensarão alguns, se calhar não é o momento certo para falar em apoios ou ajudas, estamos em crise económica. Não estou de acordo, o momento é certo, é sempre certo, porque a crise que está instalada, não é deste mês nem deste ano, talvez seja dos últimos 10/15 anos, porque a crise não é económica, é de mentalidades.
As Câmaras queixam-se que não têm pessoas, os jovens que representam o capital activo vão-se embora para as cidades que lhes fornecem melhores condições de trabalho. Pois é, prevejo que se vão continuar a queixar, até porque serve de desculpa para muita coisa.
Não há jovens, não há empresas, não há dinheiro, não há desenvolvimento, pára-se no tempo e mais grave na mentalidade.
Mas é legítimo, mais tarde perguntar, porque já se foi jovem, nasceu e cresceu nessas povoações, se pergunte às Câmaras, Juntas e empresas:
- O que fizeram por mim?
- O que me deram?
- Apostaram na minha formação, ou foi mais importante gastar umas massas na celebração de acordos que saem nos jornais, mas que só trazem benefícios fantasmas?
Afinal, somos alentejanos e por isso muito ligados à terra, não podemos por isso esquecer do sábio popular:
“Conforme semeares, assim colherás.”“Conforme fizeres, assim acharás.”
Os jovens devem ser cuidados, acarinhados, ensinados a gostar do que é seu, porque se assim não for, no futuro, aqueles que ficarem, pouca vontade terão de intervir e de melhorar as instituições da sua terra, afinal, só as raízes mais fortes são difíceis de arrancar.
Por isso, a única solução que estas instituições têm, é ajudar, porque na maior parte das vezes, o dinheiro gasto numa rotunda ou numa escultura que ninguém percebe e que nem sequer acrescenta nada à paisagem, dava para apoiar o futebol jovem num clube durante dois ou mais anos.
Não se devem enganar, nem enganar os outros, porque não estão a gastar dinheiro no futebol, estão a ajudar na formação de jovens.
Muito mais coisas haveria a dizer, algumas até desagradáveis, mas os tempos são de realçar o positivo, de encorajar os que têm capacidade mental para intervir, de fazer as coisas acontecer.
Parabéns e um abraço de estima àqueles que quando chegaram ao alto muro, não desistiram, saltaram-no, e a seu lado vão acompanhando os jovens de agora, e que daqui a trinta anos recordarão com saudade este tempos.
Clarimundo Lança comentou assim:
Boas-Vindas.Feliz pelo Post.
Ainda á tempos atrás tinha discutido estes parâmetros com o meu amigo Garraio, aqui neste fórum.
"... dando em contrapartida lições de civismo, asseio (sim asseio porque muitos dos atletas que passam pelo GLORIOSO até isso aprendem a tomar banho, vulgo lavar-se na gíria) e camaradagem"
Quanto ao teu primeiro post, só digo o seguinte, vou propor que se faça um quadro e que seja afixado nos balneários e porventura nas instalações do clube, nomeadamente no quadro de convocatórias, etc..
É digno de um José Mourinho..
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Assembleia Municipal de 28/12/2011
Realizou-se ontem a 5ª Sessão Ordinária da AM de Marvão de 2011. Feita a chamada, verificou-se que havia diversas faltas, a saber: Hermelinda Carlos (PSD e 1ª Secretária da AM), Silvestre Fernandes (PS), Gomes Esteves (Juntos por Marvão), e José Bugalho (PS). Os primeiros 3 foram substituídos, respectivamente por: Júlia Pires, António Marques e Nuno Pires. José Bugalho, não só faltou (já perdi o conto às suas faltas), como não foi substituído.
ORDEM DO DIA
Ponto 1 - Informações do Presidente da Câmara, acerca da actividade municipal.
- Vítor Frutuoso informou que CMM em conjunto com a ULSNA, está a tentar encontrar uma solução para os Serviços de Saúde idêntica à dos restantes concelhos do distrito. Está-se a proceder a Obras na Extensão de Saúde de SS da Aramenha para que aí funcionem cuidados de saúde, em horário alargado, pelo menos em 1 dos dias aos fins-de-semana (sábado ou domingo), alternando com C. Vide, a exemplo de todos os outros concelhos; assim como um Horário de Atendimento de 54 horas/Semana.
- Informou ainda que os serviços municipais reconhecem que as “Lombas” construídas na Portagem são um “bocadinho” exageradas, e que se irá tentar minimizar a sua altura.
- Por fim comunicou que o Município de Marvão não tem, de momento, qualquer dificuldade financeira e irá passar o ano com um saldo de caixa a rondar os 1,7 milhões de euros.
Questionado por António Miranda sobre a desigualdade na atribuição de subsídios às Igrejas de SA Areias (500 euros), e Porto da Espada (1 900); o Presidente informou que a verba do P. Da Espada era maior, porque se destina à aquisição de 1 Relógio para a Torre da Igreja daquela Localidade.
Ponto 2 – Proposta de Orçamento e Grandes Opções do Plano. E Mapa de Pessoal para 2012
Este ponto, por ordem do Presidente da Mesa da AM, passou imediatamente à discussão, sem que o Executivo procedesse à sua apresentação (é a 1ª vez que tal acontece em 15 anos que leve de acompanhamento das AM´s. Lamentável!
Da discussão lá consegui apanhar os seguintes dados:
- O Orçamento para 2012 rondará os 5,5 milhões de euros.
- O Vereador José Manuel afirmou que desde que é Vereador o Património da CM aumentou 25%.
- O terreno para construção da Zona Industrial de SA das Areias (7,5 Hectares) já foi adquirido e o Projecto está para aprovação. Pretende-se avançar primeiro com o Loteamento para 12 Pavilhões, que poderão permitir a instalação daqueles negócios que actualmente estão no Ninho de Empresas e que atinjam o tempo limite da sua permanência.
Existiu apenas uma pequena questão colocada por José Garraio sobre uma casa degradada em SA Areias, que foi esclarecida pelo Presidente da Câmara. Passando-se à votação, deu a seguinte: 11 Votos a favor (Membros do PSD); e 7 Abstenções (4 Membros do PS + 3 Membros do Juntos por Marvão.
A Proposta para o Mapa de Pessoal para 2012, teve igual votação
Ponto 3 – Relatório semestral das Demonstrações Financeiras
- A AM tomou conhecimento.
Ponto 4 – Alteração do Art.º 59 do Reg. Munic. da Urbanização e Edificação.
- A AM aprovou por unanimidade
Ponto 5 – Eleição de 1 Representante para a Assembleia da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo.
- José Ribeiro (PSD): 7 Votos
- Gomes Esteves (Juntos por Marvão): 4 Votos
- José Garraio (PS): 3 Votos
Eleito José Ribeiro
Ponto 6 – Proposta para integração do Município de Marvão na Rede de Cidades e Vilas Medievais
- A AM aprovou por unanimidade.
Ponto 7 – Dar conhecimento da Resposta do Ministério da Agricultura à questão colocada pelo Grupo Parlamentar Os Verdes, sobre a edificação de Vedações no concelho de Marvão.
A AM tomou conhecimento, sem qualquer Membro da mesma fizesse alguma intervenção.
Ponto 8 – Alteração ao PDM
- A AM aprovou por unanimidade
Ponto 9 – Assuntos diversos
Foram colocadas 3 questões por António Miranda:
- Situação do Campo de Golfo? O Presidente informou que o processo se encontra num impasse, sem fim à vista
- Deterioração da Rede de Águas de SA das Areias? O Presidente reconheceu o problema e informou, que de acordo com anteriores acordos, que essas Obras deveriam ser da responsabilidade das Águas do Norte Alentejano. Mas como as coisas estão nessa Instituição, a Câmara pondera avançar por fases, num futuro próximo, com a renovação das canalizações com a “prata da casa”.
- Passeio para peões na AV. 25 de Abril, em SA das Areias? O Presidente informou que está a estudar o caso, e que pondera uma discussão com a população da localidade sobre a melhor forma de resolver a situação.
PERÍODO RESERVADO AO PÚBLICO
- Estavam presentes 5 munícipes. Não existiu qualquer intervenção
Nota Final: Tavez amanhã me apeteça fazer a análise crítica!!!
O tempo da União europeia está a esgotar-se?
"Segundo alguns historiadores ou pseudoprofetas catastrofistas, o fim dos tempos estará próximo, isto, de acordo com a interpretação livre do calendário da civilização Maia.
“O calendário Maia acaba em 2012 e uma estranha série de previsões de eventos terríveis (colisão de meteoros e planetas com a Terra, fenómenos “paranormais” sobre o fim do mundo em 2012, aliados a problemas reais de conservação do nosso planeta como o efeito de estufa) parecem convergir para uma presumível destruição da humanidade no ano que se aproxima. “
Penso que o único terramoto que poderá ocorrer de características “apocalípticas” é o fim da União Europeia, tal como a conhecemos."
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Coisas que leio…e que ajusto ao meu dia a dia!
Dez coisas que só os maus chefes dizem
16/12/2011 09:43 Dinheiro Vivo
Ajuda, encorajamento e confiança são termos estranhos aos maus chefes. Agarrados aos pequenos poderes, vêem a posição que ocupam como um meio de se afirmarem perante os outros, a maior parte das vezes em detrimento de um melhor ambiente de trabalho e maior produtividade. Aqui ficam as dez piores coisas que os maus chefes são capazes de dizer. Amiúde.
1. Se não queres este trabalho, há mais quem queira. Os bons chefes sabem que o sucesso dos seus negócios passa, principalmente, pela existência nas empresas de bons recursos humanos. Por isso, fazem o possível para se rodearem pelos melhores, estimulando-os. Já os maus gostam de lembrar constantemente quem são eles quem manda e que num minuto arranjam outra pessoa para fazer determinado serviço.
2. Não lhe pago para pensar. Isto é o que costuma dizer um mau chefe quando despreza uma ideia sugerida por um empregado. Geralmente, são pessoas que não sabem funcionar em equipa e terminam a discussão com algo do tipo “faz o que te digo e mais nada”. A vida é muito curta para trabalhar com alguém que pensa assim.
3. Não o quero ver nas redes sociais no horário de trabalho. Os grandes chefes há muito perceberam que o relógio não pode determinar a forma como se trabalha. Actualmente, os trabalhadores qualificados vivem, dormem e comem no trabalho. Cada vez mais lhes sobre pouco tempo para a vida familiar, mas como não são robôs precisam de intervalos durante o dia para ver o que se passa pelo Facebook ou as últimas novidades à venda no eBay. Os maus não percebem isso. Acham que é apenas o lazer a sobrepor-se ao trabalho. O que está errado.
4. Vou ter isso em consideração. Há expressões que nunca usamos na vida real, só mesmo nos negócios. O “vou ter isso em consideração” significa, para um mau chefe, algo como “vai morrer longe e não voltes a dirigir-me a palavra sem eu o solicitar”. Dito de outra forma: “Não vou fazer nada do que sugeriste e quero que fiques a saber que as tuas opiniões para mim valem zero”. Acaba por dar mau resultado.
5. Quem te deu autorização para fazer isso? As pessoas que vivem obcecadas com as hierarquias e as autorizações superiores devem ser evitadas a todo o custo. Não contribuem para a produtividade e têm uma visão carreirista do trabalho. Quem chefia desta forma é, regra geral, avesso à inovação e à capacidade de resolver os imprevistos no momento.
6. Pára o que estás a fazer e pega nisto imediatamente. Os bons chefes usam esta premissa muito ocasionalmente e apenas em situações de verdadeira emergência. Os mais fracos fazem-no todos os dias, esquecendo as dúzias de tarefas que já ficaram para trás por causa destas ordens...
7. Não me tragas problemas. Traz soluções. Este princípio tem origens nobres, ancoradas da percepção de muitas empresas de que os seus funcionários podiam contribuir activamente para a resolução na hora de problemas que surgem todos os dias. Mas para os maus chefes, esta expressão significa “não me chateies. Cala-te a arranja-te”, mesmo que o funcionário em causa não tenha as qualificações exigidas para solucionar o problema.
8. Parece-me que isso é um problema pessoal. Quando um chefe não consegue identificar determinados comportamentos que podem pôr em causa a harmonia no local e na equipa de trabalho e identifica algumas situações como “problemas pessoais”, pode estar a arranjar um caso bicudo. Quem lida com pessoas deve saber onde está a fronteira entre o pessoal e o profissional e, mais importante, quando se cruzam. Um chefe que não tem essa perspicácia demonstra pouca capacidade de liderança.
9. Tenho algo a dizer-te… e toda a gente pensa o mesmo. Os bons chefes sabem o momento exacto e como devem fazer sentir aos funcionários o que sentem sobre o seu trabalho. Já os maus, nunca elogiam, preferindo carregar nas críticas negativas. Os ainda piores juntam a isso o facto de pensarem que o resto da organização pensar o mesmo. Isto leva a que o trabalhador comece a não confiar em ninguém à sua volta e que toda a gente o odeia. Pelo menos até alguém lhe dizer que o mesmo chefe já fez o mesmo com outras pessoas.
10. Nos tempos que correm, é uma sorte teres emprego. O mais engraçado nos chefes que costumam dizer isto é que nunca pensam na sorte que eles próprios têm em estar empregados. Numa altura em que Portugal, por exemplo, tem 12,5% de desemprego, é o mesmo que dizer a alguém “não acredito que te consigas manter dos 87,5% da população activa”. É um verdadeiro insulto e, pior, uma tremenda falta de visão empresarial. As pessoas que vivem amedrontadas tendem a subestimar o seu potencial.
Um chefe que não sabe dizer a palavra exacta no momento certo, não contribui para a produtividade e para um bom ambiente de trabalho
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Resposta do Governo sobre as Vedações a Norte de Marvão
Fórum memória # 3
Finalidade? Ler ou reler para aqueles que tenham paciência; fazer avaliação sobre alguns dos temas que ilustraram este espaço e, simultaneamente, observar o impacto da variável tempo nas visões e opiniões do passado. Umas vezes dando-lhe razão, outras nem por isso.”
Também a poesia aqui teve o seu lugar. E essa nunca passa de tempo! 3 exemplos:
Se falta saber, o sentimento...
Por Luís Bugalhão (20 Maio de 2008)
Por ti Marvão
Ah Marvão, terra agreste,
dos canchos e das tapadas,
dos caminhos, das levadas,
tanto de bem me fizeste!
Por entre folhagens perenes,
com montanhas e com flores,
até com imberbes amores,
doados pelos meus genes...
Ah, altaneiro Marvão!
No meu sangue tuas gentes.
Azinhos, sobros, pingentes,
domados p'lo gavião,
fazem de ti raiano,
(entr'olivais e vimeiros,
lidados por jornaleiros)
gelado, frio, magano!
Quanto de ti Marvão,
da Asseisseira ao Pereiro,
da aloja ao palheiro,
te resta sem ser no chão?
Que padrinhos, manageiros,
que novos velhos-patrões,
donos teus e dos ganhões,
colhem ora teus castanheiros?
Velho e alto Marvão...
Que é feito dessa raça,
dessa mulher, desse homem,
desses que da terra comem,
p'la tenrura da rabaça?
Que é feito dessa casta
qu'a linha tomou d'assalto,
levando ovos, café, tabaco,
e agora, velha, se arrasta?
D'aqui saiu o grão-mouro,
p'r'áqui chegou o cristão.
Mas então, porque razão,
não te agarras ao touro,
não esmagas o texugo,
não sufocas a toupeira,
não repousas da canseira,
não desprezas o verdugo?
... que é feito de ti Marvão,
que não sais d'onde eles'tão?
Hermínio Felizardo disse:
A ideia que fazemos da nossa terra, está bem patente no poema do Luís : as marcas de oralidade; as marcas da interioridade; aquilo que temos e o que nos falta ter.
Respirar Marvão
Por Maria Pimenta (25 DE MAIO DE 2008)
O olhar perde-se no horizonte...
A cada passo, na subida
sentimos o respirar da natureza,
o canto das aves invade-nos
mais e cada vez mais, mavioso
O burgo cativa-nos a entrar
e a voltar mais vezes,
sem sabermos bem porquê
O silêncio impera, e, permite-nos ouvir os sons do mesmo
E subimos ..., cada vez mais
Lá no cimo, bem no alto respiramos Marvão
Luís Bugalhão disse:
olá maria.que bem sabe respirar Marvão.
devia cá ter vindo mais cedo, mas a vida de militar e de operário socioprofissional dos sargentos de portugal, tem-me consumido a disponibilidade.
de qq modo, bem-vinda ao clube dos poetas e poetizas deste fórum. é uma maneira diferente de pegar na coisa (esta é uma das minhas muletas, qd não sei cm designar algo, chamo-lhe coisa e faço um figurão) e é capaz de ainda vir a dar copiosos frutos. por enquanto já deu, não na vertente interventiva que eu pus no meu 'por ti Marvão', mas na da beatitude pura que a nossa (sim, que tb já é tua) terra ressuma.
concordo com o Fernando e quero é (desejo, peço-te) que continues a dar o tal toque de diferença que aqui faz falta, para amenizar o debate social e político.
quanto às palavras que grafaste, não comento nem critico. souberam-me bem e levaram-me até aos “canchos” vistos por cima, pelos olhos do milhafre (que tb aí os há). e o silêncio... incrível cm nunca me apercebi da doçura desse silêncio...
e isso, sendo muito, basta-me.
Bons genes há-os em todos os quadrantes, mas são os maus que fazem a diferença!
Por Clarimundo Lança (30 DE MAIO DE 2008)
Quadrantes
Rosmaninho cheiroso tremendo
Ao vento impetuoso resistes
És dos rasteiros e vais sofrendo
Contra regras ancestrais insistes
Giestas, xaras, fetos, e daninhas
D’encontro em conflito a elas vais
Como se não bastasse as modinhas
Ainda te arrastam p’rós arraiais
Nas procissões, pisadelas levas
Com homem vaidoso, na orelha
Competes na cozinha com as ervas
E com a caçada fazes parelha
No MARVÃO puro e imponente
Suas lindas paisagens azulecem
Teu frondoso aroma está presente
Até naqueles que te esquecem
Quem cá de dia ou de noite
Abra, feche ou cerre os olhos
A murro, pontapé ou a açoite
(P’ra mim és e serás sempre)
Rosmaninho aos molhos
Diferenças
O Chibo c’os cornos ao sol
O Gato desperta avareza
Grita no arvoredo o Rouxinol
O Burro passeia sua nobreza
O Ouriço à espera está
Que o vento dê um abanão
Se não apostas no “cá cá”
Para onde caminhas MARVÃO
A Toupeira apesar de cega
Escondida pelo chão anda
Não dá mão a quem a pega
Mas é,
quem nas entranhas manda
Roubando o nobre semeador
De horta em horta vagueia
Anda mirrado o agricultor
Com quem lhe saca o que semeia
Trigo roxo, trigo estio
Milho regado e sachado
Anda o sol doentio
Com maleita e acamado
A Lua também torta marcha
P’rá direita e p’rá esquerda
A tiros de lápis e borracha
(P’ra ti fazes e farás sempre)
Porcaria, caca, trampa e merda
João Bugalhão disse:
Como as pessoas ficam diferentes, quando têm a possibilidade de se expressarem através de formas de comunicação diferentes!
Que bom seria que todos nós víssemos com o coração e, se pudéssemos, ver o coração dos outros….
Talvez esta devesse ser a forma de comunicação privilegiada...
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Fórum memória # 2
Finalidade? Ler ou reler para aqueles que tenham paciência; fazer avaliação sobre alguns dos temas que ilustraram este espaço e, simultaneamente, observar o impacto da variável tempo nas visões e opiniões do passado. Umas vezes dando-lhe razão, outras nem por isso.”
A crítica em forma de humor também por aqui passou (20 de Maio de 2008)
Um aeródromo em Marvão!?!?
Por António Garraio
Por muito que critiquemos o Sócrates y sus muchachos, por mais que ele insista em levar este país afundado cada vez mais ao fundo, tomando medidas pseudo-economicistas que, diariamente, despem mais o interior do país e abrem mais brechas entre a nossa terrinha e a malta da Lísbia...; ele há coisas e iniciativas do nosso “primeiro”, que são muito louváveis e que a todas as luzes contribuirão para o tão ambicionado desenvolvimento do interior.
Uma dessas medidas é o novo aeródromo de Marvão, obra faraónica que até à presente data foi mantida no segredo dos deuses, mas que já tinha sido projectada há uma meia dúzia de anos, aquando da elaboração do projecto da “Obra das Infra-estruturas Subterrâneas da Vila de Marvão”.
A muito boa gente estranhou que fosse necessária a criação de raiz de uma nova iluminação pública na Vila. Reconheço que eu fui um dos surpreendidos..., até saber, o que realmente estava por detrás de tudo isto.
Porque é que tínhamos de substituir os candeeiros? Porque é que se tinha que reduzir significativamente o seu número, se ele já era insuficiente? Continuaria a senda de descaracterização da Vila, depois das célebres caixinhas da EDP e dos palanques para os caixotes do lixo?
Todas estas dúvidas se dissiparam quando entrou em funcionamento a nova iluminação:
Desde a curva da GNR até às portas de Ródão, ao longo de toda a Avenida, foram colocados mais de 40 pontos de luz! Alguns deles escondidos dentro das ramagens das árvores, permitindo que a partir de agora, aeronaves de pequeno porte possam aterrar neste espaço, e proporcionando, deste modo, uma aproximação entre o litoral e o interior que desenvolverá o turismo e o nosso tecido empresarial de forma inusitada.
É o novo aeródromo de Marvão! Lindo!!!
O preço a pagar é que, enquanto fora das muralhas a iluminação permite que se jogue ao “xito” até às cinco da matina, lá dentro, onde se esqueceu, mais uma vez, que ainda vivem algumas alminhas, os pontos de luz continuam a pecar pela insuficiência e, há ruas, que nem um candeeiro têm.
Mais um trabalhito exemplar, desenvolvido pelo GTL com que o ex presidente nos brindou.
Olé tus huevos!
Luís Bugalhão a propósito deste Post questionava:
Está a escapar-me qq coisa aqui. Mas então há parque para os aviões ou não? e a iluminação pública não está resolvida, mas é porque há compromissos anteriores a que não se pode fugir? e entretanto assumem-se novos de, enfim, duvidosa utilidade prática? e castelo de vide tb vai ter um parque para aviões ou vai trocá-lo por melhor iluminação pública? é que o geopark parece que não quiseram por lá, por ser muito caro...
e o que é que são 1% do orçamento da cmmarvão para acabar uma obra DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA?! ai estou tão confuso, cm dizia a marinela, ou a florisberta ou lá o que a rapariga tinha por graça...
definitivamente não percebo nada disso. o meu tio jbuga é que tem razão: quem anda no terreno é que sabe...
há ainda a outra máxima que a minha avó usa: cá p'lo campo não se raspa o queijo. mas então quem é que o anda a raspar? aeródromo? em Marvão?! a vila mal iluminada?!! património mundial o quê?!!!
alguém me explica, a sério?
Fórum memória # 1
Finalidade? Ler ou reler para aqueles que tenham paciência; fazer avaliação sobre alguns dos temas que ilustraram este espaço e, simultaneamente, observar o impacto da variável tempo nas visões e opiniões do passado. Umas vezes dando-lhe razão, outras nem por isso.”
Tudo assim começou: (8 de Maio de 2008)
E HOUVE VONTADES!
Por Bonito Dias:
Há tempos dizia:
“…Numa terra em que não existe qualquer publicação (jornal ou outra), onde não há espaço para a troca de ideias e para a crítica construtiva, onde o debate não se faz (ou faz-se apenas nas tascas reais), onde a massa crítica escasseia, este “FÓRUM VIRTUAL” poderia ser algo positivo. E dar um pequeno contributo para “abanar” Marvão!...”
“...Assim haja vontades...”
... E houve vontades. Ainda bem!
A equipa agora constituída (em que todos os elementos são pilares com igual estatuto e importância), parece-me que tem a quantidade, qualidade e heterogeneidade suficientes para dar consistência a este projecto e possibilitar ao mesmo atingir aquilo a que se propõe.
E o ideal será que muitos outros se envolvam, também, permitindo que o “Fórum Marvão” possa ir perdurando, independentemente de vontades individuais!
Apelo, sobretudo, a que se faça o contraditório, através de comentários às diferentes intervenções. Do contraditório nasce o debate. E isso é que será enriquecedor.
Este Blog é um espaço de cidadania!
Nesta primeira intervenção gostaria de deixar uma nota prévia: Mesmo no período em que residia a 300 kms de distância do meu concelho (Marvão), sempre me senti envolvido no seu percurso. Informava-me do que nele se passava e emitia opiniões, mais ou menos públicas, sobre aquilo que eu considerava importante para o seu desenvolvimento.
Foi por isso (pelas ideias e opiniões) que, mais tarde, fui convidado a integrar, como independente, a lista do PSD à Assembleia Municipal. Como acreditava no projecto aceitei, tendo como único intuito disponibilizar a minha pequena contribuição para o desenvolvimento de Marvão. Estou, portanto, na Assembleia Municipal de Marvão como independente (puro e duro) regendo-me apenas, e só, pela minha consciência. Opino e voto, em cada matéria, subjugado somente à disciplina por ela imposta.
Sou apartidário. Não sou apolítico.
Quero com isto dizer que, neste Blog, não sou mandatário de ninguém! As minhas intervenções não serão de cariz partidário. Aqui, as minhas opiniões expressarão apenas, e só, as minhas análises das situações, as minhas ideias, as minhas sensações, as minhas perspectivas…
Como a prosa já vai longa apresento, de uma forma muito genérica e simplista, a minha análise da situação actual de MARVÃO:
Pontos Fortes
Marca Marvão; Património natural, gastronómico, paisagístico, arquitectónico e arqueológico riquíssimo; Experiência de décadas na actividade industrial; Proximidade com Espanha; proximidade com a capital de distrito; Principais eventos culturais...
Pontos Fracos
Interioridade; Desertificação; Envelhecimento da população; Forte clivagem no relevo e nas mentalidades; Falta de uma sede de concelho que fosse um núcleo urbano forte e agregasse vontades; Inexistência de condições físicas e outras que facilitem a criação e desenvolvimento de unidades de negócio/investimento; Más acessibilidades; Inexistência/deficiência de infra-estruturas sociais, culturais, desportivas e recreativas...
Ameaças
Crescimento da desertificação; Desaparecimento das unidades industriais de Santo António das Areias; Saída de serviços públicos; Inexistência de iniciativa privada; Diminuição dos postos de trabalho; Impasse do Projecto do Golfe da Portagem; Extinção do estatuto de concelho...
Oportunidades
- Desenvolvimento da marca Marvão;
- Desenvolvimento de “produtos” ligados ao turismo de natureza;
- Reestruturação da indústria existente;
- Criação de local para a instalação de pequenas unidades de negócio.
- Melhoramento das acessibilidades para Portalegre;
- Criação de nova acessibilidade para Espanha;
- Aprofundar o envolvimento com os vizinhos espanhóis.
- Cidade da Ammaia;
- Golfe;
- Herdade do Pereiro;
- Termas da Fadagosa, etc.
Eu acredito no futuro de Marvão. É uma terra com potencialidades enormes que ainda irá atrair investimentos importantes. Tem características que a distinguem de forma positiva relativamente, por exemplo, à maioria dos concelhos deste distrito. Apesar da sua interioridade, acredito que os seus pontos fortes e oportunidades, a prazo, vão suplantar os pontos fracos e ameaças e vejo, sobretudo, três vectores fundamentais para o seu desenvolvimento:
1 - Turismo de qualidade, aproveitando as suas extraordinárias características naturais e apoiado numa marca forte;
2 – Valorização e desenvolvimento da experiência acumulada (em décadas) na actividade empresarial em Santo António das Areias;
3 - Aproveitamento da localização geográfica (proximidade com Espanha)
Certamente, em futuras intervenções penso opinar sobre os mais variados temas. Contudo, no “pontapé de saída”, o tema óbvio era este: MARVÃO
Sobre este Post António Garraio disse:
Em primeiro lugar, parabéns ao Fernando, pelo seu Post carregadíssimo de vontades, de boas vontades.
Como vocês sabem, um Blog é uma espécie de jornal, no qual se pode ser leitor, jornalista, ou ambas as coisas.
Sei que este Blog vai ter algumas arrancadas em força, mas gostava de aconselhar calma, porque corremos o risco de carregar toda a mobília na primeira viagem da camioneta. E, se despejamos tudo de uma só vez, depois não há material para trazer outras carradas.
Assim, proponho que os Posts versem temas em concreto, gerem opiniões, controvérsias, defesas de posições já manifestadas, etc.
Entre o Post do Fernando e a pergunta da candidatura, já temos matéria para discutir durante 2 anos.
Quanto à pergunta da candidatura de Marvão a Património Mundial, discordo veementemente que seja colocada da forma como está.
Esse foi um tema muito importante na vida do Concelho, uma história muito mal contada, com um aproveitamento político indecente, e o fim, ainda não está completamente esclarecido.
Se este Blog quer comentar, criticar, propor, opinar, sobre o Marvão de ontem, o de hoje e, o de amanhã, esta conversa da Candidatura tem que ser aqui discutida até à exaustão, e não nos podemos limitar a dizer somente se foi mais ou menos importante para o Concelho.
Mas, como já disse lá atrás, vamos com calma.
domingo, 25 de dezembro de 2011
Novidades # 3
(Sugestão da casa: Veja em ecrã inteiro e, se possível com auscultadores)
sábado, 24 de dezembro de 2011
NATAL 2011
Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
(José Carlos Ary dos Santos)
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Lombas e lombinhas, luzes e luzinhas: Quem paga é o zé...
Para mim a essa razão de ser, é bem simples: é a de dar visibilidade ao quase 1 milhão de euros que ali foram "enterrados" nessas Obras, algumas (quiçá todas), de difícil compreensão e necessidade nos tempos que correm. E para melhor fundamentação do que acabo de afirmar, deixo aqui algumas Imagens sobre a “super iluminação” com que foi contemplado o Parque de Estacionamento do mesmo “pacote” de obras (onde há noite ninguém estaciona), com mais de 20 pontos de luz, num exíguo espaço!
Se alguém pensa que esse milhão de euros caiu do céu, desengane-se, todo o “dinheiro” (investimentos em produtos de beleza ), tem custos, e estas “parvoíces” estão-nos a sair caras.
Mas parece que em Portugal, ainda há gente que não percebeu, ou não lhes interessa perceber! Mas estejam descansados, no futuro, alguém nos irá explicar e, com juros...
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Duas senhoras lombas
Coelho e Gaspar, com amigos como estes...
Numa altura em o Governo Central tanto fala em aumentar os dias de trabalho através da diminuição de feriados, aumento de horários de trabalho e, agora até a redução de dias de férias (havendo cálculos que prevêem que em 2012, em média, alguns, trabalharão mais 23 dias); parece-me absurdo, que os senhores autarcas insistam em estratégias de “tolerância”, quando o dia de Natal é só a 25 de Dezembro, em contra corrente com a filosofia do Governo.
Se tal não me merece qualquer estranheza por parte de Executivos do Partido Comunista, ou mesmo do Partido Socialista; muito me admira no entanto, esta política por parte de Executivos maioritários do PSD (como é o caso de Marvão), em que deveria haver algum alinhamento com o "seu" Governo, não acentuando incoerências entre a Administração Central e a Local, para não falarmos dos privados. É caso para questionar porque será?
Se querem a minha resposta, aqui vai: Eleitoralismo e caça ao voto. Tenham juízo que já são crescidos, não brinquem com a coisa...
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
O futebol na sua essência...
À 5ª foi de vez! Após 4 jogos e 4 derrotas, com a congénere de S. Mamede (única equipa que não tínhamos conseguido vencer), as Velhas Guardas do Grupo Desportivo Arenense, lá mataram o “borrego”!
O jogo disputou-se no último sábado, no Estádio dos Assentos em Portalegre, e o GDA venceu por 1-0, com golo de João Ginja, ainda na 1ª parte.
Desta vez o jantar decorreu no Mercado Municipal de Portalegre, onde mais uma vez, as Velhas Guardas de S. Mamede nos receberam com a melhor hospitalidade. A retribuição está marcada para 7 de Abril, do próximo ano, em SA das Areias.
Até lá as Velhas guardas do GDA, ainda disputarão mais 4 jogos: Arronches 21/1/2012); Apalhão (4/2/2012); Arronches (10/3/2012); e Café Castro (24/3/2012).
sábado, 17 de dezembro de 2011
Allez Cesária...
"Não te imagino, Cesária, estrela, no céu, sempre a brilhar. Esse é o próprio lugar dos que sonhavam ou se faziam sonhar. Dos que pedem a contemplação que nunca soubeste reclamar. O teu não. Vejo-te, Cesária, estrela sim, mas estrela-do-mar. No vai e vem das vagas, das profundezas diurnas até à rebentação na mansa e morna madrugada de veludo, ali sempre descalça, das areias do teu lugar Mindelo, ali sempre a fumar."
(Rui Rocha, in "Delito de Opinião")
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Algum contraditório
Se a alguns homens falta a “coragem”, que sejam as mulheres a fazê-lo.
Ao Postar aqui estas imagens, não quer dizer que esteja a mudar de juízo em relação a algumas opiniões que aqui tenho vindo a defender, antes, pretendo mais uma forma de manter aberto o debate, em relação a um tema que considero da maior importância para o concelho de Marvão, e que os responsáveis teimam em não dar a cara.
E como acredito, que só através do conhecimento e de uma discussão séria sobre este assunto; em jeito de contraditório, de acordo com os princípios deste espaço, que não se pretende, de maneira alguma monolítico ou sectário, aqui deixo para vossa apreciação.
Mas continua a pergunta: Para estas actividades serão necessárias aquelas vedações aberrantes?
Salvemos a "Coutada"!
O SOS São Mamede vai organizar no próximo Sábado, dia 17 de Dezembro de 2011, uma Caminhada à volta da “Coutada”.
Local e Hora de Concentração: Lavadouros Públicos da Abegoa (9h30)
Percurso: Abegoa - Fonte Souto - Marvão - Abegoa (+/- 5 Km.)
"Lembremos aqui que a Câmara Municipal de Marvão decidiu a venda deste prédio rústico – venda sujeita a hasta pública -, e essa decisão só pode ser revogada por nova decisão desse órgão; teme-se que esta venda esteja destinada a um grupo multinacional que tem desfigurado, por completo, a singularidade natural e patrimonial de muitos terrenos do Concelho.
A venda deste terreno é um atentado ao património do Concelho, uma vez que, a partir desse momento, Município e Munícipes ficarão sem qualquer poder de intervenção relativamente à protecção e gestão da encosta de Marvão."
PS: Os Caminhantes que estiverem interessados podem trazer sacos para a recolha de lixo e algum material para cortar o mato obstrutivo.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Vedações "prisionais" erguidas no Parque Natural - O "mistério" permanece!
"O SOS São Mamede não baixa os braços enquanto não conseguir obter respostas concretas sobre eventuais projectos a implantar, em terrenos no concelho de Marvão, nas freguesias da Beirã, de Santo António das Areias e de Santa Maria, onde, há cerca de dois anos, foram colocados "muitos quilómetros de vedações de rede fina, suportadas por postes metálicos assentes, em alguns locais, em betão, que chegam a atingir 2,45 metros, totalmente aderentes aos solos, e encimadas por duas fiadas de arame farpado".
Na tarde de Sábado, o grupo promoveu uma sessão pública sob o lema "Estão a estragar a nossa terra", no Grupo Desportivo Arenense, em Santo António das Areias. Bastante participada, o objectivo foi, de acordo com Miguel Teotónio Pereira, um dos elementos do SOS São Mamede, "conhecermos melhor o que as pessoas pensam sobre o problema das vedações, dando-lhes a oportunidade de nos dizerem de que maneira esta situação afectou, ou não, as suas vidas".
Os presentes na sessão mostraram-se "alarmados", até porque, como frisou Luísa Assis, membro do grupo cívico, "as vedações são mais parecidas com uma prisão do que propriamente com vedações para aparcamento de gado".
Defendendo que "este assunto deveria preocupar-nos a todos", Luísa Assis revelou que, até à data, o motivo da colocação dessas estruturas em pleno Parque Natural permanece "um mistério" para os cerca de 150 membros que compõem o SOS São Mamede. "Disseram-nos que seriam para trilhos de BTT e para o grande desenvolvimento do concelho de Marvão", revelou, contrariando estas respostas ao declarar que "conheço trilhos para a prática de passeios de bicicleta em vários países do mundo e não me parecem campos prisionais". De realçar que uma pesquisa realizada pelo SOS São Mamede concluiu que os terrenos envolvidos na polémica começaram a ser adquiridos a pequenos proprietários da região há mais de cinco anos, através de três sociedades unipessoais com morada comum de Lisboa, e encabeçadas por um português – Jorge Didier.
Luísa Assis revelou ainda que os terrenos vendidos "não estavam em nenhuma imobiliária. Houve um intermediário da venda, Manuel Joaquim Gaio, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria de Marvão. Avançando que "os terrenos continuam a ser vendidos", deixou um alerta aos presentes para que "tenham cuidado com as ofertas que possam surgir".
"Impactos terríveis"
Para o SOS São Mamede, a instalação de grandes vedações em grandes extensões na zona norte do Parque Natural constituem "um impacto terrível a nível paisagístico, turístico, económico e social", além de que poderão gerar "impactos negativos" na fauna local e na sua livre circulação, "obviamente condicionada com a implementação destas estruturas".
Para este grupo cívico existe um "secretismo" sobre o que se passa no local. "Se estas vedações são tão inofensivas, como nos querem mostrar, porque é que como cidadãos não podemos saber o que é isto, quem está por trás, nós merecemos saber", defendeu Luísa Assis, realçando que "as respostas continuam a não ser dadas".
Na sessão pública marcaram presença alguns dos trabalhadores das empresas detentoras dos terrenos vedados que apenas defenderam o seu posto de trabalho. E isto porque aos presentes não souberam, ou não quiseram, explicar o que ocorre nesses terrenos.
Recordando que, há uns anos, houve um estudo em Portugal sobre minérios raros chamados "terras raras" e que são usados em alta tecnologia, Luísa Assis revelou que no concelho de Marvão, na Freguesia de Santo António das Areias, "por coincidência onde todas estas propriedades têm sido compradas, estão assentes sobre um filão de minérios raros que vêm de Espanha e se prolongam até Nisa. Acreditamos que não é coincidência, mas também não temos respostas".
Perante todas estas incertezas, Luísa Assis afirmou que a luta dos membros do SOS São Mamede "é para sair do escuro e perceber o que se está a passar na nossa terra".
Textos: Catarina Lopes
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Ficção ou realidade… as imagens!
Ficção, ou realidade...
A primeira cena decorre no largo da igreja local. O Reverendo, um senhor de voz grossa e farto bigode, lidera um ajuntamento de pessoas, onde se debate a compra dos terrenos circundantes da aldeia, por colonizadores desconhecidos.
Num pequeno relanço pela assistência posso divisar cerca de 50 participantes, constituída, principalmente, por colonos vindos há alguns anos para estas paragens, mas também alguns indígenas… poucos!
Aproveitando um pormenor focado pela objectiva, posso observar ainda, alguns figurantes que dificilmente se integram nestes dois grupos: 3 ou 4 personagens com fatiotas de espirituais, certamente Reverendos das terras vizinhas; divisa-se ainda, um pequeno grupo, com aspecto de boieiros ou garimpeiros, com a sua garrafa de “scotch popular” na mão, cigarro no canto da boca, murmurando entre dentes e prontos a intervir na contenda a qualquer momento.
Num outro pormenor, num dos cantos do largo enxergo «Doc», ar inquieto, observando com minúcia toda assistência, enquanto acaricia por debaixo do seu sobretudo a sua pequena “Derringer” dos tempos modernos. O seu ar fica mais calmo, quando divisa que os boieiros-garimpeiros estão desarmados ou, à primeira vista, parecem estar.
O Reverendo abre o debate informando que a sua instituição está ali apenas para dar a palavra aos participantes, nomeadamente, sobre o que eles pensam das aquisições de terrenos na sua terra por parte de desconhecidos; bem como a colocação de "cercas" megalómanas que os envolvem. O que, em sua opinião, estão a descaracterizar a paisagem que considera protegida por lei.
O primeiro a tomar a palavra é um desses colonos mais antigos, de origem nórdica pelo sotaque bárbaro, que afirma que possui há anos na região, um pequeno negócio de aluguer de hospedaria para visitantes dessas paragens, e que desde que essas "cercas" começaram a ser levantadas o seu negócio diminuiu, já que, os visitantes são amantes da livre circulação que estes lugares sempre ofereceram, e, que agora, se sentem restringidos na sua liberdade e por isso deixaram de vir...
Ainda esta intervenção não tinha chegado ao fim e já um primeiro boieiro-garimpeiro vociferava numa linguagem vernácula: - O que essa gente quer, em vez das ditas "cercas", são plantações de cannabis!”
Foi então que um dos indígenas tomou a palavra, queixando-se que os "construtores de cercas" lhe haviam destruído as paredes das suas propriedades, e que lhes dava um prazo de 15 dias para as repararem, senão, teriam que se haver com ele...
Por esta altura, «Doc», cogitava com os seus botões: "E os mandantes? Porque não estão aqui os mandantes?"
A intervenção seguinte pertenceu a uma senhora que acompanhava o Reverendo do bigode farto, argumentando com o ardor que só as mulheres conseguem ter, que apesar de não ter nascido por esses lugares, que se sentia como se o seu coração pertencesse desde sempre a essas terras! Que agora, cercadas por vedações, se estavam a desvalorizar para as pessoas que ali investiram, que também existiam informações que os novos proprietários pretendiam era a exploração mineira dos subsolos desses terrenos, e, o que agora pareceriam "ganhos", daqui a anos poderão ser pesadelos...
Abruptamente, o primeiro boieiro garimpeiro interrompeu, mais uma vez, a dama bem-falante, argumentando agora de forma mais agressiva: - O que vocês querem é acabar com o nosso ganha-pão. Os nossos patrões, pelo menos são empreendedores e pagam ordenados a 22 pessoas! E vocês que têm para nos oferecer? Criem vocês empresas e dêem-nos trabalho. Isso que essa senhora disse são tudo imaginações, pois ela nada percebe de cultivo. Nós é que sabemos!
No seu canto, «Doc», continuava a questionar-se: "E o xerife? E os seus ajudantes? Porque não estarão eles aqui? Porque fogem eles ao debate e aos esclarecimentos?"
Seguiu-se a intervenção de um daqueles prováveis espiritualistas de terras vizinhas, que procurou deitar alguma água na fervura, argumentando contra as autoridades do Estado, tanto as centrais como as locais, que até aqui nada tinham feito para travar estes devaneios dos invasores. Que apesar de estarmos em áreas que deveriam fiscalizar e proteger, se limitavam a vagas respostas, e que mais pareciam estar feitos com os construtores das cercas, etc., etc.
Mas logo foi interrompido por um segundo boieiro-garimpeiro que, de garrafa de “scotch popular” na mão esquerda, e indicador direito apontado ao da fatiota, proclamou: - As cercas têm apenas a finalidade de delimitar essas propriedades, que são privadas e têm donos, o Estado aqui nada manda. No seu interior apenas abrimos trilhos para o treino de cavalos selvagens, plantamos arbustos para os “bíbaros” e faremos criações de animais domésticos...
Nesse momento interveio então outro dos indígenas, contrariando com igual agressividade a arguição dos boieiros-garimpeiros, contrapondo que, para essas actividades pecuárias não se justificavam "cercas" com quase 3 metros de altura, que ele sempre criara animais naqueles terrenos, e que "cercas" com altura de 1,5 metros eram mais que suficientes para os animais não saltarem. O que eles ali estavam a fazer era um completo disparate! Ou então, outras intenções haveria...
Perante esta contraposição, os boieiros-garimpeiros começaram a abandonar o local, mas não, sem que antes, lançassem alguns insultos e ameaças aos presentes, tais como: - Vão para as vossas terras, vocês não são de cá, e, aqui não mandam nada, etc., etc...
Por essa altura, já eu me levantava da cadeira de pau em que assisti a este filme, dando por mal empregue o tempo e o dinheiro do bilhete! No entanto, quando me preparava para abandonar a sala, lá lancei um último olhar para a tela e pude observar «Doc», de dentes cerrados, abandonando o largo da igreja, murmurando:
- Que responsabilidade têm estes pobres diabos? Porque não dão a cara os mandantes? Porque não apareceu o xerife e os ajudantes? Será cobardice?