Mais uma Feira da Castanha... mais uma tarde de sábado muito bem passada!
A tarde prometia chuva mas esta não passou de um “molha parvos” e muito nevoeiro a circundar Marvão. Revelou-se, assim, um excelente cenário e um tempo perfeito para comer castanhas assadas e beber algumas (poucas) canecas de vinho na alegre companhia de alguns bons amigos.
Apesar de serem já quase 16,00 horas, a chegada a Marvão foi tranquila. Não estava nenhuma daquelas enchentes de outros anos, contudo havia muita gente mas, sem o caos dessas edições, deambulava-se tranquilamente em Marvão.
As castanhas estavam boas e o vinho excelente!
Diria que a Feira estava “normal”, na sequência de outras edições anteriores. Não vislumbrei novidades, tendo ficado, contudo, com a ideia que a animação de rua era escassa.
Estas considerações levam-me a meditar que será necessário “repensar” esta feira, acrescentar-lhe novidades. Não há “produto” nenhum que se mantenha na “na crista onda” do mercado se não se introduzir, periodicamente, algumas inovações. Enfim, novos atributos que o relancem!
Assim sendo, as conversas centraram-se (mais uma vez) no euro pago à entrada. O euro da discórdia!
Eu defendo que os eventos em Marvão devem ser cobrados. O cenário é edílico (e único), tendo toda a lógica que os eventos aí realizados captem recursos, os quais possam depois ser (re) investidos na indústria turística de Marvão.
(E a todos os sítios onde vou é, sempre, tudo a pagar.)
Portanto, considero que um euro até é “curto”! E não concordo que sejam as Associações a usufruir, reiteradamente, dos fundos cobrados nos eventos em Marvão.
Existe, no entanto, um argumento de peso que põe em causa a cobrança de entradas logo às portas da Vila. Dizem os residentes que se, por exemplo, têm convidados para almoçar torna-se necessário apresentar justificações à porta para que os mesmos não tenham que pagar para os visitar. Pertinente!
No caso da “Al Mossassa”, em que o perímetro da festa é mais restrito essa situação fica, na minha opinião, ultrapassada…
Assim, julgo que futuros eventos a criar em Marvão deveriam ser mais circunscritos (tipo Al Mossassa), com apostas mais arrojadas ao nível dos “artistas” e “bem cobrados”.
Marvão tem atributos que o justificam…
Bonito Dias
(bonitodias@gmail.com)
Diria que a Feira estava “normal”, na sequência de outras edições anteriores. Não vislumbrei novidades, tendo ficado, contudo, com a ideia que a animação de rua era escassa.
Estas considerações levam-me a meditar que será necessário “repensar” esta feira, acrescentar-lhe novidades. Não há “produto” nenhum que se mantenha na “na crista onda” do mercado se não se introduzir, periodicamente, algumas inovações. Enfim, novos atributos que o relancem!
Assim sendo, as conversas centraram-se (mais uma vez) no euro pago à entrada. O euro da discórdia!
Eu defendo que os eventos em Marvão devem ser cobrados. O cenário é edílico (e único), tendo toda a lógica que os eventos aí realizados captem recursos, os quais possam depois ser (re) investidos na indústria turística de Marvão.
(E a todos os sítios onde vou é, sempre, tudo a pagar.)
Portanto, considero que um euro até é “curto”! E não concordo que sejam as Associações a usufruir, reiteradamente, dos fundos cobrados nos eventos em Marvão.
Existe, no entanto, um argumento de peso que põe em causa a cobrança de entradas logo às portas da Vila. Dizem os residentes que se, por exemplo, têm convidados para almoçar torna-se necessário apresentar justificações à porta para que os mesmos não tenham que pagar para os visitar. Pertinente!
No caso da “Al Mossassa”, em que o perímetro da festa é mais restrito essa situação fica, na minha opinião, ultrapassada…
Assim, julgo que futuros eventos a criar em Marvão deveriam ser mais circunscritos (tipo Al Mossassa), com apostas mais arrojadas ao nível dos “artistas” e “bem cobrados”.
Marvão tem atributos que o justificam…
Bonito Dias
(bonitodias@gmail.com)
9 comentários:
É verdade que qualquer serviço é pago por todos os lugares... mas impor que se pague o dito euro para entrar em Marvão é um mau cartão de visita.
Poderiam os bombeiros, fazer os autocolantes da praxe e um peditório, mas isso era mesmo muito trabalho, ter que abordar os visitantes e falar-lhes na necessidade de entreajuda, era no minimo gastar muita saliva.
Assim ali como guardiães do templo, cobrando um sibolico euro, fica-se com a ideia, de que o serviço prestado é na realidade abusivo.
Muitos foram os comentários pouco abonatórios que ouvi por parte de quem nos visita, o que na verdade deixa vontade de responder que tambem todos os marvanenses ( que não residentes) pagam e calem.
De todas as variantes que conheci nesta feira, esta foi sem duvida aquela que mais me incomoda, aquando da introdução do pagamento da castanhas e vinho, foi mal aceite somente no 1º ano da novidade, mas depressa foi ultrapassado.
O euro da entrada, representa convidar-mos alguem para nossa casa, e cobrar-lhe para entrar.
É de muito mau gosto.
Peço imensa desculpa aos Marvanenses, mas ainda não consegui perceber qual é o problema de pagar 1€ para entrar na Feira da Castanha.As pessoas que vivem dentro da zona muralhada não são assim tantas que não seja possível identificar (aliás por cá todos se conhecem, certo).Aceito pagamento em causa, aliás considero um valor irrisório para a visita que se segue (paisagem e vila).
Não é pelo euro. É que não se mexe na formula há anos e ela está um bocadinho desgastada. Valia pena repensar a festa, dar aos visitantes qualquer coisa de novo que os fizesse dar o dinheiro por bem empregue.
Fernando, não concordo que se restrinja o espaço da Feira da Castanha/ Festa do Castanheiro. Afinal de contas, também eu já morei em Marvão e assisti ao nascer da Feira da Castanha (que nasceu por baixo do meu antigo quarto, ou seja, na CGD – o que provavelmente muita gente ainda desconhece…) e sinto-me no “dever” de dar uma modesta opinião a este Forum.
Não podemos discutir como deve ser a feira no futuro sem saber o que motivou a sua criação. Este evento nasceu como objectivo de dinamizar economicamente o concelho e não como uma festa (facto que a distingue da Al Mossassa ). Nos primeiros anos a Feira teve conferências (com especialistas nacionais), castanha (assada e mais tarde também cozida), vinho oferecido aos visitantes, e muita adesão popular (mais do que se imaginaria de inicio). Teve ainda apoio da CGD e do Inatel, conforme podem comprovar nos jornais da época.
A feira deve crescer em termos de conceito – concordo plenamente- mas não podemos olhar apenas para o retorno financeiro imediato das entradas. Discutir o euro pago (com o qual não concordo por se estar a restringir o acesso a uma localidade) parece-me uma questão menor. A grande discussão deveria ser como aproveitar a Feira para maximizar a actividade produtiva do concelho e seus agentes económicos. Acredito que €1 faça a diferença para os Bombeiros mas, muito provavelmente, com as discussões que isso tem levantado, talvez fosse melhor abolir esse pagamento obrigatório em situações futuras. Por exemplo, a Santa Casa da Misericórdia também tem receitas, não através de uma taxa mas pela venda de um produto.
Mais importante do que falar do euro da entrada, deve-se promover que os espaços dos artesãos locais sejam melhores, que se aposte nos comerciantes do concelho e que possa haver uma autêntica acção de marketing para dinamizar a economia do concelho.
A Feira da Castanha deve ser promovida como um evento único e diferente de todos os outros que se fazem por este país fora. Se quisermos que seja igual aos restantes poderemos ganhar mais dinheiro no curto prazo mas iremos perder identidade que nos tem caracterizado. E isso significa menos visitantes e menos receitas a médio prazo.
Peço desculpa se ofendo alguém por falar como Marvanense mas morei no concelho 15 anos e sinto-me ainda como tal.
Será este o tipo de discussão que girará à volta das entradas pagas no castelo? Não sei, mas gostaria de saber.
1 euro não afasta quem realmente quer vir à festa. Se nesta altura mais de 10000 pessoas visitam Marvão é porque já gastaram algum dinheiro em deslocações e alimentação (e a julgar pela alimentação que vejo fazer, nem esse contributo económico cá fica).
Dinamizar e dar a conhecer? Claro que sim. Parque de merendas com vista para o mundo? Não, obrigado.
Na década de 80, nada se pagava. Era uma alegria ver tanta gente bêbeda junta. Duvido que essas pessoas tenham feito divulgação de Marvão. Duvido até que se lembrem que cá estiveram.
São pessoas que compreendem a existência de um pagamento (embora simbólico) que virão cá numa altura de menor confusão para desfrutar da nossa terra e da nossa gastronomia.
Eu até pensava que esta questão já estava ultrapassada, pensava que agora se andava a pensar em dar aos visitantes mais algumas alternativas gastronómicas (centenas de pessoas que pensaram cá almoçar abalaram por falta de oferta), o facto de em plena feira andarem carros forasteiros dentro vila ou até diversificar e mesmo aumentar a oferta cultural.
1 euro é 1 euro, bolas.
Na minha opinião o euro que se paga para visitar a Feira não está correcto!! Deveriam ser no mínimo 3 euros! Em lado algum se entra "de borla" e as autarquias têm, indubitavelmente, que procurar gerar receitas para garantir "alguma" sobrevivência (haverá outras formas, é certo, mas esta será uma delas!).
Relativamente aos "residentes", gostaria de aproveitar a discussão para deixar um reparo/sugestão: uma distribuição de 4 ou 5 "passes livres" por cada residência resolveria MUITO facilmente a dúvida do "devo ou não devo pagar"! Cada residente escolheria, então, a quem "oferecer" essas entradas livres (uma questão de equidade, até porque sei bem o que é ouvir "moro cá, não pago!"...).
Podemos bem dizer que a Feira já não é o que era, mas os tempos também já não são o que eram, e o turista que visita Marvão também mudou! O Deseconomias faz um muito importante reparo: a origem!
Portanto, promova-se a castanha, e os produtos com castanha, e os produtos baseados na castanha, e "qualquer coisa" que tenha castanha na descrição!
A sua venda é garantida! Basta pensar que quando qualquer visita qualquer local procura levar consigo uma recordação, algo que não poderia adquirir no local donde veio. Esta poderá ser a pedra basal para a tão ambicionada "Marca Marvão"...
Não costumo comentar blogs, mas tendo em conta que ficou "no ar" (através do comentário da D.ª Gi Caldeira) a ideia de que todo o dinheiro reverte a favor dos Bombeiros, parece-me que alguém deve esclarecer este aspecto.
Como Bombeira, quero aqui esclarecer que, da primeira vez que a Câmara convidou os Bombeiros para trabalharem e ficarem às portas de Marvão, à chuva, ao frio, ao vento, a cobrar 1 euro de entrada na Feira da Castanha, a troco de, salvo erro, 15% da receita dessas entradas, eu votei contra e recusei-me a ir "fazer esse peditório".
Estive na Feira da Castanha sim, mas de prevenção numa ambulância.
Nunca concordei com isso e passo a explicar porquê: em parte alguma está escrito qual o valor que reverte a favor dos Bombeiros. Resultado, os Bombeiros, que precisam imenso de dinheiro (é certo!), ficam com a fama, mas não ficam com o proveito.
A Câmara, por um lado, tem ali "funcionários" a trabalhar gratuitamente, a dar a cara, a ouvir as más respostas e nunca veio publicamente dizer quanto dinheiro é que deu aos Bombeiros.
Por outro lado, os Bombeiros também nunca divulgaram quanto é que receberam.
Ora este tipo de situações dão que pensar...
Não seria melhor arranjar outra forma de fazer isto???
Se a Câmara quer cobrar a entrada (o que não me choca nada), pois que o faça e coloque funcionários da autarquia a fazê-lo. Não deve usar (para não dizer abusar) da boa vontade dos Bombeiros e do facto de estes precisarem muito de dinheiro, para os "obrigar" a fazer este frete.
Tenho dito.
É claro que não, “Deseconomias”. Claro que não ofendes(de) ninguém! São, aliás, este tipo de opiniões que valorizam o fórum!
Gostaria somente de esclarecer que no post não preconizei que se restringisse o espaço da Feira da Castanha. Referia-me a futuros (outros) eventos a criar em Marvão…
Eventos, naturalmente, de menor dimensão do que esta Feira!
A Feira da Castanha / Festa do Castanheiro é “ O EVENTO” de eleição em Marvão. Conhecido em todo o país (e não só) pela dimensão que alcançou. A distribuição dos magustos pela vila faz toda o sentido (até pelos número visitantes que atrai). Mas, custa-me que os visitantes entrem, maravilhem-se e não paguem! É certo que pagam os produtos que adquirem, contudo grande parte dessa receita não fica no concelho.
No entanto, julgo que Marvão tem características mais que suficientes para organizar mais eventos (de menor dimensão), os quais se podem rentabilizar. Qualquer evento de fim-de-semana em Marvão que atraia três ou quatro mil pessoas pode ser mais circunscrito, para permitir a cobrança de entradas, e lotará os alojamentos e os restaurantes do concelho.
E a projectada requalificação do castelo poderia ajudar muito esta estratégia. Era bom, aliás, que essa requalificação levasse isto em linha de conta. Que fosse programada não só para melhorar o “postal ilustrado” mas também apetrecha-lo das infra-estruturas possíveis no sentido da sua rentabilização.
Marvão tem que deixar de ser um “postal ilustrado” que os visitantes admiram maravilhados (e depressa vêem pelo retrovisor do seu carro) para passar a ser uma “indústria”, com uma oferta constante e abrangente para que os visitantes aqui permaneçam, aqui consumam e aqui se “tornem turistas”.
Tem atributos que o justificam!
Abraço
Antes de tudo: também sou a favor, por princípio, que os eventos/festas devem trazer uma contrapartida financeira, entenda-se o pagamento de entradas; mas a questão central aqui reside em que é, manifestamente, ilegal vedar uma vila, na sua totalidade, cobrando-se entradas, como se de uma portagem se tratasse. É ilegal. Ficou escrito na acta da última Reunião de Câmara (04/11/2009) que o executivo deve apresentar nos próximos tempos um parecer jurídico sobre a legalidade deste acto, replicado também na Feira do Café, depois veremos…e como diz o Bonito a Al Mossassa é muito diferente!
Quanto ao resto: quando não há inovação é usual o desgaste, quando não há atrevimento cai-se na mediocridade, quando se fazem reuniões antes das eleições para ouvir propostas, a implementar na Feira, e não se concretizam nem uma (mesmo aquelas em que houve consenso) é prepotência…
E como diriam os Xutos: “vai ficar tudo bem, isso eu sei”!
Um abraço marvanense,
Tiago Pereira
P.S.: Nuno não te ponhas com cenas, vais continuar a ser sempre Marvanense!!!
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