quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Orçamento de 8,3 milhões de euros para 2010 aprovado

De acordo com o que aqui noticiámos foi ontem à Assembleia Municipal, para apreciação e Votação as Grandes Opções do Plano 2010/2013 e o Orçamento para 2010.

Ambos os Documentos foram aprovados por maioria dos Membros da AM, com 14 votos a favor (11 do PSD + 3 do Movimento “Juntos por Marvão”) e 5 votos de abstenções do Partido Socialista.

“Esmiuçando o Orçamento”

As Grandes Opções do Plano (GOP) contemplam para o ano de 2010 um Valor Global de 9 287 225 €, sendo que cerca de 5,5 milhões é financiamento já definido e o restante é financiamento não definido.

Apresentamos de seguida no conjunto dos Objectivos definidos, as suas maiores Obras e respectivas verbas orçamentadas. Iremos apenas referir as Obras com financiamentos já definidos.

1 – O Objectivo contemplado com a maior fatia é o da Habitação e Urbanismo, com cerca de 1,5 milhões de euros. As Obras com maior financiamento são as seguintes:

- Construção de Habitação p/Famílias carenciadas: 450 000 €
- Obras c/ o Loteamento da Beirã: 195 000 €
- Obras c/ o Loteamento de SA Areias: 150 000 €
- Arranjos Paisag. No Bairro Novo Portagem: 153 000 €
- Aquisição e Reabilitação de Habitações: 90 000 €
- Obras c/ o Loteamento do Vaqueirinho: 50 000 €

2 – O segundo Objectivo mais contemplado é o da Cultura, Desporto e Tempos Livres, com um financiamento definido de cerca de 1,2 milhões de euro. As duas Obras mais emblemáticas deste Objectivo são as seguintes:

- Requalificação do Castelo de Marvão: 340 600 €
- Modernização do Campo de Jogos dos Outeiros: 315 000 €

3 - O terceiro Objectivo mais contemplado é o do Desenvolvimento Económico e Abastecimento Público, com um financiamento definido de cerca de 1,2 milhões de euro. As duas Obras mais emblemáticas deste Objectivo são as seguintes:

- Construção do Pavilhão do Ninho de Empresas: 505 500 €
- Modernização Administrativa: 118 000 €
- Custos c/ Fornecimento de Água: 50 000 €

4 - O quarto Objectivo mais contemplado é o da Educação, com um financiamento definido de cerca de 435 000 euros, de onde se destacam as Obras na Escola da Portagem no valor de 245 000 €.

Dos restantes Objectivos terão as seguintes verbas definidas:

5 - Protecção Civil: 350 000 €
6 - Comunicações e Transportes: 300 000 €
7 - Saneamento e Salubridade: 190 500 €
8 - Meio Ambiente: 134 000 €
9 – Desenvolvimento Cultural, Económico e Social: 61 700 €
10 – Acção Social: 36 000 €
11 – Saúde: 9 000 €

Após a aprovação dos supracitados Documentos foram apresentadas 3 Declarações de Voto das 3 forças políticas representadas na Assembleia, das quais em síntese destacamos, esperando realçar o mais importante.

O PSD referiu votar a favor os Documentos previsionais porque os mesmos respeitam aquilo que foi o seu Programa Eleitoral apresentado aos marvanenses no passado mês de Outubro, e são, simultaneamente, a continuidade do trabalho iniciado no mandato anterior.
Esperamos que durante o ano de 2010, o Ninho de Empresas, e a aposta na criação de condições para a construção de mais de 50 Habitações dignas e preços controlados, distribuídas por todas as freguesias do concelho, para quem aqui se queira fixar, sejam uma realidade, e, simultaneamente, possam contribuir para criação de riqueza e fixação de alguma população com vista a combater o despovoamento. Estas Obras têm orçamentado cerca de 1 500 000 euros. É de realçar, que muito deste investimento, terá no futuro, um retorno da sua quase totalidade, quando estes bens forem adquiridos ou alugados, pelo que consideramos tratar-se de um “bom investimento”, podendo mais tarde voltar a ser reinvestido noutras necessidades.

O Movimento “Juntos por Marvãoreferiu votar a favor os Documentos previsionais porque, apesar de não ser o “seu Orçamento”, o mesmo reflectia muitos daqueles que eram os seus objectivos para o concelho, apontando no entanto algumas debilidades nas Opções agora apresentadas, nomeadamente, os pequenos investimentos ao nível do Meio Ambiente e Acção Social e o quase esquecimento da Saúde.

O Partido Socialista referiu Abster-se, porque apesar de não estarem de acordo com a maioria das Opções do actual Executivo, não votavam contra por se tratar da apresentação dos primeiros Documentos Previsionais, e, iria assim, dar o “benefício da dúvida”, pelo menos uma vez.

TA: Aqui deixo a todos os visitantes a minha análise do que se passou sobre a Apreciação e Votação deste Ponto na AM.
Para os mais “distraídos”, convirá referir, que sou Membro da AM eleito pelo PSD e que esta leitura que aqui vos deixo, não será certamente uma análise com total isenção que o tema mereceria, mas tentei. Venha o debate…

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Fernando Gomes, por mail

Presépio vivo de Marvão

Decorreu nos dias 19, 20, 26 e 27 de Dezembro de 2009, na Igreja do Espírito Santo em Marvão, mais uma edição do Presépio ao Vivo de Marvão que este ano contou mais uma vez com a organização da Maruam - Associação de Jovens. Desde a sua primeira edição, nos finais dos anos 80, que o Presépio ao Vivo de Marvão é a maior atracção natalícia do Norte Alentejano.


Como habitualmente foram muitos os visitantes que durante os dias de abertura acorreram a Marvão para presenciar este quadro vivo evocativo do nascimento do Menino Jesus.

Com esta iniciativa fica mais uma vez provada a capacidade organizativa da Maruam - Associação de Jovens, que assim se constitui como uma das associações de jovens mais empenhadas na dinamização e promoção de Marvão e do Norte Alentejano.
Cordialmente,

Fernando Gomes

José Maria Moura, por mail

Barragens de Póvoa e Meadas, Poio, Bruceira, Velada e empreendimento Village

(José Maria Moura para Câmara Municipal de Castelo de Vide)


Ex. mo Senhores,

Está já disponível a resposta do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território relativamente à pergunta sobre o estado de conservação da Barragem de Póvoa e Meadas, Portalegre, pergunta esta colocada pela Deputada Rita Calvário no passado dia 30 de Outubro.

A pergunta e resposta podem ser lidas nesta ligação:


Pode ler-se na resposta que irá ser feita uma vistoria à Barragem, da qual irá resultar um Auto, do qual constará se existe a necessidade da EDP realizar algum tipo de intervenção, nomeadamente a nível de segurança das infra-estruturas, ainda antes da tomada de posse administrativa.

O Ministério avança ainda que vai ser dada continuidade à exploração da componente energética do aproveitamento de Póvoa, Bruceira e Velada e que, para tal, haverá um novo procedimento concursal para atribuição desta exploração.

Mas o que estranho é que o INAG nada sabe do projecto iniciado nas margens da albufeira, o empreendimento denominado Village.

Cumprimentos

José Maria Moura
Nisa

domingo, 27 de dezembro de 2009

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Vai realizar-se no próximo dia 29 de Dezembro, Terça-Feira, pelas 20 horas, no Edifício da Câmara Velha – Casa da Cultura a 5ª Sessão Ordinária da AM de Marvão, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1 – Informação do Presidente da Câmara acerca da actividade Municipal

2 – Apreciação e aprovação do Regimente da Assembleia Municipal

3 – Informação sobre os Seguros dos membros da AM

4 – Apreciação e votação da Proposta de Orçamento para 2010 e Grandes Opções do Plano 2010/2013

5 – Apreciação e votação do Projecto “Novos Povoadores”

6 - Apreciação e votação do Acordo de Parceria entre o Município de Marvão e a Casa do Povo de SA das Areias

7 – Pedido de autorização à AM para a contratação de empréstimos de Curto Prazo

8 - Apreciação e votação do Procolo de colaboração entre o Município de Marvão e a Universidade de Évora

9 – Informação do Vereador José Manuel Pires acerca da sua”actividade privada”

10 – Assuntos diversos

Informamos ainda, que esta AM é a primeira com a nova constituição resultante das eleições de 11 de Outubro.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

É NATAL...

O Fórum Marvão deseja a todos os Visitantes e Colaboradores um santo e feliz Natal.



Porque é Natal!

No passado fim-de-semana tive oportunidade de observar duas formas diferentes de celebrar o Natal em Marvão.

Na Igreja do Espírito Santo (em Marvão propriamente dito) o presépio ao vivo, onde os jovens da Maruam "dão o corpo ao manifesto” presenteando-nos com um quadro tão comum como, neste caso, diferente.






Na Portagem um presépio, da autoria de Quim Carita, também ele pouco comum.




Em ambos os casos destaco o facto positivo de serem realizações de Marvanenses.


FELIZ NATAL

Bonito Dias
(bonitodias@gmail.com)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

NATAL EM MARVÃO


(Clicar para aumentar)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Em águas de bacalhau



O presente “post”, ou artigo de opinião, como lhe queiram chamar, não reza sobre o fiel amigo dos portugueses, ou das mil e uma maneiras de o cozinhar ( o bacalhau, entenda-se ) . Pretende ser uma reflexão, sobre as águas pantanosas em que parece ter mergulhado a justiça portuguesa, há cerca de trinta anos a esta parte .

"A democracia, a pior forma de governo imaginável, à excepção de todas as outras que foram experimentadas", como dizia Winston Churchill, também tem lados lunares e sombrios, como parecem ser, os casos mais mediáticos, inerentes à justiça portuguesa, nas últimas três décadas .

Começando pelo caso, envolvendo a morte misteriosa e nebulosa de Sá Carneiro, muito se escreveu ; mais se especulou : acidente afirmaram uns; atentado, asseveraram outros; foram feitas peritagens, por especialistas conceituados e experimentados em casos similares .

Houve ou não explosão a bordo do bimotor ? Que engenho esteve na origem da mesma ? Quem o montou ? Quem ordenou e preparou o presumível atentado ?

No meio de tanto mediatismo e tanta verborreia, vieram alguns nomes a lume, mas ninguém parece saber verdadeiramente o que se passou . As palavras de ordem foram :

- Arquive-se !
- Inconclusivo !
- Não agitar ! Muito frágil ! Mantenha-se em águas pantanosas - de bacalhau !

Em casos mais recentes, como a queda da ponte Hintze Ribeiro, com as consequências trágicas sobejamente conhecidas, novamente a grande montanha pariu um rato ! Muitas horas de directos televisivos, a filmar os escombros da dita ponte, até ao ponto em que a notícia já devia ter deixado de o ser, de tanta persistência em mostrar os despojos da tragédia e das tentativas vãs, de resgatar os corpos das pobres vítimas, engolidas por um rio em cavalgada furiosa .

Com tanta avidez mórbida, chegaram ( pasme-se ) a organizar-se excursões para ir ver o que restava da centenária e caduca ponte.

Veio a costumeira verborreia, sob a forma de debates televisivos ; entrevistas a familiares das vítimas ; foram feitas especulações sobre o que teria estado por trás do acidente :

- Falta de manutenção ?
- Irresponsabilidade e negligência por parte das entidades, a quem cabe zelar e aferir relativamente à segurança deste tipo de estruturas ?
- Extracção abusiva de areias do leito do rio, pondo em causa a segurança dos pilares ?
- Negligência por parte do poder local ?

Um a um, aqueles a quem foi apontado o dedo, foram sacudindo a água do capote . A culpa morreu praticamente solteira, como é sabido . Em águas de bacalhau, como convém : - Arquive-se !

Não me vou alongar relativamente ao caso Casa Pia, a montanha que também está grávida de um ratinho, que tarda muito em nascer, pois o líquido amniótico está a transformar-se em águas de bacalhau, como convém e é da praxe.

Também aqui se instalou o habitual circo mediático , como é sabido, à mistura com reflexões sérias e fundamentadas que também as há e ainda bem :

Foram ouvidas as vítimas, constituíram-se arguidos; entraram juízes; saíram juízes . Foram presas preventivamente, figuras muito destacadas no panorama político e audiovisual .

Isto já foi de mais ! Era necessário mudar o código do processo penal e a prisão preventiva . Não fica bem a um país decente, ir prender figuras públicas, à casa da democracia.
A montanha há-de parir o seu ratinho, só não se sabe quando!

A sua fisionomia ( a do ratinho) deve ser muito parecida, com o outro roedor, que nasceu do processo apito dourado, outra montanha com altitude muito superior à encosta de Marvão .

O caso Madeleine McCann, é outro caso paradigmático e enigmático, da frágil investigação e do poder da justiça portuguesas . Abstenho-me aqui de delinear os seus contornos, pois são sobejamente conhecidos.

Muito foi dito; muito foi especulado , o caso correu o mundo; pronunciaram-se especialistas criminais; jornalistas ; foram defendidas duas teses : a de rapto por parte dos progenitores e amigos ; a de morte acidental e ocultação de cadáver, defendida pela equipa da judiciária que investigou o caso.

Neste processo intervieram quase todos os sectores da sociedade: da política; do desporto; da justiça; da religião ( até o próprio papa ) . Toda a gente teve opinião, alicerçada em fundamentos maioritariamente vagos . Foram escritos livros, por parte de especialistas criminais (como Gonçalo Amaral ) e jornalistas, cada um apresentando a sua tese, com edições esgotadas, como convém .

Depois de tantas opiniões e outras tantas teses, alguém sabe verdadeiramente o que terá acontecido ? Alguma vez se saberá ?
Far-se-á luz sobre o que se passou na aldeia turística, com esse nome ? O que temos é um vasto e sombrio manto de escuridão .

- Arquive-se ! Manter na horizontal ! Muito Frágil !

E no caso Joana ? Aqui houve condenações ! mas está tudo devidamente esclarecido ?

No meio disto tudo, Vale e Azevedo foi condenado : É a excepção que confirma a regra . A poesia de Camões sobre o desconcerto do mundo, assenta-lhe como uma luva :

“Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E, para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só para mim,
Anda o mundo concertado.”

A inspiração para este “ post”, emerge de um artigo de opinião poderoso, da autoria de Clara Ferreira Alves, do qual apresento aqui um excerto :

(…) “ Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.

Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.


Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa “ (…) .

sábado, 19 de dezembro de 2009

Golfe de Marvão, agora, por € 551.000,00!


De acordo com o documento acima digitalizado, irá decorrer nova venda extrajudicial, por proposta em carta fechada, dos bens que compõem o Ammaia – Clube de Golfe de Marvão.

Agora, o preço mínimo de licitação desceu para € 551.000,00!

Conclui-se que, ou as estruturas do campo se têm vindo rapidamente a degradar ou, por outro lado, o preço pode estar, agora, a tornar-se bastante atractivo.

Nesta última hipótese, o caminho está aberto aos especuladores!

Se o preço daquele(s) imóvel está muito atractivo o mais certo será que o mesmo seja adquirido por alguém no intuito de fazer, posteriormente, mais-valias, quando a questão imobiliária adjacente estiver resolvida (nem que demore vários anos). E isto é perfeitamente legítimo e normal…

Fazer mais-valias… não recuperar o campo de golfe!

Nesta perspectiva, e já que um dos credores da actual dívida é o Fundo de Turismo, porque não pensar numa parceria entre a Câmara Municipal de Marvão, aquele Fundo, a Turismo do Alentejo e outras entidades interessadas na matéria para, no âmbito da defesa do desenvolvimento do interior, salvar esta infra-estrutura e, posteriormente, atrair privados (com “Know how”) interessados em explorar o campo de golfe…

E até fazer “lobby” para desbloquear a questão da construção do hotel, a qual viabilizaria o restante investimento imobiliário.

Difícil de acreditar, não é?

Em defesa de muitos outros interesses já se viabilizaram variados projectos PIN (Projectos de Interesse Nacional) por esse país fora.

Neste caso, poderíamos falar num eventual projecto PII (Projecto de Interesse do Interior).

Mas os PII ainda não existem, não é?


Grande abraço

Bonito Dias
(bonitodias@gmail.com)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

À "CONQUISTA" DO LESTE: Eles vên´aí...

E esta hein..., de 28/10/2009. Afinal o fumo sempre tinha origem no “fogo"!


(in JORNAL FONTE NOVA DE 15/12/2009)

Caso seja aprovado na próxima Assembleia Municipal, o concelho, que nas últimas décadas tem vindo a perder população, contará com um acréscimo de habitantes.


No início do ano arrancou o projecto Novos Povoadores, criado pelos amigos Frederico Lucas, Alexandre Ferraz e Ana Lindares, com o objectivo de levar famílias das grandes cidades para o interior do País. Depois de Évora, Marvão poderá ser o segundo destino a acolher este projecto.


O nosso jornal contactou o vereador José Manuel Pires que nos revelou que, depois de aprovado na última reunião de Câmara, tudo indica que o programa mereça também parecer positivo em Assembleia Municipal, uma vez que "trará muitos benefícios" para o concelho.

Lamentando a perda de população que o concelho tem registado – 6500 habitantes na década de 50 e menos de quatro mil nos dias que corre – o vereador manifestou que para combater a desertificação "não basta apenas boas vontades, nem pensar só em políticas de educação e habitação". Nessa medida defende que "há que fazer um investimento a sério" e, por essa razão a Câmara Municipal decidiu aderir ao projecto Novos Povoadores.
Segundo José Manuel Pires, trata-se de um programa de "marketing territorial", no sentido de "inverter a tendência do êxodo do interior para o litoral". A ideia é fazer agora o contrário, isto é, "um êxodo das cidades para o interior". Contudo, o vereador confidenciou que, se calhar, a palavra êxodo é "ainda demasiado pesada", na medida em que "não vamos conseguir uma orla de pessoas virem viver para o interior, mas temos de dar algumas pistas para que as pessoas despertem para esta hipótese".
Considerando que sozinhas as autarquias não têm essa capacidade, José Manuel Pires declarou que, por essa razão, é que a Câmara de Marvão decidiu aliar-se ao programa Novos Povoadores, à semelhança do Município de Évora.

Ainda de acordo com o vereador, para já, no Distrito de Portalegre, não vai haver mais nenhum município envolvido. "Quisemos ser os primeiros a entrar para dar um sinal de que temos belíssimas condições, qualidade de vida, e deixar o convite para que façam o favor de vir viver para Marvão", salientou.
A pensar nas condições de vida da população metropolitana - endividamento, baixa qualidade de vida social e ambiental, stress, foi criado o projecto Novos Povoadores que leva famílias a deslocarem-se das cidades para o Interior do País.
Até agora, já se inscreveram cerca de 370 famílias, que querem regressar à terra ou aí terem a possibilidade de desenvolverem o seu próprio negócio ou combaterem o desemprego e a crise. Nesse sentido, José Manuel Pires explicou que este programa é dirigido para "aquelas pessoas que têm a sua actividade liberal, que são empresárias, professoras, polícias, que têm a sua vida montada, que muitas vezes trabalham à frente de um computador e nessa medida tanto faz estarem em Lisboa como em Marvão". Assim, a ideia é "chamá-los para virem viver para cá", acrescentou.
Se o projecto for aprovado em Assembleia Municipal, os novos povoadores começam a chegar a Marvão em Fevereiro do próximo ano. Apenas dez novas famílias irão instalar-se no concelho, mas o vereador mostrou-se confiante ao revelar que este número deverá subir consideravelmente numa fase posterior.
"Temos um mini programa só para 10 famílias, agora isto tem um efeito multiplicador", dado que "a partir do momento em que toda a publicidade e divulgação que será feita e nível local e nacional, Marvão entrará numa divulgação a um nível que depois já ninguém o consegue quebrar. O efeito multiplicador é que é interessante, espera-se que outras famílias sigam o exemplo das 10 primeiras famílias que se instalarão em Marvão", garantiu José Manuel Pires.
De realçar que o programa Novos Povoadores tem um custo para a Câmara de 37 mil euros e tem de garantir 10 novas famílias a viver em Marvão, perfeitamente identificadas.
Para o vereador, este é um investimento inicial que "vai ter um retorno continuado". Segundo avançou, "são pessoas com capacidade para chegar, arrendar uma casa, comprar uma quinta ou uma casa numa aldeia qualquer do concelho, recuperá-la e transformá-la na casa dos seus sonhos, isto é, são famílias com a vida montada e estabelecidas", elucidou.
Garantindo que a Câmara de Marvão não irá dar nada às novas famílias que se estabelecerão no concelho, José Manuel Pires realçou que se trata apenas de uma "decisão de mudança de vida, em que as pessoas que estão fartas de andar no trânsito das cidades, venham viver para o interior porque aqui não há esse stress e, se calhar, podem até produzir mais".
Sem poder ainda avançar com o projecto, na medida em que o mesmo ainda não foi aprovado em Assembleia Municipal, José Manuel Pires lembrou que o próprio Presidente da República já está conhecedor deste programa e em 2010, da parte da presidência da República, vai haver um incentivo de divulgação. "Já todas as pessoas perceberam que as grandes cidades estão saturadas e que o interior está a ficar despovoado" e, nesse sentido, o vereador defendeu que todos os concelhos do Distrito de Portalegre "têm de ter alguma política diferente" para reverter a situação de despovoamento que estamos a viver "e se algum tinha de tomar a dianteira que seja Marvão". Note-se que de acordo com um estudo, em 2015 a população do Distrito de Portalegre irá rondar apenas as 90 mil pessoas e, nesse sentido, a adesão ao projecto Novos Povoadores poderá atrair novas pessoas à nossa região evitando, assim, a perda de população.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Maruam - Associação de Jovens, por mail

PRESS RELEASE - PRESÉPIO AO VIVO 2009

Depois do sucesso das últimas edições desta actividade, aqui está a Maruam - Associação de Jovens a dar continuidade ao tradicional “Presépio ao Vivo em Marvão”, que é uma das principais referências na agenda cultural nacional nesta quadra natalícia.

Tal como nas demais edições irá realizar-se na Igreja do Espírito Santo, durante os fins de semana de 19 e 20 / 26 e 27 de Dezembro de 2009. O horário será das 14h às 19h.

Contamos com a vossa reportagem, como nas edições anteriores. Venham visitar-nos!!!

Este ano com mais algumas propostas inovadoras, mantendo o conceito tradicional.



Organização: Maruam

Parceiros: Município de Marvão, Freguesia de Marvão, Freguesia de Beirã, Freguesia de S.Salvador de Aramenha, Freguesia de Santo António das Areias, Caixa Geral de Depósitos, Albergaria D. Manuel, Restaurante Casa do Povo, Restaurante Varanda do Alentejo, Pensão D.Dinis, Artesanato: Poial da Artesã - Marvão, Delta Cafés.


O MUNDO DOS OUTROS...

Mais um excelente texto de Mário Crespo, que aqui vos deixo para reflexão em tempo de Natal.

(O Palhaço, por Mário Crespo)

" O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada.

O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso.

O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto.

O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços.

O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes.

Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si.

O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço.

O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa.
O palhaço não tem vergonha.

O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos.

O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas.

O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também.

O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem.

O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre.

E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada. Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer.Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha.

O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político.

Este é o país do palhaço.

Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço."

domingo, 13 de dezembro de 2009

Uma oportunidade perdida? ... Talvez não!

Após um longo percurso, no qual sugiram vários entraves, iniciaram-se, finalmente, as obras da colocação do relvado sintético no Campo dos Outeiros, em Santo António das Areias.



A execução deste projecto, implementado pela Câmara Municipal de Marvão, prevê única e exclusivamente a colocação do relvado sintético. E isto é considerado por muitos (por mim inclusive) como uma oportunidade perdida. Uma oportunidade perdida de, finalmente, o concelho de Marvão ficar apetrechado com um recinto desportivo digno desse nome.

É unânime que, para isso acontecer, seriam necessárias algumas obras complementares à colocação do relvado. Nomeadamente no que diz respeito, por exemplo, à bancada, à iluminação e, sobretudo, aos balneários já que os, actualmente, existentes não têm quaisquer condições e estão localizados no edifício propriedade da Casa do Povo.

Contudo, a câmara não tem sido sensível a esta questão e prepara-se para “semear” um relvado novo num enquadramento completamente obsoleto. Por isso, um projecto que deveria merecer os mais rasgados elogios, tem envolvido algum pessimismo…

No entanto, hoje (ontem), fiquei mais optimista!

Hoje (ontem), na comemoração do 31º aniversário do Grupo Desportivo Arenense o vice-presidente da câmara e vereador com o pelouro do desporto (José Manuel Pires) afirmou no o seu discurso que, na sequência da colocação do relvado sintético no campo dos outeiros, a câmara estava empenhada em apoiar, na medida do possível, o GDA no seu eventual regresso ao campeonato distrital de futebol sénior e informou, ainda, que está em negociação a aquisição, pela CMM, das instalações da Casa do Povo de SAA contíguas ao campo de jogos (Pavilhão e anexos), para um futuro projecto de melhoramentos.

Esta é, na minha opinião, uma medida acertadíssima conforme aqui referi, em 21 de Junho de 2009, num post intitulado “Desafio à CMM e à Casa do Povo de SAA”:


“Actualmente está em fase de concurso (já com intenção de adjudicação a um consórcio) a obra de Modernização do Campo de Jogos dos Outeiros, no âmbito da candidatura para o sintético desta infra-estrutura desportiva.

Na sequência doutras discussões, ocorreu-me que esta seria uma excelente oportunidade para recuperar/remodelar o único pavilhão desportivo existente no concelho, contíguo ao referido Campo de Jogos, o qual se vai assemelhando, cada vez mais, a um “barracão”.


Como o mesmo é propriedade da Casa do Povo de S.A.A. (não sei se juridicamente falando), seria benéfico transmitir essa propriedade para a Câmara Municipal de Marvão, a fim de possibilitar aquele investimento. Ficaria, assim, o concelho com um pavilhão gimnodesportivo digno desse nome, já que é, talvez, o único do distrito que, actualmente, não tem uma infra-estrutura desse género!
Em contrapartida, a C.M.M. poderia, por exemplo, atribuir uma contribuição extra para a construção do lar de idosos, sendo que esta, sim, é uma “actividade” central da Casa do Povo.
Enfim, pensamentos…”

É caso para dizer: A CMM já aceitou o desafio, esperemos que a Casa do Povo de SAA o aceite também!
A população agradecia! Digo eu.
Bonito Dias

sábado, 12 de dezembro de 2009

Tiago Pereira, por mail

Mui Nobre e Sempre Leal Método D’Hondt (I)

O nosso sistema eleitoral pressupõe uma fórmula eleitoral proporcional, isto é a representação proporcional por listas, ao contrário de outras, maioritárias e semi-proporcionais. No entanto dentro das fórmulas proporcionais existem vários métodos de conversão/distribuição de votos expressos em mandatos representativos, os métodos das quotas (Hare, Droop e Imperiali), e os métodos das médias mais alta (Hondt, Sainte-Lague Puro, Sainte-Lague Modificado, Imperiali, Danes e Huntington). As diferenças entre quotas e médias mais altas são significativas, enquanto no primeiro método é determinado um número na relação dos votos expressos com os mandatos que há a distribuir que funciona como repartidor dos mandatos, nos métodos das médias mais altas são determinadas sequências de divisores para distribuir a repartição dos mandatos.

Vamos focar-nos nos métodos das médias mais altas, aonde figura o nosso bem conhecido método de Hondt, de forma a perceber as consequências dos diferentes métodos de conversão de votos em mandatos. A utilização de um determinado método não é casual, nem inocente, porque como teremos oportunidade de ver existem métodos que puxam mais pela pluralidade, e outros que beneficiam declaradamente os maiores partidos, como é o caso do método de Hondt que dentro dos métodos proporcionais é o que mais favorece os partidos mais votados. Para ilustrar o efeito mecânico da utilização de um ou de outro método, e de uma forma muito pouco inocente, peguei nos resultados das últimas eleições autárquicas em Marvão:





Neste exemplo foram utilizados dois métodos das médias mais altas, o método de Hondt – utilizado no sistema eleitoral português e consequentemente nas eleições para as autarquias locais; e o método de Sainte-Lague Puro – utilizado nos sistemas eleitorais de países como a Suécia, Bósnia, Alemanha, Noruega, Dinamarca, Letónia, entre outros. Ora então, quais são as principais diferenças entre estes dois métodos? Ao nível mecânico: os divisores utilizados pelo método de Hondt são números seguidos (isto é 1, 2, 3, 4…) enquanto que no método de Sainte-Lague Puro os divisores utilizados para distribuir os mandatos são números impares (1, 3, 5, 7…); ao nível da democracia: o método de Hondt beneficia sempre os partidos mais votados, porque a sequência dos divisores é mais pequena, ao invés o método de Sainte-Lague Puro abre muito mais o sistema político representativo. Numa alusão muito concreta ao caso experimentado, na Câmara Municipal de Marvão tudo ficava igual se o método de conversão de votos em mandatos fosse o de Sainte-Lague Puro, isto é o PSD ficava com três vereadores, o PS com um e os “Juntos por Marvão” também com um, embora o PS estivesse aqui muito mais próximo de eleger o segundo vereador roubando a maioria absoluta ao PSD, com o método de Sainte-Lague Puro fica a 36 votos do segundo vereador enquanto que com o método de Hondt ficou a 95 votos. Tudo muda de figura na Assembleia Municipal de Marvão, onde o método de Sainte-Lague Puro iria introduzir mais uma força política neste órgão representativo, porque o PSD perdia um deputado municipal para o “Movimento por Marvão”, como se pode ver no quadro, com método de Hondt o MporM ficou a 31 votos de eleger um deputado municipal.

Perante estas evidências podemos perguntar-nos: se é assim, e se o sistema se quer cada vez mais democrático e plural, porque é que não se altera a lei? Porque é que não se substitui o método de Hondt por outro mais democrático? A resposta é simples: porque o monopólio de alteração às leis eleitorais não lhe agrada. Quando falo em monopólio estou a referir-me ao PS e PSD. Não lhes agrada porque não querem abrir o jogo da representação política, não lhes convém porque em alguns casos perdem as suas maiorias absolutas, não dá jeito porque vem alterar muita coisa e dar voz a muita gente. Mas aí é o cidadão eleitor que perde, perde cidadania e democraticidade na representação política. É também a Democracia que perde, fica em deficit, porque não há rejuvenescimento no processo de representação política e, se assim for, enquanto modelo vai esgotar-se. Neste caso concreto, e chamando à atenção de uma forma interessada, é o Concelho de Marvão que perde, perde muito, porque se tratava de uma oportunidade única, de discussão alargada e participada da gestão do Concelho de Marvão, que se perde.
Não sei se isto interfere na qualidade da democracia, mas que dá que pensar, lá isso dá!


Tiago Pereira

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

31º ANIVERSÁRIO DO GDA

Celebra-se no próximo dia 12/12 o 31º Aniversário do GD Arenense, que foi fundado, nesse mesmo dia no ano 1978.

A Direcção, através deste Fórum, convida todos os sócios e simpatizantes para o soprar das “velas”, no próximo sábado pelas 17 horas, na Sede do Clube, em SA das Areias.

LOUCO OU DEMASIADO LÚCIDO?

Educação


Programa Novas Oportunidades é «trafulhice» e «aldrabice», diz Medina Carreira


O Professor Medina Carreira considerou, na terça-feira à noite, numa tertúlia no Casino da Figueira da Foz, o Programa Novas Oportunidades como uma «trafulhice» e uma «aldrabice» e a educação em Portugal como uma «miséria».

"O antigo ministro das Finanças entende ainda que as escolas produzem «analfabetos» e que os alunos que participam no programa Novas Oportunidades «fazem um papel, entregam ao professor e vão-se embora».

«E ao fim do ano, entregam-lhe um papel a dizer que têm o nono ano. Isto é tudo uma mentira, enquanto formos governados por mentirosos e incompetentes este país não tem solução», acrescentou.


Sobre os alunos, Medina Carreira entende que estes «não sabem coisa nenhuma». «O que é que vai fazer com esta cambada, de 14, 16, 20 anos que anda aí à solta? Nada, nenhum patrão capaz vai querer esta tropa fandanga», sublinhou.

Já no que toca à avaliação dos professores, o ex-ministro considerou-a uma «burrice», pois perguntou «se você não avalia os alunos, como vai avaliar os professores?».


Apesar disto, admitiu que esta avaliação será possível se houver «disciplina nas aulas, o professor tiver autoridade, programas feitos por gente inteligente e manuais capazes».


Nesta tertúlia, Medina Carreira falou ainda sobre o Parlamento para dizer que este «vale tanto como a Assembleia Nacional de Salazar», uma vez que os deputados «não valem nada, não têm voz activa».


«Salazar dizia 'ninguém mia' e ninguém miava. Agora é um fingimento, quem está na Assembleia são tipos escolhidos pelo chefe do partido, se miam não entram na legislatura seguinte e como vivem daquilo têm de não miar», explicou.


Numa Assembleia da República onde a «mistificação» era «igual» ao tempo de Salazar, mas «mais autêntica, segundo Medina Carreira, os actuais deputados são «obedientes» e «escravozitos que andam por ali na mão dos chefes partidários».

«O Alegre falou, correram com ele, ao Manuel Maria Carrilho deram-lhe um lugar bom em Paris, o Cravinho começou a mexer na corrupção deram-lhe um lugar em Londres. E aqueles outros que não podem ir para Londres nem para Paris, calam-se», explicou.

O antigo titular da pasta das Finanças considerou ainda que a Assembleia da República é «um sistema de saco de gatos». «O partido mete lá 20 pândegos. Contaram-se os votos, saem cinco e o senhor foi um dos cinco que saiu», concluiu."

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

AMMAIA OU MATAI-A... (I)

Não tarda nada estão a cumprir-se cinco anos desde que o golfe da Ammaia fechou as portas. Várias têm sido as tentativas e os bluffs que rodearam este malfadado investimento, na sua área, o único e verdadeiro projecto âncora do Nordeste Alentejano.

O imbróglio que envolve todo este empreendimento é uma autêntica charada de improvável solução, pelo menos a curto e médio prazo. E é urgente que alguém faça alguma coisa antes que os sistemas de rega e outros equipamentos se deteriorem completamente, tornando a sua recuperação mais difícil e mais onerosa.

No contexto actual, há que destrinçar duas coisas: a urbanização, por um lado, e o campo de golfe, por outro.
Apesar de estarem ligados um ao outro, são dois equipamentos completamente diferentes: a urbanização limita-se a alojar os seus proprietários ou arrendatários, jogadores ou não de golfe.
O campo é um equipamento desportivo eminentemente destinado ao turismo e consiste no maior pólo de atracção de turismo de médio e alto standing que existe no interior do Alentejo.

Gostemos ou não, assim são as coisas... e o certo é que ninguém quis ser partícipe activo de uma solução para um problema que mexe com toda a hotelaria e restauração, entre outras actividades económicas, do distrito de Portalegre.

E se a urbanização ainda tem que passar vários anos enrolada nos tribunais, porque nem Pais do Amaral é o pai natal nem os promitentes compradores foram vistos em nenhum santuário, é urgente que o campo de golfe se recupere e reabra as suas portas, porque o golfe tem uma influência directa e imediata no funcionamento de todas as nossas unidades hoteleiras e dos nossos restaurantes. E isso significa posto de trabalho e, já agora, produz atractividade populacional, pois convém não esquecer as famílias que de cá sairam, porque ficaram desempregadas, quando o campo fechou. O golfe é trabalho, o golfe é turismo, o golfe é dinamismo, o golfe é prestígio.

Em suma, o importante é encarar a realidade e reconhecer que este investimento privado que fracassou devido a uma gestão nefasta, cega e irrealista a todas as luzes, não é um investimento como outro qualquer. É um investimento transversal à única indústria sustentável de Marvão e que não é outra que o turismo. E por isso, a bem de Marvão, tem que ser recuperado.

Não existindo investidores privados interessados no projecto, cabe às entidades públicas recuperar o campo, no âmbito das suas atribuições no desempenho de serviço público, dinamizando, de forma clara e inequívoca, a decadente economia local.

Num país (ou num distrito) normal, a Associação de Municípios de Castelo de Vide, Marvão e Portalegre e talvez o Município de Nisa, nunca teriam deixado este campo encerrar, porque traria semanalmente para cá, cada município, largas dezenas ou centenas de miúdos, em conceito de desporto escolar, outro dos irrefutáveis aproveitamentos deste projecto. Mas essa pseudo-associação intermunicipal só existe no papel, nem falam, nem dialogam, nem respeitam os compromissos financeiros, etc, etc. Imagino o dia que não sejam todos da mesma cor política...

Neste cenário, penso que chegou o momento de nos despirmos de traumas e complexos sem sentido, pelo que só resta ao Município de Marvão “agarrar o touro pelos cornos” e estudar a hipótese de assumir a recuperação e manutenção do campo, voltando a reabri-lo. A longo prazo, quando se resolver o problema da urbanização, e se assim o entender, vende. Bem vendido.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

MporM, por mail


Reunião da Câmara Municipal de Marvão em 02.12.2009

No dia 2 de Dezembro de 2009 a Câmara Municipal de Marvão reuniu pela terceira vez, no salão Nobre dos Paços do Concelho, contando no público com dois membros do Movimento por Marvão – Fernando Gomes e Tiago Pereira.

Fora da ordem do dia surgiu o pedido da Albergaria D. Manuel de licenciamento de três lugares de estacionamento, no âmbito da sua classificação como Hotel; não havendo nenhum parecer da divisão técnica de obras, o Presidente da Câmara Municipal adiou a votação daquele pedido para a próxima reunião. Igualmente fora da ordem do dia, teve lugar a votação da proposta da Vereadora Madalena Tavares que consistia na atribuição da totalidade da receita dos bilhetes cobrados na Feira da Castanha aos Bombeiros; esta proposta estava sustentada no facto de os cartazes promocionais da Feira referirem que as verbas daquela cobrança revertiam para a construção do novo quartel dos Bombeiros, sem nenhuma indicação de que se trataria de parte delas; esta proposta foi votada favoravelmente por todos os vereadores, com excepção do vereador Luís Vitorino, o qual se viu inibido de votar pelo facto de ser o Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Marvão.

A ordem do dia começou com um assunto que muito tinta fez já correr no Concelho – a parceria entre a C. M. Marvão e a empresa “Novos Povoadores”. Perante o assunto, os vereadores da oposição solicitaram ao Presidente que este fizesse uma breve apresentação do projecto, algo a que se recusou, argumentando que, se alguém tivesse dúvidas, fizesse as perguntas por escrito. Face a esta lamentável atitude, o Vereador José Manuel Pires prestou alguns esclarecimentos sobre a parceria, comunicando que o projecto pressupõe que se venham a instalar 10 famílias no nosso Concelho, as quais comprarão ou alugarão casas e estabelecerão pequenas empresas, o que, segundo o vereador, criará alguns postos de trabalho; a Câmara Municipal pagará à empresa “Novos Povoadores” 3.600 € por família, do que resultará uma verba de 36.000 €, pelo conjunto das 10 famílias. A oposição perguntou ao executivo em que parte do Concelho se iriam fixar as novas famílias, tendo o Vereador José Manuel Pires respondido que a Câmara Municipal de Marvão não sabe em que local do Concelho essas 10 famílias irão comprar ou alugar casa. O vereador eleito pelo PS, Nuno Lopes, votou contra esta proposta, por considerar que se trata de uma verba exagerada e por discordar do projecto. A vereadora Madalena Tavares absteve-se, lembrando que seria positiva uma reunião aberta à população para discutir este projecto. O executivo maioritário, eleito pelas listas do PSD, votou a favor do projecto.

Seguiu-se uma proposta do vereador Nuno Lopes, a qual o Movimento por Marvão saúda, de publicação das actas das Reuniões de Câmara no site da Câmara Municipal de Marvão, tendo todos os vereadores votado favoravelmente. O Movimento por Marvão discorda, porém, de uma justificação desta medida e que se refere a “informações difusas” que saem das reuniões para os blogues do Concelho; este tipo de insinuações põe em causa o trabalho que o MporM tem vindo a desenvolver e que espera, dependendo da disponibilidade dos seus membros, continuar a desenvolver. Apesar de tudo, e para desgosto de muita gente, vamos continuar a escrever os nossos relatórios.

Outra proposta do vereador do Nuno Lopes foi a votação, não tendo o mesmo desfecho da anterior. Esta proposta consubstanciava-se na disponibilização de transportes da C. M. Marvão para os munícipes se deslocarem ao Centro de Saúde e suas extensões. O Presidente da Câmara chamou a atenção de que essa é uma função que não cabe ao município, e que, se esse transporte se concretizasse, condenava a continuidade das extensões de saúde no Concelho, pelo que o executivo votou contra. Igualmente sob proposta do vereador Nuno Lopes foi aprovada uma felicitação da Câmara Municipal ao Dr. José Silva e à sua equipa devida ao alargamento de horário no Centro e Extensões de Saúde de Marvão.

O assunto seguinte foi a aprovação do encerramento da Piscina de Santo António das Areias nas duas últimas semana de Dezembro para trabalhos de limpeza e de manutenção, tal como todos os anos costuma acontecer.

No período de informações a vereadora da oposição Madalena Tavares fez uma declaração, que terá ficado em acta, pedindo que o Presidente da Câmara Municipal de Marvão alterasse a sua postura para com os vereadores da oposição, porque “quando estes pedem esclarecimentos, o Senhor Presidente pede que estes sejam feitos por escrito podendo levar a que os assuntos em vez de resolução imediata passem de reunião em reunião”. Por outro lado, o vereador José Manuel Pires anunciou que o município irá apostar numa programação especial de Natal na Vila de Marvão.

No período reservado ao público, Fernando Gomes começou por felicitar de forma “oficial” a nova vereação, fazendo duas considerações: em primeiro lugar - disse - as maiorias têm a responsabilidade de encontrar as melhores soluções para a população, sem quaisquer abusos de poder; dirigindo-se aos vereadores da oposição, exortou-os a não se resignarem no combate por melhores condições para a população, apesar da maioria que saiu das últimas eleições; finalmente, referiu que é conhecido o trabalho que o Movimento por Marvão tem feito, não de forma difusa, como chegou a ser dito, mas com dados concretos, fiscalizando a acção do executivo e servindo de porta-voz à população, trabalho esse que somente a falta de visão política explicará não ser valorizado, apontando como exemplo o facto de o executivo ter recuado no subsídio à Associação Comercial de Portalegre. Também Tiago Pereira usou da palavra, colocando cinco assuntos em discussão: 1) O MporM apresentou uma proposta de modificação do InfoMarvão (boletim informativo do município), a qual não foi aceite pela C. M. Marvão, que, através de um ofício assinado pelo vereador José Manuel Pires, sustenta que a proposta “não se enquadra nos princípios do projecto InfoMarvão aquando da sua criação”; perante isto, perguntou porque é que não foi referida no ofício a parte da proposta que falava das associações do Concelho, e se essas também estavam de fora dos princípios fundadores do InfoMarvão; 2) Aconteceu em Marvão que, tal como já se tinha dado há algum tempo noutras povoações do Concelho, encerrou o único minimercado que havia na vila, e que, nos últimos tempos, funcionava apenas nos fins-de-semana; perguntou, então, se este encerramento significava uma preocupação para o executivo e que soluções teria este em mente; 3) Lembrou ao executivo que anualmente jovens há que se formam no nosso Concelho e que, por não encontrarem emprego aqui, partem para outros locais na busca de novas oportunidades; perante este cenário - perguntou - será normal estarmos a pagar 3600 € a uma empresa para que traga famílias à beira da reforma para o nosso Concelho, quando estes mesmos 3600 € dariam para sustentar um estágio profissional no Concelho, durante um ano, fixando os nossos jovens… será esta a estratégia que queremos seguir?; 4) Já que a piscina de S. António das Areias vai fechar no final do ano, não seria altura para a C. M. Marvão criar um preço - que não existe - para estudante e seniores com mais de 65 anos, bem como distribuir pelas unidades de alojamento do concelho vouchers para que os seus clientes possam beneficiar da piscina coberta de Santo António?; 5) Por último, e por não ter havido desenvolvimentos desde a última reunião, solicitou informação acerca de como estariam os processos relativos ao Conselho Municipal de Juventude e à Comissão Local de preparação do Centenário da República.

Acerca do InfoMarvão, o executivo disse que este se destina a prestar informar sobre a actividade municipal, e que, se alguma Associação quisesse participar, haveria toda a disponibilidade em receber o respectivo contributo; neste caso, o MporM não pode deixar de lamentar a falta de proactividade e de visão do executivo. Sobre o encerramento do minimercado em Marvão, o executivo confidenciou que, em tempos, pensou numa solução que passasse pela distribuição, no concelho, de produtos essenciais, por uma empresa de inserção, mas que, no entanto, tal não seria viável, estando agora a fazer o esboço da Loja de Produtos de Marvão [aquilo que nas Marcas do Território chamamos Casa de Marvão], e que poderá ter a valência de fornecimento de produtos essenciais à população da Vila de Marvão. Acerca dos Novos Povoadores, a Câmara tem a forte convicção de que estes vão criar empresas criativas no Concelho e criar, assim, postos de trabalho. Sobre as tarifas da piscina de Santo António, o executivo comprometeu-se a estudar o assunto, mas, acerca dos vouchers, considera que deverão ser as unidades hoteleiras a pedir parceria à Câmara [outra vez a falta de proactividade]; ainda relativamente a este assunto, o Presidente disse que “o MporM devia ter outras coisas com que se preocupar”. Sobre a Comissão Local para o centenário da República nada foi dito, e acerca do Conselho Municipal de Juventude foi informado que será tema da próxima Assembleia Municipal.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A MULHER E A AMANTE

Apesar de, aparentemente, Portugal ter sido considerado um dos pioneiros na abolição da escravatura, a verdade não é bem essa. Abolimos o inexistente direito de explorar e escravizar os povos que se cruzaram pelos caminhos que o destino ditou aos descobridores lusos, isso sim. As naus deveriam voltar carregadinhas de ouro, mas, lá no fundo, estávamos mais virados para galar fêmeas indígenas, que para cortar as cabeças dos chefes das tribos. E para dar essas galadelas, sempre era melhor fazê-lo sem grandes quezílias e sem dominações sangrentas. E cá por Portugal? Por cá o trabalho de casa continuou por fazer...

Séculos mais tarde, o conceito idealista da liberdade e da igualdade promulgada aos quatro ventos pelos revolucionários Capitães de Abril, viu-se rapidamente abafada pelo “estabilizar da situação” que se seguiu aos anos quentes da década de setenta, quando os civis se sentaram no poder e começaram a saborear, a ostentar e a manipular o democrático direito de governar, oferecido de mão beijada por um Povo inocente e bem intencionado. Aquilo que era para o Povo, começou, desde logo, a ficar retido nas redes do oportunismo e da corrrupção...

No decurso dos mais de vinte anos que já nos separam da adordagem à Europa Única, rectificámos alguns defeitos da nossa mentalidade retrógada, amarrada a mais de quatro décadas daquela ditadura que nos equilibrava financeiramente, ao passo que nos empobrecia e nos coibia o espaço intelectual e filosófico.

Só que o cerne da questão continuou a residir no mesmo ponto: a mentalidade de um povo que sempre careceu dessa sociedade média com um poder económico e cultural capaz de se impor aos caciques oportunistas, pseudo-intelectuais culturetas ou nem por isso, que souberam posicionar-se nas artérias secundárias do poder, gerindo os destinos do país a seu bel-prazer.

É neste contexto que tem origem o modelo de Poder Local pós 25 de Abril. O Governo Central inveja a Europa Ocidental e sonha com igual nível de desenvolvimento. Como, na prática, é completamente impossível solucionar, a partir da capital, todos os pequenos grandes problemas de um país sem as mais básicas infra-estruturas que viabilizem o equilíbrio da nação, endossa-se carradas de dinheiro fresquinho, chegado da Comunidade Europeia via Lisboa, para desfrute das autarquias locais e estas que, como saibam e como possam, façam redes de água, esgotos, electricidade, estradas.... E quando acabam essas obras fazem jardins, pavilhões polidesportivos, centros de lazer, campos de futebol, praças de toiros, piscinas cobertas, descobertas e outras cenas encobertas. A questão é que o money não páre de correr...

Anos mais tarde, o governo apercebe-se do desiquilíbrio que ele próprio fomentou e tenta meter um travãozinho, porque, no fundo, as autarquias do interior cada vez mais deserto estão a duplicar equipamentos de forma absurda e completamente insustentável num futuro não muito longínquo.

Surge o referendo da Regionalização. É a proposta de criação de um poder político intermédio que regule os pequenos reinos dos presidentes de câmara, e possa gerir e arbitrar os investimentos a executar. Só que este projecto chumbou. Nem os autarcas estavam dispostos a abdicar dos seus ceptros, nem os ministros e secretários de estado queriam “postos intermédios” entre os reizinhos e os reizões... Verdade verdadinha é que ninguém pôs, a sério, as mãos no lume pela Regionalização... Os poderes instituídos sobrepuseram-se aos poderes emergentes.

Qual foi o resultado? No nosso Norte Alentejano profundo, aquele que, desde que Guterres deixou o Governo parece estar esquecido por Deus, encontramos autênticos mamarrachos de obras, repetidos em cadeia em municípios vizinhos, espelhos da vaidosice dos narcisistas que as mandaram construir, e que só se executaram porque se refletiam em votos e em mais uns mandatos no reinado. Mas agora, nenhum pequeno rei vai ter coragem de encerrar equipamentos relativamente recentes, ainda que inúteis e insustentáveis, sabendo que tais medidas lhes podem custar a poltrona do poder.

Tal não seria grave se as verbas que se gastam nesses equipamentos supérfulos, não pusessem em causa algo tão essencial como, por exemplo, os regalias a que os trabalhadores moralmente têm direito. Tal não seria grave se as Câmaras Municipais das zonas deprimidas pudessem continuar a desempenhar a sua função social e continuassem a gerar algum emprego, impedindo o contínuo despovoamento, que cada dia que passa mais se agrava.

Em suma, os reizinhos construiram grandes palácios para as amantes, e lá na residência real, as suas raínhas e respectivas aias de toda a vida, aquelas que lhes fazem o almoço e lhes lavam e engomam a roupa, continuam a ser maltratadas e a serem as verdadeiras escravas...

Fado maldito.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Nicolau Santos esclarece J.Buga!


Após as dúvidas aqui levantadas por J.Buga sobre os conselhos do FMI a Portugal eis que surge, hoje, o conceituado economista Nicolau Santos, na sua já habitual crónica semanal no caderno “Economia” do jornal “Expresso”, com preciosos esclarecimentos sobre a matéria.


É certo que não abordou o recente empréstimo, de alguns milhões, concedido pelo Banco de Portugal ao FMI, o qual surge no âmbito de um acordo entre esta entidade financeira internacional e a União Europeia (de que Portugal faz parte).

Esta “omissão” não será alheia ao facto dos fundos do FMI (um fundo monetário mundial) terem origem nos seus 185 países membros (entre os quais Portugal) e esta entidade, surgida em 1945 (na ressaca da 2ª guerra munidal), ter entre os seus objectivos a promoção do desenvolvimento económico, o apoio a quem tem problemas com a balança de pagamentos e o combate à pobreza.

Por agora, Portugal mantém-se como financiador, não justificando, ainda, uma intervenção de apoio do FMI (como outros países no mundo). Mas, mantendo o percurso actual, é possível que, tal como no passado, essa intervenção venha, ainda, a ter lugar.

Seria muito mau sinal. Nesse cenário, Portugal estaria bem pior que actualmente.

A evitar!


Grande Abraço

Bonito Dias
(bonitodias@gmail.com)

FALEMOS DE SAÚDE

NOVOS HORÁRIOS DE CUIDADOS DE SAÚDE EM MARVÃO

Iniciou-se há cerca de 1 mês, um novo Horário de Funcionamento no Centro de Saúde de Marvão, que passou a estar aberto, numa das Extensões de Saúde, entre as 8 e as 19 Horas, de Segunda a Quinta-Feira.

Nos últimos 25 anos, o Horário de Funcionamento do CS de Marvão (entenda-se a Sede e as suas Extensões), foi sempre de 35 Horas/Semana, de Segunda a Sexta-Feira, das 9-12,30 e das 14-17,30. Pelo que, ao proceder-se a um alargamento de horário, tal deverá representar uma melhoria na oferta dos cuidados de saúde aos marvanenses.

De acordo com a legislação em vigor, os Horários de Funcionamento dos Centros de Saúde, devem ser entre as 8 e as 20 Horas, de Segunda a Sexta-Feira. Poderão ainda funcionar em Horário Alargado aos fins-de-semana e feriados, sempre que tal se justifique, quer por razões de elevado número de utentes, quer por motivos de distância aos Serviços de Urgência.

No nosso distrito e em todos os Concelhos, os Centros de Saúde têm Horários de Funcionamento pelo menos de 10 horas diárias (Segunda a Sexta), e Horários Alargados aos fins-de-semana e feriados de pelo menos 4 horas diárias (alguns funcionam até 11 horas, como é o caso de Castelo de Vide).

Espera-se assim, que seja uma boa medida o aumento do Horário no CS de Marvão, tendo em vista uma melhor resposta às necessidades de cuidados de saúde dos cerca 4 000 Utentes do concelho, evitando-se a sua deslocação com frequência, com custos elevados, suportados pelos utentes, para outros Centros de Saúde.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Humor sobre a Crise…

" ... A situação dos mercados financeiros é tão má, que há mulheres que estão de novo a casar por amor ... "

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ai Quem Me Acode Neste Mundo Louco…

(Por favor, não me chamem tolo…)


Ontem dia 2 de Dezembro fiquei pasmado com a seguinte notícia publicada em tudo o que era Órgão de Informação:

“Banco de Portugal vai emprestar mais de mil milhões de euros ao FMI


Lisboa - O Banco de Portugal (BdP) vai emprestar até 1 060 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no âmbito do compromisso assumido pelos países da União Europeia de reforçar a capacidade de empréstimo do FMI até 75 mil milhões de euros.

O Banco de Portugal vai emprestar até 1,06 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito do esforço dos países da União Europeia, bem como pelas maiores potências mundiais, para reforçar a capacidade da instituição financeira internacional face à crise económica global.

«Estes acordos contribuem para o aumento dos recursos do Fundo que foi pedido em Abril de 2009 pelos líderes do G20 e pelo Comité Monetário e Financeiro Internacional para disponibilizar aos seus membros apoio de balança de pagamentos atempado e eficaz durante a actual crise», afirma o FMI em comunicado hoje divulgado.

Com este compromisso, Portugal cumpre a sua quota-parte, aumentando a capacidade de financiamento do FMI.”

Na minha “cabecinha” só surgia uma pergunta:

- Mas como é que é possível, um país que deve dinheiro a toda a gente, à beira da falência, com ½ milhão de desempregados, com 2 milhões de pobres (muitos deles a passar fome), ter tanto dinheiro para emprestar àqueles que habitualmente nos emprestam a nós?

Mas com as notícias de hoje (logo no dia seguinte), garanto que me partiram todo!

Então não é, que aqueles maganos, a quem ontem emprestámos 200 milhões de contos, nos vêm hoje, dar ordens na nossa casa, e, exigir que temos que aumentar o IVA, que não pode haver aumentos para os funcionários públicos e reformados e que temos que fazer cortes nos poucos benefícios fiscais que ainda restam?

Então mas já não há “respêto”, ou andam a brincar com a “tropa”…