De acordo com anterior Informação Fórum, realizou-se na passada Segunda-Feira, 4/8, a Assembleia Extraordinária do Grupo Desportivo Arenense (na sequência da outra realizada em 23/7), com a finalidade de se proceder à eleição de Corpos Gerentes para o biénio 2008/2010.
Lamentavelmente, apesar de mais de uma vintena de sócios presentes, não foi possível, mais uma vez, essa eleição, por não ter sido apresentada qualquer Lista, mesmo depois do Presidente da Mesa ter dado um período de 10 minutos, para que os associados, pudessem reflectir e tentar encontrar, em conjunto, alguém que quisesse assumir a liderança, com vista a apresentação de um elenco directivo.
Apesar de ter sido reconhecido pela maioria dos presentes, que é fundamental que o GDA não “feche as portas”, nomeadamente, por parte dos sócios e pelas Entidades presentes, Presidente da C. Municipal de Marvão e Presidente da Junta de Freguesia de Areias, ninguém apresentou uma solução no momento.
Esta situação, levou a que o Presidente da Assembleia-Geral, João Bugalhão, propusesse uma nova Reunião mais restrita, com todos os associados que estivessem dispostos a participar num primeiro encontro, com vista a constituir uma Lista a propor aos associados no mais curto espaço de tempo possível.
Esse encontro ficou agendado para a próxima Segunda-Feira, dia 11/8, às 21 Horas, e disponibilizaram-se os seguintes associados: António Miranda, Joaquim Maroco, Vítor Bernardo, Mário Anselmo, João M. Lança, João Mouro, Júlio Milhinhos, António Raposo Machado, Luís Roque, José Luís Andrade e José João Nunes.
Este grupo, está ainda aberto, a todos aqueles associados que queiram comparecer na Sede do clube, na data e hora supracitada.
É de realçar, que se neste encontro não forem encontradas soluções, o GDA corre grave perigo de dissolução, pelo que se apela a toda a comunidade, nomeadamente, aos mais jovens e seus familiares que ali encontram um lugar para a sua pratica desportiva, que participem e não deixem morrer mais uma Instituição do concelho de Marvão.
TA: Ficou mais uma vez demonstrado (ao contrário de alguns “boatos”, tão típicos de S. A. Areias), que o clube se encontra praticamente saneado em termos financeiros, e de que não será esse o motivo de não se encontrarem soluções
8 comentários:
Causa-me alguma pena os acontecimentos com o GDA. Contribui colaborando, em tempos com esta instituição fazendo parte de um grupo de pessoas que tentou organizar, conservar e principalmente motivar os jovens a fazer parte daquela casa. Chamámos os jovens e demos -lhes autoridade e muito trabalho. Relembro o extrardinário entusiasmo com que muitos deles de cá e outros de férias escolares participaram nas pinturas, obras, trabalhos de carpintaria,de electricidade, limpeza, reciclagem de cadeiras e estofos, executados da cave ao ultimo piso e recanto. Trabalhámos muitíssimo, formaram-se equipas espectaculares de várias faixas de idades. Todos eles contribuiram, cumprindo regras e demonstrando respeito entre si. Não sentiam necessidade de ir beber uns copos a alguns Kms de automóvel ... e os pais ficavam mais descansados. Eram orgulhosos pelo trabalho que iam desenvolvendo, mostrando-o com vaidade aos que vinham de fora...
Onde estão os jovens de hoje?
Boa pergunta essa amiga Lígia.
Convirá esclarecer que nas duas últimas duas Assembleias, estiveram presentes, apenas, 2 jovens com menos de 30 anos (1 em cada Assembleia), o que é lamentável.
Poderíamos ficar aqui, horas e horas a dissertar sobre as razões e responsabilidades de tal realidade, trocar de argumentos, mas certamente isso a muito pouco nos levaria.
A melhor explicação, penso eu, minha cara Lígia, é vaga e abstracta: é o tempo…
O tempo que passa, ou como diria um amigo meu, nós é que vamos passando por ele. Porque o tempo, esse, desde que o mundo é mundo, que está aí sempre. Até parece impossível como existe tanta gente a queixar-se da falta do dito.
Parece-me a mim, que aqui está alguma da explicação à tua pergunta. Que talvez mais acertada seria: onde estamos nós?
Claro que, com esses mesmos jovens incluídos.
TA: Alguns poderás encontra-los como Candidatos às próximas eleições Autárquicas, parece que é o que está a dar agora. Não necessitarei de te explicar porquê…
jbuga
Sendo Arenense e tendo sido presidente da direcção do GDA há já bastantes anos atrás, não posso deixar de ficar triste com a situação a que esta associação chegou.
A mesma prestou durante muitas décadas, à população de Santo António das Areias e arredores, serviços importantes em 2 áreas distintas – a do Desporto e a da Cultura.
No Desporto, não apenas no futebol; durante décadas o GDA participou e fomentou actividades como o andebol, o ténis de mesa, tiro ao alvo, atletismo, …
Na área cultural e recreativa as 2 salas de que a sede do grupo dispõe foram os expoentes máximos no panorama municipal durante muitas décadas.
O papel desempenhado pela discoteca fundada sob a iniciativa do Sr. João Sequeira e perpetuada até muito recentemente (com altos e baixos), foi de extrema importância para a população. Nas épocas áureas, algumas das quais são ainda muito recentes, os nossos jovens não necessitavam de sair daqui de carro e regressar às tantas da madrugada deixando os pais com a habitual preocupação do que uns copos a mais podem provocar.
O João Bugalhão constata o óbvio – os jovens estão desinteressados pelo GDA.
Talvez fosse bom pensar-se nas causas e começar a fazer-se algo para mudar a situação.
No tempo em que eu presidi à direcção do GDA, a equipa que comigo trabalhou teve preocupações várias, que foram desde a manutenção do futebol sénior, ao futebol das escalões juvenis, à dinamização de um leque vasto de outras actividades desportivas (com a constituição do CCD), à remodelação completa das instalações da sede e sua revitalização nas várias salas e actividades.
Mas talvez o nosso papel principal tenha sido o chamar os jovens a colaborar connosco na direcção da associação e em particular da discoteca, que foi sentida por eles como lhes pertencendo em parte; e nessa altura vínhamos, como agora, de uma crise directiva profunda e do afastamento dos jovens face ao GDA.
Depois da nossa direcção pouco foi feito para captar os jovens; foi quase sempre feito muito mais para os afastar da direcção dos destinos da associação e consequentemente da mesma.
Até que o fosso entre a juventude e o GDA se tornou enorme e a abertura da discoteca Crisfal só deu a machadada final na nossa discoteca A Cave.
Bem sei que os tempos não são os mesmos, mas seria bom que os futuros dirigentes do GDA que certamente vão aparecer (não tenho grandes dúvidas sobre isso), se empenhassem de novo na captação dos jovens para apoiarem os trabalhos a desenvolver pela associação; e que em paralelo não se limitassem ao futebol – se forem por aí o grupo não tem mesmo futuro e de 2 em 2 anos estará sempre na mesma em termos directivos e cada vez a degradação será maior, até ao fecho.
Quando falo dos jovens a captar estou-me a referir à faixa que vai dos 14 até aos 20 anos. Os da faixa superior aos 20 anos (da actualidade) já será muito difícil recuperá-los massivamente para participarem na gestão do grupo.
É pois tempo, em minha opinião, de recomeçar a trabalhar com as camadas mais jovens e voltar a diversificar as actividades para além do futebol.
Já agora, seria bom que o grupo não viesse outra vez a agarrar-se a salvadores da pátria – é que estamos muito próximo das eleições autárquicas e há sempre quem sinta estas tentações próximo das mesmas, não faltando um leque de oportunistas por trás a apoiá-los e que depois quando o ciclo termina são os mais críticos ao que ajudaram a construir (destruir).
José Boto.
Há uma coisa a que não podemos fugir: à realidade.
E a realidade é que, desde a juventude da nossa geração, os que temos trinta e muitos ou quarenta e tantos, até aos dias de hoje, as coisas mudaram radicalmente.
Nâo podemos ver os jovens de hoje à semelhança daquilo que nós fomos. A nossa juventude passou, e hoje em dia, as prioridades da malta nova são outros diametralmente opostas aquelas que nós tivemos.
Alguns jovens podem querer dar uns pontapés numa bola, mas não contemos com eles para depois perderem o seu tempo em associativismos que não estão na linha dos seus interesses.
Este problema não é só do Arenense, é de quase todas as colectividades. Pertenço à Direcção dos Artesanos, Em Valencia de Alcántara, proporcionamos condições bestiais, sala infantil, com home cinema, toda a imprensa do dia, biblioteca, bilhares, sala de jogos de mesa, videoteca, internet gratis, aquecimento central, etc. etc.
Mas querem saber uma coisa? Há mais de dois anos que não conseguimos angariar um sócio com menos de 40 anos!!
A evolução da informática teve um embate enorme na conduta social. Só que parece que não nos apercebemos disso. Hoje, na comodidade donosso lar, em frente ao nosso PC, vamos ao banco, ao cinema, às compras, falamos com os amigos e com um pouco de imaginação, até damos uma queca.
As Sociedades clássicas, tal e como existiram na nossa geração já estão a desaparecer lentamente.
Presentemente, as prioridades são outras. o Futuro? Dios dirá.
Pois é meus amigos, continuamos a falar do tempo (que é conversa de quem não sabe o que há-de dizer).
Lamentavelmente, e tal como aqui escrevi no último comentário, o tempo nunca para, ao contrário de nós, que a maioria das vezes, paramos no tempo. Parece que é a lei da vida.
E o que vos trago aqui hoje, tem a ver com o Comentário de reflexão do José Boto, que mais uma vez, considero de qualidade…, mas o tempo (esse maganão, como diz o Pedro Barroso), mais uma vez parece, não lhe querer dar razão!
Como todos sabem, pelo que aqui já foi relatado, já se realizaram duas Assembleias-Gerais do GDA, no espaço de duas semanas, com vista a encontrar uma solução directiva e, nas duas não foi possível resolver o problema.
Lamentavelmente, foram poucos os sócios, e muito menos os jovens, que por lá apareceram.
(Não me venham com paternalismos bacocos das novas psico-pedagogias, de culpar sempre os pais, pelo do que mal acontece aos filhos…)
Da última AG, ainda foi possível encontrar um grupo de uma dúzia de associados, que se reuniram ontem, para tentarem formar uma Lista para os Corpos Gerentes do Clube.
Mas essa Reunião, amigo José Boto, foi inconclusiva, isto é, ninguém quis assumir o Leme.
Muitos diagnósticos, muitas lamentações, mas nenhuma terapêutica, ou plano de recuperação.
Nem sequer um paliativo!
Parece anedótico, mas é verdade (desculpem a minha agressividade), mas desse grupo, ninguém se chegou à frente, como diz a malta nova.
E por isso, a mim enquanto Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, mais não me resta do que declarar o Óbito e marcar o “Dia do Enterro”.
Como grito de revolta, aqui deste espaço pergunto:
ONDE ESTÃO OS VERDADEIROS ARENENSES?
Restam poucos dias de vida, mas ainda há hipóteses: ORGANIZEM-SE.
ESTÁ NAS VOSSAS MÃOS.
João Bugalhão
Evidentemente que concordo em grande medida com a exposição do Garraio.
Mas em Santo António das Areias existe já há bastantes anos uma associação de jovens que é o UJA. Já conheceu melhores dias, mas continua e penso que temos jovens em número suficiente e interessados em revitalizá-la.
Quando assumi a direcção do GDA, a UJA estava dissociada do 1º e um dos nossos objectivos que foi alcançado foi voltar a arranjar instalações para a mesma no GDA e colocá-la a trabalhar em equipa connosco.
Após a nossa saída da direcção, recomeçaram as guerrinhas e a UJA separou-se do GDA para não voltar a integrar-se lá.
Penso que parte da solução do GDA passaria pelo diálogo com os jovens da UJA procurando que a referida associação se integrasse de novo no GDA com base num protocolo em que ficasse bem definida quais as funções a desempenhar por cada 1 das 2 equipas.
Todos sabemos como o GDA se tornou merecedor “proprietário” da actual sede. O então “Centro de Recreio” estava num beco sem saída em termos directivos e o GDA já existente não tinha instalações condignas e tinha uma equipa de pessoas dispostas a desenvolver trabalho.
Agora é o GDA como associação que vive uma crise directiva forte e cíclica. Se não quiserem deixar morrer o Grupo, quer de forma rápida como lenta, seria bom pensar na proposta que aqui defendo, pois penso que ainda se pode ir a tempo.
Mas será que há interlocutores válidos e interessados no assunto???
José Boto
A História é feita de "várias histórias..."
Amigo José Boto, não sei se tiveste oportunidade de ler o meu comentário, antes de publicares o teu, pois acho estranho, que não lhe tenhas feito referência, porque poderíamos centrar o problema, neste momento, onde ele existe, que é a possível extinção, a curto prazo, do GDA.
E este é que é o verdadeiro problema actual.
E vejo com muita pena, que sócios como tu, que poderiam ajudar, nunca mais te ter visto por lá, desde que deixaste de ser Presidente do Clube, e, com isso ficou, certamente, a perder a colectividade.
Porque não mostrares agora a tua disponibilidade e contribuir para que o GDA continue a sua história… Por mim, serei o teu primeiro apoiante.
No entanto, não posso deixar de fazer um pouco de contraditório, à tua versão da história recente dessas duas colectividades arenenses, por me parecer, não ser totalmente coincidente, com a tua versão do que aconteceu no passado.
Em relação ao relacionamento GDA/UJA, na minha versão dos factos, isso não foi um exclusivo da Direcção que tu lideraste. Pois 4 anos depois de tu deixares de ser Presidente do GDA, em 1998, as duas colectividades ainda tinham um Protocolo de colaboração, nomeadamente, na Gestão da Discoteca A Cave.
Esse protocolo (único escrito conhecido) foi elaborado por mim, enquanto Presidente do GDA, e o João Batista, como Presidente da UJA. Esse protocolo, tinha diversas actividades e posso-te dizer, que em termos de resultados financeiros rendeu entre 1996 e 1998 a totalidade de 4 000 contos de lucro, repartido 35% para o GDA (1 500 contos), 35% em melhoramentos e obras na Discoteca (1 500 contos) e 30% para a UJA (1 000 contos); continuando a Sede da UJA a ser nas Instalações do clube.
Convirá relembrar que este entendimento foi possível de realizar, após umas eleições em que quer eu, quer o João Batista, tínhamos sido concorrentes à Presidência do clube. E que um pouco contra tudo e todos, foi possível chegarmos a um entendimento “colaborativo”, a bem das duas Associações.
Só em 1998 esse protocolo foi quebrado. Apenas, e só, por responsabilidade da UJA que decidiu unilateralmente, não continuar (a Direcção do GDA, queria continuar com o Protocolo e até aprofundá-lo), e montar a sua Sede, no “antigo lagar” da Nunes Sequeira, onde hoje funcionam parte das tuas instalações de restauração e afins.
Aliás a UJA, dizia na altura, ter grandes projectos para essa Sede, os quais também, em minha opinião, muito pouco se viram.
Claro que não preciso de te lembrar que no GDA, ficaram tantos jovens como aqueles que estavam na UJA. A UJA não tinha o exclusivo da juventude arenense.
Aliás essa mesma juventude que ficou no GDA, só na Discoteca (sem contar com mais de uma centena nas actividades desportivas), e em termos financeiros, teve um saldo positivo aproximadamente igual, aos dois anos anteriores (4 000 contos). Em obras e melhoramentos na Discoteca, foram investidos cerca de 1 000 contos, o que quer dizer, que a Direcção do GDA pôde contar com uma receita líquida dessas actividades, a rondar os 3 000 contos, o dobro de quando tinha o Protocolo com a UJA. Quanto a essa não sei se ficou a ganhar com o rompimento do Protocolo. Nunca lhes perguntei.
Mas amigo Boto a responsabilidade de separação das duas associações, essa, e nessa altura, não teve a responsabilidade do GDA.
Quanto aos dias de hoje:
BEM, EU NÃO HESITARIA EM “JUNTAR” AS DUAS…
João Bugalhão, de facto não tinha lido o teu comentário quando publiquei o meu anterior.
O relacionamento passado entre o GDA e a UJA não é o fundamental para o futuro. Houve períodos em que as 2 organizações conseguiram trabalhar em conjunto e períodos em que tal não foi possível, certamente com responsabilidades nos intervenientes das 2 partes.
Parece que estamos de acordo em que seria importante juntar as 2 nos dias de hoje; e a solução da crise directiva do GDA poderia passar por aí.
Não sou eu quem vai encabeçar uma lista, nem as negociações para que tal se possa tornar viável – não sinto motivação para isso e os projectos profissionais em que estou envolvido absorvem-me imenso tempo.
Mas penso que tu, juntamente com mais alguns dos dinamizadores do fórum, que revelam permanente interesse e motivação pelas questões do GDA, seriam as pessoas ideais para assumir um projecto de revitalização do Grupo.
Seria até uma prova da interligação entre o fórum e a povoação.
Apenas meti a colher neste tema porque penso ser importante a referida revitalização das instituições do concelho, a colaboração entre as mesmas é parte da solução e fazem falta intervenientes com visão mais alargada (que não seja apenas no futebol) na direcção do GDA.
José Boto.
Postar um comentário