“O MUNÍCIPE” foi, durante mais de uma dezena de anos, uma publicação de divulgação das iniciativas e obras levadas a cabo pela Autarquia (Câmara e Juntas de Freguesia), e simultaneamente, um elo de ligação entre todos os marvanenses.
Essa publicação chegava a quase todas as casas e famílias do nosso concelho, e era ao mesmo tempo, num concelho (talvez o único da região que não possui qualquer jornal ou outro meio de comunicação social), um dos poucos elos de ligação da diáspora marvanense, já que, quando os “deslocados ou afastados” visitavam as suas famílias, aí encontravam um meio de se informarem da evolução da sua terra e, porque não dizê-lo, do desempenho dos seus dirigentes.
Com a chegada da actual vereação ao governo da nossa autarquia, todos nós pensámos, que fazendo parte dela dois elementos que tinham estado no projecto do último jornal do concelho “O Altaneiro”, que o “Munícipe” não só continuasse, como poderia melhorar a sua qualidade, sobretudo, porque tendo no seu elenco governativo, uma pessoa dinâmica e empreendedora como é Pedro Sobreiro ( licenciatura em jornalismo) e um apaixonado pela comunicação social.
Mas o que aconteceu foi o contrário, o pobre “Munícipe” desapareceu.
Ainda teve uma ténue substituição por um seu “irmão” mais novo, a “Guarita”, mas desde aí, e já lá vão 3 anos, que os dois desapareceram do nosso convívio.
Explicação pública não houve.
Quando questionado na Assembleia Municipal sobre o porquê do desaparecimento da publicação, o Presidente da Autarquia invocou como razão para o desaparecimento do boletim, contenção de custos.
Madalena Tavares, anterior vereadora responsável pela publicação do “Munícipe” disse à Assembleia, que os custos com cada Edição, ficava na altura, apenas por 1 000 Euros, o que daria com 4 publicações por ano, um total de 4 000Euros.
Perdeu-se assim, em nossa opinião, mais um elo de ligação entre os marvanenses. Como ao longo dos tempos, outros se têm perdido.
Com um movimento associativo moribundo, com poucas iniciativas sociais, o marvanense, fica assim, cada vez mais isolado, entregue à intoxicação televisiva e ao cultivo da intriga e mal dizer.
No caso do desaparecimento do Boletim Municipal, pelo módico custo de 1 Euro/Munícipe/ano (2 cafés).
Valerá a pena a poupança?
Essa publicação chegava a quase todas as casas e famílias do nosso concelho, e era ao mesmo tempo, num concelho (talvez o único da região que não possui qualquer jornal ou outro meio de comunicação social), um dos poucos elos de ligação da diáspora marvanense, já que, quando os “deslocados ou afastados” visitavam as suas famílias, aí encontravam um meio de se informarem da evolução da sua terra e, porque não dizê-lo, do desempenho dos seus dirigentes.
Com a chegada da actual vereação ao governo da nossa autarquia, todos nós pensámos, que fazendo parte dela dois elementos que tinham estado no projecto do último jornal do concelho “O Altaneiro”, que o “Munícipe” não só continuasse, como poderia melhorar a sua qualidade, sobretudo, porque tendo no seu elenco governativo, uma pessoa dinâmica e empreendedora como é Pedro Sobreiro ( licenciatura em jornalismo) e um apaixonado pela comunicação social.
Mas o que aconteceu foi o contrário, o pobre “Munícipe” desapareceu.
Ainda teve uma ténue substituição por um seu “irmão” mais novo, a “Guarita”, mas desde aí, e já lá vão 3 anos, que os dois desapareceram do nosso convívio.
Explicação pública não houve.
Quando questionado na Assembleia Municipal sobre o porquê do desaparecimento da publicação, o Presidente da Autarquia invocou como razão para o desaparecimento do boletim, contenção de custos.
Madalena Tavares, anterior vereadora responsável pela publicação do “Munícipe” disse à Assembleia, que os custos com cada Edição, ficava na altura, apenas por 1 000 Euros, o que daria com 4 publicações por ano, um total de 4 000Euros.
Perdeu-se assim, em nossa opinião, mais um elo de ligação entre os marvanenses. Como ao longo dos tempos, outros se têm perdido.
Com um movimento associativo moribundo, com poucas iniciativas sociais, o marvanense, fica assim, cada vez mais isolado, entregue à intoxicação televisiva e ao cultivo da intriga e mal dizer.
No caso do desaparecimento do Boletim Municipal, pelo módico custo de 1 Euro/Munícipe/ano (2 cafés).
Valerá a pena a poupança?
10 comentários:
Que grande post!
Quando vou a casa da minha avó, no fim de semana, é dessa leitura que sinto falta. Se eu, que não estou lá sempre sinto esse "vazio", imagino quem lá vive e que participa activamente nas actividades do concelho.
Penso que este género de publicações possui dois factores importantissímos:- se, por um lado, acompanham as obras, actividades, festas a decorrer no concelho; por outro, mostra a população, dá-lhes protagonismo e importância. Para mim este segundo aspecto é fulcral.
Nos tempos que correm há que motivar as pessoas. Mostrar o que fazem, a que se dedicam, como o fazem e para que o fazem, de forma a que continuem, motivadas e interessadas a fazer. E na nossa zona qualquer actividade desenvolvida é importante, desde os jogos do norte alentejano às caminhadas. Sem as pessoas nada disso podia existir!
Quanto aos custos... Bem, estou certa de que, a querer-se publicar, encontrariam uma empresa disposta a fazer um bom preço, sensível à situação encomónica da autarquia, e que sem ser instituição de crédito, alargasse o prazo de pagamento, para os 90 dias, por exemplo! (sei do que falo, conheço uma assim, que passa por isso sem ser para os da terra, quanto mais para esses...)
Parece que, infelizmente, neste últimos tempos, para os lados de Marvão tudo se acaba. E não mercemos isso.
Recordo-me de ver as pessoas interessadas a ler "O Municípe", porque era a única forma de saberem o que se fazia no nosso concelho.
As obras.. os gastos... os proveitos... os subsídios...
Enfim fossem quais fossem os comentários, eles contribuiam para que se falasse do que se passava no concelho, o bem e o mal!
E agora?
Ninguém sabe nada, ninguém fala, ou quando se fala nem se fala com conhecimento de causa...
Bem, acho que se deve repensar a questão... deve o povo estar informado...
Se não pode ser com uma impressão como deve de ser, que tal em papel reciclado...
Também se lê e é mais barato...
O Boletim Municipal é, talvez, o assunto que mais hipocritamente tem sido tratado nas Assembleias (Jorge estás bem informado sobre as Assembleias…)
Historicamente, esta é uma publicação atacada pelas oposições porque é, sobretudo, um veículo de campanha do executivo e do respectivo partido, pago com dinheiro dos contribuintes. É, portanto, uma ferramenta ao serviço do poder a que a oposição não tem acesso. Cria desigualdade!
(Seria mais justo que a Câmara apoiasse uma publicação onde todos tivessem voz!)
Portanto, parece contraproducente a oposição criticar a ausência do dito Boletim.
Trata-se de hipocrisia!
A atitude do presidente, ao se refugiar na falta de verba, também parece contraproducente atendendo aos valores envolvidos.
Trata-se de hipocrisia!
(O que eu me “divirto” nas Assembleias onde este assunto tem surgido! É um espectáculo (in)digno de se ver!)
Se a razão do Boletim não “ir para o ar” não é o facto de não se querer utilizar verbas públicas para “campanha” própria (razão que o presidente não deu!) então as perguntas que ficam são:
- Porquê ter um vice-presidente profissional na matéria e não se utilizar os seus conhecimentos?
- Porquê não utilizar esse veículo para mostrar o que a Câmara vai fazendo?
- Porquê não utilizar esse veículo para explicar porque motivo não é possível fazer certas coisas?
- Porquê não utilizar esse veículo para explicar as opções tomadas?
e
- O que é que não surgiria nesse Boletim?
- O que é que apareceria nesse Boletim que não conviria aparecer?
Grande Abraço
Bonito Dias
Antes de mais, quero dar os parabéns aos mentores deste blog, pois só agora tive conhecimento.
Em relação ao assunto, importa referir que o Boletim Municipal é de extrema importância para os municipes, pois é uma forma de se manterem informados sobre o que se faz pelo concelho.
O facto de o actual executivo não o querer editar pode prender-se com várias ordens de razão:
- como fazem pouco (ou nada) não compensa gastar papel;
- gastaram o dinheiro nas promoções do pessoal, onde se inclui o sr presidente;
- estiveram a juntar o dinheiro para as contratações que estão em marcha.
Estas são apenas 3 razões possíveis, mas poderá haver mais.
Apesar de saber que este post corre o risco de ser elminado por não "estar afinado" com o resto da banda, sei que alguém o irá ler.
Mais uma vez parabéns pelo blog!
Ao Ibn Maruan,
O problema do seu comentário não é propriamente o conteúdo. Esse poderia (deveria) ser discutido.
Ser apoiado, refutado ou complementado!
Contudo, ao não ter a coragem de assumir a sua identidade, da minha parte só pode esperar indiferença!
Não concebo estar em diálogo com alguém com esse posicionamento e nem essa tem sido, propriamente, a atitude neste Fórum…
Bonito Dias
O que o Bonito, acaba de dizer é precisamente aquilo que eu penso.
Não quis comentar 1º porque este é um blog livre, menos para os cobardes, nós neste blog, assumimos a nossa identidade, por isso somos responsáveis pelo que escrevemos.
Um abraço
Jorge
Em primeiro lugar acho que não nos devíamos desviar do conteúdo do Post e começarmos a centrar-nos nos “processos” sobre as identidades de comentaristas pois, certamente, e como é hábito do “portuguesismo”, estaremos a desviar-nos do essencial.
E o essencial aqui, na minha opinião, é se uma Publicação Informativa, neste caso do “poder executivo”, é ou não importante para que os munícipes e contribuintes sejam informados acerca do desempenho dos seus eleitos para dirigirem o colectivo. E em segundo lugar, se à custa da argumentação de contenção de despesas (neste caso 2 cafés/munícipe/ano), se se justifica a suspensão de um meios de informação e de ligação entre os marvanenses!
A minha opinião é clara: NÃO.
Todos nós sabemos que esta suspensão tem apenas um responsável: Decisão do Presidente da CMM.
Na minha opinião, uma má decisão. E não me vou perder em grandes explicações do porquê. Elas já foram focadas pelas opiniões aqui expressas pelos meus antecessores.
O porquê desta decisão é que continua obscura para quase todos os marvanenses. Mas que tem a ver com uma forma de exercício do poder, no mínimo, abusiva, centrada numa só pessoa, obstruindo a autonomia de toda uma vereação e contrária a uma estratégia de “trabalho de equipa”, delineada durante o período eleitoral, que há-de merecer a avaliação dos marvanenses daqui a um ano.
Em segundo lugar, convirá questionar a quem serve esta estratégia de desinformação de desempenho?
Desde que o mundo é mundo, e que o homem passou a viver em sociedade, das tribos à “grande urbe”, que se sabe que esta estratégia só serve ao Poder, pelo menos temporariamente, mas quase sempre com maus resultados no futuro.
Postos estes argumentos, não me espanta que algumas pessoas tenham medo de dar a cara e se venham, até aqui, esconder atrás de pseudónimos.
Já não aceito, que sem provas, se venham por em causa os princípios de Independência e Liberdade deste espaço. Pelo menos até prova em contrário.
Por isso amigo “IBN Maruan”, se tem coragem e não pertence à “corja” dos que se escondem em Marvão, encarne a personalidade que quiser, mas assine as suas opiniões e estou certo que será bem-vindo neste espaço.
Um abraço
jbuga
TA: Mais um belíssimo comentário da jovem Alexandra.
Nota: Muito Bom.
Esse dito Boletim Municipal, na minha opinião era apreciado pelos munícipes e seus familiares que estando longe sempre iam sabendo umas notícias da “santa terrinha”…
Quanto aos aspectos negativos que se lhe poderiam apontar apenas saliento o da conotação com a ideia de “campanha eleitoral”, apresentando a “obra feita”…mas como tudo na vida, devemos deitar contas e apurar o saldo que é neste caso manifestamente positivo.
A ponderação da relação custo – beneficio penso que não deixa margem para dúvidas…
Quanto às razões que levaram o actual executivo a suspender a sua feitura desconheço-as…e não me apetece avançar com palpites…
Outro aspecto que me preocupou em comentários anteriores a este “post”, prende-se com a forma como se “tratou” alguém que não se identificou , que não deu a cara, mas todos sabemos o quanto custa assinar as opiniões contraditórias, e não me parece de “bom tom” essa rigidez que interpretei pelo que li…( perdoem-me se estou errada…)espero que entendam, claro que também me agradava mais que todos os que aqui participam dessem a cara, e será sempre um risco aceitar pessoas que não o fazem, mas por outro lado, ganha-se com mais participação…( o que é questionável é o seu valor e se não pretendíamos que tal acontecesse , então não podíamos aceitar que pessoas não identificadas pudessem entrar).
Não me parece que o que aqui opinamos seja “ má língua” e todos temos consciência do que escrevemos, e da importância da partilha doutros pontos de vista, do enriquecimento que se adquire por meio das “explicações” das pessoas do “terreno” (não leves a mal Luís…eu também estou muitas vezes fora dele…)e outras coisas mais….
Mais uma vez se prova.....
Porque, não nasce mais gente em PORTUGAL.....
Há gente que nasce castrada, com vontade, mas manietada.
Este IBN MARUAN até atira umas pedras.....
mas até chegar ao VIRIATO, este sim um verdadeiro TUGA atirava as pedras de peito feito e com voz grossa, não de fininho e escondendo a mão.
Mas porventura em dias de festa lá estará ele mais a prole, a dar mais umas porradas nas costas do vencedor, seja ele alaranjado ou rosáceo.
É o nosso concelho.
P’las costas te vou cravando.
olá caros convivas.
tenho andado com a net emperrada e por isso ainda não tinha dito nada sobre este post. agora cá vai:
1. é claro que é uma estupidez (e peço que não o encarem como uma ofensa, mas como o que é de facto), não ter um boletim municipal;
2. se o responsável é o presidente da cmm que, unilateralmente, decidiu acabar com ele, então, mm não sendo o sr estúpido, o que fez foi uma uma estupidez;
3. se o fez, ainda por cima, contra as opiniões do seu executivo e da assembleia que o suporta, mm não sendo estúpido, o que o sr presidente da cmm fez é uma estupidez, já para não falar de uma atitude muito pouco consentânea com a democracia (embora frequente em muitos autarcas 'social-democratas' do ppd);
4. a contenção de custos cm justificação só me faz rir. sarcasticamente sim, mas nada mais que isso, de tão demagógica que é. e leva-me a pensar que há-de estar mais relacionada, a justificação, com alguma birra de menino mimado e egoísta (volto a frisar que estou a falar de atitudes, de decisões políticas do presidente da cmm, e não do homem, com o qual me cruzei mt poucas vezes e pelo qual tenho o maior respeito como pessoa, aliás cm tenho por todos os homens e mulheres de Marvão);
5. sirva para campanha, para promover a obra feita, para desancar na oposição, para disfarçar a falta de visão, seja para o que for, o boletim municipal faz falta. até pq ele está disponível online, e não me parece que seja eticamente condenável o que lá vem sendo publicado;
6. cm não há, só há que haver, ou seja, cm vivemos em democracia, haja coragem da concelhia (duas dezenas de militantes, mais ou menos) de assumir que um presidente assim, ditador, não serve (os albertos joões não fazem falta ao concelho de Marvão), e proponha-se a criação do periódico em assembleia municipal. se for aprovada essa proposta e o presidente a vetar, então que se publicite a decisão e que se retirem as consequências políticas do facto.
disse, sendo, aparentemente, ofensivo. não foi essa a minha intenção. foi apenas a de esclarecer os frequentadores deste fórum sobre qual é a minha posição, chamando os bois pelos nomes (espero igualmente que ninguém sinta que lhe estou a chamar boi. mais uma vez, a expressão popular serve só para sintetizar e objectivar o que penso). espero tb que este comentário não seja retirado, e que os que se sentirem visados, antes de retaliarem, reflictam na estupidez que é sermos o único concelho do distrito sem um periódico municipal.
ou será que já é normal, já é um fado de Marvão, uma característica da nossa terra, sermos os únicos a não ter uma série de coisas?
por fim, deixo duas perguntas/considerações incómodas:
- foi para isto que o sr. vítor frutuoso se apresentou com uma lista de gente que iria fazer diferente?! assim é realmente diferente... para pior! andou-se a ré!;
- e que dizer de listas que só o são de nome?! a isto, caros marvanenses foristas, chama-se caciquismo, e eu pensava que isso eram coisas do passado no nosso concelho.
abraços, tristes e furiosos
luís bugalhão, marvanense, não eleitor do concelho, e por isso mm livre de dizer o que pensa.
ps. o anónimo que se assenhorou do nome 'ibn maruan' é muito bem-vindo. mas para não ter só o nome do nosso ilustre antepassado, deixando para trás a coragem, identifique-se. se, nas próximas que espero frequentes, não o fizer, para mim é cm se nem cá viesse.
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