Programei ir à inauguração do Ninho de Empresas… mas não foi possível. E, na sequência, tinha programado também apresentar aqui um “post” sobre este assunto… que muito me motiva!
Este era, de facto, “o tema” que mais me motivaria a voltar “a esta casa”!
O amigo JBuga, perspicaz, previu isso e “picou-me”. Diria que, pelo que conhece de mim, não foi uma atitude muito sensata já que deveria prever, também, que essa “pressão” teria um efeito contrário. E teve…
Mas a amizade e o reconhecimento do “esforço” (quase) solitário que o JBuga vem investindo para manter este espaço activo falaram mais alto. Bem como “o tema”!
Antes do ir ao assunto, gostaria de referir que a minha ausência neste espaço apenas se justifica por falta de vontade própria devido a variados factores, sendo que uma eventual discordância minha com a organização do mesmo não é, de todo, um desses factores.
Louvo o trabalho desenvolvido pelo J. Buga na dinamização do Fórum e lamento que essa dinamização não seja desenvolvida por mais participantes, já que este era um dos (meus) grandes objectivos aquando da criação deste blog: uma participação alargada de elementos que assegurasse a continuidade deste espaço quando os seus principais dinamizadores “desacelerassem”.
Sobre o Ninho de Empresas já aqui escrevi muito. E, como o JBuga referiu, muito aqui o defendi, bem como em fóruns mais restritos. Até perante a liderança da gestão deste concelho. Por isso, agora, sinto-me também um bocadinho responsável pela sua existência…
Julgo que, além de algumas acções (e tentativas de acções) no sector do turismo, este investimento camarário, agora implementado, é a principal concretização estratégica dos últimos vinte anos neste concelho.
Concordo que, pelas condições naturais, o turismo é o sector que desempenha o papel de motor na economia do concelho. No entanto, sempre considerei que era um erro crasso da gestão camarária não promover o desenvolvimento da actividade industrial (e de outros pequenos negócios) tão enraizada em Santo António das Areias. E esta discordância foi, até, um dos principais factores que, em tempos, me motivou a participar activamente na política marvanense.
A indústria, sendo fundamental para a criação de postos de trabalho, potenciou a fixação de população e originou o principal núcleo urbano de Marvão. O seu declínio representou a diminuição dessa população e a asfixia desse (ainda) principal núcleo urbano.
A política concelhia que durante décadas, reiteradamente, não viu isto e, consequentemente, não desenvolveu iniciativas que facilitassem/promovessem este sector da economia do concelho foi uma política…, no mínimo, distraída!
Agora, dizem: é tarde. Se calhar é!
O Ninho de Empresas, como iniciativa camarária de apoio/promoção ao tecido empresarial não turístico do concelho, chega tarde e no pior dos momentos. Surge no pico de uma crise financeira nacional e, provavelmente, no início de uma crise económica e social gravíssima.
Se me perguntarem se, nestas condições, concordo com a implementação, agora, do Ninho de Empresas eu digo: claro que sim! Chamando, no entanto, a atenção que quase tão importante como a sua criação é a sua boa futura gestão.
A economia é feita de ciclos, o mundo não acaba aqui… e isto não é a desgraça total! Portanto, mais vale tarde que nunca!
O principal problema do concelho mantém-se e agrava-se: a diminuição da população!
Por isso, na minha opinião, a gestão camarária deverá empenhar-se em contribuir para facilitar o surgimento daquilo que é mais importante para fixar a população: postos de trabalho.
Desta forma, para além do apoio à actividade turística, faz todo o sentido apoiar também a indústria e outros pequenos negócios que, aproveitando a longa experiência existente e a proximidade com Espanha, se possam desenvolver.
E se daqui a alguns anos a infra-estrutura agora criada não passar de um “elefante branco”, como muitos vaticinam, não desempenhado o papel para que foi concebida, é sinal que o principal núcleo urbano sucumbiu. Sucumbindo, assim, também uma parte substancial do concelho. E, talvez, até o próprio concelho! Mas, nesse caso, sempre fica o consolo que algo foi feito para tentar contrariar esse fim anunciado.
Cumprimentos
Bonito Dias
Este era, de facto, “o tema” que mais me motivaria a voltar “a esta casa”!
O amigo JBuga, perspicaz, previu isso e “picou-me”. Diria que, pelo que conhece de mim, não foi uma atitude muito sensata já que deveria prever, também, que essa “pressão” teria um efeito contrário. E teve…
Mas a amizade e o reconhecimento do “esforço” (quase) solitário que o JBuga vem investindo para manter este espaço activo falaram mais alto. Bem como “o tema”!
Antes do ir ao assunto, gostaria de referir que a minha ausência neste espaço apenas se justifica por falta de vontade própria devido a variados factores, sendo que uma eventual discordância minha com a organização do mesmo não é, de todo, um desses factores.
Louvo o trabalho desenvolvido pelo J. Buga na dinamização do Fórum e lamento que essa dinamização não seja desenvolvida por mais participantes, já que este era um dos (meus) grandes objectivos aquando da criação deste blog: uma participação alargada de elementos que assegurasse a continuidade deste espaço quando os seus principais dinamizadores “desacelerassem”.
Sobre o Ninho de Empresas já aqui escrevi muito. E, como o JBuga referiu, muito aqui o defendi, bem como em fóruns mais restritos. Até perante a liderança da gestão deste concelho. Por isso, agora, sinto-me também um bocadinho responsável pela sua existência…
Julgo que, além de algumas acções (e tentativas de acções) no sector do turismo, este investimento camarário, agora implementado, é a principal concretização estratégica dos últimos vinte anos neste concelho.
Concordo que, pelas condições naturais, o turismo é o sector que desempenha o papel de motor na economia do concelho. No entanto, sempre considerei que era um erro crasso da gestão camarária não promover o desenvolvimento da actividade industrial (e de outros pequenos negócios) tão enraizada em Santo António das Areias. E esta discordância foi, até, um dos principais factores que, em tempos, me motivou a participar activamente na política marvanense.
A indústria, sendo fundamental para a criação de postos de trabalho, potenciou a fixação de população e originou o principal núcleo urbano de Marvão. O seu declínio representou a diminuição dessa população e a asfixia desse (ainda) principal núcleo urbano.
A política concelhia que durante décadas, reiteradamente, não viu isto e, consequentemente, não desenvolveu iniciativas que facilitassem/promovessem este sector da economia do concelho foi uma política…, no mínimo, distraída!
Agora, dizem: é tarde. Se calhar é!
O Ninho de Empresas, como iniciativa camarária de apoio/promoção ao tecido empresarial não turístico do concelho, chega tarde e no pior dos momentos. Surge no pico de uma crise financeira nacional e, provavelmente, no início de uma crise económica e social gravíssima.
Se me perguntarem se, nestas condições, concordo com a implementação, agora, do Ninho de Empresas eu digo: claro que sim! Chamando, no entanto, a atenção que quase tão importante como a sua criação é a sua boa futura gestão.
A economia é feita de ciclos, o mundo não acaba aqui… e isto não é a desgraça total! Portanto, mais vale tarde que nunca!
O principal problema do concelho mantém-se e agrava-se: a diminuição da população!
Por isso, na minha opinião, a gestão camarária deverá empenhar-se em contribuir para facilitar o surgimento daquilo que é mais importante para fixar a população: postos de trabalho.
Desta forma, para além do apoio à actividade turística, faz todo o sentido apoiar também a indústria e outros pequenos negócios que, aproveitando a longa experiência existente e a proximidade com Espanha, se possam desenvolver.
E se daqui a alguns anos a infra-estrutura agora criada não passar de um “elefante branco”, como muitos vaticinam, não desempenhado o papel para que foi concebida, é sinal que o principal núcleo urbano sucumbiu. Sucumbindo, assim, também uma parte substancial do concelho. E, talvez, até o próprio concelho! Mas, nesse caso, sempre fica o consolo que algo foi feito para tentar contrariar esse fim anunciado.
Cumprimentos
Bonito Dias
2 comentários:
Isto é engraçado! Quando estava para ser construída e até mesmo durante a fase de construção, todos criticavam esta obra... Agora que está pronta, e que o resultado está à vista e todos, já toda a gente se sente "um bocadinho" responsável pela infra-estrutura... Isto é que vai aqui uma coerência.
Relativamente ao comentário anterior…
Não podendo comprovar aqui as minhas posições e acções em situações privadas (“…em fóruns mais restritos. Até perante a liderança deste concelho), convido o seu autor a consultar três dos meus “post’s” no Fórum Marvão:
1 - Em 04/12/2008 - “Marvão vai ter um Ninho de Empresas”
2 - Em 21/06/2009 – “O Ninho já tem galho e projecto”
3 – Em 12/01/2010 – “Seminários Pensar Marvão”
Cumprimentos
Bonito Dias
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