segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Os anéis em tempo de Crise

(este post serve de apêndice ao texto do João Bugalhão)

Muito se fala de crise e mesmo a considerar que a crise não tem nada a ver com a venda da Pensão, acho que pode, pelo menos, condicionar. Em primeiro lugar, a crise de ideias, crise de valores, crise de estratégia precipitou esta venda; não querendo, sequer, discutir a opção da venda dos imóveis, que acho ruinosa para a Câmara Municipal por um lado, e para a Vila por outro, gostava de chamar à atenção para uma gaffe neste processo, que pode ser determinante.

Ora bem,

Muito se fala de crise e mesmo a considerar que os rumores são inversamente proporcionais ao tamanho das localidades, ao que se diz, o negócio da venda dos imóveis que vão a hasta pública no próximo dia 16, está a aguçar alguns apetites.

Muito se fala de crise e mesmo a considerar que podem não passar de rumores que sempre dão motivo de conversa para animar qualquer Terra, fico espantado com essa possibilidade, pois pelo menos por aquilo que são as minhas noções, sei que estes valores não são certamente para qualquer bolsa.

Muito se fala de crise e mesmo a considerar que a licitação até possa não ser muito acima do valor base (que são 240.000 €), tanto quanto sei, praticamente todo o recheio terá que ser adquirido. Neste sentido, existiu uma omissão por parte da Câmara Municipal no edital afixado para a hasta pública, ou ninguém se lembrou deste pormenor? Por aquilo que saiu cá para fora a CMM deu quase a entender que este era um negócio “chave na mão”.

Muito se fala de crise e mesmo a considerar que este é um “pormaior” e não um pormenor, vai ser um detalhe que vai fazer muita diferença na hora de comprar, dado que a somar ao valor de aquisição dos edifícios, é mais que certo que irão ter que ocorrer investimentos de alguma dimensão no recheio. Segundo sei cerca de 150.000 €, foram ali gastos nestes últimos 10 anos pelos actuais concessionários. Assim podem fazer-se as contas!

Muito se fala de crise e mesmo a considerar que não se tem registado grande evolução no fluxo turístico de Marvão, investir assim às cegas sem pensar no retorno de um investimento desta grandeza, pelos vistos não assusta os grandes investidores da Terra e arredores.

Muito se fala de crise e mesmo a considerar ser verdade o que anda aí na boca do “povo”, no próximo dia 16, será que este papão vai estar um bocadinho esquecido neste pequeno canto do nosso País…ou talvez não, afinal a crise também aqui chegou!

Que a crise nos salve (pelo menos uma vez),
desta alienação de Património…

4 comentários:

Gato Preto disse...

Ora expliquem-me lá uma coisa:

Mas não foi uma das principais “bandeiras” do actual Presidente, o facto da Câmara Municipal deter pouco património imobiliário, bem como terrenos para construção, e por isso mesmo se justificou a compra de inúmeras propriedades?
Mas um dos principais problemas do Concelho de Marvão não era a falta de habitação (???) e a falta de espaço adequado para surgirem iniciativas empresariais?
Então como se pode entender esta alienação de património? Não haverá contra-senso? Já para não falar na questão da polémica “Coutada” …
Parece assim que as decisões são tomadas ao sabor da maré, ou será que pior ainda, ao sabor dos interesses e favores pessoais?
Quem souber que responda…
José Manuel Sequeira Gomes

Maria da Horta disse...

e o arrendatários actual até se atreveu a ser candidato nas últimas autárquicas pelos Juntos por Marvão!!

XINAPÁ QUE OUSADIA!

Unknown disse...

A(O) Maria da Horta, nunca deve ter saído do concelho de Marvão a largar BACORADAS como as do comentário. "Os anéis em tempo de crise"

Maria da Horta disse...

Ena pa! Tenho um sósia!!!! Vejam quem é a verdadeira...!!!