Num país rendido ao anglo-saxónico, não através de um qualquer ultimato tipo “mapa-cor-de-rosa”, mas com as calças na mão, submisso ao imperialismo económico, ter a coragem de privilegiar a portugalidade, deveria ser considerado um acto heróico.
É neste contexto que vejo a coragem de alguns artistas portugueses, ao fugirem à vulgaridade de se exprimirem em línguas barbaras, e ao cultivarem aquilo que é português, que deveria ser um exemplo para muitas outras áreas, se quisermos, ainda durante algum tempo, dizermo-nos portugueses.
O exemplo que, desta vez vos deixo, vem da área do fado. E representa a minha homenagem a todos aqueles, que sem patriotismos bacocos, continuam a acreditar que Portugal tem futuro.
O fadista Camané tem mais um disco. Editado a semana passada, “Do Amor e dos Dias” é um 6.º álbum com fados novos, onde ouvimos crónicas dos sentimentos de todos os dias.
Este álbum é menos introspectivo. É praticamente um disco sobre o amor, o ódio e a raiva. Embora o ódio e a raiva estejam retratados de forma irónica. É uma evolução dos seus trabalhos anteriores.
Musicalmente são fados tradicionais, mas talvez seja um disco menos tradicional, com mais músicas novas, e em que a abordagem é menos introspectiva. O que muda mais é a abordagem conceptual sobre o amor, o ódio e a raiva.
Para aguçar o apetite, fica o “fado da ironia”, ou talvez não…:
É neste contexto que vejo a coragem de alguns artistas portugueses, ao fugirem à vulgaridade de se exprimirem em línguas barbaras, e ao cultivarem aquilo que é português, que deveria ser um exemplo para muitas outras áreas, se quisermos, ainda durante algum tempo, dizermo-nos portugueses.
O exemplo que, desta vez vos deixo, vem da área do fado. E representa a minha homenagem a todos aqueles, que sem patriotismos bacocos, continuam a acreditar que Portugal tem futuro.
O fadista Camané tem mais um disco. Editado a semana passada, “Do Amor e dos Dias” é um 6.º álbum com fados novos, onde ouvimos crónicas dos sentimentos de todos os dias.
Este álbum é menos introspectivo. É praticamente um disco sobre o amor, o ódio e a raiva. Embora o ódio e a raiva estejam retratados de forma irónica. É uma evolução dos seus trabalhos anteriores.
Musicalmente são fados tradicionais, mas talvez seja um disco menos tradicional, com mais músicas novas, e em que a abordagem é menos introspectiva. O que muda mais é a abordagem conceptual sobre o amor, o ódio e a raiva.
Para aguçar o apetite, fica o “fado da ironia”, ou talvez não…:
Na vida de uma mulher
Por muito séria que a tomem
Há sempre um homem qualquer
Trocado por qualquer homem
O homem com dor sentida
Ou com sentido prazer
Deixa pedaços de vida
Na vida de uma mulher
Embora terna e amante
Jurando amar um só homem
A mulher não é constante
Por muito séria que tomem
Tanto vale a mulher velha
Como a mais velha mulher
Perdido de amor por ela
Há sempre um homem qualquer
E por mais amor profundo
Por mais juras que se somem
Há sempre um homem no mundo
Trocado por qualquer homem…
E já agora a “guerra das rosas”:
Por muito séria que a tomem
Há sempre um homem qualquer
Trocado por qualquer homem
O homem com dor sentida
Ou com sentido prazer
Deixa pedaços de vida
Na vida de uma mulher
Embora terna e amante
Jurando amar um só homem
A mulher não é constante
Por muito séria que tomem
Tanto vale a mulher velha
Como a mais velha mulher
Perdido de amor por ela
Há sempre um homem qualquer
E por mais amor profundo
Por mais juras que se somem
Há sempre um homem no mundo
Trocado por qualquer homem…
E já agora a “guerra das rosas”:
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