quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sua Excelência o Parque S. Mamede …


- Não se pode construir em zona rural. O Parque não deixa…

- Não se podem cortar árvores moribundas. O Parque não deixa…

- Não se podem roçar “balsas”. O Parque não deixa…

- Pretende-se fazer um empreendimento turístico no Monte Baixo. O Parque não deixa…

- Soltam-se animais selvagens. Os marvanenses que os governem…

- Constroem-se elefantes brancos nos Olhos d´Àgua: Só se for o Parque…

- Constrói-se um “pombal-humano” no Prado: O Parque não dá por nada…

- Só se pode construir nos perímetros urbanos: Mas o Parque não é para defender a vida no campo?

- Degrada-se um Campo de Golfe: O que faz o Parque?


- O Parque, super entende em toda a vida marvanense. E o que dá em troca?

- Para que serve o Parque de S. Mamede aos marvanenses?

- Quem foram os marvanenses que pediram para pertencer ao Parque de S. Mamede?

- O Parque porta-se como uma mais valia, ou como um obstáculo?

- Marvão chegou assim ao século XX, por intervenção do Parque?

- Se o Parque existisse nos séculos primeiros, Marvão alguma vez teria sido construído? E a Ammaia? E a Ponte Quinhentista? E as Caleiras da Escusa?

- Não seria melhor vestirem-nos de “sãomamedenses” e andarmos no “cantão” a servir de “palhacinhos contemplativos” aos turistas? E quem é que nos governa? O Parque?

Estas são algumas perguntas que os marvanenses põem sobre um território que sempre habitaram e por isso defenderam, sem intervenções de princípios de citadinos bacocos, que crêem que os “bifes” que comem foram feitos de geração espontânea.

Vem toda esta retórica a propósito do Processo do procedimento de Revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra de São Mamede, que está por aí, com um prazo de 30 dias para que os marvanenses apresentem proposta de alteração.



Não sendo possível mandar estes gajos às “malvas…”, é importante que se passe a palavra a todos os marvanenses, sobretudo os mais atingidos, para que de uma forma activa façam chegar as suas propostas. Evitando-se que no futuro, andemos sempre a ser reactivos, e a “verter lágrimas sobre o leite derramado”.

Aqui fica o texto que “amavelmente” me chegou do GAP sobre o assunto:

"Foi publicado no Jornal Alto Alentejo, na edição de 26 de Maio de 2010 (n.º 180), um Aviso do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P., informando que todos os interessados podem formular sugestões e apresentar informações sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no âmbito do procedimento de Revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra de São Mamede (POPNSSM) no prazo de 30 dias úteis a partir da publicação do referido Aviso.
Este Aviso vem na sequência do Despacho n.º 22008/2009, de 02 de Outubro, do Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente, determinando a revisão do POPNSSM.

Deste modo inicia-se, finalmente, a revisão de um Plano de Ordenamento que estava a ser penalizador para o Concelho de Marvão e, também, para os restantes Concelhos abrangidos por esta Área Protegida. "


TA 1 – Isto é que seria um bom tema para o Sr. Presidente e os seus Ajudantes irem de terra em terra auscultar e mobilizar os marvanenses a discutir e apresentar propostas sobre o assunto. Em tempos já foi assim com a problemática da água! Não fiquem à espera nos gabinetes que a coisa se resolva por si…

TA 2 – Penso eu, que a discussão que aqui se vem desenrolando sobre a “Coutada” (enquanto território integrado no Parque da Serra de S. Mamede), tem aqui uma FERRAMENTA que os “fazedores de opinião”, não só sobre este assunto, mas outros bem mais importantes para o nosso concelho, podem utilizar de uma forma objectiva, muitas das ideias e propostas que aqui vêm sendo apresentadas.



2 comentários:

Nuno Vaz da Silva disse...

Não posso deixar um reparo a este artigo através de dois exemplos simples:
1- Há cerca de um ano, numa viagem Milão-Lisboa através da easyjet folheei o guia de bordo mensal da companhia aérea (que é igual em todo o mundo e tem uma tiragem de centenas de milhares de exemplares). Nesse guia, existem sempre dicas aos viajantes sobre todos os países/cidades para onde a easyjet voa. Nesse mês a dica de viagem que aparecia como referência a Portugal era o Parque Natural da Serra de São Mamede com elogios que raramente se ouvem aos habitantes da região.
2- Há pouco tempo atrás, o New York Times, referiu que a nossa região era um tesouro por descobrir em termos naturais! Penso que alguém terá dado também isso a conhecer neste blog.

Com isto pretendo alertar para o seguinte: Obviamente também eu não concordo com todas as decisões do Parque Natural, mas não será exagero efectuar tais criticas ao Parque quando nos proporciona uma biodiversidade de excepção na qualidade de vida das populações e uma publicidade além fronteiras do género daquela que referenciei?

Afinal de contas o problema está só no lado do Parque ou está também nas pessoas que ainda não se adaptaram a viver com o Parque, a usufruir do meio ambiente sem o prejudicar e até a ganhar dinheiro com o Parque?

Concordo que os problemas devem ser levantados mas atenção que podemos estar a matar uma mina de ouro que tem sido desaproveitada.
Como defendi num artigo que publiquei no jornal Alto Alentejo e que poderei remeter a quem estiver interessado, Economia e Ambiente, não são dois bens substitutos mas sim complementares, basta que se saiba tirar partido de ambos.

manel disse...

tens toda a razão nuno, mas deixa-me perguntar se é o parque natural que contribui - ou alguma vez contribuiu - para a divulgação da região.
São, isso sim, jornalistas da região, e muitos outros contagiados que, por vezes "apesar" do Parque, divulgam esta região.
Quantos artigos e not+icias na Visão, na Sábado, no Expresso, no CM, não nascem de jornaçlistas e amigos aqui da região, completamente incógnitos (e que não querem dar nas vistas) e contagiam outros?
E quantos artigos ou notícias "nascem" a partir do Parque, quando até é extramente difícil falar com o director, que quando as cahmadas caem sucessivamente as não devolve (como mandariam as boas regras promocionais quando falamos com jornalistas), que naturalmetete,m muito mais interesse no Parque do Tejo Internacional ou no da serra da Estrela, e quando os outros técnicos têm zero ou pr+oximod e autonomia?
Quando esfolam por vezes os jornalistas cá do burgo para sacar uma informação ao PNSSM?
Mas vão-se fazendo not+icias, muitas até, "apesar" do Parque que devia, desde logo, estar ao serviço da promoção da zona que abrange e que não está, como é patente.
Claro que o que escrevo aqui já o disse vàrias vezes no sítio certo e às pessoas que reputo de "certas". apesar de na sua generalidade serem funcionários públicos preocupados em exclusivo com a sua burocracia e o seu pequeno mundo.
Sou pois profundamente crítico da actuação dos dirigentes do Parque Natural e de há mauito, como aliás o sabem muito bem os dis directores anteriores e meus espaeciais amigos Rui Correia e Filomena Morgado.
O Parque, é preciso dizer-se, está longe, muito longe de cumprir o mínimo que o seu papel lhe exigia. E a todos os níveis. E a falta de verbas não pode servir de desculpa para tudo.
Abraço, Nuno.

Manel