O João é uma pessoa com quem simpatizo, por variadíssimas razões. Talvez porque coincidimos em muitas coisas: ou nos amam ou nos odeiam, e enquanto os primeiros nos sobem o ego, os últimos não nos tiram o sono; daquilo que até agora conseguimos, ninguém nos deu nada; as nossas raízes singraram na mesma terra, muitas vezes regadas com suor, sangue e lágrimas; mas, sobretudo, uma das nossas maiores afinidades é que não nos casamos com qualquer “namorada” que apareça à nossa frente, por muito predisposta que ela se apresente.
Há algum tempo a esta parte, o João conheceu uma dessas “namoradas”: o affaire do novos povoadores, um grupo de malta fina e instruída que, após rigorosa selecção para saber se estavam vacinados contra nós (os indígenas) viriam para cá, através de uma empresa especialmente criada para o efeito que, a troco da módica quantia de 36.000 euros nos fornecia um pacote com doze casais - milagre que para cá viriam, não se sabia para onde, nem a fazer o quê.
Nunca falei com o J Buga sobre este assunto, mas acho que isto lhe cheirou a esturro desde o primeiro momento. Cá para mim, ele consultou o velho livro das tácticas futeboleiras que já tinha esquecido no sótão e resolveu fazer uma marcação homem a homem a este caso.
E quando o assunto foi presente à Assembleia Municipal já o João tinha a lição bem estudada e concebera a táctica que lhe permitiria saber até onde iria o seu adversário. Os novos povoadores pretendiam fazer experiências de um ano no nosso concelho e a empresa promotora queria receber grande parte do dinheiro à cabeça, sem existirem garantias que os finesses, assim que vissem tanta rapa (os velhos povoadores…) não se raspassem eles, sem deixar rasto.
Uma coisa era certa. Votar contra o projecto, era inútil. O PSD tem maioria absoluta e ninguém se atreveria a votar contra, a não ser o próprio Buga. Da oposição também não se podia esperar grande coisa, como se veio a confirmar. A oposição prefere esperar para ver, esquecida ela própria que se o projecto falhar também é responsável, já que o facto de não se ter manifestado contra lhe retira o direito moral à crítica posterior.
Tinha que ser de outra maneira mais subtil…
J BUGA, num excelente trabalho do amigo Hermínio "Cartoon" FelizardoHá algum tempo a esta parte, o João conheceu uma dessas “namoradas”: o affaire do novos povoadores, um grupo de malta fina e instruída que, após rigorosa selecção para saber se estavam vacinados contra nós (os indígenas) viriam para cá, através de uma empresa especialmente criada para o efeito que, a troco da módica quantia de 36.000 euros nos fornecia um pacote com doze casais - milagre que para cá viriam, não se sabia para onde, nem a fazer o quê.
Nunca falei com o J Buga sobre este assunto, mas acho que isto lhe cheirou a esturro desde o primeiro momento. Cá para mim, ele consultou o velho livro das tácticas futeboleiras que já tinha esquecido no sótão e resolveu fazer uma marcação homem a homem a este caso.
E quando o assunto foi presente à Assembleia Municipal já o João tinha a lição bem estudada e concebera a táctica que lhe permitiria saber até onde iria o seu adversário. Os novos povoadores pretendiam fazer experiências de um ano no nosso concelho e a empresa promotora queria receber grande parte do dinheiro à cabeça, sem existirem garantias que os finesses, assim que vissem tanta rapa (os velhos povoadores…) não se raspassem eles, sem deixar rasto.
Uma coisa era certa. Votar contra o projecto, era inútil. O PSD tem maioria absoluta e ninguém se atreveria a votar contra, a não ser o próprio Buga. Da oposição também não se podia esperar grande coisa, como se veio a confirmar. A oposição prefere esperar para ver, esquecida ela própria que se o projecto falhar também é responsável, já que o facto de não se ter manifestado contra lhe retira o direito moral à crítica posterior.
Tinha que ser de outra maneira mais subtil…
E como quem não quer a coisa, o João começa a propor que a estadia dos povoadores, fosse no mínimo de 18 meses, em vez do ano proposto, que as verbas que o município de Marvão iria pagar pelas novas “aquisições” fosse dividido em várias tranches, até ao fim do contrato… devagarinho, suavemente. O certo é que, quais bordalecos do antigamente, alguns membros da Assembleia picaram e aprovaram a proposta de alterações Buganiana. Permitia-se a Buga argumentar que ele não estava contra o projecto, antes pelo contrário, gostava tanto da ideia que até queria que os novos povoadores ficassem durante mais tempo!! (Aqui custa-me a acreditar, mas, se calhar, sou eu que estou a ser mauzinho em demasia…)
O caso é que a decisão foi adiada e dado conhecimento à empresa das alterações propostas pela Assembleia Municipal. E qual não foi a surpresa, quando, pouco tempo depois, a empresa comunicou ao Município que abandonava as negociações, já que, face às novas regras impostas, eles já não queriam brincar.
Conclusão: o Buga puxou da manta e os NP deixaram ver o rabinho: se estivessem de boa fé, se realmente quisessem vir, tanto vinham por 12, como por 18, como por 36 meses. Tanto lhes dava receber no princípio, ou em prestações. Mas não. À primeira abandonaram, meteram o rabo entre as pernas e pernas para que te quero…
Amigo João, ainda bem que não casaste com esta namorada. Era muito leviana…
Esta estória foi inventada por mim, pode ter acontecido assim, ou talvez não. Tem muito de verdade, e (talvez) alguma fantasia. Esta última, caso exista, só o JBuga é que sabe…
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