sábado, 5 de junho de 2010

MporM, por mail


ASSUNTO: Câmara Municipal de Marvão reavalia processo de venda da “Coutada”

A Câmara Municipal de Marvão decidiu na reunião ordinária de dia 02-06-2010 reavaliar a proposta de venda da “Coutada”. Este terreno de 45 hectares situado na encosta de Marvão é um elemento marcante do património do Concelho, integra uma grande parte da Calçada Romana que liga a Portagem a Marvão e é, desta forma, um garante da nobreza natural da encosta.

Esta decisão surge no seguimento do actual Executivo ter aprovado a venda deste terreno no dia 7 de Abril de 2010. Após esta polémica decisão, vários munícipes, tendo ficado incrédulos com a decisão, solicitaram que o Executivo repensasse a sua decisão e anulasse o processo de venda da “Coutada”.

Assumindo as suas responsabilidades, a oposição na Câmara Municipal (vereador Nuno Lopes – PS e vereadora Madalena Tavares – Juntos por Marvão) e fora dela (Movimento por Marvão) decidiu, numa atitude de cidadania e de defesa do interesse público, trabalhar em conjunto na defesa do património do Concelho de Marvão; depois do estudo dos elementos que estavam em causa neste processo, apresentou uma proposta conjunta (em anexo) na reunião de Câmara de 02-06-2010, exigindo que o Executivo reconsiderasse a venda de património que a todos os munícipes pertence e que é fundamental para o desenvolvimento sustentável do Concelho.

Naquela reunião, no seguimento de uma acesa discussão, e perante a inflexibilidade do Presidente da Autarquia, o vereador do PSD – José Manuel Pires apresentou uma proposta que foi, em parte, ao encontro daquilo que a oposição reclamava, e que consistia em solicitar pareceres aos organismos competentes, suspendendo o processo de venda até ao final do mês de Julho, altura na qual, já de posse dos necessários pareceres, e após consulta à população, a Câmara municipal procederia a uma nova e mais fundamentada ponderação de toda esta situação. Votaram a favor desta proposta o seu autor e os vereadores da oposição Nuno Lopes e Madalena Tavares, enquanto que o Presidente e o Vice-presidente da Câmara se abstinham.

Esta foi uma vitória daqueles que lutaram pela defesa do património do Concelho e por uma visão abrangente e inclusiva da acção municipal, a qual não seria possível sem o bom senso revelado pelo vereador José Manuel Pires, a inesgotável colaboração dos vereadores Nuno Lopes e Madalena Tavares e os contributos dos munícipes e das centenas de pessoas que integram o grupo no Facebook “Pessoas contra a venda da encosta de Marvão a privados!”.

Mas a principal vitória diz respeito a todos os munícipes e a todos os amigos de Marvão.

No processo de consulta que agora se abre, contamos com todos eles para ajudar a fundamentar uma decisão que honre Marvão.



15 comentários:

gi disse...

Eu penso que a encosta não tem rodas...
Se for comprada alguem a pode levar dali?
Não é a Câmara que tem o poder de legislar o destino que se lhe pode dar, mesmo depois de ser vendido?
Eu vejo Marvão cada dia mais afastado do progresso, o número de habitantes é cada ano menor, algo tem que feito.A encosta não é o castelo...

Salvador disse...

Realmente é uma pena vender aquele monte aquela zona tão aprasível, cheia de pedras, que segundo dizem é de todos nós... Eu não a quero!!
Sim, é muito melhor ficar ali ao abandono, para quando vier a época dos incêndios arder tudo. É preferivel ficar aasim, do que vir a pertencer a alguem que cuide deste pedaço de terreno.
Pura demagogia e populismo!!!

Saudações
Salvador Mendes Rodrigues

bob disse...

A minha parte podem ficar com ela.
O sr presidente está a proteger-se como não dá apoio aos bombeiros e tudo o que faz é por especial favor, vende á espera que alguém limpe para não arder. Este ano nem pode disponibilizar os bombeiros que trabalham na Cãmara para fazerem serviço nos bombeiors caso seja necessário.Tem uma equipa de sapadores que anda numa carrinha sem equipamento porque a que tem equipamento serve para os engenheiros passearem ao serviço da cooperativa do porto da espada.
e como está zangado com os comandantes dos bombeiros porque eles não lhe fazem as vontades como ele faz na câmara decide não apoiar.......ao fim de tudo isto quem fica mal é a população mas ninguém vê isto......
Será que os canadianos aceitaram bem o adiamento da venda da coitada

Maria da Horta disse...

Concordo com o Salvador e com a Gi. A encosta não é o castelo!! Se alguém quiser construir na encosta terá sempre que passar pela aprovação da Câmara, certo? Estarão mal informados? E essa tal de Madalena ainda opina alguma coisa por aqui?? Mas mais culpa tem quem dá ouvidos aos que não fazem, porque não podem, e aos que nada fizeram, quando puderam, mas que agora conseguem não deixar os outros, que podem, fazer!

Joaquim Lourenço da Silva disse...

A questão não está apenas na construção ... E o acesso à calçada Romana, que é um Património de todos? A verdadeira questão é que para se fazer alguma coisa não é necessário alienar o património, os terrenos poderiam ser concedidos para as actividades que "o privado" pretende explorar (ou que se consta que quer explorar). Em vez de seguir o caminho errado e mais simples de "fazer" dinheiro vendendo (faz-se hoje, mas não esqueçamos que amanhã seremos mais pobres com esta venda), siga-se uma estratégia de fixação das populações através do estímulo de empreendedores na zona e a criação do ninho de empresas (que toda a gente anda esquecida). Deixemo-nos de facilitismos a curto prazo e caminhemos para projectos estruturados que proporcionem um Futuro ao Concelho. Contem com a minha ajuda para o que for necessário, não me peçam é para compactuar com, o que creio ser, um dos maiores erros estratégicos, se é que há alguma estratégia nesta história toda...

Saudações Marvanenses.

Gato Preto disse...

Saúdo a iniciativa conjunta da oposição em torno de uma causa comum. Independentemente da minha posição pessoal sobre o tema (não conheço bem a questão para poder opinar), reparo que só por isso já vale a pena

Isabel I disse...

E por a encosta não ser o castelo pode-se vender,cortar árvores, fazer barracas, casas, partir pedras, destruir calçadas, o que apetecer? O Património não é só o construido, o natural é tão ou mais importante. Mas a grande revolução é a das mentalidades e essa é lenta...Qunto a "essa tal Madalena" ainda opinar, devo lembrá-la de que para isso foi eleita pelo povo de Marvão.

Maria da Horta disse...

Parece que o ninho de empresas está no bom caminho!!! será que alguns Marvanenses andam mal informados? as calçadas romanas estão lá e ninguem as irá mudar de sitio!!! por causa de polémicas que não levam a lado nenhum, é que o nosso conselho não avança, quando alguêm quer fazer qualquer coisa há logo quêm tenha opiniões negativas, nem que seja só para contrariar, conclusão (não fazem nem deixem fazer ).

Isabel I disse...

Já votei Tany, há que tempos.

Fernando disse...

Maria da Horta,

Anda distraída, ou então não leu o documento com que o Movimento por Marvão se apresentou às eleições autárquicas de 2009. É certo que não merecemos a confiança dos eleitores. Mas não desistimos. Continuamos a trabalhar em prol de Marvão e das suas gentes.

O documento a que me refiro, são as Marcas de Território, que pode ver em:(http://www.movimentopormarvao.com).

Tanta proposta que trabalhámos. E sabe uma coisa? Para muitas delas até estudámos os custos... Dê uma leitura atenta e verá que há no Concelho quem queira trabalhar, desenvolver, com propostas sérias e credíveis.

Mas em política, ninguém liga às propostas pois não? Votamos nos mais simpáticos, nos mais conhecidos, nos mais velhos, nos srs DOUTORES E ENGENHEIROS.

Os interesses são outros. Os medos tolhem as pessoas e acabamos por eleger, tanto a nível nacional como local, e na maior parte dos casos, uma cambada de inúteis que nem coragem tem para assumir os seus erros. As suas incapacidades.

Foi contra tudo isto, que em boa hora o Movimento por Marvão, se tem batido e continuará a bater.

QUEREMOS COM AS NOSSAS PROPOSTAS AJUDAR A DESENVOLVER MARVÃO. SEJA NO PODER OU NA OPOSIÇÃO.

Salvador disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Salvador disse...

Claro, o MporM só não ganhou as eleições porque as pessoas têm todas medo dos DOUTORES E DOS ENGENHEIROS. Não foi por mais nada, ou pensam o quê? Se não fosse isso toda a gente tinha votado nos "úteis", corajosos e capazes militantes do MporM...

Cumprimentos,
Salvador Mendes Rodrigues

Joaquim Lourenço da Silva disse...

Ok... faço a pergunta ao contrário. Provavelmente eu não estou a vislumbrar as mais valias da venda da Coutada... mas o certo é que ainda ninguém as explicou... vá-se lá saber porquê!

gi:
E a venda da encosta vai trazer mais habitantes? Concordo que algo tem que ser feito... mas a venda não me parece solução para tal, mas posso estar a ver mal... mas ninguém explica!

Salvador:
Sabia que aqueles terrenos têm muita cortiça e que também são uma boa fonte de rendimento? Provavelmente era a isso que se referia quando referiu:
"É preferivel ficar aasim, do que vir a pertencer a alguem que cuide deste pedaço de terreno.
Pura demagogia e populismo!!!"


Ahhh, já entendi o conceito de "cuidar" :) e de demagogia também!

Maria da Horta:
Permita-me corrigir a sua afirmação:
"conclusão (não fazem nem deixem fazer )."
para:
"conclusão (oferecem alternativas e não deixam vender)."


Saudações Marvanenses

Maria da Horta disse...

Veremos quêm têm o braço de ferro!
Depois comentaremos novamente.

gi disse...

Ola Quim, eu não sei se a venda da encosta trás ou não mais habitantes ou progresso para Marvão. O contrário, ou seja, permanecendo igual ao que foi desde sempre, não o trará de certesa, se até agora não aconteceu nada, deverá permanecer igual. A encosta vendida ou por vender estará lá sempre.A CMM tem sempre uma palavra nos destinos que se lhe pode dar. Nos moldes actuais quais são os beneficios que colhemos... Não vejo nenhuns.Todas as entidades vendem e comprem património, em tempo de crise é normal vender.