Permita-me este post em nome do orgulho que tenho naquilo que me ensinaram em casa e na escola e que com tanta reverência, alguns transmitimos aos nossos filhos. Quanto mais não seja por aquilo que somos, por aquilo que defendemos ou por aquilo a que queremos que a nossa existência seja associada. Antes de ser anormal o senhor Cavaco é uma pessoa. O senhor João que tem uma taberna não sei onde, mas que poderia ser mais um afortunado dos ares frescos do Sever e da Serra de São Mamede, antes de ser apelidado pelos seus defeitos é o senhor João. O senhor Cavaco, é o senhor Cavaco para alguns e para muitos nos quais me incluo é o senhor Presidente da Republica Portuguesa. A Republica da Constituição Democrática, que nos deu tanta vontade de festejar desde a sua promulgação e desde a qual vivemos todos felizes e contentes consagra-nos o direito de dizermos o que queremos e onde queremos. Ou seja, o anormal, que, pelo qual todos somos considerados nesta democracia, escolheu-o para representar nesta forma organizada de viver em comunidade. O dito anormal é o representante de uma forma organizada de viver que escolhemos. Sendo ele um anormal, vivemos todos numa anormalidade constituída. Reservo para mim, aparte dessas conquistas aquilo a que me referi atrás e que o meu pai, já falecido e a minha mãe felizmente bem viva, me transmitiram. Aquilo que guardo e guardarei para sempre como valor mais precioso, será o que eles me souberam dar. A educação, o respeito pelos cabelos brancos e pelos outros, a sensatez e a oportunidade de saber abrir e manter a “boca” fechada. Vejo Saramago como uma referência, um pensamento e um raciocínio como tem de ser… livre. Ensinou-me a questionar para além da catequese e das aulas de religião e moral. Mais do que isso, ajudou-me a perder o receio de raciocinar sobre alguns assuntos. Mas sei que como todos, tinha defeitos. Todos temos. É inerente ao ser humano. Não gostei do que disse de Lobo Antunes. Mas não foi por isso que deixei de admirar e considerar.
Em minha opinião, considero muito bom este artigo de Opinião do Garraio. Para além de, estruturalmente, muito bem arrumado em termos de escrita, revela-nos um conteúdo que merece ser analisado e reflectido.
O que está aqui em causa, não é a pessoa do Sr. Silva. Ele, como todos os portugueses, individualmente, tem o direito de ter as opiniões, atitudes e comportamentos, que lhe der na gana, desde que não mace os seus semelhantes; agora, enquanto Presidente da República, que decreta 2 dias de luto nacional, e prefere passear com os netinhos, em vez de cumprir os seus deveres e, ser consequente, com o que decreta…, digamos que, pelo menos, em conceito matemático, não me parece que seja de grande NORMALIDADE.
Aliás as anormalidades e contradições do Sr. Silva, enquanto Presidente de “todos” os portugueses, não se ficam por aqui, o que não faltam é exemplos, ao longo da sua vida pública. Mas isso discutiremos mais lá para a frente.
Até estou tentado a comparar que, “ o sr. Silva está para a política portuguesa, como o Cristiano Ronaldo está para a selecção”. Só olham para o seu umbigo.
Quanto ao comentário do Manuel, penso que a liberdade de opinião, ainda é uma das poucas regalias, que o “sistema democrático” a que se refere, ainda nos vai permitido, por enquanto…
O sistema democrático não é indissociável de valores como a da educação, a coerência de ideias e de comportamentos. Podemos reclama-los, sem termos que ir buscar as tais camisolas de gola alta com medo de alguém classificar a nossa democraticidade. Vivemos num tempo que coincidiu com o boom da Internet e dos blogs, que nos aproximou a todos e nos permite falar diariamente como apenas o faríamos à alguns anos atrás se coincidimos em alguma ocasião especial. Numa matança, numa caçada, um casamento… As palavras aqui têm um alcance potencial enorme, mas mesmo assim e só por isso, não se pode ter a pretensão que essas vozes chegarão todas ao céu ou virão a ser formadoras de opinião. O Presidente da Republica Cavaco Silva é o representante máximo deste país que funciona mal mas que é o meu. É um símbolo da nação, tal como a bandeira. A bandeira é vermelha e verde. Não são cores que liguem muito bem uma com a outra, mas é a minha, respeito-a não pelas cores, mas pelo que representa. Confesso que nunca simpatizei com a figura do actual Presidente da República enquanto Primeiro-ministro. Mas tem uma qualidade que neste país e para quem exerce cargos públicos sobreponho a todos as outras. É honesto e coerente. A propósito de coerência. “Um tal Jesus Cristo que dizem que andou por cá…” (mas que não se apresentou a toda a gente ou a quem devia….) Os católicos são coerentes porque se dizem crentes, não tem uma certeza, tem uma crença, uma fé. Os ateus dizem simplesmente que Deus não existe. Como é que os ateus têm essa certeza e podem provar que Deus não existe? Serão iluminados? Com Alzheimer ou não, temos que respeitar todos os doentes que sofrem e fazem sofrer os familiares e que ao verem dar forma de insulto a essa doença se irritam a valer. Em nome da dita coerência e da repulsa por “…uma igreja arcaica que não ajuda nem os pobres nem os doentes…”. Em conclusão e em forma de apelo, vamos esperando que todos os normais peguem neste país, com as suas brilhantes ideias e competências e façam a mudança necessária.
3 comentários:
Amigo Garraio
Permita-me este post em nome do orgulho que tenho naquilo que me ensinaram em casa e na escola e que com tanta reverência, alguns transmitimos aos nossos filhos.
Quanto mais não seja por aquilo que somos, por aquilo que defendemos ou por aquilo a que queremos que a nossa existência seja associada.
Antes de ser anormal o senhor Cavaco é uma pessoa.
O senhor João que tem uma taberna não sei onde, mas que poderia ser mais um afortunado dos ares frescos do Sever e da Serra de São Mamede, antes de ser apelidado pelos seus defeitos é o senhor João.
O senhor Cavaco, é o senhor Cavaco para alguns e para muitos nos quais me incluo é o senhor Presidente da Republica Portuguesa.
A Republica da Constituição Democrática, que nos deu tanta vontade de festejar desde a sua promulgação e desde a qual vivemos todos felizes e contentes consagra-nos o direito de dizermos o que queremos e onde queremos.
Ou seja, o anormal, que, pelo qual todos somos considerados nesta democracia, escolheu-o para representar nesta forma organizada de viver em comunidade.
O dito anormal é o representante de uma forma organizada de viver que escolhemos.
Sendo ele um anormal, vivemos todos numa anormalidade constituída.
Reservo para mim, aparte dessas conquistas aquilo a que me referi atrás e que o meu pai, já falecido e a minha mãe felizmente bem viva, me transmitiram.
Aquilo que guardo e guardarei para sempre como valor mais precioso, será o que eles me souberam dar.
A educação, o respeito pelos cabelos brancos e pelos outros, a sensatez e a oportunidade de saber abrir e manter a “boca” fechada.
Vejo Saramago como uma referência, um pensamento e um raciocínio como tem de ser… livre. Ensinou-me a questionar para além da catequese e das aulas de religião e moral.
Mais do que isso, ajudou-me a perder o receio de raciocinar sobre alguns assuntos.
Mas sei que como todos, tinha defeitos. Todos temos. É inerente ao ser humano.
Não gostei do que disse de Lobo Antunes.
Mas não foi por isso que deixei de admirar e considerar.
Um Marvanense
Em minha opinião, considero muito bom este artigo de Opinião do Garraio.
Para além de, estruturalmente, muito bem arrumado em termos de escrita, revela-nos um conteúdo que merece ser analisado e reflectido.
O que está aqui em causa, não é a pessoa do Sr. Silva. Ele, como todos os portugueses, individualmente, tem o direito de ter as opiniões, atitudes e comportamentos, que lhe der na gana, desde que não mace os seus semelhantes; agora, enquanto Presidente da República, que decreta 2 dias de luto nacional, e prefere passear com os netinhos, em vez de cumprir os seus deveres e, ser consequente, com o que decreta…, digamos que, pelo menos, em conceito matemático, não me parece que seja de grande NORMALIDADE.
Aliás as anormalidades e contradições do Sr. Silva, enquanto Presidente de “todos” os portugueses, não se ficam por aqui, o que não faltam é exemplos, ao longo da sua vida pública. Mas isso discutiremos mais lá para a frente.
Até estou tentado a comparar que, “ o sr. Silva está para a política portuguesa, como o Cristiano Ronaldo está para a selecção”. Só olham para o seu umbigo.
Quanto ao comentário do Manuel, penso que a liberdade de opinião, ainda é uma das poucas regalias, que o “sistema democrático” a que se refere, ainda nos vai permitido, por enquanto…
O sistema democrático não é indissociável de valores como a da educação, a coerência de ideias e de comportamentos.
Podemos reclama-los, sem termos que ir buscar as tais camisolas de gola alta com medo de alguém classificar a nossa democraticidade.
Vivemos num tempo que coincidiu com o boom da Internet e dos blogs, que nos aproximou a todos e nos permite falar diariamente como apenas o faríamos à alguns anos atrás se coincidimos em alguma ocasião especial. Numa matança, numa caçada, um casamento…
As palavras aqui têm um alcance potencial enorme, mas mesmo assim e só por isso, não se pode ter a pretensão que essas vozes chegarão todas ao céu ou virão a ser formadoras de opinião.
O Presidente da Republica Cavaco Silva é o representante máximo deste país que funciona mal mas que é o meu.
É um símbolo da nação, tal como a bandeira. A bandeira é vermelha e verde. Não são cores que liguem muito bem uma com a outra, mas é a minha, respeito-a não pelas cores, mas pelo que representa.
Confesso que nunca simpatizei com a figura do actual Presidente da República enquanto Primeiro-ministro.
Mas tem uma qualidade que neste país e para quem exerce cargos públicos sobreponho a todos as outras.
É honesto e coerente.
A propósito de coerência.
“Um tal Jesus Cristo que dizem que andou por cá…” (mas que não se apresentou a toda a gente ou a quem devia….)
Os católicos são coerentes porque se dizem crentes, não tem uma certeza, tem uma crença, uma fé.
Os ateus dizem simplesmente que Deus não existe.
Como é que os ateus têm essa certeza e podem provar que Deus não existe? Serão iluminados?
Com Alzheimer ou não, temos que respeitar todos os doentes que sofrem e fazem sofrer os familiares e que ao verem dar forma de insulto a essa doença se irritam a valer. Em nome da dita coerência e da repulsa por “…uma igreja arcaica que não ajuda nem os pobres nem os doentes…”.
Em conclusão e em forma de apelo, vamos esperando que todos os normais peguem neste país, com as suas brilhantes ideias e competências e façam a mudança necessária.
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