No último AA podemos ler a notícia acima digitalizada, intitulada “Câmara viabiliza Cooperativa do Porto da Espada", a qual eu adjectivo de notícia “curta”. É curta, não pelo seu escasso tamanho, mas sim pelas informações que não nos transmite; pelas questões que ficam por responder…
Antes de especificar tais questões, devo dizer, desde já, que considero que a Cooperativa do Porto da Espada é uma “Associação” importante para o Marvão. É importante, desde logo, pelo simples facto de ser uma “Associação” e depois, sobretudo, porque associa agricultores e, consequentemente, defende produtos agrícolas do concelho, preservando a sua produção e facilitando a sua colocação no mercado.
E parece-me, ainda, que o presidente da Câmara tem razão quando afirma que: “…se a Cooperativa não tiver viabilidade todo o concelho fica mais pobre…” e “...a Cooperativa é quase já o único comércio existente e se fechasse portas a aldeia ficava mais pobre e prejudicada...”.
Por isso, considero que é obrigação da Câmara apoiar a Cooperativa do Porto da Espada como, aliás, já apoiou recentemente!
No entanto, gostava de ver esclarecidas algumas questões neste negócio:
1 – A Cooperativa vende o seu património à Câmara e depois… continua a existir? Se sim, como desenvolverá, então, a sua actividade sem património?
2 – A Câmara adquire o património da Cooperativa e fica a geri-lo, eventualmente alterando o seu estatuto? Que tipo de entidade será constituída então?
3 – Ouvia-se dizer que o buraco (passivo) da Cooperativa rondava os €20.000,00. Então qual a necessidade desta alienar todo o património, encaixando €90.000,00?
4 – Se o passivo é inferior a €90.000,00, para onde vai o remanescente? Irá a Cooperativa adquirir outro património? E qual?
5 – Será que o passivo da Cooperativa é de €90.000,00 e a alienação de todo o seu património foi a única forma encontrada para o liquidar? A Cooperativa não conseguia gerar recursos para manter a sua viabilidade? E como, e com quem, vai a Câmara gerir esse património de forma a inverter essa situação?
4 – Adquirir todo o seu património era a única forma de a Câmara viabilizar a Cooperativa?
Não conheço quaisquer pormenores desta operação. Tive conhecimento dela apenas através desta notícia do AA, de onde me surgiram estas questões. Estas e, eventualmente, outras questões deveriam ser esclarecidas para que esta operação não pareça uma "negociata" em época de eleições…
Este será, naturalmente, um assunto abordado na próxima Assembleia Municipal!
Grande Abraço
Bonito Dias
domingo, 31 de maio de 2009
Notícias “curtas”!
sábado, 30 de maio de 2009
FINALMENTE O PSD…
Foram ontem aprovados em Assembleia-Geral de Militantes do PSD, e por proposta da Comissão Política Concelhia, os Cabeças de Lista candidatos aos diversos Órgãos Autárquicos a eleger lá para Outubro de 2009.
Depois de quase todos os outros Partidos e Movimentos, terem apresentado há já algum tempo os seus candidatos, surge, finalmente, de forma oficial, os nomes dos candidatos do Partido Social-Democrata, que actualmente lidera os Órgãos Autárquicos do concelho de Marvão.
Embora as novidades sejam poucas, e as opções agora tomadas há muito que eram do conhecimento geral, na sua grande maioria são recandidaturas, e em parte, uma evolução na continuidade.
Para as Juntas de Freguesia da Beirã, Sª Maria e S. Salvador, os nomes aprovados são os dos actuais Presidentes, respectivamente: António Mimoso, Manuel Joaquim Gaio e Tomás Morgado; enquanto que para a Freguesia de Sº António das Areias, o nome escolhido é o de António Matias, uma novidade.
Como candidato a cabeça de lista à Assembleia Municipal, surge mais uma novidade, o nome de José Luís Catarino. Um nome certamente desconhecido para a maioria dos marvanenses.
Foi ainda aprovado nessa Assembleia, que o PSD concorrerá sozinho e em listas próprias, sendo rejeitada uma proposta de coligação com o CDS-PP. Foi no entanto aprovada a possibilidade de nomes ligados ao CDS-PP poderem integrar, a título individual, as listas a elaborar pelo PSD.
Conhece-se assim, mais um “naipe” que faltava!
sexta-feira, 29 de maio de 2009
O Direito ao Contraditório
"Respondo a quem assina como Madalena:
O folheto por acaso não me parece grande coisa, mas pode ser porque não o vi fisicamente.
Quanto às fotos, não creio que sejam minhas porque não me lembro que mas tenham pedido nem as reconheço (e reconheço-as todas). Mas se mas pedirem têm-nas de imediato, porque tenho o péssimo hábito de dar (não vendo) as minhas fotos seja a quem for que as queira usar para um fim legítimo. É que entendo que não sou proprietário da imagem mas fiel depositário dela (esquisitices!...)
Mas por acaso não cobri pessoalmente qualquer acção política deste Movimento, pelo que não poderia ceder quaisquer fotos que envolvessem terceiros, mas isso são as regras deontológicas pelas quais cada um se guia.
Quanto ao apoio, nem apoio nem deixo de apoiar qualquer lista.
Por um lado não voto em Marvão, por outro não costumo tomar partido em situações destas, o que não significa que não tenha opções ou que seja capado.
O facto de ser director de um jornal não me impede, se quiser, de apoiar pessoalmente qualquer lista ou candidatura, como aliás não me impede de ser filiado num Partido em que habitualmente não voto nos últimos anos.
Por acaso não apoio, mas se apoiasse isso não retiraria ao jornal um grama de isenção, isenção essa que por opção mantemos, como declaramos no estatuto editorial que a qualquer momento podemos alterar e registar, mas a que nada nem ninguém nos obriga, pois se quiser apoiar uma candidatura, um clube ou seja o que for, temos toda a legitimidade para o fazer. Só é preciso que isso seja claro e evidente para os leitores.
Aliás, no mundo inteiro há inúmeros órgãos de comunicação que apoiam candidaturas. E nos EUA, por exemplo, a maioria define-se nesse apoio. Não sei se reparou, mas grande número de importantes jornais assumiu o apoio a Obama, e isso nem sequer significa que façam campanha por quem apoiam ou não sejam rigorosamente isentos na notícia.
Não vejo onde é que esteja o mal, mal esse que já encontro quando, a coberto da equidistância se fazem campanhas negras contra alguns ou se promovem outros, mas por aí não entro.
Por acaso até sou dos que defendo que devíamos saber sempre a cor política do juiz, porque assim temos mais certeza da isenção da sentença.
... Mas são opiniões.
Pode ainda ficar a saber que no jornal que dirijo optámos por ser regionalistas, ou seja, por assumir a defesa da nossa região, pelo que, e só para lhe dar um exemplo, nada nos impede, até pelo contrário, de defender os interesses de um Município ou da região face ao Poder Central ou até regional. E nem temos de ser isentos, porque se necessário for, não o seremos nessa defesa.
A qualquer momento podemos assumir o ataque ao Governo – a este ou outro qualquer -, à CCDR, a uma Direcção Regional, à TMN ou à EDP, por exemplo, na defesa de um município da nossa região, de uma freguesia, de um grupo de cidadãos, de uma escola ou do que seja.
Aí, se preciso for, na nossa defesa colectiva, o jornal poderá ser uma arma. Mas isso está assumido e é assim.
Não é normal em Portugal isto, mas no nosso jornal assumimos publicamente uma posição contra a introdução de portagens na A23, posição que obviamente não agradou a muitos em termos políticos, mas estamo-nos completamente a borrifar nisso. Considero que a introdução das portagens prejudica a nossa região e todo o corredor em geral, que a estrada foi financiada no pressuposto de não ter portagens e que não há alternativas viárias à A23, por isso assumo essa posição de modo claro e inequívoco, de modo que se for preciso fazer, até fazemos uma campanha.
É a nossa liberdade.
Por último não confundo amigos com candidaturas. E felizmente julgo contar com amigos em várias listas e de diferentes quadrantes em Marvão. No caso da lista da Madalena, sou, com orgulho, amigo de muitos que a integram, como do Alexandre, da Teresa ou do Gomes Esteves, para citar só alguns. E da própria Madalena, claro. E acho mais sério comer com os amigos, ir ao café com os amigos e estar com os amigos - e isso ser visto por toda a gente - do que fugir dos amigos para aparentar isenção, equidistância ou o que seja.
Os amigos são os amigos, o trabalho é o trabalho e sempre, em todo o lado, respondi com a minha cara, seja pelo meu trabalho pessoal, seja pelo trabalho das equipas em que colaboro ou dos colaboradores que tenho, por isso estamos falados.
Se por acaso estivéssemos em Castelo de Vide já lhe dizia outra coisa. Acho as listas de lá tão "complicadas" que só para ser do contra (o que me dá enorme prazer e considero um exercício de cidadania) até disse a uns amigos que parece que vão fazer uma lista independente, para colocarem lá o meu nome como apoiante.
Claro que tenho a certeza que não ganham e até sei antecipadamente quem ganha, de modo que é mesmo uma posição crítica que quero assumir em termos pessoais. Quanto ao jornal, garanto-lhe que não terá preferência alguma. Mas, mais uma vez, podia ter, desde que fosse declarada.
No fim disto confesso-lhe que me agrada muito mais uma matança ou qualquer outra, uma procissão, uns trabalhos sobre património ou até mesmo uns roubos para noticiar, que as campanhas eleitorais, mas também temos de viver com elas.
Disponha sempre
Manuel Isaac Correia
(e sou mesmo eu, desta vez não é ninguém a fazer-se passar por mim)."
terça-feira, 26 de maio de 2009
MporM apresenta candidatos
A forma de apresentação - uma caminhada - é curiosa e julgo que inédita!
Existe alguma expectativa em saber quais os nomes que serão apresentados, de modo a se avaliar o grau de profundidade e abrangência que este jovem movimento terá já conseguido.
Aguardemos então por sábado…
Grande Abraço
Bonito Dias
sábado, 23 de maio de 2009
PS aposta na sua imagem institucional e na do seu candidato
Uma imagem vale mais que mil palavras!
Parece ser este o lema do PS ao ter apostado nesta sede de campanha. Em linha com a estratégia seguida em eleições anteriores o PS de Marvão aposta numa sede de campanha bem localizada para “fazer passar” a imagem do seu candidato.
Desta vez, parece-me, a aposta foi excelente. A referida sede localiza-se bem no centro de SAA, mesmo junto à Pastelaria S. Marcos (a tal que tem a melhor imperial do concelho de Marvão e arredores…). Esta é, talvez, a zona do concelho mais frequentada pelos seus munícipes (apesar de estar cada vez mais despovoada!).
Este investimento é, penso, uma aposta com retorno garantido. Tendo em conta o perfil normal do universo que visa “atingir” é, com certeza, muito mais eficaz que extensos e complexos programas eleitorais.
No entanto, tudo depende de como a imagem do candidato “passe” para o eleitorado. Uma boa “sondagem” seria questionar as senhoras que por ali passam nos sábados de manhã (vindas do mercado) ou nos domingos de manhã (a caminho da igreja) sobre se simpatizam com a fotografia ali exposta…
É também (e muito) assim a política.
Infelizmente!
Grande abraço
Bonito Dias
“Juntos por Marvão” em folheto
O mesmo não contém quaisquer ideias ou propostas do Movimento. A estratégia actual do “Juntos por Marvão”, consubstanciada neste folheto, assenta na divulgação/promoção da imagem dos seus candidatos aos vários órgãos autárquicos. E assenta, particularmente, no reforço da imagem da sua candidata à Câmara (Madalena Tavares) e do seu candidato à AM (José Gomes Esteves).
Com este folheto, parece, também, querer-se transmitir a ideia de “proximidade”, ao serem colocadas fotografias dos candidatos em interacção com alguns munícipes…
Aguardemos, portanto, por próximas oportunidades para ficarmos a conhecer as propostas do “Juntos por Marvão”.
Neste momento, torna-se muito interessante observar as diferentes estratégias de comunicação das várias candidaturas. E são, de facto, muito diferentes!
Nesta matéria, das principais candidaturas, a do PSD é aquela que está mais atrasada, não se conhecendo, ainda, oficialmente os seus candidatos.
Esperamos, pois, pelas próximas etapas deste percurso, que se prevêem interessantes. E por propostas, sobretudo!
Grande Abraço
Bonito Dias
quinta-feira, 21 de maio de 2009
PATRIMÓNIO MUNDIAL - Última hora!!!!
A cerimónia decorrerá às 17 horas no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
INFORMAÇÃO FÓRUM
Diogo Lança alcançou o 1º lugar como representante para o 1º ano; e a Leonor Sobreiro foi a representante do 2º ano.
O Fórum Marvão deixa aqui os seus parabéns a estes dois representantes do concelho de Marvão.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
GDA: UM CLUBE COM VIDA!
A festa de fim de época realizou-se na Abegoa, no aprazível “recinto das festas” e foi o culminar de actividades que se desdobraram por 9 meses, desde Setembro de 2008 a Maio 2009, com a participação em 2 escalões de formação: Infantis (10-12 anos) e Escolinhas (8-10 anos).
Estas actividades foram coordenadas pelo João Manuel Lança, com a participação de uma grande equipa de jovens (treinadores e pessoal de apoio), que vêm realizando há uma meia dúzia de anos um trabalho espectacular, onde ocupam muitas horas do seu tempo, sem qualquer retribuição que não seja o prazer de ligação à modalidade do desporto-rei. A todos um grande OBRIGADO da comunidade marvanense, e, uma chamada de atenção para os governantes autarcas para que tenham esta participação em conta.
No sábado decorreu o jogo de Velhas Guardas entre o GDA e a equipa de S. Mamede de Portalegre, que trouxe de volta o “Futebol de 11” ao campo dos Outeiros e que sensibilizou todos aqueles que ao longo de 30 anos se habituaram a ver o campo ser totalmente utilizado. E como ele estava “bonito”, apesar de ainda “pelado”, mas que esperamos ver em breve com um tapete sintético, que trará, certamente, uma nova dinamização para aquele espaço. Assim haja vontades.
O resultado, talvez o que menos interessasse, foi favorável ao S. Mamede por 4-2, embora eles se encontrassem “reforçados” com meia-equipa que poderia jogar no Arenense. Mas o mais importante foi a 3ª Parte, o jantar convívio, realizado na Sede do GDA. E também aí, os de Portalegre “golearam”, sobretudo pela sua boa disposição, só superados pela boa organização dos homens da casa, que mereceu as felicitações de todos.
Convém esclarecer que os custos desta iniciativa foram totalmente suportados pelos participantes (jogadores e dirigentes do GDA), que ficaram a haver uma “patuscada” igual dos de Portalegre e uma desforra do resultado. A ver vamos lá para Setembro.
Mas melhor que as palavras aqui ficam algumas imagens destas actividades.
CONVÍVIO DE FIM DE ÉPOCA
As famílias embevecidas com os seus "craques"
João Manul Lança: A "alma" do Clube! Diz o "noro"...
O bom aspecto da mesa dos doces
- Isto nunca mais acaba para irmos brincar...
Viva o GDA...
Ricardo Neto: - Eu jogo nas "escolinhas" do GDA e marquei 6 Golos!
André: - Eu jogo nos Infantis do GDA e marquei 58 golos
GDA - S. MAMEDE
Pois é, "táctica" fora de horas...
É sempre bom saber o que é que os outros pensam de nós. No sítio das Velhas Guardas de S. Mamede e da autoria do Valério, recolhemos o seguinte Post:
Título:
Boa entrega ao jogo.
Data:
2009-05-18
Participaram neste Convívio: Beto, Delgado, Zé Fernando, Adriano, Gabriel, Luís Barreto, Paixão (Cap.), Costa, Rodrigues, Valério, Sérgio (Cissé), Antero, Caixeiro, Deco, Kevin, Catinana, Vítor silva e a Claque Feminina como sempre.
Resultado: GD Arenense (2) – S. Mamede (4) .Marcadores: Costa(1), Valério(1), Gabriel(1), Rodrigues(1).
domingo, 17 de maio de 2009
VIRUS MARVÃO
São duas e meia da madrugada de segunda-feira. Tenho uma gripe de mil demónios, como nunca me lembro de ter tido. Mas a minha filha ainda está pior... e ouvindo-a delirar, no seu quarto, fiz um esforço terrível para conseguir levantar-me e dar um bocado de descanso à mãe, essa fatigada enfermeira, entre dois doentes para atender.
Sentado na beira da sua cama, constatei, preocupado, que a sua febre não baixava dos 39º. Acariciei aquela carinha pálida, de olhar enternecedoramente triste, segurando a sua pequena mão trémula entre as minhas, numa tentativa algo desesperada de transmitir confiança e reconforto...
- Sim, filha...
- A febre não vai passar nunca...?
- Vai sim, filha. Amanhã vamos ao médico e ele vai-te receitar umas coisas para ficares boa.
- Pai..., mas eu já fui ao médico no Sábado e no Domingo a Castelo de Vide. Porque é que ele não me receitou nada?
- Filha, porque se calhar, ele pensou que tu não estavas tão doentinha...
- Ó pai, mas ele nem viu se eu tinha febre, nem viu a minha garganta... no Domingo nem entrei no consultório, viu-me na recepção e mandou-me para casa.
- Pois, filha, ele não devia ter feito isso. Mas amanhã vamos a outro médico...
- Pai...
- Sim, filha...
- Porque é que nós temos que ir ao médico a Castelo de Vide? É porque cá em Marvão somos poucos?
- Não sei... mas por essa razão não é, de certeza. Nós em Marvão até temos mais 150 pessoas inscritas no Centro de Saúde.
Pai...
Sim, filha...
- Então, se somos mais, o atendimento não deveria ser em Marvão?
- Talvez, filha, talvez, mas os políticos é que mandam nestas coisas...
- Mas, pai, como é que os políticos é que mandam na saúde das pessoas? Os políticos sabem quando estamos doentes? Sabem o que nos deve ser receitado?
- Não, filha, não sabem, mas são eles que mandam...
- Pai...
- Sim, filha...
- Amanhã falas com o Pedro para ele mandar trazer médicos aqui para Marvão, que nos atendam como deve ser, sem precisarmos de ir a Castelo de Vide ou a Portalegre...
- Filha, o Pedro só é da Câmara, quem manda nos médicos é o Ministério da Saúde, que está em Lisboa...
- E o Presidente da Câmara?
-Também, não filha, também não...
- Pai...
- Sim, filha...
- As pessoas das outras terras pagam mais impostos que nós para poder ter médicos e nós não?
- Não, filha, não, pagamos todos os mesmos impostos... excepto os que não pagam nada... mas esses hão-de começar a pagar...
- Pai, é verdade que há médicos em Castelo de Vide que dizem que não atendem os doentes de Marvão?
- Já ouvi falar disso, filha. Mas deve ser mentira. De todas as formas, vamo-nos informar. Se for verdade damos cabo deles....
Pai...
Sim, filha...
- Amanhã vamos a que médico?
- Filhota, amanhã vamos saber onde é que o Dr. Victoriano dá consulta e vamos lá. Vais ver como ficas boa rapidamente...
- Ai, pai, espero que seja como dizes...
Sim, filha, vais ver como é. Agora tenta dormir e descansar um pouco...
Acabámos por adormecer os dois, a sua mãozinha pálida como a neve, entre as minhas, que também não resistiram ao cansaço e à doença que nos atormentava há dias...
Ainda não foi desta vez que faltei a uma promessa à minha pequena... Três dias depois, lá andava ela a escorretear nas suas aulas de basquetebol.... Se a situação que vivemos é preocupante, o que será de nós quando os grandes profissionais da saúde, como o Dr. José e o Dr. Victoriano regressarem ao seu país, algo que mais cedo ou mais tarde há-de acontecer? O Dr.Tello já foi. Deixou saudades como um grande, enorme médico que era e é. Todos ficámos prejudicados. Não queremos nem devemos perder a única esperança que resta aos pobres de sermos considerados como seres humanos dentro de um consultório médico. E, em saúde, esse vento só pode soprar de Espanha, contra todos os provérbios populares havidos e por haver.
E o dia que alguns como eu se cansarem, e agarrarem nas armas, toda esta cambada de inúteis e prepotentes que domina a classe em Portugal, arrisca-se a ir parar a uma fossa comum e serem sepultados por um buldozer sem marca. É o que eles andam a pedir. Eles e todos os tentáculos desta sociedade podre e sem futuro que nos tocou viver, sem termos culpas no cartório para que tal sucedesse.
... Hoje estou revoltado. Nota-se?
sexta-feira, 15 de maio de 2009
SORAYA FOREVER!!
Mas nem é o caso, porque ela também tem muito de portuguesa, canta maravilhosamente, como alguns já terão tido oportunidade de ouvir e, ainda por cima é nossa vizinha.
Independentemente do lugar que venha a ocupar, e é uma das principais candidatas à vitória, seria bastante triste que Portugal não desse os seus 12 pontos à estrangeira mais portuguesa que alguma vez actuou na Eurovisão.
Além disso, considero que Marvão até tem uma dívida de gratidão com esta miúda, que, como já disse noutros posts, escolheu a imagem do castelo de Marvão, para iniciar a sua apresentação, aquando do Festival a nível nacional (Espanha).
Por tudo isto e mais umas botas, VOTEMOS TODOS SORAYA.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
INFORMAÇÃO FÓRUM
(Retirado "da guarita" , Blog Oficial do Município de Marvão)
O olhar de um Mestre
Segundo o Google, na Internet podem-se encontrar cerca de 51.300 imagens de Marvão.
A que aqui se apresenta, datada de 1955, deve orgulhar particularmente os marvanenses. O seu autor foi Henri Cartier-Bresson, considerado um dos mais importantes fotógrafos do século XX. Foi um dos fundadores da agência fotográfica Magnum. Em 2008 celebraram-se os 100 anos do seu nascimento.
As suas obras mais conhecidas apresentam situações de guerra, com destaque para as séries sobre a Guerra Civil Espanhola e a II Guerra Mundial, personagens famosas, como Marilyn Monroe ou Gandhi, e instantes de rua, numa perspectiva social e política.
Da viagem que fez a Portugal no ano de 1955, são especialmente marcantes as fotografias que mostram a ruralidade e religiosidade das nossas gentes. Na sua passagem por Marvão parece ter sido o castelo e a paisagem a impressioná-lo, levando-o a captar esta invulgar fotografia.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Apresentação da candidatura do PS Marvão
Em primeiro lugar, apesar de ser alheio a esse facto, peço desculpa pela apresentação do mesmo. Está um pouco mal tratado em consequência da água que apanhou, provavelmente, na caixa do correio, mas foi o que me chegou às mãos… Ainda pensei em protelar a sua publicação para o próximo fim-de-semana, após obter outro em melhores condições, mas, como o que interessa é o conteúdo, cá está o dito!
Trata-se de um convite à população (com alguma formalidade) da Concelhia do PS de Marvão para estar presente no dia 30 de Maio, na Abegoa, para a apresentação de Nuno Lopes e restantes candidatos do PS. Anuncia, também com formalidade, a presença de membros do PS nacional e regional.
Como é precisa inscrição para o almoço penso que esta apresentação terá dificuldade em cativar a população em geral, sendo provável que se torne num encontro de socialistas “puros e duros”. A acontecer, na minha opinião, será negativo visto que, nesse caso, as mensagens tenderão a ser dirigidas, apenas, para “consumo interno” e para a Comunicação Social.
Adiante.
Relativamente à mensagem contida no folheto diria que o PS começa ao ataque e sublinharia o seguinte:
1 – Grande preocupação em destacar o “trabalhar em equipa”e o “nós”, numa clara contraposição ao que acontece no actual executivo.
2 – Forte focalização no actual executivo, contrapondo medidas e apontado criticas, em estilo bastante musculado, de onde sobressai “… e não nos vamos promover pessoalmente na carreira…” e “…não temos a ganância do poder…”
3 - Clara prioridade na apresentação de “pequenas” medidas “avulsas”, tentando abranger o maior número de munícipes de uma forma directa, na tentativa de que os mesmos percepcionem vantagens individuais particulares (ex: “…comprar e requisitar serviços a todos os empresários do concelho…” e “…reduzir a tarifa da água para metade…”).
4 – Não apresentação de prioridades estratégicas ou apresentação de ideias ainda muito vagas (ex: “… queremos um novo PDM virado para o futuro…”; “…queremos uma zona industrial com potencial para criação de empregos…” e “…queremos mais e melhor turismo…”.
Enfim, esta será, certamente, apenas a primeira comunicação importante do PS Marvão. Outras se seguirão, com certeza, mais pormenorizadas ao nível estratégico. Ao nível das prioridades e projectos estratégicos!
Grande Abraço
Bonito Dias
S.A.A. vai ter um Lar para idosos!
Parabéns à sua Direcção; é uma boa notícia!
Desde logo, porque vai dar resposta a uma necessidade cada vez mais premente da população menos jovem. E depois, possibilita a criação de alguns postos de trabalho, o que é, também, importantíssimo…
É o que se chama matar dois coelhos de uma cajadada só!
Curiosa é a possibilidade de alargamento futuro do Lar para as instalações da antiga Telescola.
É caso para perguntar:
Será que ainda vou acabar os meus dias no local onde a Prof. Fernanda me ajudou a crescer?
Grande Abraço
Bonito Dias
SEM TÍTULO...
Aqui eram as passadeiras, as pedras foram removidas para colocar aquele postezito
E agora, com uma simples pazada de retroescavadora, fundem-nos parte da nossa história.
Não me conformo, Faça-se justiça. Reponham-se as passadeiras no seu lugar.
terça-feira, 12 de maio de 2009
Metáforas, eufemismos, alegorias, hipérboles, ironias e outras que tais…
Em tempos, não muito remotos, tive este texto escrito, como resposta a algumas metáforas, eufemismos, alegorias, hipérboles, ironias e outras que tais, com que então, o amigo Garraio, também na altura me brindou.
Não o publiquei na altura, porque me pareceu ultrapassado, mas fiquei sempre com pena de o não ter feito.
Talvez agora pareça um pouco desajustado (ou talvez não), e para quem a memória não seja curta, e, com o devido respeito aqui vai, assim como carta que ficou esquecida no correio:
"....Meu caro amigo Garraio, também eu me lembro de quando os nossos ribeiros e riachos, albergavam todas essas variedades de “peixes” (barbos, carpas, bogas e bordalos) a que te referes no comentário lá atrás.
E lembro-me desde muito novo, quase na primeira infância, pois nasci numa casa junto à ribeira, que aí ainda o é, e se transforma, quilómetros mais abaixo, no rio a que chamam Sever. Infelizmente, essa casa, tal como os peixes (não aos que te referes, porque esses hão-de sempre existir), já desapareceu com o tempo, era conhecida pelo “moinho do Balcão”.
Ao contrário de ti, eu nunca fui “pescador”. Sobretudo por falta de jeito, nem com anzol, nem à mão. Ao contrário do meu primo António, rapaz da minha idade, que pedra onde ele metesse a unha, daí saia um dos tais “vardascudos”.
Penso que hoje, ainda mantenho essas inaptidões. Porque ainda há dias te “lancei o isco” e tu disseste que não valia a pena…, porque bem sabias o que o “mal-asado pescador” pretendia!
Quem teve, por conjunturas da vida, de usar de tal arte de pescador (não a que te referes, porque eram outros os tempos), foi o meu pai. Manuel lhe chamavam, já que o apelido era o que eu hoje carrego de bom gosto, único, apenas pertencente aos meus familiares, quer os próximos, quer os mais afastados. Mas dizia eu, que tais conjunturas da vida, levaram-no muitas vezes a ter mesmo que arriscar a dita, lançando mãos à obra, não com “anzol”, porque não havia tempo a perder, mas, com a sua “pobre rede” e meia dúzia de bolas de cicuta (embudo), se lançar à água gelada do inverno, para retirar uns quilos dos tais barbos, carpas, bogas e bordalos.
Claro que, meu amigo Garraio, aqui o segredo estava no tal “embudo”, tóxico para os peixes (e para as vacas, que morriam que nem tordos se provassem a raiz), a “rede” servia apenas para não os deixar perder na “corrente”. Evidentemente, havia sempre um dos tais “vardascudos”, que cavava com duas ou três “rabanadas” ao cimo da água, deixando o pobre Bugalhão a praguejar: “anda coooorno que já te escapaste”.
Mas, como o “dinheirito” não abundava por aqueles tempos, ia o incauto “pescador” vender (se tal se podia chamar, aos míseros tostões recebidos), os tais barbos, carpas, bogas e bordalos (há excepção dos “vardascudos”, esses já navegavam em “novas” águas), à tasca do “manhoso” lá da aldeia, que com eles fazia uma belíssima petisqueira para os mais endinheirados. Isto é, mesmo a propósito, “ fazendo render o peixe”…
Entre os fregueses frequentadores, estava quase sempre um tal “guarda-rios” (uma espécie de “fiscal da asae” para as águas, desse tempo), que não se sabe muito bem como, lá acabavam por lhe “bufar”, quem tinha sido o ardil pescador.
E daí, que tantas vezes o cântaro ia à fonte, isto é, às águas da tal ribeira, no tal parque do santo mamede, que ainda tinha barbos, carpas, bogas e bordalos…, que um dia, o pescador Manuel, foi malhar com os magros costados, durante trinta dias, à cadeia de Castelo de Vide. Que nesse tempo, a justiça não brincava como nos dias de hoje.
Mas, como todas as “estóreas” têm a sua moral, também esta não foge à regra.
E assim, sabe o meu amigo quem ficava a lucrar com os “ingénuos peixes” e do “pescador marioneta”?
Claro…, o “manhoso”, o “antepassado dos asaes” e, evidentemente, os tais “vardascudos” que se viam livres, por uns tempos, do mbugas…
Um abraço para o meu amigo, extensivo a todos os visitantes aqui da “metráfora forista”.
A FRIEZA DOS NÚMEROS
Onde anda o panfleto PS?
Por muito que as pessoas jurem amar a sua terra (e quem sou eu para colocar isso em dúvida!), até os donos da bola, leia-se os donos (colaboradores) deste blog, alguns deles conhecidos na blogosfera como “o eixo do mal”, tiveram que emigrar de Marvão e suas aldeias. Este facto não constitui óbice para que possam mandar uns birinaites sobre a fórmula mágica da resolução dos nossos eternos problemas. São coisas da política e são também coisas deste louco mundo moderno que com estas cenas da rede, nos permite estar onde nós próprios queiramos, sem sair de casa.
Toda esta conversa da treta para dizer que, pese às modernices apontadas é com muita estranheza que reparo que nenhum dos donos da bola, e mais propriamente o Fórum Marvão, publicou o panfleto/convite recentemente distribuído pelo Partido Socialista à população marvanense.
Como este blog advoga pela imparcialidade e pela isenção, penso que o panfleto deveria ser publicado (eu não faço porque não sei), já que estamos em vésperas de eleições, e se calhar, até há algumas pessoas que não o fazem porque isso pode comprometer a sua auspiciosa carreira política ao publicarem panfletos políticos do partido que, à priori, mais frente pode fazer aquele que presentemente representam.
Outra das razões porque acho que este documento deveria ser publicado prende-se com o facto de nele estarem incluídas algumas promessas eleitorais, que, no mínimo são bastante curiosas.
O Ps promete, por exemplo, construir um polidesportivo por Freguesia. No particular da Freguesia de Santa Maria, é suposto que em Marvão não há lugar para fazer tal obra, exceptuando a cisterna do castelo, coisa à que se me afigura que o IGESPAR não vai dar o seu aval vinculativo. Como a Ponte Velha está despovoada e os Galegos também, talvez a solução seja construir o polidesportivo da freguesia no lindo enclave da Pitaranha, cuja extraordinária localização fronteiriça permitirá a realização de provas desportivas entre os locais (Pitaranhense F.C.) e as aldeias raianas das Casinhas, S. Pedro e Fontañera. Juntando o útil ao agradável, o estatuto dos Jogos de Marvão passaria, logo à nascença a ser de Jogos Internacionais.
Haja pachorra…
O dinheiro dos nossos avós
Na internet encontramos um pouco de tudo. A imagem que aqui se reproduz, representa uma “cédula”, um papel-moeda, e foi emitida pela Câmara Municipal de Marvão, faz hoje precisamente 88 anos. O exemplar está à venda aqui, oferecido por um antiquário do Porto, e custa 19.99 dólares.
As “cédulas” eram dinheiro legal e foram emitidas um pouco por todo o país, pelas Câmaras Municipais e por outras instituições, durante vários períodos da nossa história. O seu valor era reduzido, eram impressas em papel corrente e serviam para racionar o dinheiro disponível e poupar os gastos da cunhagem de moedas metálicas. Esta economia era importante em épocas de escassez de metal e de forte inflação.
No ano em que esta série foi emitida Portugal atravessava uma crise política e económica sem precedentes, com os Governos a mudarem de mãos quase todos os meses. A fome era de tal ordem que estava proibido o comércio livre, fora do controlo do Estado, de bens de primeira necessidade. Neste contexto, 2 centavos dariam para comprar pouca coisa.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
O Triângulo Turístico
Esquisito!
Sou, orgulhosamente, alentejano mas considero esta publicidade, no mínimo, esquisita. O lógico seria aqui encontrarmos um qualquer mecanismo publicitário que promovesse o Nordeste Alentejano: Castelo de Vide, Marvão e Portalegre!
Após as eleições autárquicas de 2005, quando estes três concelhos ficaram a ser governados pela mesma cor política, surgiu a esperança que nesta região fossem implementadas, finalmente, verdadeiras parcerias e uma estratégia comum de promoção turística. Puro engano… ficou tudo na mesma!
O que, infelizmente, perdurou desse processo de intenções foi, apenas, uma agenda cultural comum. Pouco. Muito pouco. Quase-nada!
E é pena!
Castelo de Vide organiza os seus eventos e defende os seus interesses hoteleiros isoladamente; Marvão organizou uma candidatura a Património Mundial sem envolver a região nessa “batalha”; e, agora, Portalegre parece pretender organizar e relançar a sua oferta turística, também, de uma forma isolada. Estes, são apenas alguns exemplos ilustrativos!
E esta é uma política em que todos perdem. É uma política em que cada um defende, de uma forma provinciana, o seu “quintalzinho”, lutando para que o seu seja melhor que o do vizinho…
Os políticos locais lamentam-se que o poder central esqueceu esta região. Que determinou que a mesma seja, agora, quase como que um “enclave” abandonado. É verdade! Mas, localmente, é preciso remar contra essa adversidade, sendo que só remando em conjunto e, sincronizadamente, se poderá vencer esta corrente adversa.
Castelo de Vide, Marvão e Portalegre deveriam organizar-se e promover uma política na área do turismo de ganhar/ganhar/ganhar! Em conjunto, constituem uma região com um rico património natural e edificado, fazendo todo o sentido promovê-la turisticamente de uma forma global!
A “Turismo do Alentejo ERT, entidade recentemente constituída para a promoção do Alentejo, abarca uma área tão extensa que terá muito dificuldade em ser eficaz. O Nordeste Alentejano é, claramente, um nicho de mercado a explorar, integrado nessa vasta região.
Estes três municípios deveriam ter a capacidade de se organizar, constituindo uma entidade que, com um orçamento adequado, promovesse o Nordeste Alentejano e os seus pontos e produtos de interesse. Este “enclave” tem tantos pontos fortes (dispenso-me de os enumerar) que não seria, com certeza, necessária grande criatividade para engendrar essa promoção.
Com esta estratégia e com o tal triângulo turístico todos ficariam a ganhar!
Certamente!
Grande Abraço
Bonito Dias
sábado, 9 de maio de 2009
ARENENSE – S. MAMEDE
Entretanto e a pedido de vários intervenientes, aqui deixo alguns momentos para recordar do 1º jogo, realizado com o GRAP de Leiria.
Chamo a especial atenção para alguns “desabafos” captados pelo repórter de campo…
Assim é que é bonito: Todos juntos, pelo desporto.
O estilo inconfundível do Xico Silva - Uma surpresa!