Contributos para o Contraditório
Então aqui vai a minha opinião, sobre geoparkes (esta escrita tem a ver com o novo acordo ortográfico), iluminação pública (para melhorar a imagem), micro créditos e outras que tais…
Na teoria são muito interessantes, porque deram bons resultados em outras bandas…na prática, em Marvão, são uma treta. Porque não têm em conta o contexto, ou seja, um conhecimento do que são as gentes de Marvão e suas práticas ou modos de viver.
Habitualmente estas ideias, ou aparecem dos nossos “políticos importados”, ou de alguns “iupis” de cultura “solexpresso”, a quem lhes falta alguns km a palmilhar a prática de contrabando, ou uns dias de azeitona no Pereiro, ou uns anos de labuta de 9 horas/dia e mais 5 horas/noite de frequência escolar à sua custa, ou mesmo o odor continuado de cheiro a giesta.
A isto acresce, uma prática bem portuguesa de nos centrarmos em “avaliações de processos” e raramente se fazerem avaliações de resultados.
Quanto à iluminação pública: tenho uma crença muito própria. O concelho de Marvão está super iluminado (e com um saneamento básico vergonhoso), a maioria dessa alumiação não serve para nada, porque ninguém passa nos sítios onde ela alumia e, existem locais (como diz o Garraio), onde é necessária e não existe.
A maioria desses pontos luminosos foi colocada em tempos de “vacas gordas”, para caçar uns “votozitos” a incautos munícipes (tal como os banhos de alcatrão) e são um acréscimo de custos evitáveis. Se fosse eu a “mandar”, reduzia-os para metade e com o que poupasse faria investimentos de apoio às Instituições Associativas do concelho.
Micro-Crédito à criação de Empresas: Iniciativa de apoio ao desenvolvimento de “pequeninas” Empresas, com incentivos bancários privados e públicos, apresentada pelo Executivo e aprovada em Assembleia Municipal com urgência há mais de 2 anos.
Quantas foram criadas? Quantas existem? Para quando a apresentação da avaliação desta iniciativa?
Geopark (adesão que nos custará até dois mil e dez, 200 000Euros): Processo muito interessante do ponto de vista filosófico e dos princípios (como aqui foi apresentada pelo Bonito Dias). Do ponto de vista prático, cuido, que mais uma vez não dê em nada e que a montanha vai parir um rato.
Antes de acabar esta legislatura autárquica, irei questionar sobre os resultados desta adesão. Nomeadamente, sendo um parceria “públicoprivada”, quem foram os privados ou as empresas de Marvão que aderiram e quanto investiram? Ou será que mais uma vez andam os contribuintes a pagar para os privados arrecadarem lucros e quando toca à sua participação, primam pela ausência.
A propósito, alguém investigou ou inquiriu se os privados marvanenses estão interessados? Ou as decisões tomam-se com base na percepção (esta sem acordo ortográfico)?
Será que estes 200 000 Euros (e mais 25 000/ano) não teriam outras prioridades em Marvão?
Então aqui vai a minha opinião, sobre geoparkes (esta escrita tem a ver com o novo acordo ortográfico), iluminação pública (para melhorar a imagem), micro créditos e outras que tais…
Na teoria são muito interessantes, porque deram bons resultados em outras bandas…na prática, em Marvão, são uma treta. Porque não têm em conta o contexto, ou seja, um conhecimento do que são as gentes de Marvão e suas práticas ou modos de viver.
Habitualmente estas ideias, ou aparecem dos nossos “políticos importados”, ou de alguns “iupis” de cultura “solexpresso”, a quem lhes falta alguns km a palmilhar a prática de contrabando, ou uns dias de azeitona no Pereiro, ou uns anos de labuta de 9 horas/dia e mais 5 horas/noite de frequência escolar à sua custa, ou mesmo o odor continuado de cheiro a giesta.
A isto acresce, uma prática bem portuguesa de nos centrarmos em “avaliações de processos” e raramente se fazerem avaliações de resultados.
Quanto à iluminação pública: tenho uma crença muito própria. O concelho de Marvão está super iluminado (e com um saneamento básico vergonhoso), a maioria dessa alumiação não serve para nada, porque ninguém passa nos sítios onde ela alumia e, existem locais (como diz o Garraio), onde é necessária e não existe.
A maioria desses pontos luminosos foi colocada em tempos de “vacas gordas”, para caçar uns “votozitos” a incautos munícipes (tal como os banhos de alcatrão) e são um acréscimo de custos evitáveis. Se fosse eu a “mandar”, reduzia-os para metade e com o que poupasse faria investimentos de apoio às Instituições Associativas do concelho.
Micro-Crédito à criação de Empresas: Iniciativa de apoio ao desenvolvimento de “pequeninas” Empresas, com incentivos bancários privados e públicos, apresentada pelo Executivo e aprovada em Assembleia Municipal com urgência há mais de 2 anos.
Quantas foram criadas? Quantas existem? Para quando a apresentação da avaliação desta iniciativa?
Geopark (adesão que nos custará até dois mil e dez, 200 000Euros): Processo muito interessante do ponto de vista filosófico e dos princípios (como aqui foi apresentada pelo Bonito Dias). Do ponto de vista prático, cuido, que mais uma vez não dê em nada e que a montanha vai parir um rato.
Antes de acabar esta legislatura autárquica, irei questionar sobre os resultados desta adesão. Nomeadamente, sendo um parceria “públicoprivada”, quem foram os privados ou as empresas de Marvão que aderiram e quanto investiram? Ou será que mais uma vez andam os contribuintes a pagar para os privados arrecadarem lucros e quando toca à sua participação, primam pela ausência.
A propósito, alguém investigou ou inquiriu se os privados marvanenses estão interessados? Ou as decisões tomam-se com base na percepção (esta sem acordo ortográfico)?
Será que estes 200 000 Euros (e mais 25 000/ano) não teriam outras prioridades em Marvão?
14 comentários:
como diriam os mangas de alpaca: idem, idem; aspas, aspas.
boa jbuga!
não te esqueças contudo que a avaliação dos resultados está muito condicionada pelos processos para os atingir. é que, nos nossos gloriosos dias de liberalismo desenfreado, até por culpa da nossa educaçãozinha romântica, os processos são pensados, elaborados e executados de forma a não permitir quaisquer avaliações, pela simples razão que a avaliação nunca faz parte do caderno de encargos com que são apresentados. há que fazer as coisas com base numa filosofia, mais ou menos generalista, que invalida tudo o que seja olhar a posteriori para o que se atingiu com a feitura das tais coisas. e isto apesar dos tais cursos, tão em voga, de liderança e de gestão de prioridades e assim (para quem já andou na tropa, estas novas modas cheiram é a... conversa de xaxa, mas enfim).
a filosofia subjacente a qq processo para atingir um objectivo é muito importante. mas quando se pensa EM COMO pôr a filosofia em prática, devem considerar-se OS MEIOS NECESSÁRIOS para o fazer. e isso requer mt mais trabalho do que o simples investimento de dinheiros disponíveis. é preciso o tal cheiro a giesta. e é preciso conhecer as gentes e agir de acordo com o que elas pensam e querem, ainda que seja para as motivar e polarizar para mudarem. sem isso... dá geoparques (que ainda não sei se não será uma boa ideia, embora desconfie que vai ser mais do mesmo, cm já disse lá para trás, noutros comentários a outros posts), ou dá parques de avionetas, ou greens de golfe (e desculpem lá, mas esta, doa a quem doer, não pode esquecer-se: é que estávamos em pleno período socialistó-bochechista, que protegeu tudo o que era pê-ésse, com o beneplácito dos cavaquismos pê-ésse-dês, aí e no país, com os resultados que conhecemos. e agora andam cá outros parecidos... e aí... ainda não sei.).
por isso, caro bugalhão de velha cepa, muito bom post, muito boa atitude em relação ao contraditório e muito bom sentido prático. ainda bem que és um dos que anda no terreno. há anos. há uma vida!
não é por seres meu tio (que isso tb me enche de orgulho). é por tanta clarividência. e chega-lhes, que tu sempre foste da elite da terra: escolheste estar aí, de alma, coração e para trabalhar.
abraço, e não penses, nem ninguém pense, que isto é algum loby bugalhónico ;-)
Boas JBuga,
Não sabia nada desse tal Geopark…até aqui, o que prova alheamento de muitas coisas…e outras coisas mais.
Sei que não deve ter muito a ver, mas há poucos dias, passeava por uma serra de nome Montemuro, situada no distrito de Viseu, onde existe um “centro “ – parque eólico povoado de “ventoinhas gigantes”, que poluem a paisagem e pelos vistos a relação entre o investimento feito e os benefícios daí resultantes deixam um pouco a desejar…
Isto para dizer, que se nos lamentamos tanto com orçamentos muito limitados então, mais temos de reflectir sobre o modo de aplicação das ditas verbas sempre escassas…
Mas como disse, não sei do assunto o suficiente, apenas opino que no que se trata de grandes projectos, já estamos um tanto ou quanto desconfiados…. E com alguma razão…
A falta de participação dos que por cá resistem , penso eu, e por mim falo, que entre trabalho e restantes afazeres não tenho estado devidamente atenta ao que se passa, deve-nos preocupar…
Ou talvez haja outros motivos de fundo, se fizermos uma extrapolação para o panorama nacional, é que os políticos nacionais só poderiam aprender a lição se lessem com atenção o José Saramago…mas duvido que tenham tempo para isso… com tanto trabalho que têm feito e bem, de tal forma que as desigualdades sociais não param de aumentar no nosso país? E por que será??
A cegueira não tem cura…mas nalguns casos pode ser que seja apenas miopia e essa sim, tem várias formas de se corrigir…nem que seja com uma operação em Badajoz, que fica logo aqui ao lado e é feita por bons profissionais, para além de ser mais barata!! eu falo por mim…que já fui submetida à dita intervenção…
Cumprimentos ao pessoal do “contraditório”…
Sobre o Geopark terei muito gosto em continuar a falar, até porque sou apoiante da ideia.
Mas não agora. Quando eu quiser!
O JBuga meteu na cabeça que só quem trabalhou na infância e juventude e quem estudou já a trabalhar tem competência para opinar com coerência e “ver longe”. O resto são todos “yupis” de cultura “solexpreso” que tiveram tudo de mão beijada.
Está enganado!
E, neste caso, até escolheu um exemplo inadequado.
Portanto, se o objectivo era “picar-me”, teve efeito contrário. Vai ter que esperar mais um pouco.
Deixo apenas uma nota introdutória: eu, convencido que esse é um projecto vantajoso para Marvão, votei “Sim”. Outros que tanto o atacam, não votaram “Não”, abstiveram-se…
Um conselho ao amigo JBuga: Ler a entrevista do Mata Cáceres ao Alto Alentejo e meditar sobre empreendorismo e outros conceitos…
Grande Abraço
Bonito Dias
Ó meu caro Fernando, então mas agora andas com mania da perseguição…
Quando escrevi o que escrevi, não foi dirigido a ti. Escrevi, porque acredito naquilo que afirmei, assim como sei que tu acreditas no contrário em relação a esse projecto. Eu por mim gostaria que tu tivesses razão.
Agora não fiques a matutar que aquilo é dirigido especificamente para ti, porque não é essa a minha intenção.
Tens todo o direito a ter os teus “tempos”… agora, pára de pensar que andas a ser alvo de alguma perseguição, porque da minha parte não existe qualquer intenção de o fazer. Aliás, sabes quanto respeito as tuas ideias, mesmo quando não estou de acordo.
Também sabes, que quando me quiser dirigir a ti, ou criticar-te usarei sempre a “segunda pessoa” e nunca a “terceira”, porque sei que tu te aguentas…ou não?
jbuga
e eu tb gostava de ler o tal artigo...
quem se compadece e envia um pdfzito?
grato, mt grato a quem fizer a fineza.
mas já agora, antes que estes membros da elite se peguem a ver quem tem razão, deixo só um caminho para a refrega: nem velhos do restelo, nem arrivistas que esquecem a história fazem aqui falta! falem dos argumentos, não das intenções (mais ou menos óbvias) quando defendem esses argumentos. senão tenho que me calar, em vez de me sentir livre para dizer o que me apetece.
só há que expor o que cada um pensa, e esperar pelo contraditório, numa base civilizada, sem freudianismos (será que esta existe?).
é ca senão espantamos a passarada, pessoal.
e não se esqueçam do tal artigo.
abraço
Ó Luís
Também não exageres!
Uma discussão(zita) mais acalorada, com respeito e, ainda por cima, com amizade à mistura nunca fez mal a ninguém!
Às vezes é preciso por uns pontos nos is. E ponto.
Micro crédito
Mesmo que não surja nenhum negócio no âmbito deste apoio a Câmara fez bem em implementa-lo.
Só fez a sua obrigação!
Foi agente facilitador, que é o seu papel. Depois é preciso aparecerem investimentos privados e a consequente criação de postos de trabalho. Mas, isso já é o papel dos privados.
É claro que esse apoio em conjunto com o tal local para implantar empresas (que, por exemplo, em Elvas se chama “Centro de Negócios”) seria, de certeza, mais procurado, porque se complementavam.
Infelizmente, este último teima em não ver a luz do dia…
Tenhamos esperança!
Grande Abraço
Bonito Dias
Utilizei a manhã deste sábado chuvoso de Maio, para cumprir a sugestão do Bonito, e ler a Entrevista de Mata Cáceres no “Alto Alentejo”.
Acho que no geral é uma boa entrevista. Fala da sua estratégia para o concelho de Portalegre (com uma visão distrital), mas no fundo, não acrescenta nada de novo àquilo que já conhecíamos. Embora como diga, e em primeiro lugar, acho que é uma visão sobre a “coisa”, mas não a única e, inclusivamente, se perde em algumas contradições.
Como por exemplo, a de criticar a execução dos “projectos nacionais”, que diz estarem a ser consumados com base em projectos e ideias ultrapassadas, já pensadas há tempos pretéritos. Que entretanto a situação mudou, não existindo a coragem de os alterar, e que na opinião de M. Cáceres não fazem hoje já sentido; e eu estou de acordo!
No entanto, quando ele passa a análise na área em que neste momento é decisor, em minha opinião, acaba por fazer o mesmo dos “centralistas” e, é contestável a sua tese. Como é o exemplo que dá sobre a grande “zona industrial” por ele idealizada e construída, que segundo ele diz, está às “moscas”, porque não aparecem empresas e, que a mesma, segundo as suas palavras, deveria ter sido constituída tempos antes.
Então porque a projectou e a construiu? Quando esses projectos “já tinham sido chão que davam uvas”, na interpretação que faço das suas próprias palavras.
Porque destruiu esses terrenos agrícolas, que poderiam dar uns largos “moios” de trigo, ou milho, litros de azeite ou vinho; ou agricultura biológica (como proporia o Luís)? O que segundo as suas palavras (e não só) são as necessidades do futuro?
Quanto à defesa que faz sobre as vantagens do “endividamento autárquico”, seja ele em Portalegre, Marvão ou “cochichina”, claro que será sempre duvidoso, e que para ele, as “meninas mai´ lindas do mundo serão sempre as suas filhas”.
Só que os outros também têm “filhos” e quando vamos avaliar, nem sempre os pais têm razão, sobretudo se for feita uma avaliação isenta.
Ainda sobre este assunto, menos coerente se torna, com a comparação que faz com o “endividamento das empresas”…é que esses, quando se endividam é (ou deveria ser para investimentos), nas Câmaras nem sempre é assim e mesmo quando dizem que é para “investimentos”, na maioria das vezes são-no para a construção de verdadeiros “elefantes-brancos”. Nas empresas ou nos particulares, o “capital” é próprio ou por empréstimo e têm que responder por ele. Nas Câmaras, o dinheiro é dos contribuintes e a responsabilidade pelos “pagamentos” não é dos senhores presidentes que fazem as dívidas, e quem tem pagar é o povo contribuinte, porque eles entretanto já “basaram” para gozarem as suas “chorudas” aposentações.
Tiro-lhe o chapéu (que não uso), na defesa que faz da construção de uma via de ligação à Portagem, como porta de ligação a Espanha. Algo, aliás, que sempre defendeu (mais que os autarcas marvanenses). Para nós marvanenses era fundamental, e ajudaria um pouco a “esbater” os tais montes que nos cercam.
E fico-me por aqui, que a coisa já vai longa…e não falta aqui matéria para discussão.
Jbuga
ah! tava a ver que ninguém dizia nada sobre o tal artigo.
mas a fonte em si nada, não é? será que entre tanto informático ninguém consegue fazer um scan dessa balhana e enviar p'ró mail do luís, pf.
qt à tal concentração de empresas, ou nano-empresas, bonito, não tou a ver grandes vantagens. o concelho, com a rede viária que tem, com os hábitos de trocas e negócio com vidas de existência, não obviaria por si só, pela sua normalidade de terra com séculos, ao tal factor expresso em '...se complementavam.'?
o que eu entendo do que tu propões é que se pouparia com transportes, com troca de experiências, com vizinhança, com, digamos, uma maior proximidade... mas não é isso que já acontece? na prática? quanto é que se pouparia? uns 'trocos'? e qt é que se gastaria para fazer o tal centro de negócios (linda a comparação com elvas. tás aqui tás a falar duma cidade inda maior, só para promover Marvão)?
na minha modesta opinião isso não faz falta nenhuma, para além de que será um sorvedouro de recursos qd se fizer, e depois de estar feito, para manter. com a iniciativa privada tão reticente a avançar agora (apesar dos teus velados incentivos) o que terias às costas era salas, ou stands, a cair, contas de iluminação para pagar, canalizações para reparar, que ninguém lá gastava água... enfim, mais um elefante branco.
pq é que não seria de considerar as tais microemprsas, que no fundo são as pessoas e as suas famílias, numa perspectiva menos modernaça, conversarem umas c'as outras e arranjarem um meio de distribuir/trocar produtos e mercadorias, partilhando os custos dessa tarefa. e a partilha, transportes pex, até podia levar o que se produzisse para fora, em vez de esperar pelos que de fora vêm comprar com a conversa de 'se queres queres, se não queres vai tu encontrar quem queira'.
por isso bonito, se não é um shopping center que queres fazer (mas micro, para combinar com o cujo crédito e com as cujas empresas), essa ideia do centro de negócios, ou do núcleo empresarial, ou da zona de comércio, ou de como lhe queiras chamar, parece-me uma contradição cm aquelas que o jbuga diz ter encontrado no discurso do cárceres.
a minha maneira de ver o desenvolvimento de Marvão não passa por fazer dessa terra um algarve culto, com história e muito, muito natural e típico, para o turista ir passear, e ter tudo junto à venda num só local. isso é em valença do minho, ou em óbidos. aí, nem sequer acho que a solução passa pelo turismo, por si só. isso é lá no algarve mesmo.
aí quer-se é: apresentar o genuíno com qualidade às pessoas que aí vivem! elas sabem fazê-lo e gostam do que fazem. se isso acontecer, vais ver que a seguir os investidores privados começam a aparecer. se destróis o que há de melhor, em prol de para aí levares o que há de pior, fora daí... lá vêm os golfs do prado, e os esgotos que nunca mais há, embora corram a céu aberto noutros lados, e as canecas do benfica e os isqueiros da nªsª de fátima na loja de souvenirs, etc, etc.
ainda bem que o tal centro de negócios é teimoso.
abraço
Luís,
Discordo quase totalmente contigo!
E estás a misturar alhos com bugalhos! Até falas em shopping!!!??!?
Não se trata nada disso. Falamos de um local para instalar pequenos negócios. Que é fundamental para haver empregos e, portanto, para haver gente!
Esse local, primeiro, acomodaria algumas pequenas unidades (oficinas e assim…) que estão ilegalmente instaladas e qualquer dia uma ASAE qualquer dá-lhes ordem de fecho!
E depois, daria condições para o desenvolvimento da indústria já existente em Santo António das Areias e disponibilizava, também, condições para poderem surgir mais alguns pequenos negócios.
É só isso Luís!
Mas, considero este “só” fundamental. Fundamental para haver empregos e pessoas e fundamental, sobretudo, para mater o “norte” do concelho vivo. Sem emprego o concelho “morre”. Isto parece-me óbvio!
É obrigação da Câmara ter esse papel facilitador (que o Eng. Mata Cáceres (MC) fala). E tanto em Portalegre como em Marvão esse papel já deveria ter sido desempenhado há muitos anos.
Se, por exemplo, o MC tivesse chegado a CMP à vinte anos atrás teríamos, provavelmente, agora uma cidade do género de Castelo Branco, assim … perdemos o comboio!
Portanto, mais vale tarde do que nunca!
E nada disto choca com o manter Marvão genuíno e com qualidade. Até porque uma das principais características do concelho ao longo de décadas foi a sua vertente empreendedora em Santo António das Areias.
Foi esta vertente que lhe proporcionou um núcleo urbano com alguma expressão e dinâmica e, sobretudo, lhe proporcionou a fixação de gente.
De pessoas que trabalhavam nessas empresas!
Grande Abraço
Bonito Dias
Cabe-me hoje vir intervir a favor do Bonito.
Nem sempre estamos em desacordo como tem parecido. E o Luís não precisa de estar preocupado, que a malta até gosta dumas “zaragatazitas”. E quando é entre “sócios”, a oposição até aplaude. Mas penso que entre nós os dois…bem podem esperar sentados, digo eu.
Quanto a este assunto dos “ninhos”, “pequenas zonas”, “centros de negócios”, ou outras denominações, penso que é uma questão de semântica, porque o Luís, enquanto deslocado, a quem às vezes não explicamos a “coisa”, devia de estar a pensar em coisas megalómanas, e não é isso que o Bonito e eu defendemos, enquanto rapazes enraizados e até ajuizados.
O que nós (eu há mais uns tempos) vimos defendendo, é a existência de pequenos núcleos específicos para esses fins. Onde se possam instalar pequenas empresas (possivelmente familiares), tais como oficinas, carpintarias e outras do género, a que damos essas denominações. Porque, actualmente, no concelho de Marvão, se o Luís, reformado da Marinha, quisesse ali montar uma “lojinha” do seu ramo electrotécnico, onde é que se instalava? Para poder, com a sua Maria, arranjar uns cobres para complementar a “aposentação de miséria” que te hão-de pagar quando chegar a tua vez?
Claro que defendemos que o ideal era que existissem pelo menos 2 núcleos, devido às características ímpares do nosso concelho: uma a norte e outra a sul.
Claro que nos andamos a bater por isto há mais de 15 anos, mas as ditas não há maneira de verem a luz do dia, e com o andamento que lhes vejo…
Mas o Luís faz muito bem em questionar e até discordar, através do seu olhar distanciado, senão a malta aqui até se julga dona da razão…e é para isso que serve este espaço.
jbuga
Boas,
A minha opinião vai de encontro ao tal “núcleo”, “ nicho” ou zona empresarial…mas aqui surgem sempre as tais dúvidas metódicas que na prática já as conhecemos em erros do passado, se as compararmos a outros níveis…
Concordo perfeitamente com o Bonito quando afirma : “E nada disto choca com o manter Marvão genuíno e com qualidade. Até porque uma das principais características do concelho ao longo de décadas foi a sua vertente empreendedora em Santo António dasAreias.
Foi esta vertente que lhe proporcionou um núcleo urbano com alguma expressão e dinâmica e, sobretudo, lhe proporcionou a fixação de gente.”
Mas esse passado tão importante para a terra fazia-se com as vias de comunicação da época…. Não tou a ver um bom acesso rodoviário que sirva Sto António e a saída do Concelho, quer para Espanha, quer para Portalegre…ou seja, talvez existam zonas no concelho que melhor servem esse propósito…
Mas isso leva a uma guerra de mentalidades, entre freguesias…o que complica tudo…
No entanto, seria importante para a criação de emprego, uma solução integrada, se não para que serviram esses cursos, um dos quais fui Coordenadora com o nome de “Bordados em casca de castanha e doçaria em castanha”… ( cujo objectivo era dotar as formandas de conhecimentos que lhe permitissem criar o próprio emprego).
Essas verbas investidas na formação de pessoas do concelho e que poderiam ter servido o propósito do curso, na realidade nenhuma das 12 formandas que concluiu o curso fez uso profissional do mesmo… E eu pergunto, será que a doçaria em castanha não teria futuro?? Para não falar só nos bordados…
Se existisse esse local e com um “apoiozito” acho que alguém se aventurava…
E o concelho só teria a ganhar…
Penso que mais uma vez estamos a extremar posições; ou somos oito (não participamos em nada)ou somos oitenta ( tentamos participar em tudo o que aparece), e desta inconsequência, nunca chegaremos a lado nenhum.
Marvão precisa de uma planificação a médio prazo, mas uma planificação que não fique apenas no papel, sem no entanto esquecer o presente, mas por vezes para termos futuro temos que abdicar do presente.
Também tenho duvidas que o Geo-parque seja a solução para a nossa interioridade.
Um abraço
Jorge
Ó Jorge, com todo essas canseiras que te andam a apoquentar, seria bom que num tempinho curto, definisses o que queres dizer com “extremar posições”, o que consideras “oito e oitenta” e a que projectos te estás a referir, senão o “povo” fica sem saber do estás a falar!
“Espreme-te” lá rapaz…que talvez acrescentes algo de novo ao debate, porque assim ficamos todos mais confusos.
jbuga
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