terça-feira, 27 de julho de 2010

Entrevista do Presidente da CM de Marvão

Grande Entrevista ao Jornal "Diário do Sul" do Presidente da CM de Marvão Vitor Frutuoso

Nesta edição da rubrica em foco o Diário do Sul (DS) foi até interior profundo do Norte Alentejano ao encontro do presidente da Câmara Municipal de Marvão. O social-democrata Vítor Frutuoso tem 53 anos, é engenheiro técnico civil e foi eleito em 2009 pela segunda vez consecutiva. Em tom calmo e perseverante disse estar apostado em reabilitar o resort turístico de golf abandonado há anos e em retomar a candidatura de Marvão a património da humanidade. A mais de 800 metros de altitude, sobre a paisagem que deslumbra quem visita o castelo, garantiu que a sua luta por Marvão é suprema.



Diário do Sul (DS) - Em que estado se encontrava Marvão quando chegou à presidência da Câmara em 2005?

Vítor Frutuoso (VF) - Havia uma orientação estratégica quase exclusivamente virada para candidatura de Marvão a património da humanidade e, sobretudo, todas as energias do concelho estavam viradas para as questões do património. Apostava-se muito, não na candidatura, mas na certeza de que Marvão viria mesmo a ser património da humanidade.

DS - Mas isso não era positivo para o concelho?

VF- Conseguirmos essa classificação é, no meu entender, muito positivo para Marvão. É uma luta muito positiva que pode vir a favorecer muito o concelho e toda a região. Mas na altura em que me candidatei e depois assumi a presidência, tinha a ideia de que não devíamos dirigir todas as energias só para uma coisa porque, se falhasse, não tínhamos alternativas. Efectivamente, foi o que aconteceu. Falhou.

DS - Mas porque é que falhou?

VF - O primeiro sinal foi dado numa entrevista que o embaixador da Unesco, Ramalho Urtigão, concedeu à Rádio Renascença. Nessa entrevista, considerou Marvão como uma jóia do património mas, ao mesmo tempo, afirmou que devíamos baixar as expectativas porque a Europa - especialmente a Europa do Sul - já tinha sido muito beneficiada com localizações classificadas como património mundial e que a orientação da Unesco estaria ‘virada’ para o hemisfério sul. Mais tarde chegou-nos a informação final de que Marvão não reunia todos os requisitos necessários para ser classificado.


DS - Mas não havia, nessa altura, um outro projecto alternativo para o desenvolvimento do concelho?

VF - Quando eu cheguei à Câmara praticamente só existiam dois projectos estruturantes e ambos virados para o turismo. Um deles era a tentativa de classificação pela Unesco e outro muito conhecido que era o campo de golfe. Primeiro acontece o desaire do património mundial e, logo de seguida, o desaire do projecto do golfe, que entra em insolvência. Na altura houve quem me fizesse propostas para a Câmara assumir o projecto, mas, se eu tivesse avançado com uma coisa dessas, hoje, era bem possível que não existisse nem golfe, nem a própria Câmara. Assim existe a Câmara e o golfe ainda tem uma esperança. (risos)

DS - Dois desaires seguidos foram um golpe duro para o concelho...

VF -
Sim. E se os dois projectos deram bastante visibilidade positiva a Marvão, essa visibilidade resultou, por outro lado, em especulação. E quando há um aumento de preços acima da realidade, isso resulta em estagnação do mercado (imobiliário) porque não se compra, nem se vende. Quem coloca à venda tem imensas expectativas e quer ganhar muito dinheiro, e quem está comprador duvida e espera para ver se os projectos avançam ou não. Tudo isto resulta em estagnação.

DS - Quando foi eleito, Marvão era um concelho imobilizado?

VF - Completamente. Do meu ponto de vista, era um concelho parado e em expectativa, à espera, talvez, de um D. Sebastião...

DS - Mas nem sempre foi assim...

VF- Não. Este concelho já foi um dos mais ricos do Alentejo e dou-lhe um exemplo. A freguesia de Santo António das Areias – que é uma aldeia – era, nos anos ’60, uma das maiores zonas de industria e criação de emprego do Alentejo, ao lado de Campo Maior e Portalegre.

Era uma zona de fronteira que gerava muito emprego por via do serviço de controlo aduaneiro rodoviário e por via dos serviços ferroviários da linha internacional. Por outro lado, se nessa altura se praticava ali uma agricultura de subsistência, em determinado momento deu-se o ‘fenómeno’ da industrialização dos lacticínios com a criação da empresa Serraleite. Era uma zona rica.


DS - Quando é que deixou de o ser?

VF - Quando entrámos para a União Europeia acabaram os empregos ligados à alfândega e surgiu toda a concorrência nos produtos agrícolas que decorreu da globalização dos mercados, primeiro a nível europeu e, mais recentemente, a nível mundial. Por exemplo, hoje podem-se comprar castanhas na China... A partir daí, esta região começou a perder população e não encontrou uma alternativa para a criação de riqueza.

DS - Qual é a situação hoje?

VF - Muitos dos habitantes são pessoas com alguma idade, algumas são pessoas desempregadas. Temos algum emprego no Estado, sector em que a Câmara surge como o maior empregador. Do meu ponto de vista somos um concelho a viver basicamente do orçamento geral do Estado. E quando há uma crise como a que estamos viver agora, vamos sofrer de certeza algum impacto.


DS - E como é que se consegue inverter a situação, ainda para mais, em plena crise?

VF -
Eu penso que uma pessoa que está à frente de um Município como Marvão não pode pensar em respostas clássicas, mas sim em alternativas. Para já, temos que fazer com que as pessoas não saiam daqui, implementando para isso uma política de habitação social de custos controlados e, ao mesmo tempo, uma política de criação empregos.

DS - Mas como é que se criam empregos em Marvão?

VF - Não é de certeza com a instalação de grandes empresas porque temos grandes condicionantes como o facto de todo o concelho estar inserido no Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM). A sua maior parte está em plena Reserva Ecológica Nacional e toda a parte sul – onde existem os melhores solos - faz parte da Reserva Agrícola Nacional.

À nossa dimensão temos que criar alternativas para as famílias que têm expectativas em relação a um filho que, por acaso não consegue ou não quer ser doutor – também já lá vai o tempo que havia empregos certos para doutores e engenheiros – e vai fazer formação para ser carpinteiro ou canalizador. Por isso, no mandato anterior avançámos com o projecto de criação do Ninho de Empresas que se está a desenvolver na localidade de Santo António das Areias e cujo processo estará finalizado a meio do próximo ano.

DS - Mas com a especulação imobiliária e as restrições que refere, há terrenos suficientes para loteamentos e zonas empresariais?

VF - Quando assumi a presidência, a Câmara não dispunha de um único terreno e adquiri-los não foi fácil, muito por causa da especulação que referi atrás. Não foi fácil convencer alguns proprietários de que, ao venderem ao Município, era bom para eles e para o concelho ao mesmo tempo. Mas ainda assim conseguimos comprar terrenos nas freguesias da Beirã, Santo António das Areias e São Salvador da Aramanha. Neste momento temos aprovada uma candidatura ao programa Prohabita para a construção de 40 habitações que, apesar de ter tido alguns reveses, é agora um processo irreversível.

DS - Mesmo sem a classificação da Unesco, qual é a estratégia do Município para o sector do turismo?

VF - Marvão é, por si só, um destino turístico de muita qualidade. Eu posso parecer ‘suspeito’ ao dizer isto mas não sou só eu que o digo. São as pessoas dos mais variados sectores e interesses que nos visitam e são especialistas em turismo. Há quem compare a nossa região a zonas distintas da Europa que tiveram grandes futuros e eu tenho muita esperança nisso.

Agora, para sermos realmente uma zona turística temos que ter equipamentos que não podem resumir-se a turismo rural e de aldeia. Essas pequenas unidades são muito importantes mas Marvão necessita de uma unidade hoteleira feita de raiz com capacidade para receber grupos de 20 ou 30 pessoas ao mesmo tempo. E a localização mais lógica será junto ao golfe.

DS - Mas para isso é necessário reactivar o golfe. Qual é a situação do projecto?

VF -
Quando se criou o golfe, o hotel já fazia parte do projecto, a par do aldeamento, só que, como é sobejamente conhecido, o promotor inicial teve problemas financeiros e o projecto está parado há estes anos todos. Entretanto, o PNSSM converteu a zona do aldeamento e o local para onde se previa o hotel, numa zona protegida, através de um plano de ordenamento... Isto numa altura em que havia um investidor interessado, credível e com capital, mas que acabou por desistir, dizendo que não ia investir sem poder construir o hotel. Isto foi um problema que o meu antecessor deixou passar porque não leu a acta de concertação que condicionava a zona.


Neste momento, porque consideramos haver erros no plano de ordenamento, pedimos a sua revisão, mas para agravar a situação toda aquela zona foi integrada na Reserva Ecológica Nacional... Esperamos, ultrapassar estas questões, até porque temos um outro investidor espanhol interessado que, para já, se dispõe a montar a empresa de exploração do golfe e a socorrer-se das unidades de turismo rural para colmatar a falta do hotel. Para isso é necessário que o Turismo de Portugal, que é o actual proprietário do campo, agilize o processo de venda que, na minha opinião, não deve ser através de hasta pública, mas sim a preços de mercado. De lá dizem-me que para isso é necessário fazer uma avaliação primeiro... Bem, temendo que essa avaliação seja demasiado morosa ou que resulte em valores muito acima do mercado – lembro que o Turismo de Portugal comprou o golfe por 550 mil euros – a Câmara está estudar a hipótese legal de o comprar directamente para acelerar o processo e vender ao investidor espanhol, antes que desista também.

DS – Igualmente importantes para o turismo, para além do alojamento, são as acessibilidades, as infra-estruturas públicas, bem como, o ordenamento. Como é que está Marvão nesta área?

VF - Neste momento o abastecimento e tratamento de águas estão sob a alçada das Águas do Norte Alentejano (ANA), mas existem duas ou três situações pontuais onde a Câmara vai intervir como, por exemplo na localidade de Vale de Rodão. É uma zona idílica, muito bonita, composta por uma série de quintinhas que se sucedem umas às outras onde, com estas alterações climáticas, começa a haver alguma escassez de água. E estamos também a estender condutas de abastecimento a outros pontos isolados onde sabemos que a ANA não vai intervir. Quanto ao saneamento também vamos intervir em situações às quais sabemos que a ANA não vai responder.

Na área das acessibilidades internas, julgo estarmos bem e penso que devemos ter uma densidade superior à maioria dos concelhos. Contudo, houve que fazer alguns melhoramentos e temos algumas obras candidatadas, como por exemplo, a estrada de acesso ao golfe... sim porque eu acredito no golfe!

DS - Para si o golfe é mesmo um projecto estruturante para Marvão... É uma luta?

VF - Eu penso que um presidente da Câmara deve estar no lugar só para fazer aquelas obrazinhas como as rotundas, etc., que toda a gente espera de um presidente de Câmara faça. Não. Eu penso que um presidente deve, sobretudo, fazer com que os projectos e as obras dos outros funcionem. Quem cria a riqueza não é a Câmara, quem cria a riqueza é o povo e são os empresários. A Câmara tem que ser o facilitador, tem que se mexer e lutar. A minha luta suprema é Marvão.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Para amenizar…

No sábado passado, encontrei-me com o amigo Sabi na piscina da Portagem. Ele passeando o seu “amorenado”, acabadinho de chegar do reino dos algarves, e eu a fazer o meu baptismo de piscina, a mostrar o meu bronzeado de pedreiro, fruto das muitas horas de sol, apanhando nas minhas passeatas diárias.

A conversa resvalou para a área musical, onde ele enaltecia e dava conta dos progressos da sua nova, e grande paixão: o projecto “a grupa”, uma espécie de agrupamento musical, que lhe anda a tirar o sono.

Mal me dei conta, já lhe estava a dar palpites sobre o reportório que poderiam adoptar, e falei-lhe de um tema que tenho vindo a ouvir, do qual nem sequer sabia o nome e, muito menos quem o interpretava.

Tentei ainda soletrar, mas a música, não é muito o meu forte. Faço parte dos mal-educados (musicalmente falando!), mas lá lhe fui dizendo que era um tema de exaltação familiar, que tinha no refrão frases como: “brindo a nós, brindo aos avós…”

Claro que o Pedro me chutou logo, esclarecendo: são os “Virgem Suta”.

Fiquei curioso, e lá fui à procura dos ditos nestas coisas do “YouTube”, e o que encontrei foi, na minha modesta opinião, mais uma “pérola” esquecida da música portuguesa, e que não posso deixar de partilhar convosco, neste tempo de verão.

Ainda pensei que se tratava de mais um daqueles grupos de lesboa. Mas não, qual quêi…, estes são alentejanos, e de Bêja.

Deixo-os aqui para vossa apreciação, e aguçar a curiosidade, dois temas, dos quais chamo a vossa especial atenção para o primeiro (o meu preferido), letra espantosa: “tomo conta desta tua casa”; e o segundo: “dança de balcão”, a tal, do “brindo a…”.

Tomo conta desta tua casa
imprópria para amar sei lá porquê
não consigo agarrar o que me resta
pedaços do que foste e ninguém vê

rendido ao teu sofá, nele me encontro
repouso agora, em sono mal dormido
pretendo esclarecer o desencontro
do nosso amor que há muito anda perdido

eu sei, que não é fácil conversar,
nem decidir
nem tudo é falso, e sem cor,
vamos mentir
que a perversão será ainda mais real…

a breve embriaguez passa a febre
no quente desconforto de mendigo
que aguarda numa esperança duvidosa
o gesto carinhoso de um abrigo

pensar, sentir, querer… é tão confuso,
a sensação de dor está revelada!
agora o que fazemos de nós dois?
vivemos como se não fosse nada?

eu sei, que não é fácil conversar,
nem decidir,
nem tudo é falso, e sem cor,
vamos mentir
que a perversão será ainda mais real…





"DANÇA DE BALCÃO"...vamos lá brindar!




"Agora que as comemorações em redor da Virgem já terminaram e os pastorinhos não têm mais segredos a contar, chega a nossa vez de animar os fiéis revelando os Virgem Suta.

A história dos Virgem Suta não é a história normal das bandas de hoje em dia. Não foram descobertos através do Myspace, não fizeram uso das autoestradas da informação para conquistar os milhares de fãs com que poderíamos abrilhantar esta nota. Valeram-se de duas guitarras, da voz e da quase ‘ousadia’ de

uma mão cheia de canções e, sem exageros líricos, as suas auto-estradas foram outras. Perderam a conta às vezes que fizeram o País de Sul a Norte e de Norte a Sul. Mais uma vez, não o fizeram como as bandas normais, a tocar em todas as aldeias e terriolas onde os quisessem a actuar. Não! Habituem-se. Em Suta é um estado exagerado de estar, de viver, de pensar. Eles eram virgens no mundo da música e quiseram demorar o tempo que fosse necessário para se considerarem prontos. Conseguiram-no e brindam-nos com uma belíssima estreia.

Ah! É preciso dizer que os Virgem Suta residem em Beja. E aí o tempo, é relativo.

Sempre apoiados na conselheria e depois na produção do disco por Hélder Gonçalves, dos Clã, os Virgem Suta penaram até ao vislumbre de um trabalho que considerassem decente. Naquela dúzia de canções que compõem o disco, nas repetidas audições, consegue-se perceber o que os caracteriza e porque vão agradando a quem quer que os oiça. Porque não descartam a tradição, transpiram portugalidade e assumem-no. Mas são tão contemporâneos que a raiz portuguesa só lá está porque não têm outro remédio. Não tenhamos dúvidas que se fossem espanhóis, tocariam castanholas. Assim, tocam adufe e cavaquinho porque é isso que lhes é natural. A isto aliam uma ironia que aparece a espaços, insólita, não de riso fácil, mas daquele que só é esboçado depois de se ter desconstruído a mensagem.

Os Virgem Suta são Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda.

Ainda curiosos? Fiquem mais!"

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Polémica nas Eleições para a Santa Casa

As eleições para a Santa Casa da Misericórdia de Marvão, marcadas para amanhã, dia 17 de Julho, estão envoltas em polémica, devido ao facto, do actual Presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG), Padre Luís Marques, não ter aceite para escrutínio, uma das Listas concorrentes encabeçada por Luísa Maçãs Tavares.

Tal como aqui noticiámos no passado dia 28 de Junho, após demissão da actual Direcção, liderada por João de Deus Tavares, apresentaram-se para concorrer 2 Listas, uma liderada por Luísa Maçãs Tavares, e outra liderada por António Silvério.

No entanto, no passado dia 12, após acto de verificação da elegibilidade dos irmãos propostos em cada uma das Listas, o Padre Luís Marques, na qualidade de presidente da Mesa da Assembleia Geral, decidiu, não aceitar a Lista de Luísa Maçãs Tavares.

Fundamenta o Padre Luís, a sua decisão, basicamente, em 3 pressupostos:

1º - A Lista em causa não se encontrar assinada pelo menos por 5 dos irmãos propostos.

2º - Dos irmãos propostos para a Mesa da Assembleia Geral, não se encontrar expresso qual deles se candidata a presidente.

3º - Existência de algumas irregularidades nos nomes dos candidatos apresentados, por estes, não corresponderam aos nomes com que estes se encontram registados na Lista de irmãos da Santa Casa.

Para melhor conhecimento e análise das Listas, informamos que a Lista de António Silvério propõe para presidente da AG Manuel Joaquim Gaio; e para a Direcção, entre outros, os nomes de João José Alberto, Manuel Ferreira, António Matias, Carminda Silvério, Isabel Pires e António Carrilho.
A Lista de Luísa Tavares, propunha para a AG Silvestre Mangerona Fernandes, Maria das Dores Gomes Esteves; e para a Direcção, nomes como Jorge Rosado, Vanda Costa, Joaquim Simão, Fernando Vieira, António Brite Pires e Maria Francisca Garraio.

Em minha opinião, parece-me, que as irregularidades apontadas, e por uma questão de bom senso, não deveriam ser motivo de exclusão ao acto eleitoral de um grupo de irmãos que se propunha servir em prol da Instituição. Deveria, quando muito, ser dado um prazo, para que os seus proponentes as pudessem corrigir e, assim, contribuir para que fosse a comunidade de irmãos a escolher aqueles que lhe pareceriam ser os melhores. No entanto, afirmo mais uma vez, que não conheço em profundidade os Estatutos ou Regulamentos Eleitorais que regem a Instituição.


Com esta decisão, de não aceitação da Lista de Luísa Tavares, e não querendo por em causa a decisão do Padre Luís (que certamente se terá baseado em regras estatutárias), tem como consequência o empobrecimento de um processo mais democrático de debate e de escolha, que em minha opinião, seria fundamental e necessário numa Instituição centenária (nos dias de hoje uma IPSS e não uma Instituição religiosa ou de caridade), mas quase sempre muito fechada à comunidade ao longo dos tempos.

Fica assim gorada, alguma hipótese de debate sobre que projectos e ideias existem por parte dos candidatos, para gerir a mais importante Instituição do concelho de Marvão, e mais uma vez, o que estão em causa são “nomes e personalidades”.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Duas Pizzas por favor!

- Telefonista: Pizza Hut, boa noite!
- Cliente: Boa noite, quero encomendar Pizzas...
- Telefonista: Pode-me dar o seu NIN?
- Cliente: Sim, o meu Número de Identificação Nacional é o 6102 1993 8456 5463 2107.
- Telefonista: Obrigada, Sr. Lacerda. O seu endereço é na Avenida Paes de Barros, 19, Apartamento 11, e o número do seu telefone é o 21549 4236, certo? O telefone do seu escritório na Liberty Seguros, é o 21 574 52 30 e o seu telemóvel é o 96 266 25 66, correcto?
- Cliente: Como é que conseguiu todas essas informações?
- Telefonista: Porque estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
- Cliente: Ah, sim, é verdade! Quero encomendar duas Pizzas: uma Quatro Queijos e outra Calabresa...
- Telefonista: Talvez não seja boa ideia...
- Cliente: O quê...?
- Telefonista: Consta na sua ficha médica que o senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a saúde.
- Cliente: Claro! Tem razão! O que é que sugere?
- Telefonista: Por que é que não experimenta a nossa Pizza Superlight, com Tofu e Rabanetes? O senhor vai adorar!
- Cliente: Como é que sabe que vou adorar?
- Telefonista: O senhor consultou a página 'Receitas Gulosas com Soja' da Biblioteca Municipal, no dia 15 de Janeiro, às 14:27 e permaneceu ligado à rede durante 39 minutos. Daí a minha sugestão...
- Cliente: Ok, está bem! Mande-me então duas Pizzas tamanho familiar!
- Telefonista: É a escolha certa para o senhor, a sua esposa e os vossos quatro filhos, pode ter a certeza.
- Cliente: Quanto é?
- Telefonista: São 49,99.
- Cliente: Quer o número do meu Cartão de Crédito?
- Telefonista: Lamento, mas o senhor vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu Cartão de Crédito foi ultrapassado.
- Cliente: Tudo bem. Posso ir ao Multibanco levantar dinheiro antes que chegue a Pizza.
- Telefonista: Duvido que consiga. A sua Conta de Depósito à Ordem está com o saldo negativo.
- Cliente: Meta-se na sua vida! Mande-me as Pizzas que eu arranjo o
dinheiro. Quando é que entregam?
- Telefonista: Estamos um pouco atrasados. Serão entregues em 45 minutos. Se estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas Pizzas na moto, não é lá muito aconselhável. Além de ser perigoso...
- Cliente: Mas que história é essa? Como é que sabe que eu vou de moto?
- Telefonista: Peço desculpa, mas reparei aqui que não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga e então, pensei que fosse utilizá-la.
- Cliente: Foooddddddd.......!!!!!!!!!
- Telefonista: Gostaria de pedir-lhe para não ser mal educado... Não se esqueça de que já foi condenado em Julho de 2006 por desacato em público a um Agente da Autoridade.
- Cliente: (Silêncio).
- Telefonista: Mais alguma coisa?
- Cliente: Não. É só isso... Não. Espere... Não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
- Telefonista: O regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 095423/12, proíbe a venda de bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...
- Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou atirar-me pela janela!!!!!
- Telefonista: E torcer um pé? O senhor mora no rés-do-chão...!

Assim vai ser o nosso futuro!!!

Cruzamento de dados em 2019
Depois não digam que eu não avisei!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Conferência de Verão de Marvão




No ano em que se comemora o centenário da República Portuguesa, quis o Movimento por Marvão contribuir com uma iniciativa de grande valia para o concelho de Marvão.

Este é o ano em que todos nós prestamos homenagem ao nosso passado, à nossa história e sobretudo aos princípios que se tornaram a base da sociedade em que hoje vivemos. Em todo o país decorrem actividades das mais variadas índoles e em todo o canto e recanto corre o sentimento de que é obrigatório não deixar passar em branco uma data que é, acima de tudo, um marco da própria história de Portugal. É verdade que a história, essa, vivemo-la dia-a-dia, mas dias há em que devemos prestar um tributo ao que já vivemos!

Assim, não podíamos nós deixar de assinalar a importância do momento. Tanto mais que em Marvão nasceu um dos homens que, com o seu saber e os seus ideais de força, fez com que a sua presença fosse notada, conhecida e mais tarde recordada como uma figura distinta do movimento republicano. Referimo-nos a José Carrilho Videira.

Desta feita, somos também herdeiros de um passado republicano, dimensionado à nossa medida, é certo, mas que constitui uma importante mais valia para o nosso concelho.

Com este espírito, quisemos organizar uma conferência alusiva à temática:

Sonhando a República: notas de leitura”, por Pedro Sá.


O evento terá lugar no dia 17 de Julho de 2010 (Sábado), pelas 18:00 horas, no Auditório da Casa da Cultura de Marvão.


Será uma honra poder contar com a presença dos colaboradores e visitantes do Fórum.

Apareçam.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Nunes Sequeira S.A. com Certificação de Qualidade e Segurança Alimentar

Circular informativa enviada pela Nunes Sequeira S.A. aos seus parceiros de negócio:





MporM, por mail...

Uma reunião atribulada:

Câmara Municipal reuniu a 16 de Junho de 2010
O Executivo camarário reuniu no passado dia 16 de Junho de 2010, numa das suas reuniões ordinárias. À primeira vista seria uma reunião normal, como em qualquer Município Português, sem surpresas, nem grandes novidades.
Mas o “nosso” Executivo, tirando as excepções que a seguir enunciaremos, pauta-se por uma falta de qualidade e respeito para com os Munícipes, sobretudo aqueles que estavam a assistir à sessão, entre os quais Fernando Gomes e Gonçalo Monteiro que integram o Movimento por Marvão.

Falta de respeito porquê?
(I) Porque a reunião começa com 15 minutos de atraso, não tendo sido, ainda assim, a situação mais grave neste aspecto; (II) com o público já presente, logo às 15 horas, somos informados e bem, que a Vereadora Madalena Tavares chegaria mais tarde devido a problemas de última hora; (III) o Presidente teria ido ao tribunal; (IV) o Vereador José Manuel Pires estava de férias. Concluímos que o Vereador Nuno Lopes estaria presente, e que o Vice-Presidente da Câmara, Luís Vitorino, que nunca fala mas que escreve belas declarações de voto, deveria estar a chegar…mas no decorrer da reunião a “festa” continua, uns metem a cabeça debaixo da mesa para falar ao telemóvel, outros viram-se para o lado. Haja paciência! Haja respeito!
Bom seria, que as horas da reunião permitissem uma maior assistência da população de modo a constatarem o que aqui descrevemos. Uma falta de respeito.

Mas vamos ao que interessa:
Como é do conhecimento geral, vários membros do Movimento por Marvão, têm assistido e intervindo em várias reuniões da Câmara, onde muitas vezes tem feito propostas, de forma responsável, propostas essas que visam o bem comum, tendo em vista o desenvolvimento do Concelho de Marvão.
Nesta reunião o MporM, através de Fernando Gomes e Gonçalo Monteiro, teve oportunidade mais uma vez de intervir e questionar o Presidente da Câmara Municipal de Marvão, Vítor Frutuoso, destacando-se o seguinte: (I) Tendo o Movimento por Marvão, durante a manhã, visitado as obras do Ninho de Empresas em Santo António das Areias quisemos saber para quando o fim das obras; (II) questionámos ainda sobre a evolução da marca “Marvão” e o que se está a fazer para a potenciar; (III) sobre a “nova” Cooperativa Agrícola e Florestal do Porto da Espada, quem a constitui e qual o envolvimento da Câmara Municipal?
Na intervenção tivemos ainda oportunidade de apresentar mais uma proposta do Movimento por Marvão, sobre o Ninho de Empresas de Santo António das Areias, proposta essa intimamente ligada às “Marcas de Território”, e que daremos conta em próxima nota.

Em resposta às nossas perguntas, ficámos a saber, e aqui divulgamos, que:
(I) A obra do Ninho de Empresas termina no espaço de um ano e também será instalado no local um Gabinete de Apoio à Criação de Empresas;
(II) Sobre a marca Marvão o executivo diz que está em curso, que é um processo dinâmico; evolui passo a passo (diremos nós que a montanha pariu um rato);
(III) Sobre a Cooperativa Agrícola de Cerealicultores do Porto da Espada, cuja insolvência foi anunciada, parece que renasceu como Cooperativa Agrícola e Florestal do Porto da Espada, mas o Presidente da Câmara diz que não considera importante os aspectos legais. O que lhe interessa é que a Cooperativa o seja de todo o Concelho, que os cooperantes sejam tratados de forma igual; aponta como cenário possível a cedência de uma carrinha para retomarem o circuito de distribuição, que em tempos já existiu, mas descarta a possibilidade de apoios financeiros; e informou que há vários projectos em curso (ficámos sem saber que tipo de intervenção teve a CMM neste desfecho).
Nesta reunião, importa referir que o Movimento por Marvão, apoiou uma proposta do Vereador eleito pelo Partido Socialista, Nuno Lopes, para a criação de uma Comissão de Acompanhamento dos processos de revisão de diversos planos de ordenamento, desde o do Parque Natural, ao PDM e outros que venham a surgir, como forma de ampliar o debate em torno destas matérias tão importantes para o desenvolvimento do Concelho.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Falemos de Saúde

Cuidado com o sol

Com estes dias de sol abrasador e de tempo quente, a exposição solar tende a aumentar nesta altura do ano. Para muitos, as férias aproximam-se, sendo pois oportuno lembrar alguns cuidados a ter. A fotoprotecção (protecção à luz) engloba todas as medidas que permitem conviver de forma saudável com o sol.

O sol emite diferentes tipos de radiação, incluindo a luz visível, que é a mais evidente, mas também a radiação ultravioleta, os infravermelhos, etc.

Os raios ultravioletas (UV) são invisíveis e muito energéticos, sendo capazes de provocar lesões na pele. No dia-a-dia, somos atingidos por uma quantidade importante de raios UV, distinguindo-se 2 tipos: UVA e UVB. Os raios UV são capazes de atravessar as nuvens, pelo que, mesmo em dias nublados, eles continuam presentes.

A exposição solar, sobretudo na praia, deve ser lenta e progressiva. Infelizmente, o estilo de vida actual representa frequentemente um obstáculo e, muitas pessoas têm uma exposição exagerada, limitada aos períodos de férias, ou seja, uma exposição intensa e intermitente, frequentemente associada a queimaduras solares e que pode originar formas graves de cancro de pele.

A exposição ao sol, deve acontecer fora dos períodos de maior radiação, sendo de evitar o sol entre as 11 e as 17 horas. As horas "seguras" são quando a nossa sombra corporal é maior do que a nossa altura. Os dias de vento e com nuvens são enganadores, porque são mais frescos, no entanto os raios UV estão presentes e podem causar danos.

Grupos de maior risco

As pessoas de pele clara, as que queimam facilmente, as que têm muitos sinais ou com história pessoal ou familiar de cancro de pele, são geralmente mais vulneráveis e devem ter cuidados redobrados. Existem outros grupos de risco (ex.: transplantados) que também devem procurar aconselhamento especializado. Cuidados redobrados com as crianças, sobretudo os bebés.

Protecção física

O vestuário, o chapéu, os óculos com protecção UV e o guarda-sol são meios muito úteis de fotoprotecção. O uso de camisola ou de t-shirt na praia é aconselhado. O boné protege bastante menos do que um chapéu de abas largas. A protecção conferida pelos materiais têxteis varia em função da cor e da espessura (densidade e porosidade) dos tecidos: os mais escuros, mais espessos e opacos protegem mais da radiação UV. Não podemos esquecer que, mesmo à sombra, a pele é atingida por raios UV, que são reflectidos pela areia.

Em suma...

As actividades ao ar livre podem ser fonte de saúde e bem-estar. Para um estilo de vida saudável, é também importante um comportamento responsável relativamente ao sol, não só na praia, mas em todas as actividades ao ar livre e ao longo de todo o ano.

O uso de solários é perigoso e fortemente desaconselhado. O auto-exame da pele pode permitir o diagnóstico precoce do cancro da pele. Um "sinal" que surgiu de novo ou que se modificou, é um sinal de alarme a ter em conta.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

"ESPANHA 9 – PORTUGAL 2"

(Leia tudo se quiser perceber o título...)


“… o futuro nos dirá se tenho razão ou não - é que a união de Portugal com a Espanha será uma fatalidade. Positiva, espero, e que não retirará nada à cidadania portuguesa que continuaremos a ter. Nem ao hino, nem à língua, nem à cultura, nem a nada, até porque a confederação ibérica foi defendida no séc. XIX por muito boa gente como, por exemplo, Antero de Quental.”

José Saramago



Tenho hesitado muito, em postar aqui, assuntos sobre futebol a nível nacional, uma das minhas paixões, pensando que, talvez, não tenha sido para isso que este espaço foi criado, e ao longo dos 2 anos que o Fórum leva de vida, consegui resistir.

No entanto, como estamos em período de férias e porque os assuntos locais nesta época não abundam, aqui deixo a minha modesta reflexão sobre o tema do momento: Eliminação de Portugal do campeonato do mundo de futebol.

Não irei abordar o tema pela perspectiva “folclórica”, em que o futebol se transformou nos últimos tempos, devido ao fenómeno mediático em que os meios áudio visuais o transformaram. Isso a mim não me interessa, diga-se, que até me enjoa e, às vezes enoja, e chego a pensar que estão a liquidar o FUTEBOL. Para mim o futebol é o que se passa dentro das 4 linhas.

Toda gente opina e intervém nesse folclore. A opinião daqueles que passaram uma vida “dentro das 4 linhas”, muitos deles peritos e mestres na arte, é igual aos dos que nunca puseram os pés num campo de futebol, nem sabem responder, àquela pergunta estupidificante de “… quantos lados tem uma bola?”.

Os solistas são vários: Ele é o Santana, é o Tavares (agora até parecem amigos), é o Vasconcelos, é o Moreira, é o Oliveira Costa, é o Ferreira, é o Barroso, é o Guedes, etc., etc., sem esquecer o grande catedrático Joaquim Rita (um asno, na minha opinião), todos “especialistas da porra”, a “botar” uma verborreia (ou será diarreia), sobre tácticas e estratégias futeboleiras, para pôr a “dançar” um país de rústicos, que quase se deixa encantar por estes “acordeonistas”.

Tem esta introdução como finalidade, o analisar o desempenho da selecção portuguesa no mundial da África do Sul.

Algumas notas previas, para melhor me fazer entender:

1 – O futebol é um “jogo” que permite sempre 3 resultados: vitória, derrota e empate.

2 – Portugal tem uma “boa” selecção. Mas não foi nem é das melhores do mundo (a não ser para alguns desses parolos, que atrás citei). Só por critérios manhosos e circunstanciais da FIFA, nos classificam, actualmente, em 3º lugar. Em minha opinião, quando muito, andaremos pela 10º, com muito boa vontade. E não é nada mau, assim Portugal o fosse em todos os seus desempenhos: da economia à saúde, da educação à justiça, da riqueza à pobreza, da música ao teatro, da honestidade à ausência de corrupção…

3 – 1 Jogador ou 2 ou 3, não fazem uma boa Equipa, nem sequer 11. São precisos pelo menos 15 bons jogadores.

4 – Em toda a história do Futebol, apenas 2 vezes, Portugal alcançou melhores classificações que este ano: em 1966 (3º lugar) e 2006 (4º lugar).

5 – Dos “artistas” que atrás citei e outros que não citei, qual deles ocupa nas actividades que desempenham, lugar nos 10 melhores do mundo. E quantos deles já foram contratados para desempenhar actividades de relevo fora cá do “burgo”? Como podem eles arrasar o seleccionador?

6 – Talvez estes fazedores de “opinião da treta”, estivessem mais contentes quando perdemos com Marrocos e Polónia (1986), ou com os Estados Unidos e Coreia do Sul (2002). Ganhar à Coreia do Norte, empatar com a Costa Marfim e Brasil, não é bom, é muito bom para Portugal.

Fixemo-nos agora, no jogo que perdemos com a Espanha por 1 – 0:

– A selecção espanhola não é melhor que a portuguesa! É muito melhor, em diversas vertentes, senão mesmo na sua totalidade (é a 2ª para a FIFA, com os tais critérios manhosos). O que, não quer dizer, que não pudéssemos ganhar; mas também poderíamos perder, e foi isso que aconteceu (o futebol é um jogo em que se pode perder, ganhar e empatar).

- Nesse jogo, o nosso melhor jogador não existiu, nem para cantar o hino. Só dei por ele, no final do jogo quando soltou umas “bacoradas”, indignas dum “capitão”. Se aquele é o melhor do mundo? Como classificar o nº 7 espanhol David Villa?
Se a FIFA realizasse uma classificação final global, para apurar os melhores jogadores do mundial, com critérios objectivos de futebol, o CR 7 português não ficava nos 50 primeiros.

- Por fim façamos um pequeno exercício que vos proponho.
Se você fosse treinador, e lhe fosse dada a oportunidade de escolher jogadores para disputar um jogo, de entre os 22 jogadores que entraram de princípio no Portugal – Espanha, qual seria a sua escolha?

A minha aqui fica, porque quereria ganhar.

- Guarda-Redes: Eduardo ou Casillas?
Considero que o Eduardo foi o nosso melhor jogador neste mundial. Mas o “portero” espanhol é sem dúvida um dos melhores do mundo. Devido à sua experiência não hesitaria, Casillas seria o meu guarda-redes.

- Lateral-Direito: Ricardo Costa ou Sérgio Ramos?
Sérgio Ramos, sem justificação.

- Central 1: Ricardo Carvalho ou Puyol?
Para mim, a escolha seria sem dúvida o “central” português Ricardo Carvalho. Um dos melhores defesas portugueses de todos os tempos, um exemplo dentro e fora do campo. Reparem só o que é deixar de fora Puyol!

- Central 2 – Bruno Alves ou Piqué?
Apesar do Bruno ter sido um dos melhores jogadores de Portugal, a minha escolha seria Piqué, um dos melhores centrais do mundo. Para além de defender entra no ataque como eu gosto, e faz desequilíbrios fundamentais.

- Lateral-Esquerdo: Coentrão ou Capdevila?
Sem hesitar Coentrão. Não sei se Espanha vai ser campeã do mundo, mas com Fábio? Não sei, não sei... Grande revelação ao mundo. Para mim, só superado por Eduardo.

- Médio-Defensivo, de Cobertura ou “Trinco”: Pepe ou Sérgio Busquets?
Busquets. É como estar a comparar o “terreiro do paço, com a feira das galveias…”.

- Médio 1: Tiago ou Xavi?
Com todo o respeito por Tiago, Xavi é fabuloso! Tiago é bom mas Xavi é o melhor do mundo na sua posição.

- Médio 2 – Raul Meireles ou Xabi Alonso?
Escolheria Xabi Alonso pela sua segurança defensiva, pelo menos para 70 minutos, depois talvez entrasse o Meireles, que também esteve à sua altura.

- Médio 3: Simão ou Iniesta?
Iniesta, sem justificação.

- Avançado 1: Hugo Almeida ou Torres?
Torres para 80 minutos, depois entraria Hugo Almeida, senão tivesse à minha disposição um tal de Llorente.

- Avançado 3: Cristiano ou Villa?
Villa, sem justificação.

Se bem que nem sempre o todo, seja a soma das partes..., lá que contribui, contribui...

Resumindo a minha Selecção, que bem poderia ser a IBÉRIA:

Casillas; Sérgio Ramos, Ricardo Carvalho, Piqué e Fábio Coentrão;
Sérgio Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta; Torres e Villa.

Por tudo isto, ser eliminado pela Espanha, é algo perfeitamente normal e não o fim do mundo, como nos parecem fazer crer. Ganharam os melhores.

Assim se percebe o título deste Post, e talvez o resultado do jogo: ESPANHA 9/11 – PORTUGAL 2/11.

TA: E não me venham com essa treta da falta de patriotismo. Tratam-se apenas de evidências. Actualmente, em cada 10 jogos, ganhamos 1 à Espanha.