quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A pergunta que faltou: E se não houver maioria absoluta?



Um antigo jogador de futebol ficou célebre quando, numa entrevista a propósito do resultado do seu próximo jogo, afirmou: prognósticos, só no fim do jogo!

Relativamente às eleições autárquicas do próximo domingo em Marvão, seria de bom senso sermos prudentes e adoptarmos aquela “máxima” do tal jogador de futebol.

Contudo, arrisco a dizer que julgo existirem três candidaturas com possibilidades de se consagrarem vencedoras no próximo domingo: PS, PSD e Juntos por Marvão.

O PS, com o seu “punho fechado”, é a principal “marca” política do concelho. Apesar de em eleições autárquicas os partidos serem menos determinantes na hora de votar que nas legislativas, ainda assim têm muito peso. E sobretudo em Santo António das Areias o PS é muito forte, como as últimas eleições autárquicas demonstraram.

O PSD está no poder. Portanto, apesar das alterações significativas nas suas listas, por estar no poder Victor Frutuoso tem uma grande vantagem competitiva. Foi ele quem nos últimos dias, semanas e meses pôde dar resposta aos “pequenos” anseios da população. E isso, agora, na hora de votar revela-se muito importante.

A candidatura independente “Juntos por Marvão” parece ter a “teia social” mais forte e abrangente. Isso pode ser determinante. Por outro lado, como candidatura independente, criou uma dinâmica muito forte, a qual envolve as pessoas das suas listas de uma forma muito mais intensa que as das listas dos partidos, já que muitas destas andam “nesta vida” há muitos anos.

Se esta linha de raciocínio se revelar acertada, penso que Nuno Lopes, Victor Frutuoso e Madalena Tavares podem estar a disputar os cinco mandatos de vereadores “taco a taco”!

Esta “teoria” tem como premissa que o Movimento por Marvão, de Fernando Gomes, não consegue atingir um patamar em que possa vir a eleger um vereador. Alicerço esta premissa no facto do MporM, tendo representado uma “pedrada no charco” nestas eleições (com um trabalho muito organizado, positivo e criativo), não ter conseguido atrair elementos exteriores ao Movimento para a sua candidatura.

Relativamente à CDU e ao CDS, com candidaturas que compõem as suas listas com pessoas que nada têm a ver com o concelho (à excepção dos primeiros nomes), só será de esperar que tenham resultados residuais.

Neste panorama de equilíbrio tripartido será muito provável que, ao contrário das eleições anteriores, não exista maioria absoluta em Marvão!

Se isso acontecer, para o concelho ser governável, que poderemos esperar das “negociações” que se iniciarão no dia 12? Quem se poderá “entender”? Nuno Lopes com Victor Frutuoso; Madalena Tavares com Nuno Lopes; ou Victor Frutuoso com Madalena Tavares?

Esta questão deveria ter sido colocada aos candidatos no debate, para esclarecimento dos marvanenses!

É claro que poderá acontecer que nada disto venha a ser realidade e, nesse caso, eu pensarei: para a próxima, faz como o jogador de futebol e apresenta os prognósticos só após as eleições!!!!

Em todo o caso, a verdade é que, neste momento, é uma grande incógnita saber se será pendurada mais uma fotografia no Salão Nobre…



Os marvanenses decidem!


Bonito Dias
(bonitodias@clix.pt)

2 comentários:

Unknown disse...

Muito pertinente a sua questão Fernando!
Acredito firmenente que as pessoas queiram uma mudança de quem está no poder, pela inércia que apresentou ao longo destes 3 anos e 9 meses.
Desta forma a única candidatura capaz de oferecer alguma credebilidade é Nuno Lopes e a sua equipa com espirito jovem e cheios de vontade de trabalhar em prol do desenvolvimento de Marvão.
Votos nas outras candidaturas, sem as menosprezar, só vão provocar desvios, umas vez que estas não têm qualquer hipótese de tirar o sr. frutuoso do poder.

Clarimundo Lança disse...

quem és tu zécarlos?