domingo, 30 de novembro de 2008

INFORMAÇÃO FÓRUM



Realizaram-se na passada sexta-feira, dia 28 de Novembro, as eleições para a Secção Concelhia de Marvão do Partido Social-Democrata, PSD.

A Comissão Política continua a ser presidida por Vítor Frutuoso, actual Presidente da CM de Marvão, que tem como Vice-Presidentes Manuel Joaquim Gaio e José Jorge Ribeiro.

A Mesa da Assembleia-Geral, continua a ser presidida por Joaquim Simão.

A restante equipa é uma aposta na continuidade, tendo sido reeleitos a quase totalidade dos membros da anterior equipa.

Como surpresa, é o facto, de não fazerem parte destes Órgãos, os 2 últimos Mandatários Concelhios das Candidaturas mais votadas nas últimas eleições para a Presidência do Partido, nomeadamente, Pedro Sobreiro, Mandatário da actual Presidente Manuela Ferreira Leite, e João Bugalhão, Mandatário de Pedro Passos Coelho.

A equipa agora eleita, terá a responsabilidade de preparar e organizar as candidaturas do PSD às eleições autárquicas marvanenses no próximo ano.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Marvão 2009

Caros Foristas;

Ao tempo que andava para escrever sobre as próximas eleições autárquicas no Concelho, assim como, sobre os candidatos conhecidos até ao momento, levando desta forma a uma pequena reflexão, desde já deixo uma nota: não conheço pessoalmente nenhum dos candidatos.

Agora que as coisas parecem definitivamente encaminhadas, e não aparece a lista milagrosa – a famosa 5ª ou 6ª via, acho que podemos desde já e sem qualquer presunção, fazer uma pequena antevisão do que se irá passar:
– estou a candidatar-me a uma mistura de Professor Martelo e Professor Karma ao mesmo tempo!!!

Começando pelo actual executivo, de Vitor Frutuoso - tem a registar diversas baixas de peso para a próxima Campanha Eleitoral, para além do desgaste inerente a 4 anos no poder e pouca obra apresentada (desconhecida), parece que perdeu todo o staff que dinamizou a anterior campanha e conduziu á sua eleição - Pedro, o Bugalhão, o Bonito, João Carlos, Carlos Sequeira(?) - um conselho, regresse às origens e talvez ainda vá a tempo (um ano é muito tempo) de salvar as pratas.

Para o candidato do maior partido da oposição Nuno Lopes, um perfeito desconhecido para a maioria dos Marvanenses, apresente ideias e bata-se por essas ideias, mas por favor coloque-as em prática, se ganhar.

A pseudo candidatura de Mena Antunes, ainda ninguém percebeu se é candidato ou não, ou, se a qualquer momento pode cair em qualquer das candidaturas já existentes (fala-se nos mentideros políticos em reuniões secretas com várias listas).
Se for candidato, rodeie-se das pessoas certas e tem capacidade de fazer um bom trabalho.

A candidata independente Madalena Tavares, conhece bem o Edifício, gostava de estar enganado, mas ou muito me engano ou será mais do mesmo...

Nota de rodapé: não me conformo que os dois maiores Partidos do Concelho, tenham que apresentar como candidatos, dois funcionários da Autarquia, assim como as consequências previsíveis que esta bipolarização irá provocar em toda a estrutura do município, se algum deles ganhar as eleições.
Um abraço
Jorge Miranda

FALEMOS DE SAÚDE - 03

OBESIDADE – PARTE II

(Se nada, ou pouco for feito, sobre esta Epidemia do século XXI, pela primeira vez, na história da humanidade, assistiremos à morte em massa dos filhos, antes dos pais)

Após termos abordado no primeiro Capítulo sobre – A OBESIDADE, a definição deste Problema de Saúde e a algumas das suas implicações e consequências gerais desta epidemia que nos assola; iremos hoje abordar, como algumas dessas consequências, influenciam a “saúde individual” e daqueles que de nós dependem, como se manifestam, bem como algumas consequências positivas da “perda de peso”.

Mas qual é o problema de ser “Gordo”? Então a “gordura não é formosura?"

A Obesidade é considerada uma doença crónica, com origens diversas, que requer empenhos continuados para ser controlada, constituindo uma ameaça para a Saúde e um importante Factor de Risco, quase só por si, para o desenvolvimento e agravamento de outras Doenças.

Acresce, que os “benefícios” na saúde das pessoas obesas e com excesso de peso, conseguidos através da “perda de peso intencional”, principalmente se mantida a longo prazo, se pode manifestar na saúde em geral, na melhoria da qualidade de vida, na melhoria da mortalidade e na melhoria das doenças crónicas associadas, com destaque para a Diabetes tipo 2, para as Doenças do Coração e associadas e mesmo como prevenção de diversos tipos de Cancro.

Pode a Obesidade estar implicada no aparecimento de outras doenças?

Sabe-se hoje através de diversos estudos, os Riscos Relativos de doenças associadas à Obesidade que podem ser Grandes, Moderados ou Ligeiros:

Riscos Grandes (superior a três vezes nos Obesos)
- Diabetes tipo 2
- Dislipidémias (colesterol e trigliceridos elevados)
- Doenças vesiculares
- Falta de ar
- Apneias do sono
- Resistências à acção da Insulina

Riscos Moderados (entre duas a três vezes superior nos Obesos)
- Doença do coração
- Hipertensão Arterial (Pressão sanguínea elevada)
- Ácido úrico elevado e “gota”
- Problemas de sobrecarga nos membros inferiores, sobretudo nos joelhos

Risco Ligeiro (entre uma a duas vezes superior nos Obesos)
- Cancro da mama e do útero (na pós-menopausa)
- Sindroma do ovário poliquístico
- Diminuição da fertilidade
- Impotência nos homens
- Dores lombares
- Malformações fetais associadas à obesidade materna

Mas afinal existem alguns benefícios na perda de peso?

Os benefícios conseguidos através da perda de peso intencional, mantida a longo prazo por um obeso, podem manifestar-se na saúde em geral, melhoria da qualidade de vida, redução da mortalidade precoce e melhoria das doenças crónicas associadas.

- Pequenas perdas de peso:

Pequenas perdas de peso, definidas como 5 a 10% do peso inicial (entre 5 a 10 Kg no português normal), melhoram nitidamente:
- O controlo glicémico (açúcar no sangue)
- Reduzem a Tensão Arterial
- Reduzem os níveis de colesterol
Há, igualmente, benefícios na dificuldade respiratória, na apneia do sono e na sonolência diurna, bem como nos problemas dos ossos e articulações. É importante ter em conta que estes Ganhos em Saúde, poderão ser variáveis, de acordo com o tempo de evolução das doenças instaladas.

- Grandes perdas de peso (necessidade de acompanhamento médico)

Estas perdas de peso têm necessidade de um acompanhamento médico rigoroso, destinam-se a pessoas com um Índice de Massa Corporal superior a 40, e pretende-se que os beneficiários percam 20 a 30 Kg em 6 meses, ou mais. Alguns dos benefícios conseguidos são, nestes casos, substanciais, como:
- Redução da Tensão Arterial na ordem dos 43%, nos obesos hipertensos
- Redução dos níveis de glicemia na ordem dos 70%, nos obesos diabéticos tipo 2
- Redução do colesterol total em 10%, e 30% de trigliceridos, por cada 10 Kg perdidos

Muito Importante

A perda de 3% peso corporal em Crianças e Adolescentes Obesos, diminui, de forma significativa, a Tensão Arterial.
Se o Programa de Emagrecimento incluir Exercício Físico, acentua-se a melhoria dos níveis tensionais. É, igualmente, evidente o efeito da perda de peso na redução, no sangue dos níveis de trigliceridos, da insulina e o aumento do colesterol “bom” (HDL), proporcionais à percentagem perda de peso.
No caso da Diabetes tipo 2, que já começa a afectar os adolescentes, a perda de peso, embora difícil, é mais eficaz na melhoria do controlo glicémico quando o regime alimentar é reduzido em hidratos de carbono.
No caso de doenças do fígado é, também, evidente, resultante da redução dos aumentos da insulina circulante e do aumento da sensibilidade à insulina.

No próximo Capítulo, abordaremos algumas estratégias de Prevenção no Combate à Obesidade.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

INFORMAÇÃO FÓRUM


No próximo domingo dia 30 de Novembro, na Sede da Junta de Freguesia de S. Salvador da Aramenha, às 16 horas, a nossa Colaboradora aqui do Fórum, Adelaide Martins, conjuntamente, com mais duas mulheres de Marvão, Emília Mena e Teresa Simão, irão apresentar o Livro de sua autoria – “MARVÃO, à mesa com tradição”.

Esta Obra terá o Prefácio de mais um marvanense, Jorge Oliveira.

O Fórum Marvão, deseja às autoras de mais esta Obra sobre usos e costumes gastronómicos do nosso concelho o maior sucesso, até porque, não é com frequência que sociedade não institucional (apesar desta obra contar com diversos apoios e patrocínios), consegue levar a bom porto iniciativas de criação e criatividade.

Da apresentação, fará ainda parte, uma Palestra a cargo do Professor Catedrático da Universidade de Évora Francisco Ramos, subordinada ao tema – “A Gastronomia do Alentejo”.

Aqui se lança o Convite a todos os colaboradores e visitantes do Fórum a estarem presentes para apoiarmos esta iniciativa.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Procura-se Sabin Laden

( clicar para ampliar )
PROCURA-SE SABIN LADEN !
DE REFERIR QUE O FORAGIDO USA AGORA CABELO À ESCOVINHA E CORTOU A ENORME BARBA !
Não foi de ânimo leve, que fiz esta caricatura, por se tratar de uma figura pública da nossa terra . Não sei até que ponto as pessoas podem levar a mal, uma brincadeira deste tipo .
Não há aqui uma crítica subliminar e irónica à actuação do executivo camarário ; trata-se apenas de uma brincadeira, que pretende aproveitar a semelhança fonética entre Sabi e Bin Laden, extrapolando para a política internacional e a realização da Mossassa, creio que o visado também já fez este paralelismo entre o nome de B. laden e a sua própria alcunha . Não há segundas intenções e espero que o Pedro não se importe .
A minha esposa, teve o seguinte comentário quando me viu acabar a caricatura : " Até o mais belo príncipe de olhos azuis, fica feio caricaturado " .

Sabin Laden em Marvão ?

Caricatura de Barraca Abana
(clicar para aumentar )

Acredita-se com convicção que Ossama Sabin Laden esteja escondido em Marvão disfarçado De IBN Maruan . Segundo fontes seguras, terá entrado na vila disfarçado, na companhia de feirantes marroquinos por altura da Almossassa.

A Guarda fiscal e a Guardia civil espanhola do posto alfandegário dos Galegos, já contrataram um especialista para a elaboração do retrato robot, que será divulgado neste blog, com a maior brevidade possível . Pede-se a quem souber do seu paradeiro, que contacte as forças da autoridade, nomeadamente o corpo de intervenção e o exército luso-americano, estacionados no posto da G.N.R. de Santo António das Areias .

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O MUNDO DOS OUTROS...

Portugal é um país de “vistas largas”, já que raro é o “projecto” que por cá se implementa, em que se não vá “beber” (inspirar), a paragens distantes. No passado, quase sempre à “velha” Inglaterra, uma ou outra vez a França ou, até à Alemanha. Mais recentemente, a nossa fonte inspiradora são os “staites”, vulgo, estados unidos da américa.

Não há formador ou político que não nos venha impingir com a treta de: “… quando estive nos estados unidos, blá, blá, blá…”. Como se o contexto português tenha que ver alguma coisa com o que se passa por essas bandas!

Muito raramente, por questões históricas e mesmo existenciais, somos dados a observar o que se passa em terras da vizinha Espanha, pois talvez tivéssemos muito a ganhar. E, salvo melhor opinião, sempre terão um contexto parecido com o nosso, digo eu!

Também em Marvão, não seria mal pensado que uma ou outra vez deitássemos o “olho”, sobre o que se passa ao nosso redor. Sim eu sei que as “serras são altas”, mas Marvão fica a uma altitude de 900 metros.

Vem esta palestra toda, a respeito de uma notícia saída no “Jornal de Arronches” (sim, Arronches tem um jornal, com publicação mensal e propriedade da Câmara Municipal, que serve de informação a todos os arronchenses, e não só), sobre um Protocolo de Colaboração assinado entre a CM de Arronches e 3 Instituições do concelho, sobre a intervenção na melhoria de instalações dessas associações.




Em contrapartida, aqui pelo nosso concelho, sempre que se sugere que as Instituições Públicas participem na melhoria do Património Associativo, lá vem a velha história de que “as instalações não são nossas…(da Câmara)”, e assim se continua a protelar o melhoramento e aproveitamento de uma série de Instalações que são fundamentais para o desenvolvimento desportivo e cultural do concelho. E que, se não for a Câmara Municipal, as Associações não têm qualquer capacidade de as executar.
São exemplos de que se deviam aproveitar e rentabilizar, a Sede do Grupo Desportivo Arenense, o Pavilhão Gimnodesportivo da Casa do Povo de Santo António das Areias, a Sociedade da Portagem e outras, se protocoladas, mudariam completamente o nosso fraco Parque de Instalações.

Ora, não seria mal pensado, que os nossos autarcas actuais e os que por aí se alinham, dessem uma mirada aos arredores, pois Arronches, é logo aqui ao lado e, consta, que tem um Orçamento menor que Marvão!

Já agora deixo-vos, para além da notícia na íntegra, as palavras do Presidente da CM de Arronches ditas na altura. Também não seria mal pensado, se por aqui fossem encaradas (e levadas à prática), como princípios a adoptar. Disse o Presidente a propósito: “… este investimento de que estamos a falar engloba a aquisição de dois prédios, um para o clube Mosteirense e outro para o Centro Republicano, que representam 70 mil euros. Isto sempre em diálogo com as Instituições, discutindo os projectos técnicos para saber se estes eram o desejo das Instituições. A Câmara Municipal compromete-se a levantar as estruturas dos dois edifícios, sem acabamentos, aguardando depois a aprovação da TNC, para numa segunda fase desenvolvermos a finalização das obras. Já não acontece o mesmo em relação ao Rancho Folclórico, na medida em a Câmara Municipal de Arronches decidiu atribuir o antigo Celeiro da EPAC com as obras respectivas. Igualmente a Escola de Música que já funciona há bastante tempo numa dependência que é do Estado, e que tem estado entregue à Câmara Municipal, nesta fase resolvemos fazer um Projecto no sentido de melhorar e aumentar as actuais instalações.”
Salientou ainda o autarca “que vale a pena o Município fazer estes investimentos, porque é uma forma de melhorar a qualidade democrática do concelho, tendo em conta a participação de todos aqueles que são sócios destas Instituições poderem desenvolver uma melhor qualidade cultural e desportiva no concelho. Enalteceu ainda, o espírito voluntário de todos os Directores destas colectividades.”

(Clicar em cima para ampliar)

Vá lá Presidente Victor Frutuoso, converse com o seu confrade de Arronches e saiba como é que isso se faz.

O movimento associativo do concelho de Marvão agradece…

domingo, 16 de novembro de 2008

A Festa do Castanheiro e os seus cartazes publicitários


Foi com grande e agradável surpresa que recebi do Vereador do pelouro da Cultura, Pedro Sobreiro, a obra documental “ Marvão - Festa do castanheiro, feira da castanha / 25 anos de memórias “ . Constam nesta iniciativa editorial, quatro cartazes da feira, da minha autoria (realizados entre os anos de 94 e 97, inclusive ) .

Trazem-me à memória, momentos importantes da minha vida e cada um deles, tem como que uma vida própria e uma história para contar .

Na escolha dos cartazes anteriores aos meus, fui em duas ocasiões, elemento do júri, juntamente com o Dr. Caldeira Martins, o Arquitecto Teotónio Pereira , O Sr. Andrade, entre outros .

O cartaz, durante alguns anos era escolhido mediante a realização de um concurso público, e enviado para o júri em envelope selado com a obrigatoriedade do autor se apresentar com pseudónimo. Um dia, alguém terá dito ao senhor António Moura Andrade, Presidente da C.M. de Marvão na altura :
- talvez se pudesse, simplesmente encomendar o trabalho a alguém da terra, evitando toda esta burocracia .

Assim foi : o trabalho foi-me encomendado, corria o ano de 94. Este tipo de trabalho, é geralmente do foro de artistas com formação em Artes gráficas - Design . Eu sou de Artes plásticas /escultura . Aceitei o repto, timidamente e algo inseguro .

O trabalho teve no entanto, boa aceitação na altura e nos três anos seguintes, de uma forma mais ou menos inspirada, fui eu o autor do cartaz deste evento, ao qual me encontro emocionalmente ligado desde o primeiro dia .

Concebia-o , talvez com algumas cedências de gosto do ponto de vista estético, pois sabia que a grande maioria das pessoas a quem se destinava, gostavam de ver lá elementos imediatamente identificáveis : o castelo ; as castanhas ; as peças de artesanato e o próprio castanheiro . Considero que este tipo de trabalhos gráficos também pode ser figurativo .

O cartaz era pois destinado ao grande público ( que pode ter parâmetros de gosto tão exigentes como os estetas e puristas consagrados, das Artes gráficas ). Não me arrependo !

O senhor Andrade, a quem estarei sempre grato, às vezes fazia- me algumas sugestões .

- Ó Felizardo : se calhar a partir de agora, temos que passar a dar mais ênfase à Festa do castanheiro e menos à Feira da castanha, pois o evento é mais uma festa do que uma feira . Ponha umas letras grandes, para a frase mais importante e umas mais miudinhas para a segunda .

Como na altura era uma autêntica nulidade em conhecimentos informáticos, aquilo era tudo feito manualmente, incluindo os caracteres do texto, que eram meticulosamente colados ao suporte de papel.

O Cartaz de 97, foi concebido, uns meses antes do nascimento da minha filha ,num ano em que devido às circunstâncias da minha profissão, tive de ir com os tarimbecos às costas, da casa onde vivia em S. António das Areias, para ir leccionar para o Barreiro .

Parece-me que foi o único ano que não pude ir à Festa do Castanheiro - enviei o cartaz pelo correio, creio eu . Há muitas histórias associadas à História deste grande evento . São as histórias de todos aqueles que o viveram por dentro e que ainda o vivem, talvez agora por fora, mas ao qual estão ligados pelo coração .

A ideia da colocação deste post, surgiu na sequência de um comentário, a um artigo do Bonito Dias sobre o mesmo assunto .

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O ENVOLVIMENTO EXTERNO

Enquanto as coisas por aqui continuarem mornas e em “banho-maria”, com as listas de “pseudo-independentes” a proliferarem como tortulhos em princípio de Outono (esperemos que não nasçam murchas como os ditos, este ano), aqui vou deixar alguns dados da ciência dominante da moda (o economês), para vossa reflexão de fim-de-semana.

Os dados que aqui vos deixo, de âmbito nacional, servirão como aperitivo a outros, de circuito local, que um dia destes por aqui aparecerão.

Por agora estes, dizem respeito à exemplar Governação Central, são da responsabilidade do actual governo “socialista”, mas poderiam ser de outro qualquer quadrante ou partido. Por isso os tais ditos “independentes” estão na moda. Será?

Quero também prevenir-vos que estamos a analisar “indicadores de resultados”, e não dados de qualquer "processo". Também vos quero prevenir que estes dados não passam pela Televisão, pelo que, quem não gostar pode mudar para a RTP, a televisão do Portugal “cor-de-rosa”!

De acordo com a Agência Lusa, “o Serviço Nacional de Saúde fechou o exercício de 2007 com um buraco acumulado de, pelo menos, 330,1 milhões de euros, o que traduz um agravamento de 154,1 milhões de euros (87,5 por cento) face ao inicialmente previsto.

Há um ano, aquando da apresentação da execução financeira do SNS no âmbito da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2008, o Ministério previa chegar ao final de 2007 com um défice acumulado de 176 milhões de euros. Nos mapas agora apresentados, no âmbito do OE 2009, o saldo acumulado negativo ascende já aos 330,1 milhões de euros.

Em relação ao saldo do exercício, o Ministério da Saúde - na altura ainda liderado por Correia de Campos - previa atingir um "lucro" de 10 milhões de euros. Os dados a que a Agência Lusa teve agora acesso indicam que afinal, o SNS fechou o ano de 2007 com um prejuízo de 51,2 milhões de euros.

Em declarações na altura à Lusa, o secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, chegou a afirmar até que tinha "a perspectiva de fazer melhor, tendo em conta os dados" que dispunha em relação à execução financeira do SNS.

Para este ano, o Ministério prevê um saldo do exercício positivo de 11,6 milhões de euros, e um acumulado negativo de 127,8 milhões de euros. Há um ano, as estimativas para 2008 apontavam para um prejuízo do exercício de 61 milhões de euros, e um défice acumulado de 259,6 milhões de euros.

Para 2009, no entanto, os dados agora conhecidos apontam para uma nova deterioração das contas do SNS: saldo do exercício negativo de 98 milhões de euros; e um défice acumulado de 218 milhões.”

A juntar a este cenário no Serviço Nacional de Saúde, deixo mais 10 Indicadores sobre o “progresso” deste país nos últimos 4 anos:

- Crescimento do PIB: em 2004 – 1.5%; para 2009 – 0.6%

- Défice Externo: em 2004 – 6.1% do PIB; para 2009 – 11.1% do PIB

- Endividamento da Economia: em 2004 – 64% do PIB; para 2009 – 100% do PIB

- Rendimento por Habitante face à União Europeia: em 2004 - 75%; para 2009 73%

- Taxa de desemprego: em 2004 – 6.7%; para 2009 – 7.6%

- Carga Fiscal: em 2004 - 34% do PIB; para 2009 – 38% do PIB

- Receita Pública Total: em 2004 - 43% do PIB; para 2009 – 46% do PIB

- Despesa Pública Total: em 2004 – 46.5% do PIB; para 2009 – 47.8% do PIB

- Despesas Publicas de Funcionamento: em 2004 – 39 % do PIB; para 2009 – 41% do PIB

- Défice Público: em 2004 – 3.4% do PIB; para 2009 – 2.2% do PIB

Tenhamos em conta que estamos a falar de previsões para 2009.

Porque a coisa ainda poderá ser pior…

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

25ª Edição da Festa do Castanheiro / Feira da Castanha





(Clicar para ampliar)


No passado fim-de-semana realizou-se a 25ª edição da Feira da Castanha que, com a sempre bem-vinda ajuda do S. Pedro, trouxe a Marvão vários milhares de pessoas.

Este evento continua a ser o principal veículo promocional de Marvão!

Primeiro, pelo tempo de antena (pago e gratuito) nos diversos meios de comunicação social que proporciona; depois, pela publicidade “boca-a-boca”, através dos seus muitos visitantes, que implica.

Ao passear pela Feira, e observando o elevado número de pessoas, ocorreu-me que esta última vertente poderia, eventualmente, ser ainda melhor aproveitada com a disponibilização a cada um dos visitantes de um “kit” com uma lembrança e publicidade ao que temos para oferecer: restauração, hotelaria, gastronomia, património natural e arquitectónico, produtos regionais, percursos pedestres, etc.

Assim, além da sua memória os visitantes levariam um “produto” material, palpável, tornando a “venda” posterior do nosso concelho mais eficaz.

Não identifiquei qualquer revolta pelo preço simbólico cobrado à entrada. Essa polémica parece-me não passar de uma birrinha de residentes. Eu, apesar de ter convite, paguei o euro de boa vontade.

Neste ano, comemorando a efeméride, foi lançado um número especial da revista “IBN MARUAN”, em forma de livro. Este, contem os programas das diversas edições, muitas fotografias interessantíssimas e alguns depoimentos sobre a Feira.

Recomendo vivamente!

No mesmo, podemos ler o depoimento de um representante da Santa Casa da Misericórdia de Marvão (acima digitalizado) que eu considero, no mínimo, lamentável. Não ponho em causa a pertinência dos assuntos abordados, julgo sim que não era este o local indicado para os colocar.

Sendo a SCM Marvão uma das entidades que mais tem lucrado (e bem) com a Feira da Castanha, este desagradável depoimento para um livro que é de comemoração torna-se incompreensível.

Mais incompreensível, ainda, é que a Câmara Municipal de Marvão, como editora do livro, o tenha publicado!


Grande Abraço
Bonito Dias

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Alexandre Novo na lista de Madalena Tavares

(clicar para ampliar)
Segundo o jornal “Alto Alentejo” de hoje, Alexandre Novo deverá ser o número dois da lista independente, candidata às próximas eleições autárquicas de Marvão, liderada por Madalena Tavares.

Paulatinamente vamos, assim, sabendo quem são as personalidades que constituem as diversas listas concorrentes à Câmara em 2009. São informações importantes para podermos começar a equacionar o nosso voto.

Outras informações importantes para essa equação serão as posteriores ideias/posições sobre as diversas matérias, eventualmente apresentadas por cada uma dessas personalidades.

Ao contrário de eleições anteriores, oxalá o debate de ideias seja uma realidade em Marvão/2009,



Grande Abraço
Bonito Dias

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Espaço 1999-2009


No final dos anos setenta, havia na RTP, uma série de ficção Científica que antecipava um futuro de grande avanços tecnológicos e científicos , para o final do século XX.
Chamava-se “ Espaço 1999 “e o principal protagonista era desempenhado pelo actor Norte Americano Martin Landau .
Segundo esta previsão bastante optimista, o Homem já navegaria por esta altura no espaço com a mesma facilidade com que se desloca no planeta azul ; já haveria uma base lunar com o nome de Alfa e visitaria com extrema facilidade outros planetas, outras civilizações e outros povos na nossa galáxia, indo inclusive mais além desta, na exploração da última fronteira .

Se algum ficcionista português , se tivesse lembrado de realizar uma ficção do género cuja acção se desenrolasse no nosso concelho, com o titulo “Marvão 2009”, certamente faria uma previsão muito optimista em termos de desenvolvimento para a nossa terra :

- O ministro Mário Lino enfrentaria um grande dilema relativamente à localização do novo aeroporto : Campo dos Outeiros em Santo António das Areias, ou no campo de golf na Portagem - Ota – Escusa .

Este tema seria alvo de grande polémica e de acesa discussão e debates nas duas estações de TV locais, a da Portagem e a de Santo António Das Areias. Os interessados, situados nos lados opostos do castelo, reivindicariam cada um para si a proximidade do aeroporto junto das suas casas .
Mena Antunes viria a público afirmar que esta discussão era inconsequente, uma vez que a melhor localização seria em Marvão na rampa de lançamento de asa delta e disponibilizaria os materiais de construção, nomeadamente a brita, para a construção do dito aeroporto .

Devido ao aumento extraordinário da população do Concelho ( 150 000 habitantes ) , além do aeroporto, teriam de ser criadas as condições para o planeamento e execução da linha ferroviária de alta velocidade (TGV) . Aqui não haveria grandes problemas, nem grandes polémicas : bastaria substituir o velho Ramal de Cáceres, por novas infra-estruturas, a partir da área metropolitana da Beirã .

Tanto o aeroporto como o TGV seriam indispensáveis, pois o grande aumento da procura turística e das trocas comerciais, com a vizinha Espanha, assim o exigiria .

Quase chegados a 2009, “saiu-nos tudo furado”: A humanidade não possui uma base lunar; Marvão perdeu quase metade da população; O ramal de Cáceres está mais virado para a desactivação do que para a remodelação.

Apesar disto os espanhóis ainda vão aparecendo na Portagem aos fins de semana para comer o bacalao . Vá lá a gente fiar-se em séries de televisão !
P. S. - Sem ofensa para a pessoa visada no corpo do texto, pela qual tenho o máximo respeito .

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

CORREIOS - OUTRA MACHADADA NA QUALIDADE DE VIDA EM MARVÃO

Sempre nutri uma simpatia especial por esses homens que, durante décadas, me entregavam fielmente as cartas de amigos, os postais de boas festas ou a revista do círculo de leitores. Diáriamente, à mesma hora, chovesse, nevasse ou fizesse sol, lá vinham eles nas suas zundapps, a repartir missivas por essas aldeias, notícias das namoradas, dos filhos que estavam na guerra de África, ou de algum familiar emigrado por esse mundo fora.
Sendo eu ainda um calhandras, logo me habituei a ver os Marcelinos, os Leandros, os Mários, homens bons e excelentes profissionais, na sua constante labuta de repartição da correspondência.
Só que esse óptimo serviço que nos foi prestado pelos Correios até há uma dúzia de anos, vem-se degradando a partir do momento em que, como empresa, a administração dos Correios, pura e simplesmente se começou a marimbar no seu dever de cumprir com um serviço público a que todos temos direito. Trabalhadores precários aos quais não se renovam contratos, salários baixos e excessiva rotatividade dos carteiros são alguns dos factores que estão a provocar a degradação acelerada daquela que deve ser a principal função dos Correios: servir a sociedade.
Hoje, lá no meu serviço, ficámos perplexos ao constatarmos que uma dúzia de cartas que enviáramos para o Concelho tinham sido devolvidas pelos motivos mais estapafúrdios que se possam imaginar: algumas não foram entregues nos Alvarrões porque, a partir de agora, é necessário inserir uma espécie de código para todo o destinatário que não tenha número de polícia. Ora, num concelho como o nosso, com uma população altamente dispersa e um esmagador número de alojamentos isolados, isso implica a atribuição de milhares de códigos pessoais, para os quais os correios certamente terão que publicar uma nova lista similar à dos códigos postais. Só que nem os Correios vão elaborar tal lista nem entregam as cartas que, entretanto, já estão a ser devolvidas!
Mais bizarra ainda é a situação de uma carta que foi enviada para uma morada na vila de Marvão com a direcção completíssima e que não foi entregue porque o destinatário não dispunha de uma caixa de correio homologada, onde se pudesse depositar a dita cartinha!
Soubemos posteriormente que o serviço fora concedido a uma empresa privada cuja única obrigação é entregar correspondência a quem reúna todos os requisitos apontados anteriormente. Antes, como contávamos com bons carteiros, as pequenas dificiências nos endereços dos destinatários eram supridas pelo bom serviço desses profissionais, todos eles nativos e residentes na geografia marvanense. A partir de agora, se alguma coisa falhar, devolve-se e pronto.
Cá a mim isto parece-me demais e gera uma situação muito complicada com grande parte da correspondência a entregar no concelho de Marvão.
Vão-se devolver as reformas dos velhotes, as cartas da EDP, e a conta do telefone!
Por favor, que alguém nos salve deste gajo que aparece todos os dias na televisão com o sorriso mais cínico do mundo, como se vivessemos no cenário onde se rodou a Alice no País das Maravilhas!!!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

FALEMOS DE SAÚDE - 02

Dando seguimento à Rubrica aqui iniciada, apresentamos hoje o segundo artigo sobre “Falemos de Saúde”.

Hoje abordamos um dos temas mais pertinentes da nossa época, a que já se denomina a “epidemia do século XXI” – A Obesidade e Peso Excessivo.

Para não tornarmos demasiado extenso este texto iremos tratar este tema em 2 artigos.
Neste primeiro iremos ficar-nos pela definição deste problema de saúde e pela apresentação de alguns dados sobre a situação em Portugal, nomeadamente a situação das crianças e jovens, que irão ser no futuro os grandes prejudicados de alguns comportamentos de hoje. Deixando para depois a apresentação de algumas estratégias e actividades, simples, de como todos nós, individualmente, poderíamos contribuir para diminuir algumas consequências futuras do excesso de peso corporal.

OBESIDADE – PARTE I

A OMS (Organização Mundial de Saúde), define a obesidade como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde. O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Os factores que determinam este desequilíbrio são complexos e incluem factores genéticos, metabólicos, ambientais e comportamentais.

Caminhar..., caminhar! Meio caminho andado contra a Obesidade
A OMS reconhece ainda que, neste século, a obesidade (Índice de Massa Corporal ≥ 30), tem uma prevalência igual ou superior à da desnutrição e das doenças infecciosas. Por tal facto, senão se tomarem medidas drásticas para prevenir e tratar a obesidade, mais de 50% da população mundial será obesa em 2025.

Depois do Tabagismo a obesidade é considerada, hoje, a 2ª causa de morte passível de prevenção nos países desenvolvidos verifica-se uma relação inversa entre o nível sócio económico e a prevalência de obesidade, representando ao seus custos económicos 2 a 7% dos custos totais da saúde.

A obesidade é, assim, uma doença crónica, com génese multifactorial, que requer esforços continuados para ser controlada, constituindo uma ameaça para a saúde e um importante factor de risco para o desenvolvimento e agravamento de outras doenças.

Na maioria dos países da Europa a obesidade é a epidemia em maior crescimento, afectando, actualmente, 10 a 40% da população adulta. Em 1999 foi encontrada, na população da EU com mais de 15 anos uma prevalência da pré-obesidade (IMC 25-29,9), de 41%.
O aumento da obesidade em crianças e adolescentes é, também, cada vez mais preocupante.

Ponha os seus filhos a mexer..., Também é um acto de amor!

A prevalência da pré-obesidade e da obesidade na população portuguesa adulta tem sido avaliada através do IMC, com uma prevalência média de cerca de 34% para a pré obesidade e de 14% para a obesidade, sendo de realçar a grande percentagem de homens com pré-obesidade e obesidade, em relação às mulheres (58.6% para homens; 46.5% nas mulheres).

Nas crianças dos 7 aos 9 anos de idade a prevalência da pré-obesidade e da obesidade, em Portugal, è de cerca de 31.6%, sendo que as crianças do sexo feminino apresentam valores superiores às do sexo masculino.

Não à fast food - Abaixo a comida de plástico

Outro aspecto preocupante, decorrente do único estudo de seguimento da obesidade na população portuguesa para avaliar a sua tendência evolutiva, realizado em inspecções militares entre 1960 e 1990 em rapazes com 20 anos de idade, é a constatação do aumento verificado na prevalência da pré-obesidade e obesidade (9% em 1960; para 21% em 1990).

Estima-se que, em Portugal, os custos directos da obesidade (despesas com a prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, investigação, formação e investimento), absorvem 3,5% destas despesas.

Acresce que os benefícios na saúde das pessoa obesas, conseguido através da perda intencional de peso, principalmente se mantida a longo prazo, se podem manifestar na saúde em geral, na melhoria da qualidade de vida, na redução da morbilidade e mortalidade e na melhoria das doenças crónicas associadas, com destaque para a diabetes, doenças cardiovasculares e para o cancro.

A pré-obesidade e a obesidade constituem, portanto, importantes problemas de saúde pública em Portugal, exigindo uma estratégia concertada, que inclua promoção de hábitos alimentares saudáveis e de vida mais activa.
(Continua).