sábado, 27 de setembro de 2008

VISITA ÀS OBRAS DO CONCELHO DE MARVÃO

Por Proposta da Assembleia Municipal (AM), realizou-se no passado dia 26 de Setembro, Sexta-Feira, uma Visita Guiada, às Obras do concelho da Câmara Municipal de Marvão no presente mandato.

Chegada apressada do Presidente da AM, Carlos Sequeira


Estiveram presentes nesta visita, para além do Presidente da Câmara Vítor Frutuoso, a grande maioria dos Membros da AM. Feita a chamada, verificou-se que faltavam pelo PSD: Luís Vitorino, Soares da Costa, Fernando Bonito, António Mimoso e Isabel Duarte da Silva; pelo PS: Paulo Mota; e pelo CDS/PP: Mena Antunes.

Vigiados pelo Castelo Altaneiro, Vitor Frutuoso dá as boas vindas


Muito notadas foram as ausências da totalidade dos Vereadores (Pedro Sobreiro, José Manuel Pires, Madalena Tavares e Carlos Canário). Não sendo possível apurar se foi por não terem sido convidados, se por andarem muito atarefados.

Grupo de Turistas que parecia querer integrar a "Visita Guiada"
Antes de se iniciar a Visita o Presidente Vitor Frutuoso entregou a todos os Membros da AM um conjunto de Documentos onde se podia verificar que durante os três anos que leva de mandato foram investidos em Obras no concelho cerca de 4 milhões de euros (800 000 contos)
A Visita teve início nas Obras efectuadas na Vila de Marvão Sede do concelho, que teve nos últimos 3 anos um investimento em infra-estruturas de cerca de 2,5 milhões de euros (cerca 500 000 mil contos), maior investimento de sempre feito no concelho.
Estas obras podem ser apresentadas em duas componentes: Execução da Rede Subterrânea de Infra-estruturas da Vila e Plano de Intervenção nas Muralhas de Marvão.

Execução da Rede Subterrânea de Infra-estruturas da Vila

Esta obra estendeu-se pelos últimos 3 anos e custou mais de 2 milhões de euros e absorveu grande parte das atenções e energias do actual Executivo.
Obra planeada pelo anterior Executivo de Manuel Bugalho, mas toda ela executada no presente mandato.

E de facto, após as grandes tempestades, como está ainda mais bonita a Vila de Marvão.
Aqui ficam alguns testemunhos fotográficos exteriores, mas certamente quem sentirá as grandes diferenças serão os seus habitantes.

Os poucos "objectos aéreos" que ainda perduram

...mas como está bonito o "ninho de águias"!

...a brancura que irradia luz!

...mas sobretudo as infra-estruturas subterrâneas: água, luz, esgotos, tv, televisão, gás, informática!


Plano de Intervenção nas Muralhas de Marvão

Esta obra de intervenção nas muralhas visa a reparação de diversos problemas, alguns graves, que punham em risco o conjunto amuralhado da Vila.
É a maior intervenção de reabilitação das muralhas que vai desde o fechamento de juntas, reparação de parapeitos, reparação de pisos e preenchimento de rombos. Irá custar cerca de 500 000 euros.

Vista das obras no lado norte das muralhas junto das Portas da Vila


Pormenor dos trabalhos nas Portas de Rodão


Um dos arcos das Portas de Rodão após intervenção


Após a visita à Sede do concelho, partimos em direcção às Freguesias, onde visitámos as obras de intervenção dos Programas de Reordenamento das Escolas Básicas da Portagem e Santo António das Areias.
Estas obras custaram cerca 205 000 euros.


Escola de Santo António das Areias

As intervenções aqui executadas foram a ampliação da Biblioteca, reparação de pisos, execução de casa de banho para pessoas com mobilidade reduzida e rampas de acesso e execução de pinturas.Estas obras custaram cerca de 100 000 euros


Vista da Biblioteca da Escola de S. A. das Areias


Rampas de Acesso para pessoas com mobilidade reduzida na Escola de S. A. das Areais


Escola da Portagem

As obras aqui executadas foram: a execução de pavilhão de recreio coberto, construção de casa de banho para pessoas com mobilidade reduzida e montagem de bancadas de trabalho nas salas do 1º ciclo, e ainda, a colaboração em trabalhos de pinturas.
Estas obras custaram cerca de 106 000 euros.


Membros da AM escutando as explicações do Professor Castelinho na Escola da Portagem

Vista do "Recreio Coberto" da Escola da Portagem


Casa Mortuária dos Galegos

Nos Galegos tivemos oportunidade de visitar a obra de construção da Casa Mortuária, uma obra de que se falava à praticamente duas décadas e que agora vê a sua concretização através de uma parceria entre a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Sta. Maria, já que esta Junta era a proprietária do terreno.
A população de Galegos vê assim concretizada uma das suas aspirações, para as horas difíceis.

A nova Casa Mortuária de Galegos

Enquadramento Paisagístico da Piscina de Santo António das Areias

A juntar a este conjunto de obras visíveis, há referir a do Enquadramento Paisagístico da Piscina Coberta de Santo António das Areias, Projecto vindo do anterior Executivo, mas que teve a totalidade de execução no presente mandato e que custou cerca de 630 000 euros.
Aquisição de Bolsas de Terrenos para Desenvolvimento Social
De acordo com informação do Presidente da Câmara, adquiriram-se uma série de espaços, de acordo com o Programa Eleitoral, com a finalidade de dinamizar o desenvolvimento social do concelho, rúbrica em que o concelho se encontrava deficitário.
Esses terrenos destinam-se desde a criação de espaços para instalação de negócios, a espaços para habitação com a finalidade de se fixarem ou atraírem pessoas que contrariem o despovoamento do concelho.

Espaço junto do Quartel de Bombeiros em S. A. das Areias destinado a futuro "Ninho de Empresas"


Terreno junto à Piscina de S. A. das Areias destinado a Loteamento Habitacional


Terreno do Vaqueirinho, em S. Salvador destinado a Loteamento Habitacional


Para além destes terrenos o Presidente informou que já existem outros espaços adquiridos, nomeadamente na Beirã, na Portagem e S. A. Areias (para futura Zona Industrial).
Outras Obras
Para além do que apresentamos anteriormente, o Presidente teve oportunidade de referir um conjunto de investimentos menos visíveis mas não menos importantes para o concelho, de valor superior a 700 000 euros, das quais enunciou:
- Remodelação da Rede de Esgotos na Portagem: 100 000 euros
- Construção do Emissário de Esgotos "Olhos de Água-Portagem": 80 000 euros
- Construção e ampliação da Rede de Esgotos na Escusa: 28 000 euros
- Requalificação e Remodelação urbanas na Portagem e Escusa: 86 000 euros
- Repavimentação de diversos caminhos e estradas municipais: 190 000 euros
- Construção e Remodelação na Rede de Águas do concelho: 225 000 euros
A Visita terminou por volta das 20 Horas.
Certamente que, para uns, o aqui enunciado será pouco; outros, dirão que foi o possível; o que me parece que não deixa dúvidas é que esta iniciativa valeu a pena, para se ter uma ideia do que até agora foi feito e como se gastaram os dinheiros públicos.
Para os Visitantes do Fórum aqui fica a minha visão sobre o que me foi dado a observar.
Aguarda-se as vossas análises e opiniões.


João Bugalhão

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Grupo Desportivo Arenense já tem Direcção

(clicar para ampliar)

Realizou-se ontem, em Santo António das Areias, uma Assembleia Geral do Grupo Desportivo Arenense (G.D.A.), onde foram eleitos os novos Corpos Gerentes para o biénio 2008/2010.

Depois de duas Assembleias marcadas para o mesmo fim, onde não surgiu qualquer lista candidata, e quando já se equacionava a dissolução desta Associação emblemática do concelho de Marvão, lá surgiu um grupo de sócios que, numa atitude corajosa e muito emocional, decidiram protelar o fim do G.D.A..

Esse grupo é agora liderado por João Bugalhão que, desde ontem, é o novo Presidente da Direcção do Grupo Desportivo Arenense.

Apesar da anterior Direcção, encabeçada por Dionísio Gordo, quase ter saneado financeiramente o clube, tendo liquidado uma parte bastante significativa das dívidas herdadas, não surgiam, durante estes últimos meses, sócios com disponibilidade para dar continuidade a esse trabalho.

Foram meses de angústia para aqueles que estão sentimentalmente ligados ao G.D.A.!

Portanto, ontem foi um dia de alegria na vida desta Associação. Mas de tristeza também! Porque a adesão à referida Assembleia foi, no mínimo, confrangedora. Ao ponto de o candidato a Presidente ter ainda, no último momento, equacionado não avançar.

Esta Assembleia, tendo permitido a continuação do clube indiciou, no entanto, que o seu futuro não se apresentará risonho, tal foi a indiferença com que os sócios viveram este momento.

De qualquer forma, o novo Presidente foi afirmando que a Direcção iria tentar reunir motivação para fazer o melhor trabalho possível. E elencou quatro grandes objectivos para este mandato:


1 – Manter o G.D.A. vivo. Desde logo, proporcionando a prática desportiva a várias dezenas de jovens que jogam futebol neste clube;

2 – Legalizar a propriedade do edifício onde o G.D.A. está instalado;

3 – Tentar, com o orçamento possível, participar no campeonato distrital de futebol sénior, já na próxima época;

4 – Continuar a liquidar dívida herdada pela anterior Direcção.


Oxalá que estes e outros objectivos sejam atingidos. Para isso será necessário que o apoio prometido pelas entidades oficiais seja cumprido e será necessário, sobretudo, um maior envolvimento dos sócios na vida do Arenense.

Depois de ter sido campeão distrital de futebol sénior na époa 2004/2005 e, a partir daí, ter quase desaparecido, o Grupo Desportivo Arenense continua, portanto, a perdurar. Até quando… vamos ver!


Grande Abraço
Bonito Dias

sábado, 20 de setembro de 2008

BIOLÓGICA OU NÃO

A MENINA BIOLÓGICA

Freguês, quer comprar?
Comidinha fresca Biológica
Alfaces, Nozes e Castanhas,
Depressa não tem que enganar
Isto aqui é tudo com lógica
Não há tangas nem artimanhas

Alfaces com caca animal
Sem adubo, nem afim
Belas as nozes com o mel
Tudo cresce ao natural
Castanhas, pérola marfim
Que lindas são no papel

Comer e beber todos gostam
Suar a testa de mão na enchada?
Está quieto ó meu malandro
Mas fora de cena já apostam
Que linda é a terra amanhada
Vai ser um negócio do “camandro”!

Pró da terra dois mil reis coados
Pra mim metade da metade
Pra ti uma terça parte do meio
Ó Turista trás pra cá os trocados
Que eu já estou com vontade
De comer o bolo e o recheio

Eu banca de venda nã tenho
Facturinhas tamém nã
Tenho os enchidos na gaveta
Da horta é donde ê venho
No mê forno quente faço o pã
Agora é qu'isto vai ser “punheta”

O cerne da questão é perceber
Se "as mentes" dessa dita Biológica
Com Internet e mapas na mão
Vindas lá dos meandros do saber
Com cálculos mentais, razão ou lógica
Sabem onde ficas, MARVÃO?

Quem semeia ovelhas, colhe borreguinhos
Quem semeia batatas, colhe batatas
Quem semeia ventos, colhe tempestades
Quem semeia pedras,………………come pedras?!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Acerca de feiras PERMANENTES de produtos regionais



Depois de ler atentamente a notícia publicada na imprensa regional acerca da proposta de criação de um mercado de Produtos Regionais, que ao parecer, foi apresentada ao Presidente da Câmara de Marvão, quero deixar-vos aqui a minha opinião pessoal acerca de duas coisas: da feira permanente de produtos regionais, por um lado; daquilo que se deixa ler nas entrelinhas, por outro.

Esta feira é uma ideia maravilhosa. Só que, hoje em dia, e em face da realidade do Município, tem tanto de maravilhosa como de utópica. Não chegaria a fracassar, porque nem existem condições para a instalar. Quantos empresas ou pessoas existem, no Concelho de Marvão, em condições de produzir permanentemente e sem riscos de roturas de stock, artigos com interesse para esta Feira? Que eu conheça, não há meia dúzia. A Nunes Sequeira e um ou dois apicultores.
Só que, como é compreensível, a Nunes Sequeira, cujos produtos possuem uma qualidade excepcional (que orgulho!), tem mais que fazer, que produzir e que vender, e, nas suas prioridades nem sequer está o hipotético mercado de uma mostra desta natureza. Mal da raposa se é obrigada a caçar formigas...

Fica registado o primeiro entrave a este projecto: Marvão não produz. Se não produz, não pode vender. Se não pode vender, não há Feira. Mas será que Marvão pode começar a produzir? Será que, de repente, e como por arte mágica as hortas vão-se voltar a lavrar, os montes a desmatar, o Sever vai voltar a ter peixes, e o Engenho da Lã vai ser re-activado? Não brinquemos com coisas sérias, nada mais longe da nossa realidade, a curto prazo.

É preciso encarar a realidade. Marvão não tem NADA. ZERO. É claro que serão sempre bem recebidas as novas iniciativas que comecem a germinar nas encostas da Vila. Devem ser apoiadas de molde a que, passo a passo, possamos dispor de uma oferta aceitável e só então pensar em criar infra-estruturas físicas que alberguem esse mercado emergente.

O que não se pode é começar a casa pelo telhado. E foi isso que foi proposto a Víctor Frutuoso. Só que o Presidente do executivo marvanense sabe o que faz. Não disse que não. Disse que agora não, de acordo com aquilo que é a nossa realidade.

Marvão só tem velhotes. Precisa de gente nova.
Marvão não tem espaço para instalação de pequenas ou micro-empresas.

O executivo de Frutuoso sabe disso e é nessa senda que estipulou algumas das suas prioridades. Comprar terrenos destinados a habitação e atrair população de escalões etários compatíveis com a vida activa, habilitando pequenas zonas industriais onde sejam dadas condições favoráveis à criação de postos de trabalho.

Aumentar a população activa residente e munir o Município de equipamentos que possibilitem a dinamização do sector produtivo são, sem lugar a dúvida, prioridades das prioridades para os marvanenses. E é disso que o Executivo está a tratar. Oxalá os objectivos traçados se cumpram porque eles são deveras fundamentais para o nosso desenvolvimento real e efectivo.

....

Quanto ao artigo propriamente dito, como marvanense acho-o... algo repelente.

Repelente porque trata os marvanenses como se fossemos uma tribo de canibais, que não percebe nada de agricultura, que ainda não aprendeu a fertilizar os solos e que está a anos-luz de perceber que a sua evolução está directamente ligada ao aproveitamento do biogás. Só leio isto como um insulto.

Repelente porque tenta exercer uma espécie de chantagem psicológica junto do Executivo Camarário, pressionando-o a tomar iniciativas fora de tempo e de lugar. Mas por aqui, não estamos habituados a ceder a esse tipo de pressões.

Repelente porque nos é dado a conhecer um grupo de dinâmicos inteligentíssimos que não se percebe muito bem porque é que vieram viver no meio da tribo dos estáticos subdesenvolvidos, e que, à viva força, nos querem civilizar contra a nossa vontade.


Há uma coisa que caracteriza estes estáticos subdesenvolvidos: a amor à sua terra e às suas gentes, por muito humildes e incultas que estas sejam. E quando temos ideias e projectos que podem ser interessantes mas que não são exequíveis a curto prazo, aguardamos melhor oportunidade e não vamos a correr ver se outro chefe indígena adquire, a troco do seu ouro, os préstimos do nosso “armamento sofisticado” .Porquê tanta pressa, pergunto eu? Já há alfaces biológicas para vender ...? Hummmm...


Finalizar dizendo que, como considero que Marvão, de momento, não reúne condições para desenvolver este projecto, já Portalegre está numa situação completamente diferente.
Portalegre - concelho produz, por si só, um leque atraente de produtos regionais e de artesanato que pode servir de motor de arranque para uma iniciativa desta índole. Ali há doces conventuais, uma vasta gama de enchidos e queijos certificados, muitos e bons vinhos, mel, fruta biológica e artesãos que produzem em quantidade e qualidade.

Quando nós reunirmos essas condições será hora de pensar em procurar alternativas para escoar os nossos produtos. Mas só então.

Entretanto, boa sorte a essa feira, mas lá para as bandas de Portalegre ou onde qualquer “Gerónimo” do nosso interior assim o entenda. Por cá, somos capazes de perceber que ainda não é o momento.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

The Poppers Compõem em Marvão


A banda lisboeta “The Poppers” encontra-se neste momento num retiro no concelho de Marvão a compor os temas do seu segundo disco de originais. A conhecida banda autora de êxitos como “She´s on my mind”, “Mrs. A” ou “Days of Summer”que pratica uma sonoridade revivalista com forte influência de bandas britânicas como Beatles, Rolling Stones ou Who, aceitou o convite que o vereador da cultura de Marvão, Pedro Sobreiro, lhes fez na última edição do Marvão Rockfest e rumaram em direcção a este concelho para ali poderem tranquilamente trabalhar nos novos temas antes da entrada em estúdio.
Nos próximos dias, o sucessor do aclamado “Boys keep swinging” será composto num ambiente bucólico e em permanente contacto com a natureza que propiciará à banda a evolvente ideal para se concentrar apenas na sua missão criativa.



Recordamos que este tipo de parceria já foi desenvolvida no passado, no caso concreto com a banda conimbricense Wraygunn, cabeças de cartaz da primeira edição do Rockfest, que também aceitaram o desafio deste autarca e compuseram em Marvão grande parte dos temas do seu bem sucedido álbum de 2007, “Shangri-La”, aclamado pela crítica como o melhor registo português desse ano. Nas entrevistas promocionais em rádios, jornais ou mesmo na televisão, o frontman Paulo Furtado, foi incansável nas referências que fez a Marvão, realçando sempre a liberdade e a paz criativa de que puderam desfrutar naquelas paragens, chegando mesmo a afirmar que o título deste seu último trabalho foi influenciado por esta terra: “Foi importante a semana que passámos em Marvão a fazer algumas músicas, com as tais aranhas e as dificuldades rurais que para nós, miúdos da cidade, são um bocado ameaçadoras(…). A ideia de chamar ao álbum “Shangri-La” nasceu aí, desse paraíso perdido. E de percebermos que ele está dentro de nós, que ele está onde nós estivermos” (Suplemento Y, Jornal Público de 23 de Março de 2007).
Ambas as bandas lamentaram informalmente a descontinuidade do “Marvão Rockfest” que por ser um festival totalmente dedicado a bandas portuguesas e o único evento de grande projecção para a juventude realizado no concelho, tinha tudo para se afirmar no panorama nacional até porque possuía mais-valias que o tornavam único, como a fabulosa envolvente paisagística e a riqueza do património cultural ali edificado. O festival não teve continuidade por decisão de instâncias superiores que alegaram como motivo a necessidade de contenção financeira.
Saiba mais sobre os Poppers em http://www.myspace.com/thepoppers.
THE POPPERS FOGEM PARA MARVÃO PARA DESENHAR NOVO ÁLBUM
Verão de 2007, Tour de promoção do nosso primeiro Álbum (Boys Keep Swinging), invadimos o Festival de Musica em Marvão. Tudo corria dentro da normalidade “pós – concerto” se é que me entendem, até avistar o meu irmão Nuno “BONES” Jesus a falar fluentemente Espanhol com duas meninas que se diziam apreciadoras da nossa musica. Depois desta visão pensei: o Bones a falar espanhol…a partir de agora é sempre a descer… estava errado.Numa conversa pouco formal com Pedro Sobreiro, responsável pelo Festival e Vereador da C.M. Marvão, fomos convidados a voltar a esta terra. Disse-nos: “Terei todo o gosto em ter-vos por cá noutras circunstancias, pensem na possibilidade de produzir o próximo álbum cá, pensei nisso! Ficam fechados numa casa ninguém vos chateia”. Acabei por voltar a Marvão dias depois, tal foi a curiosidade em conhecer de forma mais profunda esta Vila. Voltei para Lisboa histérico com tamanha riqueza.
FAST FOWARD, Setembro de 2008 e cheios de Ideias para o novo disco, cá estamos nós a dias de aceitar o desafio lançado o ano passado. Tal como faziam todas as bandas que nos inspiraram, também nós vamos ter a possibilidade de nos fecharmos numa casa, isolada de tudo para nos focarmos no mais importante: o 2º a chegar. Tudo isto graças á boa vontade de alguém que acredita incontestavelmente na musica que se faz em Portugal, que acredita no Rock N Roll.
Em primeira análise o Rock N Roll é descarga de energia com 3 acordes, são melodias, refrões, riffs de guitarra, noites perdidas e mais sei lá o quê….mas o mais importante são as pessoas que se vão cruzando cada uma no seu caminho, cada um com as suas paranóias e opiniões. Eu, Tu, o Bonés (conhecido também entre amigos pelo Poliglota), o Pedro e muitos mais que ainda tenho esperança de vir a conhecer.
Rai Popper (vocalista da banda)Servem estas frases para agradecer em Voz Alta a Marvão a oportunidade cedida, Rai Popper (vocalista da banda).
PS: O Rock n’ Roll não está morto, nem nunca esteve!

domingo, 14 de setembro de 2008

Marvão vs Óbidos







(clicar para ampliar)
É costume fazer-se um paralelismo entre Marvão e Óbidos. Têm em comum uma vila e um castelo preservados. Contudo, não será exagero de “filho da terra” afirmar que Marvão é incomparavelmente mais genuíno e fantástico que Óbidos e que o castelo de Óbidos ao pé do de Marvão parece uma brincadeira.

Contudo, a marca “Óbidos” atingiu uma visibilidade incomparavelmente superior à de “Marvão”! A localização foi determinante para essa realidade mas parecia-me haver ali mais qualquer coisa!

No caderno “Emprego” da última edição do jornal “Expresso” está o artigo acima digitalizado que nos ajuda a perceber melhor o fenómeno “Óbidos”.

A certa altura, neste artigo o presidente da câmara de Óbidos afirma:

“Há sete anos, os únicos eventos que aqui existiam eram as celebrações religiosas. Ou seja, partimos de uma situação onde existia uma marca forte, com um castelo e um centro histórico único e bem preservado, mas nós queríamos mais que uma relíquia do passado. Queríamos construir uma economia criativa para as pessoas e para os investidores. O caminho passou pela mediatização cultural. E hoje não há ninguém que não associe Óbidos aos eventos que entretanto fomos organizando…”

Bem sei que existem enormes diferenças na dimensão e no orçamento com origem na localização, contudo penso que esta afirmação deveria inspirar Marvão!

Se "Óbidos tinha uma marca forte, com um castelo e um centro histórico único e bem preservado…" o que dizer de Marvão?

Causam-me “comichões” as afirmações que acusam que em Marvão não há dinheiro para nada mas se fazem, constantemente, festas/eventos…

E com que orçamentos?

Então Marvão quer-se ou não um destino turístico?

À nossa medida, com as nossas limitações, este devia de ser um caso inspirador para nós: Autarquia e privados!

É que por cá até a aplaudida orçamentação de verbas para o desenvolvimento da marca/imagem “Marvão” teima em não ter desenvolvimentos palpáveis…


Grande Abraço
Bonito Dias

sábado, 13 de setembro de 2008

Marvão em Festa - Novidades no Feriado Municipal



No Jornal "Fonte Nova" (http://www.jornalfontenova.com/) de hoje pode ler-se:



"Queremos uma zona industrial

No decorrer das comemorações, e em conversa com os jornalistas, Vítor Frutuoso adiantou ainda mais umas novidades em relação ao futuro do concelho. Lembrando que herdou vários problemas de tesouraria, Vítor Frutuoso garante que fez de tudo para honrar todos os compromissos desse mesmo executivo. De todos os projectos, o mais "pesado" foi obra de Marvão, orçada em dois milhões de euros. "Foi uma candidatura que levantou muitas dificuldades e da qual continuamos à espera de uma parte considerável do dinheiro do financiamento. Recebemos do fundo de turismo mas continuamos a aguardar quase a totalidade do dinheiro, mas conseguimos terminar essa obra", explicou. Falando mais uma vez de desertificação, Vítor Frutuoso, reafirmou que vai lutar pela fixação de pessoas, mesmo que, para isso, tenha de recorrer a empréstimos bancários. "Nós temos o problema de não ter nenhuma oferta para fixar as pessoas a nível da habitação". "Sabemos que a imobiliária está a passar uma fase difícil, mas temos de inverter aquilo que tem acontecido ao longo dos anos, a saída de jovens e famílias para Castelo de Vide, Portalegre e outros pontos do Distrito porque aqui não havia resposta", alertou, salientando que é "estratégico" garantir essa resposta para assegurar a sobrevivência do concelho. Para o conseguir, o edil pretende gerar mais postos de trabalho e a primeira iniciativa é a criação de uma zona industrial em Marvão. "Neste concelho, e ao contrário de muitos outros do Norte Alentejano, não temos zona industrial e isso reflectiu no número de pessoas que temos. Queremos projectos para as pessoas daqui e vamos começar com um ninho de empresas. Temos os terrenos já comprados, o projecto feito e aguardamos que o quadro comunitário seja lançado", anunciou, revelando ainda que já está em concurso o loteamento, em Santo António das Areias, dando continuidade da zona industrial particular existente. "Tenho a convicção absoluta que, na vigência deste quadro comunitário, esse loteamento vais ser uma realidade", frisou."






Dia oito de Setembro foi Feriado Municipal em Marvão!

Ao contrário dos últimos dois anos, que “calharam” em fim-de-semana, não estive presente nessa comemoração, visto que em Portalegre, nesse dia, trabalha-se. Participei, apenas, no jantar em honra dos Eleitos Locais, o qual muito dignificou os primeiros distinguidos com as medalhas do Concelho.

Desta forma, não tive oportunidade de ouvir os discursos que nestes dias são proferidos, dos quais tento sempre retirar algumas informações importantes, pelo meio das palavras de circunstância.

Foi, portanto, pela comunicação social que me informei sobre os referidos discursos, tendo retido esta “caixa” do jornal “Fonte Nova” (FN), da sua edição de hoje.

Com o título de “queremos uma zona industrial” o FN atribui palavras muito encorajadoras ao presidente da câmara (PC) sobre a matéria das infra-estruturas para a instalação de pequenos negócios no Concelho, que há muito venho defendendo.

Considero muito correcta a opinião do PC quando afirma que a forma de tentar inverter a tendência de desertificação do Concelho é gerar mais postos de trabalho, sendo que o papel da Câmara Municipal nesta matéria será o de facilitar a instalação/criação de unidades de negócio, através da criação do ninho de empresas e da zona industrial.

Contudo, parece-me que continuar à espera da concretização deste quadro comunitário de apoio para implementar essa medida será uma perda de tempo (em cima dos vinte anos já perdidos) visto que este novo quadro comunitário não parece estar muito vocacionado para este desígnio…

No entanto, esta declaração de intenções do PC não deixa de ser encorajadora…

Aguardemos!



Grande Abraço
Bonito Dias

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

INFORMAÇÃO FÓRUM

Feira Permanente de Produtos Tradicionais - Marvão não mostra interesse Portalegre pondera

(Notícia do Jornal Fonte Nova, por nos parecer de interesse para o concelho de Marvão, aqui fica para vossa analise)


O problema é que os produtores não têm um sítio onde possam vender os seus produtos. Foi com essa preocupação que a associação lançou o projecto "Feira Permanente de Produtos Tradicionais".Há alguns anos, um pequeno grupo de pessoas decidiu sair do Litoral e escolheu a região do Alentejo para passar o resto da sua vida. Instalados, a grande maioria, em Marvão, constataram que havia na região uma série de limitações importantes, relacionadas com falta de formação e de informação, e cuja solução passa, no seu entender, pela agricultura, fertilização dos solos, sistemas de energia solar, biogás, entre outros.

"Há muitas pequenas coisas hoje em dia que se fazem no mundo inteiro e que aqui, pura e simplesmente, se desconhecem. Então montámos uma associação no sentido de ajudar-mos as pessoas de cá a perceberem que existem outras tecnologias, já bem conhecidas, e que podem ser muito úteis", explica Van Krieken.


Jornalista de profissão, e sem o mínimo de conhecimento prático sobre o mundo rural, Jorge Van Krieken confessa que, a cada dia que passa, se sente "mais envolvido, surpreendido e deslumbrado" com este mundo. Defendendo que na base de toda a dinâmica rural "está o comércio e não a produção", mostra-se impressionado com a quantidade de saberes que as pessoas do campo têm, no sentido da sua sustentabilidade, comercializando grande parte dos produtos que cultivam. No entanto, nos últimos anos "surgiu uma casta de burocratas que, de alguma forma, dificultou todo esse bulício comercial rural, como a ASAE e, imediatamente, vieram os hipermercados ocupar o espaço", lamenta Van Krieken.


Tal situação fez com que olhasse com mais atenção para as pessoas que fabricavam nas suas casas, com todo o seu saber, os produtos tradicionais, como licores, compotas, queijos e enchidos, chegando à conclusão que das 290 mil explorações agrícolas do País, 90 por cento fazem isto.


"Há um potencial enorme de produção que vai directamente para a sustentabilidade das pessoas, é uma espécie de um comércio justo mas, ultimamente, devido a toda a pressão que houve por parte dos media contra esta repressão da ASAE começou a haver uma certa abertura relativamente aos produtos tradicionais", conta o presidente da Caminho Dinâmico. Um desses exemplos foi a última circular emitida pelo Ministério da Agricultura (5/2008) que permite, novamente, que as pessoas possam produzir nas suas cozinhas caseiras até cerca de 1500 litros de licores por ano. "Estamos a falar de um potencial bastante interessante. Agora o problema que se coloca é onde que esta gente vende isto e o que se pode fazer para que as pessoas voltem a produzir".

Para Van Krieken a receita é simples: "é preciso informar as pessoas daquilo que podem fazer e depois fazer um pouco de pressão junto das câmaras municipais, por exemplo, que têm um papel fundamental nisto, para que elas encontrem espaços onde estes pequenos produtores possam expor, permanentemente, os seus produtos". Foi com este fim que a Caminho Dinâmico lançou, à Câmara Municipal de Marvão, a sua proposta. O presidente revela que lançaram esta oferta devido à abertura do concurso para os programas de Políticas de Cidades - Parcerias para a Regeneração Urbana, talhado à medida de alguns pequenos centros urbanos do Alentejo. De 45 concorrentes, só cerca de 12 irão ganhar. Assim, e relativamente a Marvão, "a nossa proposta é que em vez de estarem a fazer obras que não servem para nada, poderiam fazer uma feira permanente de produtos tradicionais que irá encher de gente".
Sonho adiado
No final do mês de Julho, a Caminho Dinâmico reuniu com o executivo camarário de Marvão, na qual "o presidente acabou por nos dizer que não valia muito a pena" apostar nesta proposta, uma vez que "não havia gente empreendedora em Marvão para fazer isto". Jorge Van Krieken conta que "o presidente da Câmara Municipal de Marvão não respondeu nem manifestou qualquer interesse nesta proposta da associação Caminho Dinâmico, para a criação de um grande espaço na vila dedicado aos produtos tradicionais, onde os pequenos produtores do concelho pudessem expor os seus produtos permanentemente".
Tal posição, por parte da autarquia, deixa o presidente da associação triste, pois defende que os produtores "têm de ser ajudados" e este é "um projecto muito simples, onde não é preciso dinheiro nenhum". Nesse sentido, declara que "a nossa aposta relativamente a Marvão está perdida, porque não houve nenhum tipo de acolhimento por parte da autarquia". Apesar desta primeira "nega", a associação Caminho Dinâmico está aberta a colaborar com qualquer município português para a criação e organização de uma feira permanente de produtos tradicionais. "Gostaríamos muito que este nosso know-how pudesse beneficiar o Alentejo, se possível", frisa Jorge Van Krieken, defendendo que para avançar com esta iniciativa "é preciso ter escala, no sentido de poder ter dois ou três mil produtos, em simultâneo, a serem mostrados". Desejando que apareça alguém capaz de avançar com a criação da feira permanente, o presidente garante que "quem pegar numa coisa destas, de uma forma inteligente, e investir nela coerentemente, vai ter um enorme sucesso", até porque "aqui não há nada que capte a atenção dos turistas". Segundo manifesta, a criação de pontos de grande animação com os produtos tradicionais, irá atrair muita gente à nossa região, até porque a ideia já foi posta em prática em outros pontos do Mundo e o sucesso foi garantido.
No entanto, nem tudo está perdido, dado que a autarquia de Portalegre já manifestou algum interesse em avançar com o projecto. Apesar de ainda estarem a decorrer conversações, Van Krieken acredita que o melhor sítio para fazer esta feira "é, sem dúvida, Portalegre", e acrescenta que, para tal, "é preciso ter gente com dinâmica e por o que conheço do presidente Mata Cáceres, ele tem toda esta dinâmica". Assim, "espero que Portalegre pegue nisto e o possa fazer no Mercado Municipal e nós oferecemos todo o nosso empenho e colaboração para que a Câmara o possa fazer".
Jorge Van Krieken recorda que trabalhou muitos anos em animação para perceber como se montam este tipo de espaços e, por isso, "estou absolutamente seguro que no espaço de poucos meses se consegue criar um grande pólo de vendas e divulgação dos produtos tradicionais, captando centenas de produtores locais, regionais e nacionais. E atrair milhares de clientes".
Especialista manifesta-se a favor
Ana Soeiro, especialista em Produtos Tradicionais, emitiu uma opinião sobre o projecto da associação Caminho Dinâmico, na qual refere, entre muitos outros pontos, que a existência de espaços multifuncionais ao nível local "facilitará não só a vida dos produtores, mas também a dos consumidores, permitindo aos primeiros economias de escala e de localização e aos segundos garantias de genuinidade e tipicidade".A especialista escreve ainda que "a possibilidade de conhecimento e de reconhecimento entre quem compra e quem vende e a integração em cadeias de valor de maior dimensão (rotas turísticas, roteiros partilhados, etc.) ficarão facilitados com a existência de estruturas fixas de apoio e de interface cultural e económica". Ana Soeiro termina o seu parecer considerando que o projecto da Caminho Dinâmico se insere "muito bem" no âmbito do PROVERE, recentemente apresentado e aprovado.
O parecer dos autarcas
O nosso jornal entrou em contacto com Vítor Frutuoso, presidente da Câmara Municipal de Marvão que explicou que o projecto apresentado à autarquia pela associação Caminho Dinâmico "faz todo o sentido, mas não no programa de Políticas de Cidades - Parcerias para a Regeneração Urbana que, para mim, tem objectivos diferentes". O edil entende que a feira permanente de produtos tradicionais "insere-se noutras medidas" e, por isso, "temos de esperar por outros momentos". Vítor Frutuoso adianta que irão desenvolver-se outros programas operacionais "onde situações dessa natureza podem ser abrangidas", até porque "é um projecto interessante e importante de se desenvolver", mas "agora faz-se a reabilitação e depois vamos aos produtos tradicionais, dos quais sempre fui defensor acérrimo".
Falámos também com Mata Cáceres, presidente da autarquia portalegrense, que apenas adiantou que "há condições" para avançar com o projecto, realçando que a ideia de Van Krieken "há muito tempo que a ando a defender aqui, que é criar uma casa de produtos tradicionais".
Textos: Catarina Lopes

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

AS INJUSTIÇAS DA MORTE!

À MEMÓRIA DE

SÉRGIO BERNARDO
Triste vida que tão injustas és!
Até sempre companheiro...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Os "James " em Santo António das Areias

Terminou no último sábado um dos certames mais aguardados, em cada final de Agosto, neste Norte Alentejano : A feira de artesanato e gastronomia do Crato .


Este evento, que vem melhorando de ano para ano, representa para a nossa região, como que a derradeira oportunidade, no final das merecidas férias de Verão, de assistir a grandes espectáculos ao mesmo tempo que os nossos sentidos são invadidos por múltiplas sensações : O cheiro dos petiscos ; das bebidas espirituosas ou não, da contemplação dos objectos que representam aquilo que de melhor se faz por cá em termos de artesanato e de produção industrial .


A esta “atmosfera” de puro deleite para os sentidos, não é alheia a excelente organização do evento em causa , ao rigor e profissionalismo, com os quais somos presenteados ano após ano, de tal forma que este certame não fica a dever nada a outros, que ocorrem noutras regiões do nosso país e alem fronteiras, bem menos “deprimidas”, no que ao desenvolvimento concerne .

Este ano, até havia um boletim diário informativo, com um aspecto gráfico cuidado, onde os visitantes da feira podiam tomar conhecimento da programação diária, relativa aos concertos ; gastronomia etc.


No que me diz respeito, a feira terminou em verdadeira apoteose, com o soberbo concerto do grupo britânico, James . Nesta derradeira noite, uma verdadeira multidão, bastante heterogénea : crianças ; jovens ; menos jovens ; pessoas da região ; forasteiros, estavam como que irmanados numa causa comum, que era passar a última noite de festas da melhor maneira possível e fazer com que a memória desta, perdurasse até Agosto do próximo ano . Quando o concerto acabou, os rostos denunciavam já a nostalgia do aproximar do fim das férias e a brisa que acariciava os rostos, já não era de Verão mas sim outonal e cheirava a trabalho .


Não foi no entanto no Crato que eu aprendi a gostar dos James, mas sim em Santo António das Areias em meados dos anos oitenta /noventa . Não que este grupo alguma vez nos tivesse honrado com a sua presença no Concelho de Marvão, mas sim pelo facto dos temas mais conhecidos da banda serem de “passagem obrigatória,”na antigamente activa e actualmente moribunda, discoteca “ A cave “ de Santo António das Areias .

Foram muitas as vezes, que sob o torpor alcoólico da ingestão de muitas super bocks que dancei ao som da música do grupo em causa, nas célebres matinés de Domingo, passadas na “Cave “. O tio Sabi e os restantes membros deste blogue sabem do que é que eu estou a falar, pois de certeza que todos lá passaram uns bons bocados .


Os James já estiveram em Santo António das Areias...espiritualmente .