The End
"A Blogosfera de Marvão fica a partir de hoje mais pobre. Eu diria até, que é o concelho de Marvão que empobreceu. “O Vendo o Mundo de Binóculos do Alto de Marvão” de Pedro Sobreiro, em Post do seu autor e proprietário, anunciou o fecho da porta.
Pedro Sobreiro foi assim como que um Vasco da Gama para a Blogosfera de Marvão. Primeiro com a criação do “Desabafos de Marvão” e, depois, com o “Vendo o Mundo de Binóculos do Alto de Marvão”, terá assim contribuído para que durante os últimos 5 anos, tanto se escrevesse sobre Marvão e as suas gentes. Isto é ainda mais evidente, se tivermos em conta, que também esteve na génese deste Fórum Marvão.
Estes espaços blogosféricos, foram, ao longo deste período, muito mais do que uma emissão dos pensamentos e ideias do Pedro com o mundo e a sociedade que o rodeia. Eles foram sobretudo, num concelho em que a falta de informação e de comunicação será uma das suas maiores carências e, quiçá, a origem de algum atraso social do concelho, um contributo e uma partilha importante de informação e comunicação entre a diáspora marvanense nunca antes navegadas.
Todos sabemos que o Pedro foi nos últimos 2 anos, vítima das vicissitudes da vida, mas a sua recuperação como pessoa é hoje uma realidade, e a pouco e pouco, recupera uma plenitude física e intelectual notável. Prova disso, é a clarividência e a lucidez com que nos brinda neste seu último Post.
Acredito, e aceito, os argumentos por ele invocados quando nos diz que “Poderia ser um abandono progressivo, lento, como se deixam os animaizinhos na berma da estrada mas isso é de uma crueldade tamanha que não me ficaria de todo bem e não seria justo para os leitores, nem para mim que criei este “filho” com tanto amor e o estimei com tanta dedicação. Há que aceitar a vida e as coisas como são, meus amigos. Ninguém o lamenta mais do que eu, mas isto tudo que começou por ser um prazer e me deu tantas horas de diversão, chegou ao ponto de ter de ser uma obrigação, coisa que nunca foi a minha intenção. Nada dura para sempre.”.
Eu próprio acho que tudo o que tem um início deverá ter um fim, assim como aquele princípio das ciências da natureza que teorizava que “nascemos, crescemos reproduzimo-nos e morremos”. Nesta perspectiva, aceito, que nesta fase da vida, o Pedro, tenha tomado esta decisão. Sem no entanto lamentar esta perda, oxalá seja um até breve.
Não tenho muito mais palavras, para me referir a esta decisão do Pedro. Apenas lhe quero comunicar pessoalmente, mas penso que magicando o que muitos amigos terão no pensamento, enviar-lhe do fundo da minha consideração um MUITO OBRIGADO pelo teu contributo, esperando que para ti tenha valido a pena percorrer esta aventura. Para mim é um privilégio navegar estas "águas" que desbravaste!
Bem hajas, grande amigo.