quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Herdade do Pereiro

O PASSADO:


O PRESENTE:








e o FUTURO, como será?

(Imagem do Passado captada no museu em Marvão. Fotos do Presente retiradas da "Toca dos Coelhos".)

Bonito Dias
(bonitodias@gmail.com)

Será verdade, ou não?

Sim?

Não?

Talvez?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

E Esta Hein...

Hoje pela manhã, quando ouvia a Antena 1 fui surpreendido com esta notícia. Tentei indagar a sua origem e aqui vai ela…


(in diário de Notícias de 28/10/2009)


Aldeia na fronteira de Marvão vai receber novos povoadores
por ANA TOMÁS RIBEIRO Hoje :




Depois de alguns atrasos por causa das eleições autárquicas, o projecto ganha nova dinâmica. Além de Évora, Marvão poderá ser segundo destino de algumas das 29 famílias já seleccionadas


A aldeia do concelho de Marvão mais próxima da fronteira com Espanha deverá ser o próximo destino do projecto Novos Povoadores. A ideia é recuperar o velho casario e transformar o local numa aldeia empresarial, disse ao DN um dos três criadores do projecto, Frederico Lucas. "Algumas casas irão acolher empresas, de pequena dimensão mas com ambições globais, e as outras vão acolher as famílias empreendedoras", adiantou. O projecto terá também uma componente de turismo ligada à observação de aves, adiantou.


O projecto Novos Povoadores, que arrancou no início deste ano, com o objectivo de levar famílias das grandes cidades para o interior do País, já concluiu uma primeira fase de selecção de candidatos e apurou 29 famílias.

Neste momento conta com mais 316 inscritas para serem seleccionadas, referiu Frederico Lucas. Évora continua a ser a primeira cidade na calha para acolher alguns dos novos povoadores já seleccionados. O projecto para revitalização e repovoamento do centro histórico da cidade com a consultoria de Frederico Lucas, Alexandre Ferraz e Ana Linhares, já foi aprovado em Assembleia Municipal antes das eleições. Mas o contrato ainda não foi assinado, porque as autárquicas acabaram por originar alguns atrasos no seu andamento, explicou Frederico Lucas. Uma informação confirmada também pelo presidente da Câmara Municipal, reeleito nas últimas eleições, José Ernesto Oliveira. Quando assinar o contrato, a Câmara pagará uma tranche de 20 000 euros aos Novos Povoadores, que em contrapartida terão de conseguir instalara cinco famílias no centro histórico. Quando for atingido o objectivo global do contrato, que é levar 20 famílias para Évora, receberão um total de 75 000 euros. "É assim para qualquer município com quem viermos a trabalhar", afirmou um dos mentores do projecto.

Segundo José Ernesto Oliveira, que tomou posse no último sábado, neste momento a Câmara está a reorganizar-se e dentro de 15 dias deverá reunir-se novamente com os Novos Povoadores para acertarem as formas de concretização do repovoamento do centro histórico.

Segundo Frederico Lucas, o projecto de Marvão, bem como o de Idanha-a-Nova também sofreram atrasos por causa do acto eleitoral. Mas deverão ter novos desenvolvimentos em breve.
"O objectivo para a aldeia do concelho de Marvão é levar famílias de um nível etário mais elevado, consultores de empresas na reforma, com experiência para lançar os projectos empresariais." O DN tentou por diversas vezes contactar o presidente da câmara do município, mas até ao fecho da edição não foi possível obter qualquer declaração deste.

Como é possível que durante a campanha eleitoral ninguém tenha falado de tal coisa???

terça-feira, 27 de outubro de 2009

MporM por mail…


(Análise aos resultados eleitorais do MporM)

sábado, 24 de outubro de 2009

O Senhor Não Senhor

Capítulo I

A minha vida não serve de exemplo a ninguém, mas foi a que eu escolhi, não me envergonha, nem ando á procura de outra.

Ao longo destes 45 anos de existência, procurei, procuro e procurarei, não magoar alguém quer física quer psicologicamente.
Agora, até eu ser um Yes Man (Senhor Sim), vai uma distância muito grande.
Eu enumerar as diversas tarefas que ao longo destes anos fiz ou ajudei a fazer (tenho ajudado muita gente a brilhar) em prol da comunidade Marvanense (a título gratuito e muitas das vezes a por linhas do bolso, quer em dinheiro ou com equipamentos, etc.) e não só, não seria moroso, porque as tenho catalogadas e em mente, mas se calhar seria enfadonho, para alguns.
Vem isto a propósito de quê?
No Forum Marvão, basicamente, vejo com frequência, publicadas opiniões, notícias, etc., com um único objectivo, fazer a cabeça das pessoas.
Escrevendo-se nas mais diversas áreas, das quais não estamos seguros, mas que lemos na VISÃO ou no EXPRESSO e captamos daí a cultura que debitamos aos Marvanenses.
Vejo também fazerem-se análises políticas com um só sentido, o seu Partido, ora onde está a isenção dessa análise, e não havendo essa isenção, só se pode chamar uma coisa
- CAMPANHA.
Eu tento fazer o contraditório, mostrando os podres das análises, mas não dou a minha opinião, porque senão caía também, naquilo a que me oponho, fazer as cabeças das pessoas, por isso contradigo mas não opino, deixando ao critério de cada um a sua análise daquilo que se escreve.
Não é, por não citar passagens de livros que sou mais inculto que outros, mas não preciso para minha defesa a cabeça de outros, tenho seguido a minha, e umas vezes deveria de a ouvir mais.
Luto contra a injustiça a falsidade e a desigualdade.
“Dizer que não noto indiferença por parte de certas pessoas, seria estupidez, mas como, salvo raras excepções, utilizo o WC todos os dias, e olhando, penso “estamos quites”, o Débito e o Crédito saldado.”

Clarimundo Lança

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A “Incompatibilidade” dos papéis de Nuno Lopes


Hoje, que foi dia de tomada de posse dos novos Órgãos da Autarquia de Marvão, gostava de partilhar convosco uma questão sobre a qual há já algum tempo venho pensando.

Nesta tomada de posse será instalada a “nova” Câmara Municipal, sendo que da mesma fará parte Nunes Lopes, 2º eleito para o executivo (logo a seguir a Vítor Frutuoso), em representação do PS. Nuno Lopes será, digamos, o “líder” da oposição.

No desempenho deste papel que lhe foi destinado, espera-se de Nuno Lopes que defenda as políticas propostas pelo PS na campanha eleitoral, muitas delas em oposição às seguidas pelo então (como agora) presidente, Victor Frutuoso. Naturalmente, espera-se que defenda as melhores opções para Marvão e, certamente, muitas vezes até estará de acordo com o presidente. Mas espera-se, também, vigilância e exigência perante o trabalho desenvolvido por Vítor Frutuoso e as políticas seguidas pela maioria laranja. Exigência e vigilância estas que são importantes para um melhor desempenho de quem dirige e, portanto, importantíssimas para o concelho.

Enfim, espera-se um constante “combate” político entre o presidente da Câmara e o principal líder da oposição. Como, aliás, existiu vincadamente no período de campanha eleitoral.

No entanto, Nuno Lopes é engenheiro civil e desempenha essa função técnica na Câmara Municipal de Marvão. E tem como superior hierárquico máximo o presidente da Câmara, Vítor Frutuoso.

Neste papel, espera-se de Nuno Lopes que seja profissional e ponha as suas competências ao serviço da Câmara (sua entidade patronal). Que trabalhe nos projectos escolhidos pelo executivo de maioria PSD. Que trabalhe nos projectos escolhidos pelo presidente, Vítor Frutuoso.

Por muito profissional e vertical que seja, Nuno Lopes (como qualquer outra pessoa) terá uma vivência que envolverá, na minha opinião, “incompatibilidades” nos papéis a desempenhar.

Por um lado, exigir-lhe-ão que seja o líder da oposição, batalhando pelas escolhas do seu partido (e suas), as quais muitas vezes entrarão em “rota de colisão” com as de aquele que foi (e é) o seu adversário político: Vítor Frutuoso; exigir-lhe-ão que “fiscalize” esse adversário e, até, que o combata politicamente.

Por outro lado, exigir-lhe-ão que esteja ao serviço da estratégia do presidente da Câmara (e do partido deste), trabalhando profissionalmente nos projectos que lhe apresentem. Que esteja, portanto, às ordens de Vítor Frutuoso.

Isto é, Nuno Lopes terá obrigação de obedecer àquele que deverá “combater”. É paradoxal!

Defenderão alguns que o profissionalismo e a verticalidade de Nuno Lopes ultrapassarão esta situação. Não ponho isso em causa. Contudo, julgo que neste cenário estão reunidas as condições para se poder falar em incompatibilidade de papéis…

A responsabilidade deste “imbróglio” que não aproveita a ninguém (e que provavelmente se repete em muitas autarquias dos país) é, claramente, da lei que permite a candidatura ao executivo da Câmara daqueles que são seus empregados.

(Nota: Curiosamente, em Marvão, acontecia exactamente o mesmo se o PS tivesse ganho as eleições e Vítor Frutuoso fosse, agora, oposição!)

Bonito Dias
(bonitodias@gmail.com)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Alzira Ereio Sobreio...por mail!

No jornal "RAIANO" que mensalmente me dá as notícias da minha terra natal, e do meu concelho(Idanha-a-Nova), encontrei um texto de 1ª página, que tenho por dever aqui transcrever, porque de uma forma inequívoca, diz respeito a todos os marvanenses de verdade, ou só de coração. A minha gente é humilde, mas sabe agradecer a quem merece, sabe valorizar o que tem valor. E a este HOMEM, a este PADRE, Marvão também quer e deve muito. Marvão em geral mas em especial os jovens que dele puderam receber noções de vida, de formas de convivio, de respeito e amizade. Os escuteiros em especial, mas os restantes jovens e não só, também. Todos os que tiveram o previlégio de o ter no seu percurso. Por isso e agora que o temos mais perto, mais "á mão", deixa-me uma grande alegria. Sim porque eu tenho o coração dividido entre a Idanha e Marvão, mas... alegra-me que tenha regressado porque é aqui que vivo.
Esta é pois a confirmação de outras notícias já aqui mencionadas.

Salvaterra do Extremo

Acolhimento e gratidão

Em 27 de Setembro passado, o Sr. Padre Fernando Manuel de Jesus Farinha que, durante nove anos e meio exerceu as funções de Pároco da Freguesia de Salvaterra do Extremo, foi substituído pelo Sr. Padre António Pires da Silva, a quem o Executivo da Junta de Freguesia dá as boas vindas e lhe deseja que se sinta bem entre nós, que tenha chegado em boa hora e que a sua actividade religiosa e social seja repleta de êxitos.

O Executivo da Junta de Freguesia de Salvaterra do Extremo, em nome do Povo desta Freguesia, em reunião extraordinária de 14 de Setembro de 2009(acta nº59),deliberou no sentido de agraciar o Sr. Padre Fernando Manuel de Jesus Farinha, Pároco de Freguesia de Salvaterra do Extremo há nove anos e meio, com a Medalha de Ouro, como Testemunho de Junta, merecida e honrosa Homenagem, sustentada na interpretação cabal e correcta da população desta Freguesia, que legalmente representamos, e ainda no manifesto, realista e nobre interesse que sempre protagonizou, desde a primeira hora, que se traduziu em nobres, notáveis e relevantes serviços que com a sua inteligência e dinâmica, prestou à sua Paróquia e à Freguesia de Salvaterra do Extremo.

Deliberou ainda entregar ao Sr. Padre Fernando Manuel de Jesus Farinha, conjuntamente com a Medalha de Ouro supracitada, um Documento, onde foram expressas as suas excepcionais qualidades, capacidades, saberes e conhecimentos privilegiados, predicados que nos levaram a reconhecê-lo como Homem bom, de religiosidade perfeita e realista e, acima de tudo, um Conselheiro amigo, sempre disponível para prestar o seu pronto e útil apoio, sobretudo aos mais necessitados.

Por tudo isto, o Executivo entendeu, por unanimidade, prestar-lhe esta modesta, simples mas sincera homenagem e deixar-lhe o nosso reconhecimento pelo bem que fez por esta Terra, expressando-lhe, simultaneamente, as melhores venturas, muita saúde e muitas felicidades para a sua vida futura, quer particular, quer religiosa.Bem-haja.

O Executivo da Junta de Freguesia

A.T.L.

Desta forma temos oportunidade de o acompanhar e sentir em casa


Uma canhota da AQUELÁ

Alzira Ereio Sobreiro

TOMADA DE POSSE DOS NOVOS ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE MARVÃO

De acordo com o Edital da Assembleia Municipal de Marvão, terá lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Marvão, a instalação dos novos Órgãos da Autarquia, no próximo dia 23 de Outubro (Sexta-Feira), com o seguinte horário:
19.00 Horas - Instalação da Câmara Municipal
19.30 Horas - Instalação da Assembleia Municipal
Para o feito, são convocados os cidadãos eleitos no sufrágio realizado no passado dia 11 de Outubro, a fim de tomarem posse dos respectivos cargos.
CM de Marvão:

- Vítor Frutuoso - (PSD)
- Luís Vitorino - (PSD)
- José Manuel Pires - (PSD)
- Nuno Lopes - (PS)
- Madalena Tavares (Juntos por Marvão)


Assembleia Municipal:

- José Catarino (PSD)
- Hermelinda Carlos (PSD)
- José Ribeiro (PSD)
- João Bugalhão (PSD)
- António Vaz (PSD)
- Luísa Garraio (PSD)
- José Luís Pinheiro (PSD)
- Hortense Conceição (PSD)

- Silvestre Andrade (PS)
- António Miranda (PS)
- José Bugalho (PS)
- José Garraio (PS)

- José Gomes Esteves (Juntos por Marvão)
- Isabel Ludovino (Juntos por Marvão)
- Cristina Anselmo (Juntos por Marvão)

- Manuel Gaio (Presidente da Junta de Freg. de St.ª Maria)
- António Mimoso (Presidente da Junta de Freg. de Beirã)
- Tomás Morgado (Presidente da Junta de Freg. S. salvador)
- José Luís Andrade (Presidente da Junta de Freg. SA das Areias)

Estão convidados todos os interessados.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Anjos e demónios de Saramago


Este "post" tem pouco, ou nada a ver com Marvão, mas atendendo à recente polémica envolvendo Saramago ; a igreja e as escrituras sagradas, considero não ser de todo despropositado dá-lo a conhecer aos clientes deste estabelecimento .

O MUNDO DOS OUTROS…

Há cerca de 1 mês, desde que dele tive conhecimento, que venho seguindo com regularidade, mais um Blog sobre Marvão: “Marvão [mais] Alto - Um espaço de reflexão e lazer sobre Marvão”.

Desde princípio que me despertou alguma atenção, devido ao seu autor, apresentar uma escrita muito bem elaborada, alguma profundidade e conhecimento sobre o que ali escrevia, e quase sempre, um bom gosto musical. Contudo, o seu vínculo a uma Candidatura à CM de Marvão e o facto de manter um autor anónimo e, simultaneamente, não permitir “comentários” do mesmo cariz, não me mereceu grande simpatia.

No entanto, passado que foi o período eleitoral, tenho verificado, isto em minha opinião, que o “Marvão [mais] Alto”, sobretudo nos dois últimos Posts, se está a tornar um espaço que não dispenso diariamente, e para o qual chamo a atenção dos visitantes aqui do Fórum.

Pena é, que não saibamos quem seja seu autor. Embora nada tenha contra tal, se o mesmo permitisse aos visitantes usar de igual permissão.

Para aguçar a curiosidade dos visitantes da casa, aqui vos deixo duas das últimas reflexões do “Marvão [mais] Alto”: a primeira, sobre o comportamento do Vereador Pedro Sobreiro; e a segunda, sobre algumas personalidades perdedoras eleitorais e a dignidade do saber aceitar as derrotas da vida...


- “… Sobreiro, para ser coerente e consequente com ele próprio e com as populações do concelho de Marvão que diz defender, deveria, aquando as divergências estalaram com Vitor Frutuoso no início do mandato em 2005, ter-se demitido por discordar frontalmente da sua fraca liderança; e agora, ter-se apresentado às eleições, politicamente enquadrado ou como independente, como outros fizeram.
Sobreiro não fez nem uma coisa nem outra, limita-se a criticar, criticar, criticar mas não passa disso. Teve o mérito de organizar a Almossassa - que serviu para cavalgar muitas ondas e alimentar essa tal cruzada cultural. Provavelmente já acumulou crítica suficiente no seu blog para escrever um livrinho e dá-lo à estampa, ou então tem agora o dever moral e a obrigação política, já que passa a vida a falar em ética, de se preparar no decurso destes quatro anos a fim de se apresentar às próximas eleições autárquicas bloqueando assim a forte possibilidade de Frutuoso fazer um 3º mandato consecutivo que a lei lhe confere.

Ou será que teremos mais críticas de Sobreiro no seu blog com muitas palavras ao vento e pouca acção!?

Força Pedro, atira-te ao jogo e vence o leãozinho da serra. Nessa tarefa até pode ser convocado o Bonito Dias cujo perfil se ajusta e tem a vantagem de dizer sempre bem de tudo e de todos, e por vezes é assim que se ganham eleições: agradando a gregos e a troianos. Agora uma coisa é certa: escrever só nos blogues é manifestamente escasso.
Terá que se mudar de agulhas se se quer substituir o elemento do PSD que hoje ocupa frouxamente o cargo e, por certo, irá fazer mais do mesmo. Ou seja: nada de relevante pelo concelho. “


- “… Tinha um amigo em S. António que perante a derrota batia no cão quando chegava a casa; outro batia na Mãe e como era possante ameaçava o padrasto. Significa isto que perante a derrota há pessoas que reagem de forma violenta, psicologicamente destabilizada procurando ver noutros os bodes expiatórios para os seus próprios fracassos. Algumas artistas da política caseira, rejeitada pelos partidos onde durante anos fizeram carreira e subiram na vidinha, não conseguem reconhecer esse aspecto que até um cego localiza à légua.

Esta é a chamada bolha da ilusão que impede as pessoas de verem a realidade, apenas vêm a projecção dos seus desejos estampada naquilo que julgam ser a realidade (...); desejam um Porshe mas andam de Audi. A falta de rigor, a ausência de alguns conhecimentos, a incapacidade para burilar rapidamente conhecimento gera essas bolhas de ilusão e depois sobrevém a derrota para que se não está preparada. E quando não se está preparada para ela começa-se a bater no cão, no gato, no papagaio ou até criticar alguns blogues sem saber, em rigor, do que falam.

Como diria o Sócrates, o de Atenas, se o homem é mau tal decorre da ignorância. E a esses homens e a essas mulherezinhas temos de as saber desculpar, porque não sabem do que falam, apenas se iludiram com uma realidade que os transcende.

De modo que saber lidar com a derrota é, ou deve ser, uma das primeiras virtudes quando se entra no meio político. Sob pena de se comprometer a saúde mental e depois passar a escrever baboseiras inqualificáveis que apenas revelam raiva, ressentimento e incapacidade de gestão emocional da derrota. Em inúmeros casos isto ocorre nas mulheres de meia-idade que começam a tocar na fronteira da menopausa. Isto é dramático, algumas, mais decadentes, até ficam loucas. Outras atiram-se da serra pensando que conseguem voar como os pássaros.
Nos casos mais graves, como relembra O Werther, de Goethe, há pessoas que foram arrastadas ao suicídio. A Comédia Humana, de Balzac, provocou inúmeras capitulações e trágicas condenações. Depois de ler A Nova Heloísa, de J.J.Rosseuau, uma moça estoirou os miolos numa praça de Genebra. Os Sete Que se Enforcaram, de Leonidas Andreiev, foi causa do suicídio de vários estudantes em Moscovo.

Ninguém, em rigor, sabe ao certo o que se passa nos bastidores da vida, e nessa percentagem crescente de instáveis emocionais, alguns bipolares, temos de ser compreensíveis para com esses ressentidos pelas derrotas que a vida política, nacional ou local, impõe a certos actores.

Até para cair tem que se saber cair de pé, e encontrar bodes expiatórios para as próprias fraquezas e derrotas é, não apenas um exemplo de fealdade como de puro cretinismo que denuncia as mentes fracas e perversas desta nossa vidinha pública local e autárquica que ora assumiu enquadramento partidário ora, consoante os interesses em presença, assumiu uma aura de pseudo-independentismo quando se sabe que, na prática, todos nós somos sempre dependentes de algo.

E uns desses filhos d' algo continuam, à falta de melhor fair-play, a bater no cão.
Por vezes a melhor forma de fazer serviço público é ter alguma caridade intelectual com alguns idiotas que vamos encontrando por aí e andam por aí, como o outro...”
Parabéns “Marvão [mais] Alto”, quem escreve assim não é gago…

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Um Fórum ABERTO!


Desde o início do Fórum Marvão, há cerca de ano e meio, que temos afirmado que quem quiser ser colaborador do mesmo, com a possibilidade de publicar post’s, é só dizer…

O Fórum Marvão começou por ter alguns visitantes diários; depois algumas dezenas; depois atingiu a centena que, entretanto, quase duplicou; e, actualmente, tem “uma média” de quase 300 visitantes diários (tendo, nos dias que sucederam às eleições, atingido os 500 visitantes por dia).

É obra!

Este crescimento só foi possível devido à disponibilidade dos colaboradores mas, sobretudo, pelo exemplar comportamento dos visitantes/comentadores. O que nos têm transmitido é que o Fórum Marvão se distingue na Blogosfera da região pela sua elevação!

E isto deve encher-nos de orgulho a todos os que por aqui passamos: colaboradores, comentadores e visitantes!

Julgo, também, que um dos principais motivos para que o Fórum Marvão tenha “vingado” terá sido a sua pluralidade. Pluralidade de pessoas e ideias.

Notamos que este espaço tem suscitado interesse não só nos marvanenses residentes mas também em muitos marvanenses “emigrados”. Num concelho onde não existe qualquer publicação, os primeiros procurarão aqui informação e “opinião”, enquanto que os segundos gostarão de aqui encontrar notícias sobre a sua terra do coração.

Já estive “emigrado” seis anos e sei que nessa situação o amor pela nossa terra se agudiza. E, por vezes, há marvanenses “emigrados” que reflectem mais em Marvão do que muitos residentes.

Para podermos continuar a fazer do Fórum Marvão um espaço com interesse cada vez mais acrescido é necessário a contribuição de todos (residentes e não residentes). Por isso reitero-vos o convite para “colaborador(a)” e para quem não o queira ser, mas queira ver publicada alguma curiosidade, matéria ou opinião, aqui divulgo um mail para onde a podem enviar para publicação:


bonitodias@gmail.com


Porque, para que um Blog tenha (e mantenha) interesse é necessária uma constante renovação de conteúdos…


Bonito Dias

sábado, 17 de outubro de 2009

Extraordinária notícia!!!




Que orgulho!

Ver Marvão na linha da frente naquilo que é o mais importante (e o melhor investimento):

A EDUCAÇÃO!

Parabéns!


Bonito Dias

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

ATÉ LOGO COMPANHEIRO…



(Com as devidas adaptações... ça va pas changer le monde!)


Agora é mesmo verdade, Pedro Sobreiro chega ao fim do seu mandato como Vereador e Vice-Presidente da CM de Marvão.

Durante estes 4 anos, o Pedro, teve oportunidade de viver uma experiência nova na sua vida que, segundo ele, nem sempre foi uma experiência positiva, mas certamente, uma vivência que futuramente recordará para sempre.

Poderá não ter sido, pessoalmente, para ele, uma vivência totalmente compensatória, já que, segundo ele, muitos obstáculos se lhe depararam, e a experiência poderá não ter correspondido ao seu sonho.

Mas para nós marvanenses, penso que no geral, lhe devemos estar gratos, pelo seu empenho, pela sua criatividade e sobretudo pela sua entrega a essa causa.

Fala-se do Pedro, quase sempre como Vereador da Cultura, mas o Pedro terá deixado também uma boa obra no Pelouro da Educação. E pena é, que ao nível do Desporto e da Qualidade de Vida não lhe tenham despertado a mesma paixão que os outros pelouros.

Todos sabemos que o Pedro se deparou desde cedo com atritos, mesmo conflitos, com o Presidente, que os incompatibilizou desde o princípio e não interessa para aqui de quem é a razão.

Talvez o Pedro devesse ter batido com a porta, e obrigado à clarificação imediata da situação. Não o fez, certamente, por acreditar que as coisas, mais tarde, se recomporiam, só que tal nunca sucedeu, e isso deixa sempre marcas pessoais e prejuízo para o desenvolvimento da causa pública.

Sem ser paternalista, sou daqueles que penso que o Pedro não devia guardar rancores e não tentar responder com agressividade às suas mágoas. Antes deveria calar e reflectir.
O tempo, como diz o povo, se encarregará de fazer justiça, e se a razão for sua, a ele lhe chegará…

Por agora o que interessa é que há mais vida para além da política, e para um ser que diz procurar a FELICIDADE, cabe dizer-lhe que existem outras “portas” e sobretudo outras “janelas”. Em tempos, até costumava dizer, que a “política é para as idades da impotência!” E para isso, o meu amigo ainda está novo…

Em meu nome pessoal, e penso que de todos os Colaboradores aqui do Fórum o nosso Muito Obrigado. E um até logo Companheiro…

Com a devida autorização, aqui vos deixo o Convite que o Pedro endereçou a todos os seus amigos e admiradores, para no próximo sábado o acompanharem naquilo a que denominou da sua Festa de Despedida de Vereador.

INXALÁ o teu santo homónimo esteja contigo, porque bem o mereces.


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

GLÓRIA AOS VENCEDORES, HONRA (?) AOS VENCIDOS…

OPINIÃO/ANÁLISE

O título em epígrafe costuma, com frequência, usar-se a nível desportivo. Não tenho a certeza de o poder aplicar neste caso, mas vá lá…

O PSD e Vítor Frutuoso foram os grandes vencedores das eleições autárquicas em Marvão, sem descurar os três presidentes de Junta de Freguesia reeleitos por este Partido: Tomás Morgado, António Mimoso e Manuel Joaquim Gaio. E por isso, merecem as minhas felicitações.
Foi uma vitória categórica, por maioria absoluta e sem deixar dúvidas a ninguém. Oxalá não se envaideçam e a saibam aproveitar em prol da qualidade de vida dos marvanenses.

As restantes candidaturas e os seus projectos saíram derrotadas. À excepção de José Luís Andrade na Junta de SA das Areias, que viu reforçada a sua maioria em relação às últimas eleições, um sinal claro, que os marvanenses, e os arenenses em particular, sabem perfeitamente o que querem.

Em minha opinião, e é isso que estou aqui a partilhar convosco, foi em primeiro lugar uma vitória da humildade, de um projecto iniciado há quatro anos, em que se espera, sobretudo, a sua conclusão neste mandato e, que os agora eleitos, comecem desde já a projectar o futuro.
Esta vitória foi também fruto da escolha mais acertada, pelo PSD, das pessoas que os marvanenses consideram que melhor as podem representar. Foi ainda a vitória do PSD local, ao não deixar que os seus lideres sejam impostos pelas estruturas distritais ou nacionais. Vítor Frutuoso tinha ganho esse direito nas urnas em 2005, tinha um mandato do povo, e só o povo de Marvão o podia rejeitar. Tal não aconteceu, por isso Vítor Frutuoso e a sua equipa estão de parabéns.

As restantes candidaturas perderam, porque as eleições ganham-se com votos, não se ganham com críticas "baratas", com folclores, nem com “marketing´s” manhosos. Ganham-se conhecendo bem os clientes a quem se dirigem, pois neste concelho as pessoas votam pela confiança que têm nos candidatos e não nos actores políticos do momento.

O Partido Socialista é o maior derrotado.
Em minha opinião, fruto de uma estratégia errada na escolha dos candidatos, imposta pela segunda vez, pelas estruturas partidárias exteriores ao concelho, e pela segunda vez sai derrotado. O PS precisa de reflectir em Marvão, porque o concelho precisa de um PS forte na oposição, para que o poder se sinta pressionado a melhorar o seu desempenho.

A candidatura de Madalena Tavares é a segunda derrotada, porque pôs a fasquia muito alta. Organizar uma candidatura independente a todos os órgãos autárquicos, não é tarefa fácil, e aí, esta candidatura fez um trabalho muito bom.
Só que para ganhar eleições em Marvão é preciso algo mais. Apesar de ter conseguido uma série de pessoas que “suaram a camisola”, algumas delas nunca se viram intervir socialmente na comunidade onde vivem! Aparecer apenas em altura de eleições a cargos remunerados?...
Quanto à sua líder, Madalena Tavares, depois do que lhe fizeram nas últimas eleições, ao relegarem-na para segundo plano, era imprescindível que percorresse este caminho. Tinha que saber qual era o seu valor eleitoral. Fê-lo e perdeu, mas deu uma pedrada no charco! Agora sabe quanto vale: 18% em números redondos.

Quanto à candidatura do Movimento por Marvão, em minha opinião, foi um erro estratégico ter-se candidato a estas eleições, pois não tinha qualquer implantação concelhia. O MpM é composto por jovens com muitas capacidades e alguns conhecimentos. A sua intervenção deveria ficar-se, por agora, por uma intervenção social, como grupo de debate cívico, algo que falta em Marvão. Aliás o seu primeiro evento foi um êxito. Força rapazes e raparigas.

As outras duas candidaturas, com todo o respeito que tenho pelas pessoas que as integram, acho que não havia necessidade…
Naturalmente a sua intervenção enriqueceria os outros projectos, mas cada um...
TA: Outro dos vencedores nestas eleições, foi sem dúvida, este espaço Fórum Marvão, pela postura em todo o processo, pelo serviço público prestado, fonte de consulta de muitos visitantes. Estão pois de parabéns todos os Colaboradores, e um agradecimento especial a todos os visitantes que se portaram com elevada educação cívica

Outros derrotados houve, mas por agora fiquemo-nos por aqui.

Para vossa análise aqui vos deixamos os resultados finais das Autárquicas 2009.












NÚMEROS E NOMES - AUTÁRQUICAS 2009








A comissão não se responsabiliza por qualquer erro que houver neste mapas, mas à partida estes são os resultados e estes "deveriam" ser os eleitos.


domingo, 11 de outubro de 2009

Vítor Frutuoso reeleito com maioria absoluta!


O PSD, de Vítor Frutuoso, ganhou as eleições em Marvão com um excelente resultado. Teve mais votos do que todas as outras candidaturas juntas e elegeu três mandatos de vereador. Além do próprio, foram também eleitos Luís Vitorino e José Manuel Pires. O PS elegeu apenas Nuno Lopes e a candidatura “Juntos por Marvão” elegeu Madalena Tavares.

Como dizia o tal jogador de futebol “prognósticos só no fim do jogo”!

Os Marvanenses decidiram dar a maioria absoluta a Vítor Frutuoso, aprovando o trabalho que desenvolveu nestes quatro anos e atribuindo-lhe uma confiança redobrada.

Vítor Frutuoso está, portanto, de parabéns, bem como a sua equipa...



Resultados para a Câmara Municipal de Marvão, avançados pela Rádio Portalegre:

PSD - 1.231; PS - 631; Juntos por Marvão - 456; MporM - 58; CDS - 28; CDU - 26

Bonito Dias
(bonitodias@clix.pt)

sábado, 10 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

E… finalmente o “Dr. Brites”!



(Agora a cores! Com a gentileza de uma visitante do Fórum)

Já na recta final da campanha, como prometido, temos uma comunicação de Mena Antunes. O Dr. Brites!

Das suas “promessas” destacam-se:

1 – a criação de uma unidade industrial para fixar os jovens;

2 – a estrada entre S.A.A. e Valência;

e… uma inovação:

3 - a oferta do vencimento de Presidente da Câmara para as instituições de solidariedade social do concelho!

E, ainda, muito apelo ao coração dos Marvanenses, para que Marvão não rume para o abismo!


Bonito Dias
(bonitodias@clix.pt)

NEM SEMPRE OS MEIOS JUSTIFICAM OS FINS…

“Mais de quatro séculos nos separam da época em que viveu Maquiavel. Muitos leram e comentaram sua obra, mas um número consideravelmente maior de pessoas evoca seu nome ou pelo menos os termos que aí tem sua origem. "Maquiavélico e maquiavelismo" são adjectivo e substantivo que estão tanto no discurso erudito, no debate político, quanto na fala do dia-a-dia. O seu uso extrapola o mundo da política e habita sem nenhuma cerimónia o universo das relações privadas. Em qualquer de suas acepções, porém, o maquiavelismo está associado a ideia de perfídia, a um procedimento astucioso, velhaco, traiçoeiro. Estas expressões pejorativas sobreviveram de certa forma incólumes no tempo e no espaço, apenas alastrando-se da luta política para as desavenças do quotidiano."

Assim, hoje em dia, na maioria das vezes, Maquiavel é mal interpretado. Maquiavel, ao escrever sua principal obra, O PRÍNCIPE, criou um "manual da política", que pode ser interpretado de muitas maneiras diferentes. Talvez por isso a sua frase mais famosa: -"Os fins justificam os meios" – seja tão mal interpretada.”


Serve este breve introdução para enquadrar o tema que aqui vos trago para reflexão do período pré eleitoral, que vamos ter antes da escolha autárquica que se avizinha, - DECISÃO DO EXECUTIVO SOBRE OS PRÉMIOS REMUNERATÓRIOS DOS TRABALHADORES DA AUTARQUIA.

Assunto, que quer queiramos, quer não, irá ter um aproveitamento “eleitoralista”, sobretudo por aqueles que já há algum tempo conduziram este problema para esta ocasião, mas não ficam longe de crítica aqueles que não souberam evitá-lo, e deveriam tê-lo feito.

O que está aqui em causa é algo de muito sensível, pois prende-se com prémios remuneratórios, num total de cerca de 100 000 euros, para compensar o desempenho dos trabalhadores da autarquia nos últimos 5 anos, e não é fácil para quem, estando de fora, em poucas palavras, explicar, toda uma situação que se arrasta. E que, ou já devia ter sido resolvida, ou deveria passar para lá do processo eleitoral em curso.

O que não deixa dúvidas a quem seja apenas observador exterior deste processo, é que esta situação foi puxada para esta altura (?), como forma de pressão sobre o executivo camarário para que estes cedessem, num período em que estão sobre avaliação eleitoral; e por outro lado, não tenhamos dúvidas, para que alguém venha, indirectamente, a beneficiar eleitoralmente desta situação.

E é aqui, em minha opinião, que merece a pena uma certa reflexão.

Não ponho em causa as razões apresentadas pelos trabalhadores, nem pelos seus direitos legítimos, se tivesse que tomar partido, não tenho dúvidas, estaria a seu lado.

Mas devido à forma como as coisas foram tratadas, também é minha opinião, que este processo deveria ser tratado após as eleições, e este método reivindicativo, certamente justo, não deveria influenciar aquilo que é o desempenho autárquico de 4 anos, bem como a escolha das propostas apresentadas por todas as candidaturas.

Deseja-se que as pessoas directamente implicadas sejam influenciadas pela razão e não se deixem levar pelas emoções do momento, tão características nos períodos pré eleitorais. Pois ao contrário do princípio de Maquiavel – NEM SEMPRE OS FINS, JUSTIFICAM QUALQUER MEIO!

Entretanto, deixo-vos ficar para conhecimento dos visitantes aqui do Fórum a carta enviada pelo Presidente a todos os trabalhadores, tentando clarificar a situação.

TA: Para informação adicional, resta dizer, que em Reunião de Câmara, foi aprovada a proposta relatada em baixo na Carta do Presidente, e votaram a favor Vítor Frutuoso e José Manuel Pires; votaram contra Pedro Sobreiro e Carlos Canário; e absteve-se Madalena Tavares. O Presidente usou o seu voto de qualidade.








(Clicar em cima para ampliar)


Quanto ao voto, cada um tem o seu, e usem-no como melhor entenderem, porque vai sendo um dos poucos direitos que nos restam nesta pobre democracia…

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A pergunta que faltou: E se não houver maioria absoluta?



Um antigo jogador de futebol ficou célebre quando, numa entrevista a propósito do resultado do seu próximo jogo, afirmou: prognósticos, só no fim do jogo!

Relativamente às eleições autárquicas do próximo domingo em Marvão, seria de bom senso sermos prudentes e adoptarmos aquela “máxima” do tal jogador de futebol.

Contudo, arrisco a dizer que julgo existirem três candidaturas com possibilidades de se consagrarem vencedoras no próximo domingo: PS, PSD e Juntos por Marvão.

O PS, com o seu “punho fechado”, é a principal “marca” política do concelho. Apesar de em eleições autárquicas os partidos serem menos determinantes na hora de votar que nas legislativas, ainda assim têm muito peso. E sobretudo em Santo António das Areias o PS é muito forte, como as últimas eleições autárquicas demonstraram.

O PSD está no poder. Portanto, apesar das alterações significativas nas suas listas, por estar no poder Victor Frutuoso tem uma grande vantagem competitiva. Foi ele quem nos últimos dias, semanas e meses pôde dar resposta aos “pequenos” anseios da população. E isso, agora, na hora de votar revela-se muito importante.

A candidatura independente “Juntos por Marvão” parece ter a “teia social” mais forte e abrangente. Isso pode ser determinante. Por outro lado, como candidatura independente, criou uma dinâmica muito forte, a qual envolve as pessoas das suas listas de uma forma muito mais intensa que as das listas dos partidos, já que muitas destas andam “nesta vida” há muitos anos.

Se esta linha de raciocínio se revelar acertada, penso que Nuno Lopes, Victor Frutuoso e Madalena Tavares podem estar a disputar os cinco mandatos de vereadores “taco a taco”!

Esta “teoria” tem como premissa que o Movimento por Marvão, de Fernando Gomes, não consegue atingir um patamar em que possa vir a eleger um vereador. Alicerço esta premissa no facto do MporM, tendo representado uma “pedrada no charco” nestas eleições (com um trabalho muito organizado, positivo e criativo), não ter conseguido atrair elementos exteriores ao Movimento para a sua candidatura.

Relativamente à CDU e ao CDS, com candidaturas que compõem as suas listas com pessoas que nada têm a ver com o concelho (à excepção dos primeiros nomes), só será de esperar que tenham resultados residuais.

Neste panorama de equilíbrio tripartido será muito provável que, ao contrário das eleições anteriores, não exista maioria absoluta em Marvão!

Se isso acontecer, para o concelho ser governável, que poderemos esperar das “negociações” que se iniciarão no dia 12? Quem se poderá “entender”? Nuno Lopes com Victor Frutuoso; Madalena Tavares com Nuno Lopes; ou Victor Frutuoso com Madalena Tavares?

Esta questão deveria ter sido colocada aos candidatos no debate, para esclarecimento dos marvanenses!

É claro que poderá acontecer que nada disto venha a ser realidade e, nesse caso, eu pensarei: para a próxima, faz como o jogador de futebol e apresenta os prognósticos só após as eleições!!!!

Em todo o caso, a verdade é que, neste momento, é uma grande incógnita saber se será pendurada mais uma fotografia no Salão Nobre…



Os marvanenses decidem!


Bonito Dias
(bonitodias@clix.pt)

Programa Eleitoral da CDU



Já em plena campanha surge-nos um folheto da CDU, comunicando as suas principais propostas para as autárquicas em Marvão.

Como o seu candidato, Paulo Costa, não se cansou de frisar no debate da Rádio Portalegre a prioridade do programa eleitoral da CDU vai para a preservação do património vasto do concelho.

Destaco, também, a proposta da organização de percursos pedestres e, ainda, algo que muita falta fez, por exemplo, na Al Mossassa: sanitários públicos na parte alta da vila de Marvão.

Este folheto revela-nos, também, que o histórico da CDU em Marvão, José Caldeira Martins, é o candidato à Assembleia Municipal.

Ficamos, agora, a aguardar a carta que Mena Antunes colocará debaixo da porta dos marvanenses para termos informação eleitoral de todas as candidaturas.

(Se alguém já tiver essa carta e a quiser digitalizar e enviar para o meu mail, de forma a poder publicá-la, agradeço.)


Bonito Dias
(bonitodias@clix.pt)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

AFINAL O PAI NATAL NÃO EXISTE...

Apesar de ter chegado o Outono, a de hoje foi, provavelmente, uma das reuniões da Câmara Municipal de Marvão mais quentinhas e mais lamentáveis das últimas décadas.
Dentro da Legislação actual, pode o executivo camarário ou o seu Presidente, por iniciativa própria, melhorar a situação remuneratória de alguns dos seus trabalhadores. No nosso caso, seriam várias dezenas de funcionários os que poderiam ter visto melhorada a sua situação económica, quase todos eles detentores dos salários mais baixos que o Município paga.
Após três horas de intenso debate e de troca de galhardetes entre representantes sindicais e alguns membros do executivo, as dezenas de trabalhadores presentes no salão nobre sairam cabisbaixos, revoltados e bastante tristes com o impasse que se gerou, já que a situação não só não se resolveu, como o cenário não parece ser o mais risonho para que tal venha a acontecer.
As explicações dadas não foram suficientemente convincentes para a grande maioria dos funcionários, já que o facto de não haver dinheiro para pagar estes aumentos choca frontalmente com aquilo que todos ouviram na noite de ontem durante o debate da Rádio Portalegre, ou seja que as prestações de contas dos últimos anos em Marvão foram lindas e maravilhosas e que o município é o oitavo de Portugal com menos endividamento utilizado.
Que terão feito as outras Câmaras de Portugal, com muito mais dívidas que Marvão, para pagar ao seu pessoal?

Lazareto de Marvão





O Lazareto de Marvão, foi edificado na Herdade dos Pombais, em 1884 e tinha como função o controle sanitário e a quarentena dos passageiros,que vinham por via férrea, de Espanha, devido à epidemia de cólera, que alastrava na Europa. Ficam aqui alguns excertos do Relatório de 1886, com alguns dados curiosos.