quinta-feira, 31 de julho de 2008

SERVIÇO CÍVICO...


Inicia-se amanhã em todo o distrito de Portalegre, na ULSNA - Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (maior empregadora do distrito), uma medida, que parecendo não ser importante directamente para os Utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), visa, em minha opinião, contribuir para a democratização, equidade e igualdade entre os diversos grupos profissionais de saúde, e, se for eficaz, poderá ter um impacto positivo na prestação de cuidados de saúde aos cidadãos.

Estou a referir-me ao Sistema de Controlo e Gestão de Assiduidade, através de Sistema Biométrico. Este Sistema baseia-se na colocação de um dos dedos da mão por parte dos profissionais, num Aparelho de Controlo, quer quando do início da jornada de trabalho, quer no seu termo.

Este sistema tem a finalidade, para além do controlo da assiduidade (dever de cumprimento do horário aprovado), fazer ainda o controlo da pontualidade (dever de comparecer no local de trabalho à hora determinada). Estes são deveres de todos os funcionários públicos, mas na saúde, e por questões de “classe”, estes deveres são pouco cumpridos, na maioria das vezes, com claro prejuízo para os cidadãos que são os “pagantes” do SNS.

Existem no SNS, maioritariamente, dois tipos de Horários: os Completos (35 Horas/semana) e os Acrescidos (42 Horas/semana).
Estes horários são para todos os profissionais sem excepção, nomeadamente, os médicos que se refugiam, frequentemente, numas célebres 4 horas/semana denominadas “não assistenciais”, que lhes confere a sua Carreira e que aproveitam para, nessas horas, não estarem no seu local de trabalho. Ora isso, não passa de uma “falsa interpretação”, já que essas horas destinadas ao “estudo de processos e gestão dos ficheiros dos utentes”, devem ser realizadas no local de trabalho e não em casa ou em consultórios privados.

Um dos objectivos do Sistema agora implantado é, a partir do presente, fazer o controlo dos horários, ao nível da Administração da Unidade, sem contar com a cobertura das Direcções Locais, muitas vezes cúmplices corporativas, com alguns incumprimentos abusivos.

No entanto, este Sistema não resultará, se ao nível dos Utentes do SNS, não existir sensibilização e conhecimento dos horários e funções a que estão obrigados os profissionais da saúde, que recebem dos seus impostos, para se tornem eles exigentes em relação aos seus direitos de cidadãos contribuintes.

É fundamental que se crie uma Cultura de exigência. E é neste princípio que se baseia o Sistema que agora irá entrar em vigor.

Falta acrescentar que um Centro de Saúde que tenha um Horário aprovado de 35 Horas/semana, os profissionais que aí trabalhem têm o dever de estar presentes sempre que esse local esteja em Horário de Abertura … Claro que, à excepção, de aquando no gozo de direitos salvaguardados pela lei, devidamente autorizados pelas administrações.

Espera-se ainda, que tal como o Sol, que este Sistema seja para todos, senão o “Sistema”, mais uma vez estará em causa…

TA: Como diria o Zé Afonso, “… o que é preciso é avisar a malta!”

quarta-feira, 30 de julho de 2008

O Fórum Marvão chegou ao jornal!


(clicar para ampliar)

Hoje comprei o jornal "Alto Alentejo", como é normal, e folheei-o rapidamente sem reparar na "principal" notícia.

À tarde, uma pessoa amiga ligou-me a dar a boa nova:

"Está uma excerto no jornal "Alto Alentejo", página 18, retirado do Fórum Marvão!"

Abri o dito na referida página e, apesar de pequenino, lá estava o excerto. Fiquei contente. Estamos todos de parabéns! Em conjunto, os mais de 100 que visitam/escrevem diariamente (n)este sítio souberam fazer do Fórum Marvão um blog digno de Jornal.

Deixo uma menção especial aos "companheiros" espanhóis que tiveram a coragem de falar no tema que despoletou este... protagonismo.

Viva o Fórum Marvão!


Um Abraço
Bonito Dias




terça-feira, 29 de julho de 2008

INFORMAÇÃO FÓRUM

CHEGAM NOTÍCIAS DE PIAUÍ...

(In De Castelo do PI)


"População de Castelo recebe com festa visitantes portugueses
A comitiva de Marvão chegou em Castelo por volta das 17:00 e foi recepcionada no portal da entrada. Equipes da TV Cidade Verde e TV Assembléia estavam presentes e entrevistaram o presidente da Assembléia Municipal de Marvão, Carlos Sequeira, o presidente da Câmara de Marvão, função assemelhada a de prefeito, Pedro Sobreiro. Sequeira falou que provavelmente um português que andou por estas terras, por saudosismo deu nomes de cidades portuguesas à cidades brasileiras, como exemplo citou: Marvão, Jerumenha e Campo Maior. Além dos autarcas, também fazia parte da comitiva: Madalena Tavares, vereadora e Catarina Machado, funcionária da Casa de
Cultura de Marvão. "







INFORMAÇÃO FORUM

A exemplo de anteriores informações da vida partidário do nosso concelho, chegou durante o fim-de-semana ao conhecimento do Fórum Marvão, o Comunicado à população do concelho, efectuado por António Raposo, acerca do seu posicionamento face às próximas eleições autárquicas que irão ter lugar em 2009

Relembra-se aqui, como informação, algum do percurso partidário de António Raposo, nos últimos anos:
- Em 2005 Cabeça de Lista à Câmara Municipal de Marvão pelo CDS/PP
- Em 2001 3º da Lista à Câmara Municipal de Marvão em lista de coligação do PSD/CDS-PP
- Em 1997 Cabeça de Lista à Câmara Municipal de Marvão pelo PSN

António Raposo perfila-se para 2009 como candidato do PS.


(Clique para ampliar)



Falta apenas saber qual o Cargo...

(Obrigado ao António Raposo pela rectificação. A verdade acima de tudo)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

INFORMAÇÃO FORUM

SOS PARA O GDA!


De acordo com o noticiado pela Informação Fórum, realizou-se no passado dia 23 deste mês a Assembleia-Geral do Grupo Desportivo Arenense.

Do 1º Ponto da Ordem de Trabalhos, constava a – Apreciação, discussão e votação das contas do Exercício 2006/2008.
Este Ponto teve uma apreciação positiva por parte dos associados, tendo sido aprovado por unanimidade as contas apresentadas.

É de referir e realçar o trabalho efectuado pela Direcção liderada pelo Dionísio Gordo, que tendo iniciado funções acerca de um ano e meio, pegando no Clube com um passivo de cerca de 22 000 euros, deixam agora a Instituição praticamente saneada a nível financeiro (objectivo principal traçado), pois algum do passivo existente (Federação Portuguesa de Futebol), não é necessário liquidar, enquanto o clube se não inscreva em provas nacionais.

Quanto ao 2º Ponto da Ordem de Trabalhos – Eleição dos Corpos Gerentes para o biénio 2008/2010, as coisas não correram nada bem, já que não foi apresentada qualquer Lista candidata aos Corpos Gerentes para o próximo Biénio, tendo-se caído num impasse.

A Direcção cessante não manifestou interesse em continuar, alegando algum desgaste pelo trabalho efectuado ao longo do período para que tinham sido eleitos. Manifestando ainda, a falta de apoio e reconhecimento, a todos os níveis, a que o Clube tem sido votado.

Perante este cenário e por proposta do Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, foi decidido dar um “período de reflexão” de duas semanas, aos sócios, com a finalidade de se encontrar uma saída para a difícil situação de uma Associação com 30 anos de existência (única Instituição de Utilidade Pública do concelho de Marvão), ficando marcada uma próxima Assembleia para o dia 4/8/2008.

Ficou ainda decidido que a Mesa da Assembleia-Geral iria dar conhecimento a todas Entidades do concelho da situação que se vive no Clube.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

À Laia de Desabafo!!!

Assisti há dias ao programa da RTP "VERÃO TOTAL", que teve como cenário a nossa querida "VILA DE MARVÃO".

Não me vou debruçar sobre as diversas intervenções e matérias abordadas.

Vou falar, sim, de uma ausência.

Desde o início do programa aguardei que alguém da Santa Casa da Misericórdia, também fosse chamado ao local de entrevistas para que, com a sua presença e o seu testemunho, nos falasse da "OBRA MODELAR" que é e foi esta Instituição ao longo da sua existência de centenas de anos.

Soube que a Santa Casa, pura e simplesmente foi "esquecida".

É um esquecimento torpe e grosseiro.

Cálculo que não haja neste Concelho, um munícipe que, de uma forma ou outra, não tenha vínculos de agradecimento à "Nossa Santa Casa".

A pessoa ou pessoas responsáveis por este esquecimento, quem são, o que são?

VALE TUDO

JOSÉ JOÃO BRAZ NUNES

Nota: Este post é da inteira responsabilidade do signatário.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

PRIMEIRA PÁGINA


A exemplo do Comentário do José Boto, há umas semanas atrás, e tal como fez na altura o Bonito, não resisto a por em “Em Primeira Página”, o Comentário feito pelo Victor, ao Post do Garraio sobre “Cirurgia ou Vacina”, para combater algum Caciquismo existente.

Penso que tal se justifica, pois para além da temática sensível a que se refere, “Política de Saúde no Concelho”, que me parece ser de muita coragem, sobre um assunto quase sempre ignorado, mas, que há muito tempo deveria, em minha opinião, ser assunto de PRIMEIRA PÁGINA.
Fica pois, para vossa reflexão o Comentário do Victor:
"Garraio, cirurgia, sem duvida e tomo a liberdade de falar sobre a Saúde no Concelho:
Se fala e escreve muito sobre os cuidados à saúde em Portugal e no mundo nos últimos tempos.
Além da literatura especializada sobre o tema, praticamente todos os dias, deparamo-nos com matérias em jornais, revistas, rádio, televisão e mesmo em conversas informais, sobre casos de pessoas que não foram atendidas, pessoas que morreram, tiveram sequelas pela falta de atendimento médico ou mesmo pessoas que foram mal atendidas, e, até as que foram atendidas e não tiveram os seus problemas resolvidos, mas é bem verdade que nem sempre se fala só do caos do sistema de saúde e dos absurdos que ocorrem em função dele.
Vários utentes do Concelho, acometidos de doenças inesperadas e indeterminadas, têm-se dirigido ao S.A.P de Castelo de Vide, não só pela urgência que os casos implicavam, mas também porque o seu Médico de Família não estava na altura no Centro de Marvão.
O médico que estava de serviço em Castelo de Vide pura e simplesmente se recusou a observá-los, e sugeriu que procurasse o seu Médico de Família, explicando que o problema declarado não constituía caso de urgência, logo não os atendia, como não os atendeu, não obstante saber, que o colega indicado como Médico de Família, não se encontrava no Centro de Marvão, terminantemente manteve a recusa, com indicação à administrativa, que não fizesse a inscrição aos utentes do Concelho de Marvão, e que como alternativa se dirigissem ao Hospital de Portalegre.
Reclamaram só duas pessoas, porquê?
Isto não deixa de ser um quadro paradoxal: grandes e incontestáveis avanços tecnológicos em benefício do ser humano, por um lado, e, por outro, uma sensação de crise permanente, com atendimento inadequado, insuficiente e, pior, oferecido sem equidade (como é no meu caso), em condições péssimas, com instalações degradadas e material obsoleto (basta visitar a Extensão de Galegos, que bem conheces)! Com uma falta total de investimento, quer nos recursos materiais, quer a nível dos utentes, sem transportes apropriados, com impedimentos físicos e com falta de acessibilidade (na extensão de Galegos há pessoas que andam até 5 quilómetros para ser consultados)!
Mas como se resolve isto? Encerrando as Extensões sem condições?

Sim, mas oferecendo outras alternativas aos nossos velhotes, como transportes apropriados, fornecidos pela Câmara de forma gratuita, e se não for possível adequando as instalações ao século XXI …
Porque depois, quando vêm as eleições autárquicas, aí vão os ditos, por vilas e aldeias dirigindo loas ao Poder Local, prometendo tudo a todos.

O Poder Local não é Lisboa como alguns julgam e defendem. O Poder Local, os cidadãos portugueses, os habitantes do concelho são muito mais do que aqueles que se julgam "iluminados”!
Vocês que podem, MUDEM ISTO.
As reflexões aqui contidas nada mais são do que uma tentativa de repensar a nossa postura como profissionais, como gente agradecida ao pessoal do Concelho.
Fazendo isso, inevitavelmente estaremos, mesmo que de forma indirecta, questionando uma série de outros assuntos bem actuais: o Sistema Nacional de Saúde, o trabalho médico, a cidadania, a democratização dos serviços de saúde para todos os utentes, e a forma de interacção desses com os seus usuários e vice-versa.
As palavras de Gregório Marañón (extraordinário médico e pensador) parecem as mais adequadas para colocar o ponto final: "Sentiria muito que alguém concluísse que sou desrespeitoso para com a Medicina em Portugal, e que sou pessimista sobre o seu presente ou seu futuro. Eu respeito a Medicina, porque a amo; e o amor é a fonte suprema do culto, no humano e no divino. Mas o amor é também, e deve ser, crítica. Somente quando esmiuçamos o objecto amado, retirando o que tem de deletério, acertamos a encontrar, lá no fundo, o que tem de imperecedouro. Aquele que fala valentemente dos defeitos da sua Pátria é o melhor patriota, e quem vai polindo com censuras justas sua profissão, esse é, quem a serve com toda plenitude”
24 de Julho de 2008 18:08"

terça-feira, 22 de julho de 2008

CACIQUES (1ª Parte)

Este Post é da autoria de António Garraio, que por dificuldades informáticas do seu PC, pediu a colaboração do Administrador Fórum Marvão para a sua publicação.

Intervenção cirúrgica ou vacina?

Os escassos pensantes que ainda poisam pelas ladeiras de Marvão, bem como os que de longe permanecem atentos às nossas graças e desgraças, convergem na evidência de que, por estas bandas, ou se tomam medidas profundas que alterem substancialmente o rumo da nossa vida, ou estamos condenados a um desaparecimento acelerado, quer populacional, quer institucional.

Amiúde ouvimos as mais variadas dissertações e modelos de desenvolvimento, que passam pela quase totalidade dos sectores económicos: uns defendem a agricultura biológica, outros requerem espaços para localização de novas indústrias, outros ainda, protestam contra a falta de incentivos e de divulgação mediática de que o turismo e a hotelaria carecem.

É possível que, com a concretização de algumas dessas ideias se alcance algo positivo, mas a verdadeira “doença” do concelho de Marvão é bastante mais profunda e mais grave. Esses pequenos projectos, normalmente até pouco ambiciosos, seriam uma espécie de “mercurocromo” que serve para sarar arranhões ou esfoladelas. E o nosso problema é bastante mais profundo, É por isso que necessitamos uma grande intervenção cirúrgica, ou então uma vacina.

Os canais que unem os diversos sectores do poder são como veias obstruídas por várias espécies de vírus que encontraram aqui o seu habitat, seja por carambola, seja por influência expressa de outros vírus mais antigos.

Quando há lugar a críticas, o mais fácil é fazer com que estas recaiam sobre a face visível do poder. O que se ignora, quase sempre, é que o incumprimento dos objectivos não se deve directamente aos criticados. Eles até tiveram as melhores intenções do mundo, intenções essas, que ficaram presas nas teias desses “vírus” que, sorrateiramente, se deslocam pelos seus corredores, e que, pela calada, acabam por tudo gerir e tudo manipular a seu bel-prazer. Só que, quem subiu ao patíbulo estava, de todo, inocente.
E isso não é justo...

Há uns anitos atrás, não me apetece lembrar quantos, Marvão fez uma transfusão. Na altura, sangue novo a jorrar na guelra, era ver os vírus, cobardes eles, a tremelicar detrás da cortina, como que, com o corpo já à espera da pancada, mais que merecida por certo.

Não foi a primeira vez que a montanha pariu um rato, e na verdade, também não foi desta que se fez justiça.

Mas quem disse que o mundo haveria de ser justo??? Todos sabemos que o mundo é dos oportunistas, dos manipuladores, dos graxistas e outras espécies nojentas que não ameaçam extinção.

Compete-nos aos “outros” não deixar viver essa canalha em paz.

Qual o remédio?

Mais que outra transfusão, propunha que, desta vez se aplicasse uma vacina.

Uma “vacina anti-caciques”. O que não sei calcular é a totalidade do preparado químico a aplicar, ainda que, se deva incluir qualquer coisita contra tráfico de influências, favorecimento pessoal, intercâmbio de favores e outros tipos de ligações perigosas que não é preciso escavar muito para trazer à luz do dia.

Aquilo que hoje é obtuso, pode ser, que amanhã… seja claro e evidente.

António Garraio, 22/7/2008

domingo, 20 de julho de 2008

Paisagem vs Pessoas


(Clicar para ampliar)

Na “Única”, revista do Jornal Expresso, existe uma crónica semanal, assinada pelo Nuno Ferreira, chamada “Portugal a Pé”. Esta crónica consubstancia-se no relato, acompanhado de fotografias, do jornalista sobre a sua caminhada pelo Portugal profundo, iniciada em Sagres.

A caminhada da semana passada teve início em Alter do Chão e terminou, com uma banho, na cascata de S. Julião, tendo versado, sobretudo, sobre o percurso deste a praça de touros de Portalegre, onde estava a decorrer a tourada dos Mouras, até à referida cascata. A crónica foi apelidada de “Uma piscina particular”.

Li-a com interesse e mais interessado fiquei quando verifiquei no croqui que na semana seguinte (esta) a passeata continuava para a Portagem.

Fiquei atento.

Logo imaginei que na semana seguinte veria, na revista do expresso, paisagens maravilhosas de Marvão e leria um jornalista completamente arrebatado pelas mesmas.

Hoje, assim que peguei no referido jornal, fui logo à procura da dita crónica e fiquei…muito pensativo!

A mesma chama-se “A estrada de ninguém”. E em vez de destacar a maravilhosa paisagem destaca a falta de gente!

Sintomático…

Ontem, coloquei o seguinte comentário no post “Marvão quase total…” do J.Buga:

“O fórum “roda” rápido. Ainda bem!

Mas, perde-se um pouco a discussão. Dou por mim a reparar que tinha algo a dizer neste tópico do “Verão Total” em Marvão e, entretanto, para não perder a actualidade, já coloquei, também, outro post…posteriormente!

O Sr. Vice-Presidente da Câmara colocou um post no seu blog sobre este tema, do qual fazia parte este período:

“Meus amigos, podemos não ter tanto emprego quanto gostaríamos, tantas habitações quanto poderíamos, tantos jovens e crianças quanto sonhamos… mas temos esta beleza que faz de nós um dos ex-libris de Portugal e isso, ninguém nos há-de tirar.”

Compreendo-o plenamente! Percebo o alcance das suas palavras! Mas esta ideia é importante demais para a deixar passar em claro…

Há cerca de uma década, a trabalhar em Odemira, escrevi um texto no saudoso jornal “O Altaneiro”, que o Sabi fazia o favor de nos presentear, um texto com o seguinte título:

“O Castelo não é a nossa maior riqueza!”

E, agora, estas palavras do Vice fizeram-me lembrar dele. Concordo que Marvão é único, a sua beleza natural é deslumbrante…

Mas, o que valerá tudo isto sem gente?

Considero que as habitações, o emprego e os jovens e crianças são fundamentais para que este “ex-libris” brilhe de verdade. E penso que o Pedro, também, o considera…estas suas palavras estão tolhidas pela emoção…


PS: Não pude acompanhar a emissão mas, pelo que vi na hora do almoço e pelo que alguns amigos (não marvanenses) me transmitiram, a falta de gente foi confrangedora…

Sintomático…

Grande Abraço
Bonito Dias

18 de Julho de 2008 22:53”


Grande Abraço
Bonito Dias

sábado, 19 de julho de 2008

INFORMAÇÃO FÓRUM



Vai realizar-se no próximo dia 23 de Julho de 2008, Quarta-Feira, pelas 20 Horas, uma Assembleia Ordinária do Grupo Desportivo Arenense, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1 - Apreciação, discussão e votação das contas do Exercício 2006/2008.

2 – Eleição dos Corpos Gerentes para o biénio 2008/2010.

O Fórum Marvão deseja a esta Instituição que tudo corra dentro da normalidade e que os associados do GDA compareçam a esta Assembleia e participem na vida desta popular colectividade.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Cortejo de oferendas Carros alegóricos


( clicar para aumentar a imagem )

Nos finais da década de 80, contribuí para a realização dos carros alegóricos representativos dos Cabeçudos, nos Cortejos de oferendas à Santa Casa da Misericórdia de Marvão . Nestas imagens pode ver-se a preparação dos mesmos e o resultado final de um deles . O meu pai (Manuel Felizardo) era um entusiasta da manutenção desta tradição e ajudava-me imenso, como demonstra a primeira imagem, no canto superior esquerdo.

O primata que se vê dentro da réplica da choça em tronco nu, era eu com menos dez quilos e com menos vinte anos . Nesta altura, o meu entusiasmo ao executar este tipo de artefactos era muito superior à qualidade técnica .


Gostava de lançar aqui um repto: No próximo ano, podíamos arregaçar as mangas e com o apoio da C. M. de Marvão , reavivar esta tradição que unia e dinamizava todas as aldeias do Concelho à volta de uma causa comum .

É certo que os tempos mudaram e que a S. C. M. de Marvão é auto - suficiente no que às fontes de rendimento concerne, mas num mundo cada vez mais materialista, a confiança , o amor e a fé, às vezes não chegam para manter uma casa em pé .

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Quintos de 70 de Marvão – Uma geração de ouro…








No passado domingo realizou-se o primeiro convívio dos quintos de 70 de Marvão. Esta festa reuniu alguns dos quintos de 70 nascidos no concelho e os seus convidados. Não sendo única, visto há muito se realizar este tipo de convívios com gente das mais variadas idades, foi, para nós, especial!

Há décadas atrás, o estatuto de mancebo representava uma volta de 180 graus na vida dos rapazes que atingiam a idade de ir à inspecção. Muitos saíam pela primeira vez da sua terra numa aventura que, às vezes, determinava toda a sua vida.

Alguns acabavam no ultramar!

Dizia, no outro dia, um amigo que, no seu tempo, essa era a altura de ir ao rio Sever tomar um banho completo porque, já sabiam, a inspecção seria de corpo inteiro.

Outros tempos!

Para a nossa geração a coisa já foi substancialmente diferente. Foi realizada uma grande festa, tendo os mancebos oferecido à população um baile abrilhantado pelo saudoso “Part-Time” e… partimos para Coimbra.

Foi, também, uma viagem festiva visto que alguns nem à tropa iriam e muito menos para o ultramar. As gerações anteriores, felizmente, já tinham sabido acabar com essa épica tristeza.

Obrigado!

E foi tudo isso que agora celebrámos. O convívio iniciou-se, de manhã, com umas belas migas de pão acompanhadas com café da “pocheira” e prosseguiu com um périplo pelas “igrejinhas” de Santo António das Areias. Tendo um artista nas fileiras, a animação foi constante ao sabor da sua música.

Pela hora do almoço rumámos a Marvão onde foi tirada a foto de grupo. Seguiu-se um saboroso e farto repasto, com muita animação, que se prolongou até às seis da tarde. O quinto mais bem disposto teve direito a um prémio especial, legitimado por uma votação muito suspeita…

Os excessos gastronómicos e etílicos foram, digamos, os danos colaterais deste certame em que se fizeram e cimentaram amizades.


Grande Abraço

Bonito Dias



terça-feira, 15 de julho de 2008

MARVÃO QUASE TOTAL...


Acabei agora de ver o programa da RTP “Verão Total”, que este Canal apresentou durante todo o dia, realizado em Marvão, e, não consigo esconder, que me sinto orgulhoso por ser um filho daquela terra e… porque, não assumir, que no final me senti até um pouco vaidoso.

Orgulhoso, porque Marvão é de facto diferente.
Diferente de todas as terras suas vizinhas e, certamente por isso, terá sido o escolhido para representar o Norte Alentejo neste périplo da televisão estatal.

Vaidoso, porque na sua grande maioria, os convidados que intervieram, representaram bem os marvanenses.

Poderemos sempre questionar, se não poderiam ter sido outros os locais seleccionados, bem como os diversos intervenientes. Mas, o que pudemos constatar é que esta terra com menos de 4 000 habitantes, e o mais pequeno concelho (em área) do distrito de Portalegre, preencheu, e bem, quase 6 horas de emissão de um canal televisivo, e, se mais tempo houvesse, mais actores sociais Marvão teria para mostrar ao país e ombrear com outros concelhos bem mais apetrechados.

Isto mostra claramente, que Marvão tem potencialidades e sinergias endógenas para sair do marasmo em que às vezes parece mergulhado.

Claro que em minha opinião, existiram momentos mais positivos que outros e, sinceramente, não percebo o porquê do não se mostrarem produtos como as nossas conservas, amêndoas, ou mesmo as castanhas e os castanheiros terem ficado esquecidos; bem como as associações juvenis. Ou ainda, aquilo que me pareceu francamente negativo, que é o caso, da Orquestra de Marvão “teimar” em exprimir-se em inglês (não lembra ao diabo…). Ó Sr. Veiga, ponha a malta a cantar e a tocar em português. Os subsídios que recebe são dos portugueses em euros e não em libras do reino de sua majestade, desses, já chega terem-nos roubado as estátuas da Ammaia.

Não posso deixar no entanto, de realçar algumas das intervenções que me pareceram muito positivas, das quais destaco a do Rancho Folclórico de Santo António das Areias, os produtos locais expostos, os suculentos repastos exibidos, algum artesanato e todas as manifestações culturais e etnográficas seleccionadas (Muito boa a exposição de lendas e tradições da Mila Machado).

Por fim não posso deixar de realçar, a intervenção no final do Vice-Presidente, Pedro Sobreiro, apontando com clareza as potencialidades de Marvão. Ele, que na minha modesta opinião, teve na semana passada, uma semana para esquecer, mostrou desta vez a todo o país, que representa muito bem os marvanenses.

Depois desta crónica só me apetece parafrasear a canção do Jorge Palma: “…ai Portugal, Portugal, do que é que tu estás à espera, tens um pé numa galera e outro no fundo do mar…”

Eu diria: “Ai Marvão, Marvão, tens um pé nas muralhas…mas, o outro num chafurdão!”

segunda-feira, 14 de julho de 2008

"A minha próxima vida", de Woody Allen

Camaradas não resisti a publicar esta versão sobre a vida, parece-me que seria a mais correcta!!!
Na minha próxima vida quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo esse assunto. Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a pensão e começar a trabalhar, receber logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar 40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma. Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o liceu. Em seguida a primária, fica-se criança e brinca-se. Não temos responsabilidades e ficamos um bébé até nascermos. Por fim, passamos 9 meses a flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição e um quarto maior de dia para dia e depois Voila! Acaba como um orgasmo!

I rest my case.

domingo, 13 de julho de 2008

10ª Feira de Gastronomia / 1ª Feira de Artesanato Urbano - Marvão

Os sentidos ficam transtornados à medida que nos aproximamos, ou não estivéssemos nós em Marvão, e mais concretamente, neste caso, na Portagem.

As cores, os aromas, os sons e os sabores tornam-se num único sentido: o do prazer! Prazer que nos invade e delícia, cada vez mais.

Pela 1ª vez, e num curto espaço de tempo, visitamos esta feira. É para continuarem... e nós voltaremos (com mais tempo).

Tudo se faz melhor, quando se faz com amor. Bom trabalho Pedro... e sua equipa.

Deixo-vos algumas captações do "meu repórter de imagem"...













sábado, 12 de julho de 2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Obviamente…


Ao colocar este Post, não pretendo atingir seja quem for, pretendo sim, fazer um exercício de cidadania, um dos objectivos deste espaço e ao mesmo tempo proporcionar uma reflexão.

Temos assistido perplexos a toda esta “novela” (90% dos marvanenses não sabiam o que se passava) em redor da nossa política caseira, entenda-se, da Câmara Municipal de Marvão. Sobretudo, porque ainda falta mais de um ano para o final do mandato.

Primeiro foi o Post numérico (18.06.2008) do Vice-Presidente, publicado no seu Blog pessoal, em que tornou público a “declaração” feita em Reunião do executivo. Em que se veio queixar do Presidente, por este obstaculizar o desempenho do seu cargo desde o princípio do mandato. Trazendo, simultaneamente, para a praça pública, assuntos que deviam e deveriam ter sido debatidos no seio do organismo a que ambos pertencem, sendo as diferenças que os separam propostas a discussão e votação nesse Orgão, de acordo com as suas atribuições e responsabilidades.

Posteriormente, em 7/7, assistimos à entrevista concedida à Rádio Portalegre, pelo Presidente da Autarquia, que veio acusar o Vice, de ser um “gastador” (a cultura e a educação são um investimento, não uma despesa), em acções pouco importantes para o desenvolvimento do concelho, em período de restrição de custos e que existem coisas mais importantes para fazer para os marvanenses, do que a organização de “festas”. Não reconhecendo no entanto, o porquê de não consultar o seu Vice, nem para a elaboração de Planos de Actividades e Orçamentos.

A seguir, em 8/7, assistimos ao contra ataque do Vice-Presidente, que em declarações à Rádio Portalegre, reafirmou tudo aquilo que tinha escrito no seu Post, afirmando ainda, que tinha maneiras diferentes de ver o desenvolvimento do concelho em relação ao Presidente. Que na CMM quando da sua “declaração”, até teve a solidariedade da oposição (não sei porquê esta solidariedade faz-me lembrar a noite das facas longas), que se sente cansado, que não se recandidatará no próximo mandato, mas que não coloca de parte o seu regresso no futuro…

Estes foram alguns dos acontecimentos dos últimos dias, em que se envolveram os dois mais importantes membros de uma Organização, que deveria funcionar como um todo, que têm responsabilidades perante os marvanenses, mas também perante o partido político que os acolheu.

Mais importante, no momento, do que saber quem terá razão, ou porque se chegou a esta situação (a história apenas se faz no futuro), urge questionar, como vão os dois enfrentar o resto do mandato em comum, se chegaram à desconfiança total, pois só assim, se justificam as afirmações que foram feitas!

Como pode uma Câmara Municipal funcionar, num clima de guerrilha aberta entre, a cúpula do Município? Alguém vai fazer de “faz de conta”?

Irá o Presidente tomar uma atitude?

Terá o Vereador a coragem de reinventar o seu percurso e deixar a “batata quente” nas mãos do Presidente?

Ou vão continuar como se não se tivesse passado nada, reféns um do outro, até final do mandato?

Não levanto propositadamente a questão em termos de partido, visto que sou apartidário, e as questões internas devem ser debatidas entre os correligionários.

Parece-me, salvo melhor opinião, que os Marvanenses merecem uma resposta.

Jorge Miranda

terça-feira, 8 de julho de 2008

Festa da Relva da Asseiceira, um verdadeiro acontecimento social…








No último fim-de-semana teve lugar a (já) 18ª edição da festa da Relva da Asseiceira. Aquilo que começou por ser mais uma festa popular tornou-se num verdadeiro acontecimento social do Concelho. (Realizando-se a escassos cem metros da casa que me viu nascer e crescer, também a mim ela me diz muito!)

O “segredo” parece estar na conjugação de vários factores: o local aprazível, o tempo de verão, os bons petiscos, o bom vinho, a simpatia dos festeiros e um conceito à espanhola de não cobrar entradas, fazendo a receita no “comes e bebes”.

Este ano não fugiu à regra. Principalmente no sábado à noite, o acontecimento social teve lugar! O recinto encheu-se para o jantar e, nessa noite, pudemos assistir a algumas “movimentações” interessantes.

A mais notada foi a presença, na mesma mesa, do candidato do PS à Câmara e daqueles que dizem ser os seus braços direitos. Digamos que, nesta festa, parece ter acontecido o lançamento (social) da equipa do PS candidata às próximas autárquicas.

Nessa noite o Sr. Presidente da Câmara não se “deixou ver”, tendo visitado a festa na tarde/noite de Domingo (já com a minha máquina fotográfica sem bateria).

Relativamente às possíveis listas independentes, que o jornal “Alto Alentejo” referiu na sua última edição, não foi clara qualquer “movimentação”.

Também foram lá vistos alguns elementos do Fórum Marvão, sempre atentos aos acontecimentos… Uns na sua pose normal de ave de rapina (“escondidos” nos óculos de sol), outros mais preocupados com “devaneios” gastronómicos e outros, ainda, mais no fim, (tipo arma secreta) querendo passar despercebidos…

Mas, esta festa teve outra particularidade. Alguma logística (como por exemplo o palco) veio de Castelo de Vide (!?!?), em vez se ser montada pela Câmara de Marvão, como habitualmente.

Eu serei o último dos últimos a fazer juízos de valor sobre esta situação. Mas creio que, sobretudo, existiu falta de diálogo entre as pessoas certas para resolver o problema/discórdia.

Sou, contudo, o primeiro dos primeiros a lamentar este triste desfecho!

Grande Abraço

Bonito Dias

segunda-feira, 7 de julho de 2008

sábado, 5 de julho de 2008

INFORMAÇÃO FÓRUM


DIVERGÊNCIAS NO EXECUTIVO PSD DA C. MUNICIPAL DE
MARVÃO



De acordo com os princípios enunciados para este espaço “Fórum Informação”, aqui passamos a divulgar mais uma notícia, que pensamos ser de todo o interesse do conhecimento e de análise dos visitantes deste Blog.

Neste caso, a fonte foi o Blog “vendoomundodebinóculosdoaltodemarvao”, da autoria pessoal de Pedro Sobreiro, publicada no passado dia 4/7/2008 e diz respeito ao funcionamento do actual executivo da Câmara Municipal de Marvão.

De seguida transcrevemos na íntegra, para vosso conhecimento, “a informação do vice-presidente”, levada a Reunião de Câmara no passado dia 18/6/2008:


"Reunião de Câmara de 18 de Junho de 2008
Informação do Vice-Presidente
Pedro Alexandre Ereio Lopes Sobreiro

Tive recentemente conhecimento através de alguns munícipes que informalmente me interpelaram que o Município teria aberto um concurso para dois engenheiros técnicos civis com um índice remuneratório bastante considerável. As pessoas em causa queriam saber mais e estranharam quer a oportunidade desta dupla entrada, quer a elevada remuneração face à difícil conjuntura económica do município. Perante tal, vi-me obrigado a informá-los que desconhecia em absoluto esta admissão de pessoal e que por estranho que lhes pudesse parecer, estava a tomar conhecimento dessa realidade pelo seu relato.

Numa deslocação que efectuei na semana passada à Escola Secundária de São Lourenço, em Portalegre, para estar presente numa reunião com o Sr. Coordenador Paulo Pires, da Equipa de Apoio às Escolas e com a Dr.ª Ana Costa, da Segurança Social, para tentar definir qual o caminho a seguir no próximo ano lectivo quanto às crianças em idade pré-escolar que frequentam o Centro Infantil de Santo António das Areias; fui confrontado com uma troca recente de diversa correspondência entre a Direcção Regional de Educação e o Presidente do Município de Marvão sobre um assunto que considero da maior importância e no qual me tenho esforçado por acompanhar desde há muitos meses para que tenha um desfecho que beneficie os alunos do meu concelho: a criação de um Agrupamento Escolar único. Nos faxes em questão, que me facultaram de imediato, prolongavam-se as negociações e pretendia definir-se qual seria o contributo de cada uma das partes, sendo claro que o Presidente frisava unilateralmente a posição da Câmara de Marvão sem que de tal tivesse alguma vez prestado qualquer informação ou esclarecimento ao Vereador do Pelouro da Educação, ou seja, eu próprio.

No seguimento da candidatura ao relvado sintético, convoquei, há alguns meses atrás, uma reunião no Campo dos Outeiros com a equipa técnica da Câmara, com o Sr. Eng.º Margarido, com a direcção da Casa do Povo de Santo António das Areias e o Grupo Desportivo Arenense para que entre todos pudéssemos identificar algumas ligeiras melhorias que podiam ser efectuadas nas infra-estruturas ali existentes por forma a dignificarem o espaço e a própria cerimónia de inauguração. Foram elencadas as deficiências mais evidentes e ficou definido que a Sr.ª Eng.ª Soledade e o Sr. Eng.º Margarido teriam a incumbência de definir os melhoramentos que poderiam ser feitos por ajuste directo e aqueles em que teríamos de recorrer a terceiros. Para que se pudessem levar a efeito, seria necessário proceder a um reforço orçamental que seria adequado à nossa disponibilidade financeira. Estranhando o silêncio da parte dos Serviços Técnicos, perguntei pelo estado do processo à Sr.ª Chefe de Divisão que me respondeu que o Sr. Presidente tinha decidido que não se avançaria com nada por agora. Ficaria tudo na estaca zero. Por sua vontade exclusiva, voltou-se à forma inicial sem que nada me tivesse sido comunicado.

Estes são três exemplos, três casos concretos que ilustram bem a dificuldade que tenho actualmente em conseguir exercer o meu cargo condignamente e realizar um trabalho com o padrão de qualidade pelo qual sempre me regi. È de facto muito difícil querer ser coerente e persistente quando nada parece ajudar à nossa volta.

Nestes quase três anos de mandato, por muitas vezes tive de calar e sofrer em silêncio, pensando sempre que assim ajudaria a andar para a frente esta casa e esta instituição. Foi assim quando me vi obrigado a trabalhar com as verbas que me disponibilizavam, tantas vezes insignificantes quando comparadas com as dos meus antecessores e a de congéneres no distrito; foi assim quando me vi empurrado para um plano secundário em processos tão decisivos para o nosso concelho (e que me diziam directamente respeito) como foram a Candidatura a Património Mundial, a situação da Cidade Romana de Ammaia ou o futuro do Campo de Golfe (nos quais fui pura e simplesmente colocado à margem); foi assim quando tive de aceitar trabalhar com um orçamento para 2008 na realização do qual nem sequer fui ouvido.

Durante toda a minha vida pugnei sempre por valores que me foram transmitidos desde criança pelos meus e que servem de norte à minha existência. Quem me conhece sabe que sou um homem íntegro e que defende com honestidade aquilo em que acredita. Nestes três difíceis anos de mandato tenho “engolido muito sapo” e “feito muitas vezes figura de parvo” quando a isso nunca estive habituado.

Pedi há tempos ao Presidente que fizesse um esforço para que a nossa coabitação fosse pacífica e o mais diplomática possível até ao fim do mandato para o bem dos dois. Não podendo ter o óptimo e o trabalho em equipa com partilha de responsabilidades que me foi prometido de início, esperava pelo menos não ter de continuar a lidar diariamente com a intransigência, a prepotência e a falta de comunicação. Está bem à vista de todos que voltei de novo a sonhar alto.

Chegou a altura de dizer basta. A pouco mais de um ano das eleições, não vou continuar a permitir que me releguem para segundo plano e me menosprezem e daqui em diante, sempre que se justifique, darei conhecimento à Câmara Municipal da dura realidade com a que tenho que lidar para que fique expresso e bem clara a minha evidência dos factos.

Percebi há muito, logo no início de funções deste executivo, que existem forças de bloqueio que me querem a todo o custo ver fora deste mandato para o qual fui legitimamente eleito pelos marvanenses. Assim que tomei consciência desta realidade, fiz questão de expressar a quem de direito que jamais virarei as costas a quem em mim acreditou e que nunca sequer equacionei nem equacionarei a hipótese de virar as costas a esta enorme responsabilidade que desempenho com tanto orgulho.

Com a ajuda da minha família, de amigos próximos e de alguns trabalhadores do município tenho encontrado forças nas fraquezas e resistido à tentação de dizer “mais não!”. Assim seguirei até ao final.

A Vice-Presidência é um cargo de grande responsabilidade, com um poder e uma extensão enormes quando há confiança política por parte do Presidente. Quando não há, como é o caso, o Vice-Presidente é apenas e sempre o primeiro dos últimos e pode muitas vezes ser reduzido a ser apenas mais um na cadeia hierárquica que é obrigado a respeitar, cumprindo os desígnios superiores.

Sei que no final nada mais me vai restar para além da minha consciência e do meu sentido de dever cumprido. È por isso que de agora em diante, não mais calarei. Sempre que me sentir desrespeitado e ignorado, darei conhecimento à Câmara Municipal que é no fundo, o único garante da minha salvaguarda.

Lamento imenso que tudo tenha que se passar assim mas compreendam que não me restam alternativas.

Entretanto, continuarei a trabalhar com o afinco e a dedicação que penso me é reconhecida, em prol do bem-estar dos marvanenses e do meu concelho."

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Mudam-se os tempos...mudam-se as vontades...

Lembro-me nos finais dos anos 80 (talvez em 87 ou 88), no início da presidência de António Andrade, se ter organizado em Marvão, a 1ª Feira de Artesanato e Gastronomia, com localização no Largo do Terreiro, na sede do concelho, sem me recordar muito bem do porquê, não teve este evento continuidade.

Uma década depois, já no final dos anos 90, na presidência de Manuel Bugalho, este evento voltou a animar a Vila de Marvão. Com a particularidade de manter a denominação da anterior (Feira de Artesanato e Gastronomia de Marvão), mas esquecendo-se a história inicial, tendo sido denominada de “PRIMEIRA”, como se de um novo “invento” se tratasse.

Foram os formatos dos tempos das “vacas gordas”, com os “fartos” eventos gastronómicos medievais, a decorrerem no Castelo durante 3 dias consecutivos. Convites ao “jet7” de todo o distrito e alguns nacionais; os grandes concertos musicais onde se faziam deslocar os melhores artistas e grupos de Portugal; usada, inclusivamente, como motivo da promoção de Marvão a Património Mundial; numa feira de vaidades que todos sabíamos que não poderia manter-se por muitos anos.
Foi assim até 2005, ano em que o executivo de Manuel Bugalho terminou o seu mandato.

Veio então o consulado de Vítor Frutuoso e, com ele, novas mudanças de formato, como consequência da entrada em tempo de recessão, mas também, a mudança de domicílio da dita, agora para a povoação da Portagem, nas frondosas margens do Sever. Uns com a desculpa das Obras em Marvão, outros, mais radicais, defendendo que era o “local” privilegiado do concelho para esta iniciativa.

Nestes dois últimos anos, para além da mudança de local, o que pudemos observar foi a entrega da gastronomia ao sector privado da restauração do concelho (principais interessados nestes eventos), livrando-se a CMM de alguns custos directos, com a diminuição, certamente, de muitos “adesivas convidados” que por lá andavam no anterior formato, pois agora em vez de convites para as “refeições medievais”, passou a fazer-se apenas um pequeno “beberete” no dia da inauguração e servido pelos restaurantes participantes.

Quanto ao artesanato, esse passou de fraco a fraquinho, com poucas condições para os escassos artesãos que participam, com uma representação praticamente “vinda de fora”, com apenas duas ou três representações locais do concelho.

Quanto a custos, de acordo com os Relatórios de Gestão da CMM, estes foram reduzidos para metade, 20 000€ em 2005, para 10 000€ em 2006 (em 2007 não consegui apurar os custos porque o Relatório de Contas está imperceptível, mais uma vez a desinformação).

Entretanto as Obras da Vila de Marvão estão prontas e o novo evento do género parece parir mais uma novidade para este ano de 2008, com o anúncio da agora “I Feira de Artesanato Urbano a realizar na Portagem”, e em simultâneo, a “10ª Feira de Gastronomia”, no 2º fim-de-semana de Julho, data em que tradicionalmente se realizavam os anteriores eventos.

A gastronomia volta ao formato de "prato único” (ementa fixa), certamente da responsabilidade da autarquia (ai os custos...).

Explicações para a mudança, mais uma vez não existiram, nem na A. Municipal, que deveria ser um Órgão privilegiado do Executivo, principalmente aqueles que o suportam.

Entretanto, para quem não sabe, urge questionar quem saiba responder:

Esta é uma decisão fundamentada com a Restauração do concelho, ou obra de uma mente iluminada?

O que pensam os marvanenses desta mudança? E os da vila de Marvão, que tão reticentes foram, quando a dita foi transferida para a Portagem?

E porquê a aposta no “Artesanato Urbano”? Não deveria ser uma aposta no Rural e privilegiar o artesanato marvanense e seus vizinhos?

Quem souber que responda…

quarta-feira, 2 de julho de 2008

BALANÇO DE JUNHO DE 2008

Caros “foristas”, o 2º mês já lá vai.

Durante o mês de Junho, o Fórum publicou 13 Posts sobre os mais diversos assuntos da vida marvanense, que mereceram um total de 62 comentários.

Fomos visitados por cerca de 1 700 visitantes, numa média de 57 Visitantes/dia. Uma subida de 7 Visitantes/Dia em relação a Maio.

Dirão alguns que foi pouco, que poderia ser melhor! É verdade. Mas foi, e isso deve deixar-nos satisfeitos qb.

As opiniões continuaram a manter o princípio de liberdade, embora e, como seria normal, se tivessem começado a sentir algumas pequenas interferências e pressões ao exercício opinativo, mas o balanço é positivo e o contraditório esteve elevado.

E sobretudo houve respeito.

Durante este mês realizámos 3 sondagens à opinião dos nossos visitantes. Embora nos últimos dias, tenha surgido um problema informático, que nos impede de receber as vossas votações e aos quais somos alheios.
Esse problema é geral a outros Blogs que usam o mesmo sistema que nós. Aguardamos a sua reparação e pedimos desculpa àqueles que não puderam expressar o seu sentido de voto.

A primeira questão que sondámos em Junho, teve a ver com o grau de importância atribuída pelos nossos visitantes à influência do GDA na vida social de Santo António das Areias em particular e no concelho de Marvão em geral.
Essa questão foi efectuada na sequência de dois Posts publicados e que tinham a ver com as actividades desenvolvidas pelo clube, nomeadamente, as desportivas (melhoramentos previstos no campo de jogos), e culturais (aproveitamento da actual Sede, para Centro de Artes e Espectáculos ou Centro Multimédia).




Como podemos verificar no Quadro 5, esta questão mereceu resposta por parte de 61 visitantes. Para 81% o grau de importância foi considerado positivo, sendo Muito Importante para 64% e Importante para 17% dos visitantes do Fórum.
Ficam pois os parabéns do Fórum ao GDA.

A segunda proposta de sondagem teve a ver, com o Post da autoria de Jorge Miranda, em que se questionava a Informação (ou a falta dela) do Município de Marvão, ao suspender a edição da única publicação periódica informativa do concelho: O Munícipe/A Guarita, enquanto órgão de comunicação entre a diáspora marvanense.




Como podemos verificar no Quadro 6, responderam a esta questão 47 visitantes do Fórum. 91% Estão em desacordo com esta suspensão e apenas 9% referiram estar de acordo.
Recado do Fórum para o executivo municipal: Republiquem lá a coisa!

A terceira questão posta em sondagem aos nossos visitantes, foi envolta em alguma polémica. Não pelo seu conteúdo, mas pela forma do Post em que foi noticiada.
O que parece é que, aqueles que mais objecções argumentativas apresentaram, parecem ter sido os que saíram mais beneficiados. E o próprio candidato deve sentir-se satisfeito sobre o “score” conseguido, pois até agora, foi a questão que maior número de respostas teve, merecendo o interesse de 86 visitantes (e tendo em conta que nos últimos dias não foi possível votar, por avaria do sistema).



Quanto a resultados, como podemos verificar no Quadro 7, para 71% dos visitantes, Nuno Lopes é considerado um bom candidato à C. M. de Marvão e aprovam esta escolha do Partido Socialista.

Em Julho o Fórum Marvão irá continuar a sua missão. Esperamos por si…

terça-feira, 1 de julho de 2008